terça-feira, 30 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 01 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Teresa do Menino Jesus, virgem, doutora da Igreja (+ Lisieux, França, 1897)

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São Leão Magno : «Quem olha para trás, [...] não está apto para o Reino do Senhor»


Evangelho segundo S. Lucas 9,57-62.

Enquanto iam a caminho, disse-lhe alguém: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.» Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.» Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.» Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.» Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Leão Magno ( ? – c.461), papa e doutor da Igreja
Sermão 71, para a ressurreição do Senhor; PL 54, 388

«Quem olha para trás, [...] não está apto para o Reino do Senhor»


Meus caros, Paulo, o apóstolo dos pagãos, não contradiz a nossa fé quando diz: «Ainda que tenhamos conhecido a Cristo à maneira humana, agora já não o conhecemos assim» (2 Co 5,16). A ressurreição do Senhor não pôs um termo à sua carne; transformou-a. O aumento da sua força não destruiu a sua substância; a qualidade mudou; a natureza não foi aniquilada. Crucificaram aquele corpo, ferrando-o a pregos: tornou-se inacessível ao sofrimento. Deram-lhe a morte: tornou-se imortal. Assassinaram-no: tornou-se incorruptível. E bem podemos dizer que a carne humana de Cristo não é, com efeito, a que tínhamos conhecido; porque nela deixou de haver vestígio de sofrimento ou de fraqueza. Continua a mesma na sua essência, mas já não é a mesma quanto à glória. Porque nos surpreendemos então que S. Paulo assim se exprima a propósito do corpo de Jesus Cristo, quando diz, ao falar de todos os cristãos que vivem segundo o espírito: «de agora em diante, não conhecemos ninguém à maneira humana».
Ele quer desta maneira dizer que a nossa ressurreição começou em Jesus Cristo. N' Ele, que morreu por nós, toda a esperança tomou corpo. Deixou de haver em nós dúvida, hesitação, espera desiludida: as promessas começaram a cumprir-se e conseguimos já ver, com os olhos da fé, a graça com que amanhã seremos cumulados. A nossa natureza elevou-se; então, na alegria, já possuímos o objecto da nossa fé [...].
Que o povo de Deus tome consciência de que se «está em Cristo, é uma nova criação» (2 Co 5,17). Que compreenda bem Quem o escolheu, e a Quem ele próprio escolheu. Que o ser renovado não volte à instabilidade do seu antigo estado. Que «depois de deitar a mão ao arado» não pare de trabalhar, que cuide do grão que semeou, que não se volte para trás, para o que abandonou [...] È esta a via da salvação; é esta a maneira de imitar a ressurreição que começou com Cristo.





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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 30 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Jerónimo, presbítero, cardeal, Doutor da Igreja, séc. IV

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Santo Agostinho : «Recusaram-se a acolhê-lo, porque se dirigia para Jerusalém»


Evangelho segundo S. Lucas 9,51-56.

Como estavam a chegar os dias de ser levado deste mundo, Jesus dirigiu-se resolutamente para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem. Mas não o receberam, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?» Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os. E foram para outra povoação.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hippone (Norte de África) e doutor da Igreja
Sermão sobre o Salmo 64

«Recusaram-se a acolhê-lo, porque se dirigia para Jerusalém»


Há duas cidades; uma chama-se Babilónia, a outra Jerusalém. O nome de Babilónia significa «confusão»; Jerusalém significa «visão de paz». Olhem verdadeiramente a cidade de confusão para melhor conhecerem a visão de paz; suportem a primeira, aspirem à segunda.

O que é que permite distinguir estas duas cidades? Podemos desde já separar uma da outra? Elas estão mescladas uma na outra e, desde o aparecimento do género humano, encaminham-se assim até ao fim dos tempos. Jerusalém nasceu com Abel, Babilónia com Caim... As duas cidades materiais foram construídas mais tarde, mas elas representam simbolicamente as duas cidades imateriais cujas origens remontam ao início dos tempos e que devem durar aqui em baixo até ao fim dos séculos. O Senhor então separá-las-á, quando puser uns à sua direita e outros à sua esquerda (Mt 25,33)...

Mas há qualquer coisa que distingue, mesmo agora, os cidadãos de Jerusalém dos cidadãos de Babilónia: são dois amores. O amor a Deus faz Jerusalém; o amor ao mundo faz Babilónia. Perguntem quem amam e saberão de onde são. Se acharem que são cidadãos de Babilónia, arranquem da vossa vida a cobiça, plantai em vós a caridade; se acharem que são cidadãos de Jerusalém, suportai pacientemente o cativeiro, tende esperança na vossa libertação. Com efeito, muito cidadãos da nossa santa mãe Jerusalém (Ga 4,26) estavam de início cativos de Babilónia...

Como pode despertar-se em nós o amor a Jerusalém, nossa pátria, da qual a duração do exílio nos fez perder a lembrança? É o próprio Pai quem, a partir de lá, nos escreve e reaviva em nós pelas suas cartas, que são as Santas Escrituras, a nostalgia do regresso.





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domingo, 28 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 29 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Miguel, arcanjo,   São Gabriel, arcanjo,   São Rafael, arcanjo

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S. Gregório o Grande : «Bendizei ao Senhor, todos os Seus anjos, sempre dóceis à Sua palavra» (Sl 103,20)


Evangelho segundo S. João 1,47-51.

Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.» Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?» Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!» Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: 'Vi-te debaixo da figueira'? Hás-de ver coisas maiores do que estas!» E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Gregório o Grande (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Catequeses sobre o Evangelho, 34, 8-9

«Bendizei ao Senhor, todos os Seus anjos, sempre dóceis à Sua palavra» (Sl 103,20)


Muitas páginas da Sagrada Escritura atestam que os anjos existem... Mas é preciso saber que a palavra «anjo» designa a sua função: ser mensageiro. E chamam-se «arcanjos» os que anunciam os acontecimentos mais importantes. É assim que o arcanjo Gabriel é enviado à Virgem Maria; para esta função, para anunciar o maior de todos os acontecimentos, impunha-se enviar um anjo da mais elevada categoria...

Semelhantemente, quando se trata de estender um poder extraordinário, é Miguel que é o enviado. Com efeito, a sua acção como o seu nome, querem dizer: «Quem é como Deus?», fazem compreender aos homens que ninguém pode fazer o que pertence apenas a Deus realizar. O antigo inimigo, que desejou por orgulho fazer-se semelhante a Deus, dizia: «Subirei aos céus, estabelecerei o meu trono acima das estrelas de Deus, serei semelhante ao Altíssimo» (Is. 14,13). Mas o Apocalipse diz-nos que no fim dos tempos, assim que ele for abandonado à sua própria força, antes de ser eliminado pelo suplício final, deverá combater contra o arcanjo Miguel: «Travou-se uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o Dragão. E o Dragão também combatia juntamente com os seus anjos. Mas não prevaleceram; o Dragão e os seus anjos foram precipitados na terra» (Ap 12, 7-9).

À Virgem Maria, foi pois Gabriel, cujo nome significa «Força de Deus», que foi enviado; não vinha ele anunciar aquele que quisera manifestar-se num condição humilde, para triunfar do orgulho do demónio?  Era pois pela «Força de Deus» que devia ser anunciado aquele que vinha como «o Senhor forte e poderoso, o Senhor herói nas batalhas» (Sl 24,8). Quanto ao arcanjo Rafael, o seu nome significa «Deus cura». Com efeito, foi ele que libertou da escuridão os olhos de Tobias, tocando-os como um médico vindo do alto (Tb 12,14). Aquele que foi enviado para tratar o justo na sua enfermidade bem pode ser apelidado de «Deus cura».





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sábado, 27 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 28 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Venceslau, rei da Boémia, mártir, +935,   S. Lourenço Ruiz e companheiros, mártires, ++1633-37

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Clemente de Alexandria : «Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder-vos no Reino de Deus»


Evangelho segundo S. Mateus 21,28-32.

«Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: 'Filho, vai hoje trabalhar na vinha.' Mas ele respondeu: 'Não quero.' Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi. Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: 'Vou sim, senhor.' Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder vos no Reino de Deus. João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Clemente de Alexandria (150 - c.215), teólogo
Homilia «Que rico será salvo?», 39-40

«Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder-vos no Reino de Deus»


As portas estão abertas a todo aquele que, em sinceridade, com o coração, se voltar para Deus, e o Pai recebe com alegria um filho que verdadeiramente se arrependa. Qual é o sinal do arrependimento verdadeiro? Não voltar a cair em velhos erros e arrancar do coração, pela raiz, os pecados que nos punham em perigo de morte. Quando estes estiverem apagados,  Deus virá habitar-nos. Porque, como diz a Escritura, um pecador que se converte e se arrepende encontrará no Pai e nos anjos do céu uma imensa e incomparável alegria (Lc 15,10). Eis por que o Senhor disse : «Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios » (Os 6, 6; Mt 9,13); « Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim na sua conversão » (Ez 33,11). «Mesmo que os vossos pecados
sejam como escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve.  Mesmo que sejam vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã.» (Is 1, 18).
Só Deus, de facto, pode remir os pecados e não imputar erros, ainda que o Senhor Jesus nos exorte a perdoar, em cada dia, aos irmãos que se arrependem. E se nós, que somos maus, sabemos dar coisas boas aos outros (Mt 7,11), quanto não será capaz de dar «o Pai das misericórdias» (2 Cor 1,3)? O Pai de toda a consolação, que é bom, cheio de compaixão, de misericórdia e de paciência por natureza, espera os que se convertem. E a verdadeira conversão supõe que deixemos de pecar e que não olhemos mais para trás [...]. Lamentemos amargamente, pois, os erros cometidos e peçamos ao Pai que os esqueça. Ele pode, na sua misericórdia, desfazer o que foi feito e, com o orvalho do Espírito, apagar as nossas faltas passadas.





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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 27 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Vicente de Paulo, presbítero, fundador, +1660

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Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]: «O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens»


Evangelho segundo S. Lucas 9,43-45.

E todos estavam maravilhados com a grandeza de Deus. Estando todos admirados com tudo o que Ele fazia, Jesus disse aos seus discípulos : «Prestai bem atenção ao que vou dizer-vos: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.» Eles, porém, não entendiam aquela linguagem, porque lhes estava velada, de modo que não compreendiam e tinham receio de o interrogar a esse respeito.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Sermões para a Quaresma 1981, n.º 3

«O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens»


Depois de O terem flagelado, coroado de espinhos e de Lhe vestirem um manto de escárnio, os soldados romanos levaram Jesus a Pilatos. Este militar de coração duro ficou aparentemente incomodado com a visão daquele homem destruído, alquebrado. Apresentou-O à multidão, declarando: «Idou anthropos; Ecce homo», que traduzimos habitualmente por «Eis o homem!» (Jo 19,5). Mas em grego isto quer dizer mais exactamente: «Vede, isto é o homem!» Na boca de Pilatos, estas palavras eram as de um cínico que queria dizer: «Nós gloriamo-nos de ser homens, mas agora, vede pois, ei-lo, este verme de terra é o homem! Como é desprezível e pequeno!» Nestas palavras cínicas, o evangelista João reconheceu igualmente palavras proféticas que transmitiu à cristandade.

Sim, Pilatos tem razão quando diz: «Vede, isto é o homem!» N'Ele, em Jesus Cristo, podemos ler o que o homem é, o projecto de Deus, e que tratamento lhe reservamos. Em Jesus dilacerado, podemos ver como o homem consegue ser cruel, pequeno e mesquinho. N'Ele, podemos ler a história do ódio do homem e a história do pecado. N'Ele, no seu amor que sofre por nós, podemos ver ainda melhor a resposta de Deus: Sim, isto é o homem, que Deus amou até ao pó, que Deus amou a ponto de o seguir até ao derradeiro sofrimento da morte. Mesmo na humilhação extrema, ele é o chamado de Deus, o irmão de Jesus Cristo, chamado a tomar parte do amor eterno de Deus.

A pergunta «O que é o homem?» encontra resposta na imitação de Jesus Cristo. Fazendo nossos os seus passos, podemos aprender, dia após dia, o que é o homem, na paciência do amor e no sofrimento com Jesus Cristo, tornando-nos, assim, homens. Então, quereremos erguer os olhos para Aquele que Pilatos, que a Igreja, nos apresentam. O homem é Ele. Oremos-Lhe, pedindo que nos ensine a nos tornarmos verdadeiramente homens, a sermos homens.





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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 26 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Cosme e S. Damião, médicos, mártires, +303

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Paulo VI: "E vós, que dizeis? Para vós, quem sou eu?"


Evangelho segundo S. Lucas 9,18-22.

Um dia, quando orava em particular, estando com Ele apenas os discípulos, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?» Responderam-lhe: «João Baptista; outros, Elias; outros, um dos antigos profetas ressuscitado.» Disse-lhes Ele: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.» Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse; e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Paulo VI, papa de 1963 a 1978
Homilia em Manila, 29/11/70 (trad. DC 1576, p.1115 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

"E vós, que dizeis? Para vós, quem sou eu?"


Cristo! Sinto a necessidade de o anunciar, não posso calá-lo: "Ai de mim, se não anunciar o Evangelho!" (1Co 9,16) Sou enviado por ele para isso mesmo; sou apóstolo, sou testemunha. Quanto mais longe está o objectivo e mais difícil é a missão, mais premente é o amor que me impele (2Co 5,14). Devo proclamar o seu nome: Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16,16). É ele que nos revela o Deus invisível, o primogénito de toda a criatura, o fundamento de todas as coisas (Col 1,15s). Ele é o Mestre da humanidade e o Redentor: nasceu, morreu e ressuscitou por nós; é o centro da história e do mundo. É quem nos conhece e nos ama; é o companheiro e o amigo da nossa vida. É o homem da dor e da esperança; é o que deve vir e que será um dia nosso juiz e tembém, assim o esperamos, a plenitude eterna da nossa existência, a nossa felicidade.
     
Nunca mais acabaria de falar dele: ele é a luz, é a verdade; muito mais, é "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ele é o Pão, a Fonte de água viva que responde à nossa fome e à nossa sede (Jo 6,35; 7,38); ele é o Pastor, o nosso guia, o nosso exemplo, o noso reconforto, o nosso irmão. Como nós, e mais do que nós, foi pequeno, pobre, humilhado, trabalhador, infeliz e paciente. Para nós, falou, realizou milagres, fundou um Reino novo onde os pobres são bem-aventurados, onde a paz é o princípio da vida em comum, onde os que têm o coração puro e os que choram são exaltados e consolados, onde os que aspiram à justiça são atendidos, onde os pecadores podem ser perdoados, onde todos são irmãos.
      
Jesus Cristo: vocês já ouviram falar dele e até, para a maioria, vocès pertencem-lhe, vocês são cristãos. Pois bem! A vocês, cristãos, eu repito o seu nome, a todos anuncio: Jesus Cristo é "o princípio e o fim, o alfa e o ómega" (Ap 21,6). Ele é o rei do mundo novo; é o segredo da história, a chave do nosso destino; ele é o Mediador, a ponte entre a terra e o céu...; o Filho do homem, o Filho de Deus..., o Filho de Maria... Jesus Cristo! Lembrem-se: é o anúncio que fazemos para a eternidade, é a voz que fazemos ressoar por toda a terra (Rm 10,18) e para os séculos que hão-de vir.





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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 25 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Firmino, bispo, mártir, séc. III

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Santo Ambrósio : "Herodes procurava vê-lo"


Evangelho segundo S. Lucas 9,7-9.

O tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que se passava; e andava perplexo, pois alguns diziam que João ressuscitara dos mortos; outros, que Elias aparecera, e outros, que um dos antigos profetas ressuscitara. Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar, mas quem é este de quem oiço dizer semelhantes coisas?» E procurava vê-lo.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de S. Lucas, I, 27

"Herodes procurava vê-lo"


Neste mundo, o Senhor só é visto quando quer. Não há de que nos espantarmos. Mesmo na ressurreição, só foi dado ver Deus aos que tinham o coração puro: "Bem-aventurados os corações puros, porque verão a Deus" (Mt 5,8). Quantos bem-aventurados não tinha Jesus enumerado já e, contudo, não lhes tinha prometido esta possibilidade de verem Deus. Se, portanto, aqueles que têm o coração puro hão-de ver Deus, seguramente que os outros não o verão...; aquele que não quis ver Deus não pode ver Deus.  
    
Porque Deus não se vê num lugar mas através de um coração puro. Não são os olhos do corpo que procuram Deus; ele não é captado pelo olhar, nem tocado pelo tacto, nem ouvido numa conversa, nem reconhecido numa atitude. Julgamo-lo ausente e vemo-lo; está presente e não o vemos. Aliás, nem todos os apóstolos viam Cristo; foi por isso que ele lhes disse: "Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis?" (Jo 19,9) Com efeito, todo aquele que conheceu qual é "a largura, o comprimento, a altura e a profundidade - o amor de Cristo que ultrapassa todo o conhecimento" (Ef 3,18-19), esse viu também Cristo, viu também o Pai. Porque, no que nos toca, não é segundo a carne que conhecemos Cristo (2Co 6,16), mas segundo o Espírito: "O Espírito que está diante da nossa face é o Ungido do Senhor, o Cristo" (Lm 420). Que ele se digne, na sua misericórdia, cumular-nos com toda a plenitude de Deus, a fim de que o possamos ver!





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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 24 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora das Mercês,   S. Vicente Maria Strambi, bispo, +1824

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S. João Crisóstomo : «A tua majestade suprema é proclamada pela boca das crianças, dos pequeninos» (Sl 8,3)


Evangelho segundo S. Lucas 9,1-6.

Tendo convocado os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem doenças. Depois, enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes, e disse-lhes: «Nada leveis para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas. Em qualquer casa em que entrardes, ficai lá até ao vosso regresso. Quanto aos que vos não receberem, saí dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés, para servir de testemunho contra eles.» Eles puseram-se a caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa-Nova e realizando curas por toda a parte.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. João Crisóstomo (c. 345-407), bispo de Antioquia depois de Constantinopla, doutor da Igreja
4ª homilia sobre a 1ª epístola aos Coríntios

«A tua majestade suprema é proclamada pela boca das crianças, dos pequeninos» (Sl 8,3)


A cruz conquistou os espíritos no meio de pregadores ignorantes, e isso no mundo inteiro. Não se tratava de questões banais, mas de Deus e da verdadeira fé, da vida segundo o Evangelho, e do julgamento futuro. A cruz transformou, pois, em filósofos, pessoas simples e iletradas. Eis como: «a loucura de Deus é mais sábia que o homem, e a sua fraqueza, mais forte» (1 Co 1,25).

Como é que é mais forte? Porque se propaga pelo mundo inteiro, porque submeteu os homens ao seu poder e resiste aos inumeráveis adversários que gostariam de ver desaparecer o nome do Crucificado. Pelo contrário, esse nome desabrochou e propagou-se; os seus inimigos pereceram, desapareceram; os vivos que combatiam um morto foram reduzidos à impotência... Com efeito, o que publicanos e  pecadores conseguiram vencer pela graça de Deus, os filósofos, os oradores, os reis, em breve, a terra inteira, em toda a sua extensão, não foi sequer capaz de o imaginar... Era pensando nisso que o apóstolo Paulo dizia: «A fraqueza de Deus é mais forte que todos os homens». De outro modo, como teriam podido esses doze pecadores pobres e ignorantes imaginar uma tal empresa?





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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 23 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : São Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, +1968

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Santa Teresa do Menino Jesus : Ela vivia de fé como nós


Evangelho segundo S. Lucas 8,19-21.

Sua mãe e seus irmãos vieram ter com Ele, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Anunciaram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.» Mas Ele respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Últimos Diálogos, 21/08/1897

Ela vivia de fé como nós


Como eu gostava de ser padre para pregar acerca da Virgem Santa! Uma só vez bastava-me para dizer tudo o que penso a esse respeito.

Teria, primeiro, feito entender a que ponto se conhece mal a sua vida Não precisaria de dizer coisas inacreditáveis ou que não se sabem; por exemplo, que muito pequenita, aos três anos, a Virgem Santa foi ao Templo oferecer-se a Deus com sentimentos ardentes de amor e absolutamente extraordinários; quando ela lá foi talvez simplesmente para obedecer a seus pais... Para que um sermão sobre a Virgem me agrade e me faça bem, preciso de ver a sua vida real, não a sua vida suposta; e estou certa de que a sua vida real devia ser muito simples. Mostram-na inabordável, era preciso mostrá-la imitável, fazer ressaltar as suas virtudes, dizer que ela vivia de fé, como nós; dar provas pelo Evangelho onde lemos: «eles não compreenderam o que lhes dizia» (Lc 2,50). E esta outra, não menos misteriosa: «Os seus pais ficavam admirados com o que diziam dele» (Lc 2,33). Essa admiração supõe uma certa estranheza, não acham?

Sabe-se bem que a Virgem é a rainha do Céu e da terra, mas é mais mãe que rainha, e não é preciso dizer, por causa das suas prerrogativas, que ela eclipsa a glória de todos os santos, como o sol ao nascer faz desaparecer as estrelas. Meu Deus! Eu penso exactamente o contrário, creio que ela aumentará muito o esplendor dos eleitos.  Está certo falar das suas prerrogativas, mas não é preciso dizer que isso... Quem sabe se alguma alma não iria mesmo sentir um certo afastamento em relação a uma criatura tão superior e não diria para consigo: «Se assim é, mais vale brilhar tanto quanto se possa num cantinho».

O que a Virgem tinha a mais do que nós é que ela não podia pecar, que estava isenta de pecado original, mas, por outro lado, teve muito menos sorte do que nós porque não tinha Virgem Santa para amar, e é uma grande doçura a mais para nós.





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domingo, 21 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 22 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Maurício e companheiros (soldados romanos), mártires, séc. III,  Beato José Calasanz e companheiros, mártires, +1648

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Bem aventurada Teresa de Calcutá : «Prestai atenção ao modo como escutais»


Evangelho segundo S. Lucas 8,16-18.

«Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz. Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Bem aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
No Greater Love (trad. Não há amor maior)

«Prestai atenção ao modo como escutais»


Escuta em silêncio. Porque o teu coração transborda com um milhão de coisas, tu não podes escutar nele a voz de Deus. Mas assim que te pões à escuta da voz de Deus no teu coração pacificado, ele enche-se de Deus. Isso requer muitos sacrifícios. Se pensamos que queremos rezar, temos de nos preparar para isso. Sem desfalecimento. Não são senão as primeiras etapas em direcção à oração, mas se não as concluímos com determinação, nunca alcançaremos a última etapa, a presença de Deus.

É por isso que a aprendizagem deve ser feita desde o início: colocar-se à escuta da voz de Deus no seu coração; e, no silêncio do coração, Deus põe-se a falar. Depois, da plenitude do coração sobe o que a boca deve dizer. Aí opera-se a fusão. No silêncio do coração, Deus fala e tu só tens que escutar. Depois, uma vez que o teu coração entra em plenitude, porque ele se encontra repleto de Deus, repleto de amor, repleto de compaixão, repleto de fé, compete à tua boca pronunciar-se.

Lembra-te, antes de falares, que é necessário escutar e só então, das profundezas de um coração aberto, podes falar e Deus entende-te.





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sábado, 20 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 21 de Setembro de 2008

XXV Domingo Comum (semana I do saltério)
Hoje a Igreja celebra : S. Mateus, apóstolo e evangelista

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S. Efrém : «Não me será permitido dispor dos meus bens como me aprouver?»


Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16.

«Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha. Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho, e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.' E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo. Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?' Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.' Ele disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha.' Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.' Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um. Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: 'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.' O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos? Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti. Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?' Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Efrém (cerca 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja
Diatessaron, 15, 15-17

«Não me será permitido dispor dos meus bens como me aprouver?»


Aqueles homens estavam dispostos a trabalhar mas «ninguém os contratou»; eles eram trabalhadores, mas ociosos por falta de trabalho e de patrão. Em seguida, uma voz contratou-os, uma palavra pô-los a caminho e, no seu zelo, não combinaram antecipadamente qual o preço do seu trabalho, como os primeiros. O patrão avaliou os seus trabalhos com sabedoria e pagou-lhes tanto como aos outros. Nosso Senhor disse esta parábola para que ninguém dissesse: «Uma vez que não fui chamado na juventude, não posso ser recebido». Mostrou que, seja qual for o momento da sua conversão, todo o homem é acolhido... «Ele saiu pela manhã, pela terceira hora, pela hora sexta, pela hora nona e pela hora undécima»: pode-se compreender isso desde o início da sua pregação, ao longo da sua vida até à cruz, porque foi «à hora undécima» que o ladrão entrou no Paraíso. Para que não se incrimine o ladrão, nosso Senhor afirma a sua boa vontade; se tivesse sido contratado, teria trabalhado: «Ninguém nos contratou».

O que damos a Deus é bem digno dele e o que ele nos dá bem superior a nós. Contratam-nos para um trabalho proporcional às nossas forças, mas propõem-nos um salário superior ao que o nosso trabalho merece... Ele age do mesmo modo para com os primeiros e para com os últimos; «recebeu cada um uma moeda» com a imagem do Rei. Tudo isso significa o pão da vida (Jo 6,35) que é o mesmo para todos os homens; único é o remédio de vida para aqueles que o tomam.

No trabalho da vinha, não se pode acusar o patrão pela sua bondade, e não se encontra nada a dizer acerca da sua rectidão. Na sua rectidão, ele deu como havia combinado, e mostrou-se misericordioso como quis. É para ensinar isto que nosso Senhor disse esta parábola, e resumiu tudo isto nestas palavras: «Não me é permitido fazer o que quero na minha casa?»    





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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 20 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santos André Kim Taegón, presbítero, Paulo Chóng Hasang e companheiros, mártires, +1846

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S. Teodoro Estudita : «Uma semente caiu em boa terra»


Evangelho segundo S. Lucas 8,4-15.

Como estivesse reunida uma grande multidão, e de todas as cidades viessem ter com Ele, disse esta parábola: «Saiu o semeador para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, foi pisada e as aves do céu comeram-na. Outra caiu sobre a rocha e, depois de ter germinado, secou por falta de humidade. Outra caiu no meio de espinhos, e os espinhos, crescendo com ela, sufocaram-na. Uma outra caiu em boa terra e, uma vez nascida, deu fruto centuplicado.» Dizendo isto, clamava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!» Os discípulos perguntaram-lhe o significado desta parábola. Disse-lhes: «A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus; mas aos outros fala-se-lhes em parábolas, a fim de que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam.» «O significado da parábola é este: a semente é a Palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem, mas em seguida vem o diabo e tira-lhes a palavra do coração, para não se salvarem, acreditando. Os que estão sobre a rocha são os que, ao ouvirem, recebem a palavra com alegria; mas, como não têm raiz, acreditam por algum tempo e afastam-se na hora da provação. A que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, indo pelo seu caminho, são sufocados pelos cuidados, pela riqueza, pelos prazeres da vida e não chegam a dar fruto. E a que caiu em terra boa são aqueles que, tendo ouvido a palavra, com um coração bom e virtuoso, conservam-na e dão fruto com a sua perseverança.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Teodoro Estudita (759-826), monge em Constantinopla
Homilia 2 para a Natividade de Maria, 4, 7; PG 96, 683s

«Uma semente caiu em boa terra»


É a Maria, creio, que se dirige o profeta Joel, ao dizer: «Não temas, tu, a terra; canta e rejubila, porque o Senhor faz grandes coisas» (2,21). Porque Maria é a terra: a terra onde Moisés, homem de Deus, recebeu ordem para tirar as sandálias dos pés (Ex 3,5), uma imagem da Lei que a graça virá substituir. Ela é também a terra onde, pelo Espírito Santo, se fixou Aquele acerca de quem cantamos que «fundou a terra sobre bases sólidas» (Sl 103,5). É uma terra que, sem ter sido semeada, faz brotar o fruto que dá alimento a todo o ser vivo (Sl 135,25). Uma terra onde não cresceu o espinheiro do pecado: pelo contrário, nela nasceu quem desde a raiz o arrancou. Terra que é, enfim, não maldita, como a primeira, de campos onde abundavam espinhos e abrolhos (Gn 3,18), mas sobre a qual repousa a bênção do Senhor, e que traz em seu seio um «fruto bendito», como diz a palavra sagrada (Lc 1,42). [...]

Exulta pois, Maria, casa do Senhor, terra que Deus marcou com seus passos [...]. Exulta, paraíso mais feliz que o jardim do Éden, onde toda a virtude germinou e onde cresceu a árvore da Vida.






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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 19 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Januário, bispo, mártir, +305,   Nossa Senhora da Salette

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Papa Bento XVI: «Acompanhavam-No os Doze, e também mulheres»


Evangelho segundo S. Lucas 8,1-3.

Em seguida, Jesus ia de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Acompanhavam-no os Doze e algumas mulheres, que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios; Joana, mulher de Cuza, administrador de Herodes; Susana e muitas outras, que os serviam com os seus bens.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Papa Bento XVI
Audiência geral de 14/2/07 (trad. DC 2376, p. 264 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Acompanhavam-No os Doze, e também mulheres»


Sabemo-lo, de entre os seus discípulos Jesus escolheu doze homens como Pais do novo Israel, e escolheu-os para «estarem com Ele e para os enviar a pregar» (Mc 3, 14). Este facto é evidente mas, além dos Doze, colunas da Igreja, pais do novo Povo de Deus, também muitas mulheres são escolhidas no número dos discípulos. Posso apenas brevemente mencionar aquelas que se encontram no caminho do próprio Jesus, a começar pela profetisa Ana, até à Samaritana, à mulher sírio-fenícia, à hemorroísa e à pecadora perdoada. Não me referirei sequer às protagonistas de algumas eficazes parábolas, por exemplo a uma dona de casa que amassa o pão, à mulher que perde a dracma, à viúva que importuna o juiz. Mais significativas nesta nossa reflexão são aquelas mulheres que desenvolveram um papel activo no contexto da missão de Jesus.
Em primeiro lugar, pensamos naturalmente na Virgem Maria que, com a sua fé e a sua obra materna, colaborou de modo único para a nossa Redenção, e de tal forma que Isabel veio a proclamá-la «bendita [...] entre as mulheres», acrescentando: «Feliz de ti que acreditaste» (Lc 1, 45). Tornando-se discípula do Filho, Maria manifestou em Caná total confiança nele e seguiu-O até à Cruz, onde recebeu dele uma missão materna para com todos os seus discípulos de todos os tempos, representados por João.
Surgem depois várias mulheres que, a diversos títulos, gravitaram em torno da figura de Jesus, com funções de responsabilidade. São exemplo eloquente disso as mulheres que seguiam Jesus para o assistir com os seus bens e das quais Lucas nos transmite alguns nomes: Maria de Magdala, Joana, Susana e «muitas outras». Depois, os Evangelhos informam-nos que as mulheres, diversamente dos Doze, não abandonaram Jesus na hora da Paixão. Entre elas destaca-se, em particular, Madalena, que presenciou a Paixão, mas que para além disso foi também a primeira testemunha do Ressuscitado e quem O anunciou. É precisamente para Maria de Magdala que S. Tomás de Aquino reserva a singular qualificação de «apóstola dos apóstolos», dedicando-lhe este bonito comentário: «Como uma mulher tinha anunciado ao primeiro homem palavras de morte, assim uma mulher foi a primeira a anunciar aos apóstolos palavras de vida».
(Referências bíblicas : Mc 3,14-15 ; Lc 2,36-38 ; Jo 4,1-39; Mc 7,24-30 ; Mt 9,20-22 ; Lc 7,36-50 ; Mt 13,33 ; Lc 15,8-10 ; Lc 18,1-18 ; Lc 1,42 ; Lc 1,45 ; Jo 2,25 ; Jn 19,25-27 ; Lc 8,2-3 ; Mt 27,56.61; Mc 15,40 ; Jo 20,1.11-18)






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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 18 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. José de Cupertino, religioso, +1663

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São Pio de Pietrelcina : «Quem é este que até perdoa os pecados?»


Evangelho segundo S. Lucas 7,36-50.

Um fariseu convidou-o para comer consigo. Entrou em casa do fariseu, e pôs-se à mesa. Ora certa mulher, conhecida naquela cidade como pecadora, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume. Colocando-se por detrás dele e chorando, começou a banhar-lhe os pés com lágrimas; enxugava-os com os cabelos e beijava-os, ungindo-os com perfume. Vendo isto, o fariseu que o convidara disse para consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a tocar, porque é uma pecadora!» Então, Jesus disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa para te dizer.» «Fala, Mestre» respondeu ele. «Um prestamista tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou aos dois. Qual deles o amará mais?» Simão respondeu: «Aquele a quem perdoou mais, creio eu.» Jesus disse-lhe: «Julgaste bem.» E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; ela, porém, banhou-me os pés com as suas lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste um ósculo; mas ela, desde que entrou, não deixou de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, e ela ungiu-me os pés com perfume. Por isso, digo-te que lhe são perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa pouco ama.» Depois, disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados.» Começaram, então, os convivas a dizer entre si: «Quem é este que até perdoa os pecados?» E Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
CE, 18.16; AD, 54

«Quem é este que até perdoa os pecados?»


Que a esperança na misericórdia de Deus nos dê fortaleza no tumulto das paixões e das contrariedades. Corramos com confiança para o sacramento da penitência, onde a todo o momento o Senhor nos espera com infinita ternura. E depois de perdoados nossos pecados, esqueçamo-los, porque o Senhor já antes de nós o fizera. Mesmo admitindo que tenhas cometido todos os pecados do mundo, o Senhor repete-te: «Os teus muitos pecados te são perdoados porque muito amaste».

Senhor Jesus, tu és doçura suprema: como poderia eu, portanto, viver sem ti? Vem, Senhor, só Tu possuirás o meu coração.





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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 17 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Roberto Belarmino, bispo, Doutor da Igreja, +1621

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S. Siluane : "Adão, onde estás?" (Gn 3,9): responder aos apelos do Senhor


Evangelho segundo S. Lucas 7,31-35.

«A quem, pois, compararei os homens desta geração? A quem são semelhantes? Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo: 'Tocámos flauta para vós, e não dançastes! Entoámos lamentações, e não chorastes!' Veio João Baptista, que não come pão nem bebe vinho, e dizeis: 'Está possesso do demónio!' Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: 'Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!' Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Siluane (1866-1936)
Escritos

"Adão, onde estás?" (Gn 3,9): responder aos apelos do Senhor


A minha alma anseia pelo Senhor e eu procuro-o com lágrimas. Como poderia não te procurar? Tu foste o primeiro a encontrar-me. Tu permitiste-me que vivesse a doçura do teu Espírito Santo e a minha alma amou-te. Tu vês, Senhor, o meu sofrimento e as minhas lágrimas. Se não me tivesses atraído com o teu amor, eu não te procuraria como te procuro. Mas o teu Espírito fez-me conhecer-te e a minha alma alegra-se por tu seres o meu Deus e o meu Senhor e, até às lágrimas, anseio por ti...
      
Senhor misericordioso, tu vês a minha queda e a minha dor; mas, humildemente, imploro a tua clemência: derrama sobre o pecador que eu sou a graça do teu Espírito Santo. A sua lembrança leva o meu espírito a encontrar de novo a tua misericórdia. Senhor, dá-me o teu humilde Espírito para que eu não perca de novo a tua graça e não me lamente como Adão que chorava a separação de Deus e o Paraíso perdido.
      
O Espírito de Cristo, que o Senhor me deu, quer a salvação de todos, deseja que todos conheçam Deus. O Senhor deu o Paraíso ao ladrão; dá-lo-á também a todos os pecadores. Pelos meus pecados, sou pior do que um cão tinhoso mas pus-me a pedir ao Senhor que mos perdoasse e ele concedeu-me, não só o seu perdão, como o próprio Espírito Santo. E, no Espírito Santo, conheci Deus...
     
O Senhor é misericordioso; a minha alma sabe-o mas descrevê-lo é impossível. Ele é infinitamento manso e humilde e a minha alma, quando o vê, transforma-se toda ela em amor a Deus e ao próximo; torna-se ela mesma mansa e humilde. Mas, se o homem perder a graça, chorará como Adão quando foi expulso do Paraíso... Dá-nos, Senhor, o arrependimento de Adão e a tua santa humildade.





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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 16 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Cornélio, papa, mártir, +253,   S. Cipriano, bispo, mártir, +258

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Santo Agostinho : "Jovem, eu te ordeno, levanta-te"


Evangelho segundo S. Lucas 7,11-17.

Em seguida, dirigiu-se a uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe. O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Sermão 98

"Jovem, eu te ordeno, levanta-te"


Que ninguém duvide, se for cristão, de que, mesmo agora, os mortos ressuscitam. Claro que todos temos olhos para ver mortos ressuscitarem da forma como ressuscitou o filho desta viúva de quem se fala no evangelho. Mas nem todos podem ver ressuscitar os homens que estão mortos espiritualmente; para isso é preciso já se ter ressuscitado interiormente. É maior feito ressuscitar alguém que há-de viver para sempre do que ressuscitar alguém que tem de morrer de novo.

A mãe deste jovem, esta viúva, teve transportes de alegria ao ver ressuscitar o seu filho. A nossa mãe, a Igreja, rejubila também ao ver todos os dias a ressurreição espiritual dos seus filhos. O filho da viúva tinha morrido com a morte do corpo; mas estes, com a morte da alma. Derramavam-se lágrimas sobre a morte visível do primeiro; mas poucos se preocupam com a morte invisível destes últimos, nem sequer a vêem. O único que não ficou indiferente foi aquele que conhecia estes últimos mortos; só ele conhecia esses mortos e lhes podia dar a vida. Com efeito, se o Senhor não tivesse vindo para ressuscitar os mortos, o apóstolo Paulo não teria dito: "Levanta-te, tu que dormes, ergue-te de entre os mortos e Cristo te iluminará!" (Ef 5,14)





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domingo, 14 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 15 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora das Dores

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Beato Guerric d'Igny : «E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua»


Evangelho segundo S. João 19,25-27.

Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beato Guerric d'Igny (c.1080-1157), abade cisterciense
4º sermão para a Assunção

«E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua»


Quando Jesus se pôs a percorrer as cidades e as aldeias para anunciar a Boa Nova (Mt 9,35), acompanhava-o Maria, a seus passos presa de maneira inseparável, suspensa de seus lábios sempre que Ele abria a boca para ensinar. A tal ponto assim era que nem a tempestade da perseguição nem o horror do suplício a fizeram abandonar a companhia do Filho, os ensinamentos do seu Mestre. «Aos pés da cruz de Jesus estava Maria, sua mãe». Ela é mãe, verdadeiramente mãe, a que nem nos terrores da morte abandonava o Filho. Como poderia ela ter sido assustada pela morte, esta cujo «amor era forte como a morte» (Ct 8,6), e mais forte até que a própria morte. Sim, de pé ela se mantinha aos pés da cruz de Jesus e a dor desta cruz crucificava-a em seu próprio coração, também; todas as chagas que via no corpo ferido de seu Filho eram gládios que lhe trespassavam a alma (Lc 2,35). É pois com toda a justiça que ali mesmo é proclamada Mãe, e lhe seja designado um protector bem escolhido que a tome a seu cuidado, porque foi de facto ali que se manifestaram o amor perfeito da mãe para com o Filho e a verdadeira humanidade que o Filho recebera da mãe [...].

Tendo-a Jesus amado, levou o seu amor «até ao extremo» (Jo 13,1). Não só os seus últimos momentos de vida foram para ela, como também as suas últimas palavras: acabando por assim dizer de ditar o seu testamento, Jesus confiou a mãe aos cuidados do seu mais querido herdeiro [...]. Pedro recebeu a Igreja; e João, recebeu Maria. Esta parte da herança coube a João como um sinal do amor privilegiado de que era objecto, mas também devido à sua castidade [...] Porque convinha que à mãe do Senhor só prestasse serviços o discípulo bem amado de seu Filho, e mais ninguém [...] E por tal disposição providencial, poderia o futuro evangelista de tudo se ocupar com familiaridade juntamente com a que tudo sabia, aquela que, desde sempre, observava tudo o que a seu Filho dizia respeito e «conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19).





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sábado, 13 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 14 de Setembro de 2008

Exaltação da Santa Cruz (ofício da festa)
Hoje a Igreja celebra : Exaltação da Santa Cruz

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Santo Efrém : «Quando for erguido da terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12,32)


Evangelho segundo S. João 3,13-17.

Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Efrém (c.306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja (?)
Homilia atribuída a Santo Efrém

«Quando for erguido da terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12,32)


De ora em diante, pela cruz, as sombras estão dissipadas e a verdade eleva-se, como diz o apóstolo João: «Porque as primeiras coisas passaram [...]  Eu renovo todas as coisas» (Ap 21,4-5). A morte é espoliada, o inferno liberta os cativos, o homem está livre, o Senhor reina, a criação está em alegria. A cruz triunfa e todas as nações, tribos, línguas e povos (Ap 7,9), vêm para O adorar. Com o beato Paulo, que exclama : «Quanto a mim, porém, de nada quero me gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Ga 6,14), encontramos nela a nossa alegria. A cruz traz a luz a todo o universo, ela afasta as trevas e reúne as nações do Ocidente, do Oriente, do Norte e do mar numa só Igreja, numa única fé, num só baptismo na caridade. Fixada no Calvário, ela dirige-se ao centro do mundo.

Armados com a cruz, os apóstolos vão pregar e reunir na sua adoração o universo inteiro, espezinhando todas as forças hostis. Por ela, os mártires confessaram a sua fé com audácia e não temeram os ardis dos tiranos. Carregando-a, os monges fizeram da solidão a própria morada, numa imensa alegria.

Na hora em que Jesus regressar, aparecerá primeiro no céu esta cruz, ceptro precioso, vivo, verdadeiro e santo do Grande Rei: «Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem» (Mt 24,30). Vê-la-emos, escoltada pelos anjos, a iluminar a Terra, de uma a outra ponta do Universo, mais clara que o sol, a anunciar o Dia do Senhor.





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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 13 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. João Crisóstomo, bispo, Doutor da Igreja, +407

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Santo Ireneu de Lyon : Assentar os alicerces sobre a rocha


Evangelho segundo S. Lucas 6,43-49.

«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto; não se colhem figos dos espinhos, nem uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o que é bom; e o mau, do mau tesouro tira o que é mau; pois a boca fala da abundância do coração.» «Porque me chamais 'Senhor, Senhor', e não fazeis o que Eu digo? Vou mostrar-vos a quem é semelhante todo aquele que vem ter comigo, escuta as minhas palavras e as põe em prática. É semelhante a um homem que edificou uma casa: cavou, aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Sobreveio uma inundação, a torrente arremessou-se com violência contra aquela casa mas não a abalou, por ter sido bem edificada. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra, sem alicerces. A torrente arremessou-se contra ela, e a casa imediatamente se desmoronou. E foi grande a sua ruína!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ireneu de Lyon (c. 130 - c 208), bispo, teólogo e mártir
Contra as Heresias III, 24, 1-2

Assentar os alicerces sobre a rocha


A pregação da Igreja apresenta, sob todos os aspectos, uma solidez inabalável; permanece idêntica a si mesma e beneficia do testemunho dos profetas, dos apóstolos e de todos os seus discípulos, testemunho que engloba "o começo, o meio e o fim", a totalidade do desígnio de Deus infalivelmente ordenada para a salvação do homem e pedra angular da nossa fé. Por isso, nós guardamos com cuidado essa fé que recebemos da Igreja... Com efeito, foi à Igreja que foi confiado o "dom de Deus" (jo 4,10) - assim como o sopro tinha sido confiado à primeira obra que Deus modelou, Adão (Gn 2,7) - a fim de que todos os membros da Igreja possam dele participar e por ele ser vivificados. Nela é que foi depositada a comunhão com Cristo, isto é, o Espírito Santo, penhor do dom da incorruptibilidade, confirmação da nossa fé e escada para a nossa ascenção até Deus: "Na Igreja, escreve S. Paulo, Deus colocou apóstolos, profetas, doutores" e todos os outros, por acção do Espírito (1 Co 12,28.11).
    
Onde estiver a Igreja, está também o Espírito Santo; e onde está o Espírito de Deus, está também a Igreja e toda a graça. E o Espírito é Verdade (1 Jo 5,6). É por isso que aqueles que se excluem do Espírito deixam de se alimentar no seio de sua Mãe para receber a vida e de participar da fonte límpida que brota do corpo de Cristo(Jo 7,37), mas, pelo contrário, "controem para si cisternas quebradas" (Jr 2,13)... Tornando-se estrangeiros à verdade, é fatal que persistam no erro e sejam sacudidos por ele, que... não tenham nunca uma doutrina firmemente estabelecida, uma vez que preferem ser argumentadores de palavras mais do que discípulos da verdade. Porque não se alicerçam na única Rocha mas na areia.





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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 12 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Guido de Anderlecht, peregrino, +1012,   Santíssimo Nome de Maria

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S. Cirilo de Alexandria : O discípulo bem formado será como o seu mestre


Evangelho segundo S. Lucas 6,39-42.

Jesus disse-lhes ainda esta parábola: «Um cego pode guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? Não está o discípulo acima do mestre, mas o discípulo bem formado será como o mestre. Porque reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não reparas na trave que está na tua própria vista? Como podes dizer ao teu irmão: 'Irmão, deixa-me tirar o argueiro da tua vista', tu que não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás para tirar o argueiro da vista do teu irmão.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre oevangelho de Lucas, 6

O discípulo bem formado será como o seu mestre


"O discípulo não está acima do mestre. Será perfeito se for como o mestre". Os bem-aventurados discípulos estavam destinados a tornar-se os guias e os mestres espirituais da terra inteira. Deviam assim dar provas, mais do que quaisquer outros, de um visível fervor, estar familiarizados com a maneira de viver segundo o Evangelho e dispostos a praticar qualquer boa obra. Teriam de transmitir àqueles que instruissem a doutrina exacta, salutar e estritamente conforma à verdade, depois de primeiramente a terem contemplado e deixado a luz divina iluminar a sua inteligência. Sem isso, seriam cegos a conduzir outros cegos. Porque os que estão mergulhados nas trevas da ignorância não podem conduzir ao conhecimento da verdade os homens que sofrem essa mesma ignorância. Aliás, quereriam eles que caissem todos juntos no abismo das suas más tendências?
      
Foi por isso que o Senhor quis parar a inclinação para a vanglória que se encontra em tantas pessoas e dissuadi-las de rivalizar com os seus mestres para ultrapassarem a reputação deles. Disse-lhes: "O discípulo não está acima do mestre". Mesmo se acontecer a alguém atingir um grau de virtude igual à dos predecessores, deverá sobretudo imitar a modéstia deles. Paulo dá-nos uma prova disso quando diz: "Mostrai-vos meus imitadores, como eu próprio o sou de Cristo" (1 Co 11,1).
    
Se é assim, porque julgas, se o Mestre não julga ainda? Porque ele não veio para julgar o mundfo (Jo 12,47), mas para lhe trazer a graça... "Se eu não julgo, disse ele, não julgues também tu, que és meu discípulo. Pode acontecer que sejas mais culpado do que aquele que estás a julgar... Porque reparas na palha que está no olho do teu irmão?"





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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 11 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : São João Gabriel Perboyre, presbítero, mártir, +1840

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S. Máximo: "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso"


Evangelho segundo S. Lucas 6,27-38.

«Digo-vos, porém, a vós que me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam. A quem te bater numa das faces, oferece-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, não impeças de levar também a túnica. Dá a todo aquele que te pede e, a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames. O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então, a vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.» «Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Máximo, o Confessor (c. 580-662), monge e teólogo
Centúria 1 sobre o amor, ne Filocalia

"Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso"


Não te prendas às suspeitas nem às pessoas que te levam a escandalizares-te com certas coisas. Porque aqueles que, de uma forma ou de outra, se escandalizam com as coisas que lhes acontecem, quer as tenham querido quer não, ignoram o caminho da paz que, pelo amor, leva ao conhecimento de Deus os que dela se enamoram.  
      
Não tem ainda o perfeito amor aquele que é ainda afectado pelo temperamento dos outros, que, por exemplo, ama uns e detesta outros ou que umas vezes ama e outras detesta a mesma pessoa pelas mesmas razões. O perfeito amor não despedaça a única e mesma natureza dos homens só porque eles têm temperamentos diferentes mas, tendo em consideração essa natureza, ama de igual forma todos os homens. Ama os virtuosos como amigos e os maus, embora sejam inimigos, fazendo-lhes bem, suportando-os comn paciência, aceitando o que vem deles, não tomando em consideração a malícia, chegando mesmo a sofrer por eles se se oferecer uma ocasião. Assim, fará deles amigos, se tal for possível. Pelo menos, será fiel a si mesmo; mostra sempre os seus frutos a todos os homens, de igual modo. O Nosso Deus e Senhor Jesus Cristo, mostrando o amor que tem por nós, sofreu pela humanidade inteira e deu a esperança da ressurreição a todos de igual forma, embora cada um, com as suas obras, atraia sobre si a glória ou o castigo.





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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 10 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Nicolau Tolentino, presbítero, +1305

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Leão XIII: "Felizes vós, os pobres"


Evangelho segundo S. Lucas 6,20-26.

Erguendo os olhos para os discípulos, pôs-se a dizer: «Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Felizes vós, os que agora tendes fome, porque sereis saciados. Felizes vós, os que agora chorais, porque haveis de rir. Felizes sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, pois a vossa recompensa será grande no Céu. Era precisamente assim que os pais deles tratavam os profetas». «Mas ai de vós, os ricos, porque recebestes a vossa consolação! Ai de vós, os que estais agora fartos, porque haveis de ter fome! Ai de vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis! Ai de vós, quando todos disserem bem de vós! Era precisamente assim que os pais deles tratavam os falsos profetas».


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Leão XIII, papa de 1878 a 1903
Encíclica Rerum novarum, 13

"Felizes vós, os pobres"


Os deserdados da fortuna aprendem da Igreja que, segundo o juízo do próprio Deus, a pobreza não é um opróbrio e que não se deve corar por ter de ganhar o pão com o suor do seu rosto. É o que Jesus Cristo Nosso Senhor confirmou com o Seu exemplo. Ele, que «de muito rico que era, Se fez indigente» (2Co 8,9) para a salvação dos homens; que, Filho de Deus e Deus Ele mesmo, quis passar aos olhos do mundo por filho dum artesão; que chegou até a consumir uma grande parte da Sua vida em trabalho mercenário: «Não é Ele o carpinteiro, o Filho de Maria?» (Mc 6,3).
Quem tiver na sua frente o modelo divino, compreenderá mais facilmente o que Nós vamos dizer: que a verdadeira dignidade do homem e a sua excelência reside nos seus costumes, isto é, na sua virtude; que a virtude é o património comum dos mortais, ao alcance de todos, dos pequenos e dos grandes, dos pobres e dos ricos; só a virtude e os méritos, seja qual for a pessoa em quem se encontrem, obterão a recompensa da eterna felicidade. Mais ainda: é para as classes desafortunadas que o coração de Deus parece inclinar-se mais. Jesus Cristo chama aos pobres bem-aventurados: convida com amor a virem a Ele, a fim de consolar a todos os que sofrem e que choram(Mt 11,28); abraça com caridade mais terna os pequenos e os oprimidos. Estas doutrinas foram, sem dúvida alguma, feitas para humilhar a alma altiva do rico e torná-lo mais condescendente, para reanimar a coragem daqueles que sofrem e inspirar-lhes resignação.
Com elas se acharia diminuído um abismo causado pelo orgulho, e se obteria sem dificuldade que as duas classes se dessem as mãos e as vontades se unissem na mesma amizade.





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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 09 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Pedro Claver, presbítero, +1654

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Beata Teresa de Calcutá : «Passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles»


Evangelho segundo S. Lucas 6,12-19.

Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos: Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon, que acorrera para o ouvir e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados por espíritos malignos ficavam curados; e toda a multidão procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma força que a todos curava.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Something Beautiful for God

«Passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles»


Creio que as nossas irmãs receberam aquela comunicação da alegria que se percebe em muitos religiosos que sem reservas se deram a Deus. A nossa obra é apenas a expressão do amor que temos a Deus. Este amor precisa de alguém que o receba, e é assim que as pessoas que encontramos nos dão o meio de o exprimirmos.
Precisamos de encontrar Deus, e não é na agitação nem no barulho que poderemos encontrá-Lo. Deus é o amigo do silêncio. Em que tamanho silêncio não crescem as árvores, as flores e a erva! Em que tamanho silêncio não se movem as estrelas, a lua e o sol! Não é nossa missão dar Deus aos pobres dos casebres? Não um Deus morto, mas um Deus vivo e que ama. Quanto mais recebermos na oração silenciosa, mais podemos dar na nossa vida activa. Precisamos de silêncio para sermos capazes de tocar as almas. O essencial não é o que dizemos, mas o que Deus nos diz e o que diz através de nós. Todas as palavras que dissermos serão vãs se não vierem do mais íntimo; as palavras que não transmitem a luz de Cristo aumentam as trevas.
Os nossos progressos na santidade dependem de Deus e de nós próprios, da graças de Deus e da própria vontade que temos de ser santos. Temos de assumir o compromisso vital de atingir a santidade. «Quero ser santo» significa: quero desligar-me de tudo o que não é Deus, quero despojar o coração de todas as coisas criadas, quero viver na pobreza e no despojamento, quero renunciar à minha vontade, às minhas inclinações, caprichos e gostos, e tornar-me o dócil servo da vontade de Deus.





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domingo, 7 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 08 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Natividade de Nossa Senhora

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São Nicolau Cabasilas : «Eis que faço novas todas as coisas»


Evangelho segundo S. Mateus 1,1-16.18-23.

Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos; Judá gerou, de Tamar, Peres e Zera; Peres gerou Hesron; Hesron gerou Rame; Rame gerou Aminadab; Aminadab gerou Nachon; Nachon gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Uzias; Uzias gerou Jotam; Jotam gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia. Depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azur; Azur gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleázar; Eleázar gerou Matan; Matan gerou Jacob. Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo. Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Nicolau Cabasilas (c. 1320-1363), teólogo leigo grego
Homilia para a Natividade da Mãe de Deus, 16, 18

«Eis que faço novas todas as coisas»


Quando chegou para a natureza humana o momento de se encontrar com a natureza divina e de ficar unida a ela tão intimamente que as duas não formassem senão uma só pessoa, cada uma delas devia necessariamente ter-se manifestado já na sua integridade. No que toca a Deus, Ele tinha-se revelado da maneira que convinha a Deus; a Virgem é aquela que dá à luz a natureza humana... Até parece que, se Deus se misturou com a natureza humana não na sua origem mas no fim dos tempos (Ga 4,4), foi porque, antes desse momento, esta natureza ainda não tinha plenamente nascido, ao passo que agora, em Maria, ela aparece pela primeira vez na sua integridade...
    
É tudo isto que viemos celebrar hoje, com todo o seu brilho. O dia do nascimento da Virgem é também o do nascimento da humanidade inteira, porque esse dia viu nascer o primeiro ser plenamente humano. Agora, "a terra" verdadeiramente "deu o seu fruto" (Sl 66,7), esta terra que, desde sempre, entre silvas e espinhos, apenas tinha produzido a corrupção do pecado (Gn 3,18). Agora o céu sabe que não foi criado em vão, uma vez que a humanidade, para a qual foi construido, vê a luz do dia...
      
É por isso que toda a criação faz subir até à Virgem um louvor sem fim, que todas as línguas cantam a sua glória em uníssono, que todos os homens e todos os coros dos anjos não cessam de compor hinos à Mãe de Deus. Também nós a cantamos e lhe oferecemos todos juntos o nosso louvor... Só a ti, Virgem digna de todo o louvor, assim com ao teu amor pelos homens, cabe apreciar o benefício da graça obtida não por nós mas pela tua generosidade. Escolhida como dom oferecido a Deus entre toda a nossa raça, revestiste de beleza o resto da humanidade. Santifica, pois, o nosso coração que concebeu as palavras que te dirigimos e impede o terreno da nossa alma de produzir qualquer mal, pela graça e bondade de teu Filho único, Senhor nosso Deus e nosso Salvador, Jesus Cristo.





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sábado, 6 de setembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 07 de Setembro de 2008

XXIII Domingo Comum (semana III do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Beato Vicente de Santo António, presbítero e mártir, +1629

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São João Crisóstomo : «Eu estou no meio deles»


Evangelho segundo S. Mateus 18,15-20.

«Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão. Se não te der ouvidos, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à Igreja; e, se ele se recusar a atender à própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de impostos. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu.» «Digo-vos ainda: Se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu. Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São João Crisóstomo (c. 345-407), bispo de Antioquia, depois de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia 8 sobre a Epístola aos Romanos

«Eu estou no meio deles»


Quando vos digo que imiteis o apóstolo Paulo, não pretendo dizer que ressusciteis os mortos ou que cureis os leprosos. Fazei melhor do que isso: tende caridade. Tende o amor que animava São Paulo, porque essa virtude é muito superior ao poder de fazer milagres. Onde há caridade, Deus-Filho reina, com Seu Pai e com o Espírito Santo, Ele que disse: «Onde estão dois ou três reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles». Gostar de estar juntos é uma característica de uma amizade que, além de real, é forte.

Haverá então, perguntareis, pessoas tão miseráveis, que não desejem ter Cristo no meio delas? Sim, meus filhos, nós próprios; nós expulsamo-Lo do meio de nós quando estamos em guerra uns contra os outros. Dir-me-eis: o que estás tu a dizer? Não vês que nos reunimos em Seu nome, dentro da mesma morada, neste recinto da mesma igreja, atentos à voz do nosso pastor? Sem a menor dissensão, em unidade de cânticos e de orações, escutando juntos o nosso pastor? Onde está a discórdia de que falas?

Bem sei que nos encontramos no mesmo redil, sob o cajado do mesmo pastor. Mas isso ainda me faz chorar com mais amargura. [...] Porque, se agora estais calmos e tranquilos, quando saís da igreja, este critica aquele; um insulta o outro em público; aquele deixa-se devorar pela inveja, pelo ciúme ou pela avareza; um terceiro medita na vingança, um quarto na sensualidade, na duplicidade ou na fraude. [...] Respeitai, pois, respeitai esta mesa santa à qual comungamos todos; respeitai a Cristo, imolado por nós; respeitai o sacrifício que é oferecido neste altar que se encontra no meio de nós.






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