sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 01 de Novembro de 2008


Hoje a Igreja celebra : Todos os Santos

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Santo Ambrósio : « Vi uma multidão imensa..., de todas as nações, raças, povos e línguas..., de pé, diante do trono e diante do Cordeiro» (Ap. 7,9)


Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.

Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja
Sobre o bem da morte

« Vi uma multidão imensa..., de todas as nações, raças, povos e línguas..., de pé, diante do trono e diante do Cordeiro» (Ap. 7,9)


Fortalecidos com os ensinamentos [da Escritura], caminhemos sem tremer para o nosso redemptor, Jesus, para a assembleia dos patriarcas, partamos para o nosso pai, Abraão, assim que o dia chegar. Caminhemos para essa congregação dos santos, essa assembleia de justos. Iremos para os nossos pais, aqueles que nos ensinaram a fé; mesmo se as obras nos faltam, que a fé nos ajude, defendamos a nossa herança! Iremos aos lugares onde Abraão abre o seu seio aos pobres como Lázaro (Lc 16,19s); aí repousam aqueles que suportaram o rude peso da vida deste mundo. Agora, Pai, estende mais e mais as tuas mãos para acolheres estes pobres, abre os teus braços, alarga o teu seio para os acolheres melhor, pois são muitos os que acreditaram em Deus.

Iremos ao paraíso de felicidade onde Adão, outrora caído numa emboscada de salteadores, já não pensa em curar as suas feridas, onde o próprio malfeitor goza da sua parte do Reino celeste (cf Lc 10, 30; 23,43). Lá onde nenhuma nuvem, nenhuma trovoada, nenhum raio, nenhuma tempestade de vento, nem trevas, nem crespúsculo, nem verão, nem inverno, marcarão a instabilidade dos tempos. Nem frio, nem granizo, nem chuva. O nosso pobre pequeno sol, a lua, as estrelas, já não servirão para nada; só o luz  de Deus resplandecerá, porque Deus será a luz de todos, essa luz verdadeira que ilumina todo o homem resplandecerá para todos (Ap 21, 5; Jo 1, 9). Nós iremos aonde o Senhor Jesus preparou  moradas para todos os seus servos, para que, aí onde Ele está, nós estejamos também (Jo 14, 2-3).

«Pai, aqueles que me deste, quero que, lá onde eu estiver, estejam comigo, e que contemplem a minha glória» (Jo 17, 24)... Nós seguimos-te, Senhor Jesus; mas, para isso, chama-nos, pois sem ti ninguém ascende. Tu és o caminho, a verdade, a vida (Jo 14,6), a possibilidade, a fé, a recompensa. Recebe-nos, fortalece-nos, dá-nos a vida!





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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 31 de Outubro de 2008


Hoje a Igreja celebra : Santo Afonso Rodrigues, viuvo, religioso, +1617

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João Paulo II: "O sábado foi feito para o homem" (Mc 2,27)


Evangelho segundo S. Lucas 14,1-6.

Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para comer uma refeição, todos o observavam. Achava-se ali, diante dele, um hidrópico. Jesus, dirigindo a palavra aos doutores da Lei e fariseus, disse-lhes: «É permitido ou não curar ao sábado?» Mas eles ficaram calados. Tomando-o, então, pela mão, curou-o e mandou-o embora. Depois, disse-lhes: «Qual de vós, se o seu filho ou o seu boi cair a um poço, não o irá logo retirar em dia de sábado?» E a isto não puderam replicar.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

João Paulo II
Carta Apostólica "Dies Domini", 61 (trad. DC 2186, p. 674 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

"O sábado foi feito para o homem" (Mc 2,27)


O shabbat, o sétimo dia abençoado e consagrado por Deus, ao mesmo tempo que encerra toda a obra da criação, está em ligação imediata com a obra do sexto dia, quando Deus fez o homem « à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1,26). Esta relação mais directa entre o « dia de Deus » e o « dia do homem » não passou despercebida aos Padres, na sua meditação sobre o relato bíblico da criação. A este propósito, S. Ambrósio diz: « Dêmos, pois, graças ao Senhor nosso Deus, que fez uma obra onde Ele pudesse encontrar descanso. Fez o céu, mas não leio que aí tenha repousado; fez as estrelas, a lua, o sol, e nem aqui leio que tenha descansado neles. Mas, ao contrário, leio que Ele fez o homem e que então Se repousou, tendo nele alguém a quem podia perdoar os pecados ».
Assim, o « dia de Deus » estará sempre directamente relacionado com o « dia do homem ». Quando o mandamento de Deus diz: « Recorda-te do dia de sábado, para o santificares » (Ex 20,8), a pausa prescrita para honrar o dia a Ele dedicado não constitui de modo algum uma imposição gravosa para o homem, mas antes uma ajuda, para que se consciencialize da sua dependência vital e libertadora do Criador e, simultaneamente, da vocação para colaborar na sua obra e acolher a sua graça. Deste modo, honrando o « repouso» de Deus, o homem encontra-se plenamente a si próprio, e assim o dia do Senhor fica profundamente marcado pela bênção divina (cf. Gn 2,3) e, graças a ela, dir-se-ia dotado, como acontece com os animais e com os homens (cf. Gn 1,22.28), de uma espécie de « fecundidade ». Esta exprime-se, não só no constante acompanhamento do ritmo do tempo, mas sobretudo no reanimar e, de certo modo, « multiplicar » o próprio tempo, aumentando no homem, com a lembrança do Deus vivo, a alegria de viver e o desejo de promover e dar a vida.





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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 30 de Outubro de 2008


Hoje a Igreja celebra : S. Geraldo de Potenza, bispo, séc. XII

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Jean Tauler : «Quantas vezes quis juntar os teus filhos como a galinha junta os seus pintainhos e vós não quisestes»


Evangelho segundo S. Lucas 13,31-35.

Naquela altura aproximaram-se dele alguns fariseus, que lhe disseram: «Vai-te embora, sai daqui, porque Herodes quer matar-te.» Respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Agora estou a expulsar demónios e a realizar curas, hoje e amanhã; ao terceiro dia, atinjo o meu termo. Mas hoje, amanhã e depois devo seguir o meu caminho, porque não se admite que um profeta morra fora de Jerusalém.» «Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos, como a galinha junta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste! Agora, ficará deserta a vossa casa. Eu vo-lo digo: Não me vereis até chegar o dia em que digais: Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 21, 4º para a Ascensão

«Quantas vezes quis juntar os teus filhos como a galinha junta os seus pintainhos e vós não quisestes»


Jerusalém era uma cidade de paz, e foi também uma cidade de tormento, pois Jesus sofreu lá imensamente e morreu lá muito dolorosamente. É nesta cidade que devemos ser suas testemunhas, e não só em palavras mas em verdade, através da nossa vida, imitando-o tanto quanto possamos. Muitos homens seriam de boa vontade as testemunhas de Deus na paz, na condição de tudo correr ao seu jeito. De boa vontade seriam santos, na condição de nada acharem de amargo nos exercícios e no trabalho da santidade. Gostariam de saborear, desejar e conhecer as doçuras divinas, sem terem de passar por qualquer contrariedade, pena ou desolação. Quando lhes surgem fortes tentações, trevas, quando já não têm o sentimento e a consciência de Deus, quando se sentem abatidos interior e exteriormente, então revoltam-se e não são, como tal, verdadeiras testemunhas.

Todos os homens buscam a paz. Por todo o lado, nas suas obras e de todas as maneiras, procuram a paz. Ah! Pudéssemos nós libertar-nos dessa busca e procurarmos, nós, a paz, no tormento. Só aí nasce a verdadeira paz, aquela que permanece e dura... Procuremos a paz na angústia, a alegria na triteza, a simplicidade na multiplicidade, a consolação na contrariedade; é assim que nos tornaremos verdadeiras testemunhas de Deus.





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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 29 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Narciso, bispo de Jerusalém, +212

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Santo Ireneu de Lyon : «Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus»


Evangelho segundo S. Lucas 13,22-30.

Jesus percorria cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. Disse-lhe alguém: «Senhor, são poucos os que se salvam?» Ele respondeu-lhes: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir. Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: 'Abre-nos, Senhor!' Mas ele há-de responder-vos: 'Não sei de onde sois.' Começareis, então, a dizer: 'Comemos e bebemos contigo e Tu ensinaste nas nossas praças.' Responder-vos-á: 'Repito vos que não sei de onde sois. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade.' Lá haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus, e vós a serdes postos fora. Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus. E há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ireneu de Lyon (c.130 - c.208), bispo, teólogo e mártir
Contra as heresias, V, 32, 2

«Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus»


A promessa feita anteriormente por Deus a Abraão manteve-se estável. Deus tinha-lhe dito, com efeito: «Ergue os teus olhos e, do sítio em que estás, contempla o norte, o sul, o oriente e o ocidente. Toda a terra que estás a ver, dar-ta-ei, a ti e aos teus descendentes, para sempre» (Gn 13,14-15). [...] No entanto, Abraão não recebeu herança alguma durante a sua vida terrena, «nem mesmo um palmo de terra»; foi sempre um «estrangeiro e hóspede» de passagem (Act 7,5; Gn 23,4) [...] Portanto, se Deus lhe prometeu a herança da terra, e se não a recebeu durante a sua estadia terrena, terá de recebê-la na posteridade, isto é, com aqueles que temem a Deus e n'Ele crêem, aquando da ressurreição dos justos.

Ora a sua posteridade é a Igreja, que, pelo Senhor, recebe a filiação adoptiva em relação a Abraão, como diz João Baptista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3,9). Também o apóstolo Paulo diz na sua Epístola aos Gálatas: «E vós, irmãos, à semelhança de Isaac, sois filhos da promessa» (Gl, 4,28). Diz claramente ainda, na mesma epístola, que os que acreditaram em Cristo recebem, de Cristo, a promessa feita a Abraão: «Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não se diz: «e às descendências», como se de muitas se tratasse; trata-se, sim, de uma só: E à tua descendência, que é Cristo» (Gl 3,16). E, para confirmar tudo isto, diz ainda «Assim foi com Abraão: teve fé em Deus e isso foi-lhe atribuído à conta de justiça. Ficai, por isso, a saber: os que dependem da fé é que são filhos de Abraão. E como a Escritura previu que é pela fé que Deus justifica os gentios, anunciou previamente como evangelho a Abraão: Serão abençoados em ti todos os povos» (Gl 3,6-8) [...]

Se portanto nem Abraão nem a sua descendência, isto é, todos os que são justificados na fé, não recebem agora herança alguma na terra, recebê-la-ão no momento da ressurreição dos justos, porque Deus é verídico e estável em todas as coisas. E é por este motivo que o Senhor dizia «Felizes os mansos, porque possuirão a terra.» (Mt 5,5).





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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 28 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Simão e S. Judas Tadeu, apóstolos

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Papa Bento XVI: "Convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos"


Evangelho segundo S. Lucas 6,12-16.

Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos: Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Papa Bento XVI
Audiência geral de 3/5/2006 (trad. DC 2359, p. 514 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

"Convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos"


A Tradição Apostólica não é uma colecção de objectos, de palavras como uma caixa que contém coisas mortas; a Tradição é o rio da vida nova que vem das origens, de Cristo até nós, e envolve-nos na história de Deus com a humanidade. Este tema da Tradição é de grande importância para a vida da Igreja.

O Concílio Vaticano II realçou, a este propósito, que a Tradição é apostólica antes de tudo nas suas origens: "Dispôs Deus, em toda a sua benignidade, que tudo quanto revelara para a salvação de todos os povos permanecesse íntegro para sempre e fosse transmitido a todas as gerações. Por isso, Cristo Senhor, em quem se consuma toda a revelação de Deus Sumo (cf. 2 Cor 1, 30; 3, 16; 4, 6), mandou aos Apóstolos que pregassem a todos os homens o Evangelho... como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes os dons divinos" (Const. dogm. Dei Verbum, 7).

O Concílio prossegue, anotando como tal empenho foi fielmente seguido "pelos Apóstolos que, pela sua pregação oral, exemplos e instituições, comunicaram aquilo que tinham recebido pela palavra, convivência e obras de Cristo, ou aprendido por inspiração do Espírito Santo" (ibid.). Com os Apóstolos, acrescenta o Concílio, colaboraram também "varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a Mensagem da salvação" (ibid.).

Como chefes do Israel escatológico, também eles doze como doze eram as tribos do povo eleito, os Apóstolos continuam a "recolha" iniciada pelo Senhor, e fazem-no antes de tudo transmitindo fielmente o dom recebido, a boa nova do Reino que veio até aos homens em Jesus Cristo. O seu número expressa não só a continuidade com a santa raiz, o Israel das doze tribos, mas também o destino universal do seu ministério, que leva a salvação até aos extremos confins da terra. Pode-se captar isto do valor simbólico que têm os números no mundo semítico: doze resulta da multiplicação de três, número perfeito, e quatro, número que remete para os quatro pontos cardeais, e portanto para todo o mundo.





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domingo, 26 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 27 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Vicente, Santa Sabina e Santa Cristeta, irmãos, mártires, +303,   São Gonçalo de Lagos, presbítero, +1422

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Catecismo da Igreja Católica: "Esta mulher, uma filha de Abraão que Satanás havia amarrado..., era preciso libertá-la"


Evangelho segundo S. Lucas 13,10-17.

Um dia de sábado, ensinava Jesus numa sinagoga. Estava lá certa mulher doente por causa de um espírito, há dezoito anos: andava curvada e não podia endireitar-se completamente. Ao vê-la, Jesus chamou-a e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua enfermidade.» E impôs-lhe as mãos. No mesmo instante, ela endireitou-se e começou a dar glória a Deus. Mas o chefe da sinagoga, indignado por ver que Jesus fazia uma cura ao sábado, disse à multidão: «Seis dias há, durante os quais se deve trabalhar. Vinde, pois, nesses dias, para serdes curados e não em dia de sábado.» Replicou-lhe o Senhor: «Hipócritas, não solta cada um de vós, ao sábado, o seu boi ou o seu jumento da manjedoura e o leva a beber? E esta mulher, que é filha de Abraão, presa por Satanás há dezoito anos, não devia libertar-se desse laço, a um sábado?» Dizendo isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e a multidão alegrava-se com todas as maravilhas que Ele realizava.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Catecismo da Igreja Católica
§1730; 1739-1742

"Esta mulher, uma filha de Abraão que Satanás havia amarrado..., era preciso libertá-la"


Deus criou o homem racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do domínio dos seus próprios actos. «Deus quis "deixar o homem entregue à sua própria decisão" (Sir 15, 14), de tal modo que procure por si mesmo o seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegue à total e beatífica perfeição»:
«O homem é racional e, por isso, semelhante a Deus, criado livre e senhor dos seus actos» (Santo Ireneu)...

A liberdade do homem é finita e falível. E, de facto, o homem falhou. Livremente, pecou. Rejeitando o projecto divino de amor, enganou-se a si mesmo; tornou-se escravo do pecado. Esta primeira alienação gerou uma multidão de outras. A história da humanidade, desde as suas origens, dá testemunho de desgraças e opressões nascidas do coração do homem, como consequência de um mau uso da liberdade... Afastando-se da lei moral, o homem atenta contra a sua própria liberdade, agrilhoa-se a si mesmo, quebra os laços de fraternidade com os seus semelhantes e rebela-se contra a verdade divina.

Pela sua cruz gloriosa, Cristo obteve a salvação de todos os homens. Resgatou-os do pecado, que os retinha numa situação de escravatura. «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gl 5, 1). N'Ele, nós comungamos na verdade que nos liberta (Jo 8,32). Foi-nos dado o Espírito Santo e, como ensina o Apóstolo, «onde está o Espírito, aí está a liberdade» (2 Cor 3, 17). Já desde agora nos gloriamos da «liberdade dos filhos de Deus» (Rm 8,21).

A graça de Cristo não faz concorrência de modo nenhum, à nossa liberdade, quando esta corresponde ao sentido da verdade e do bem que Deus colocou no coração do homem. Pelo contrário, e como o certifica a experiência cristã sobretudo na oração, quanto mais dóceis formos aos impulsos da graça, tanto mais crescem a nossa liberdade interior e a nossa segurança nas provações, como também perante as pressões e constrangimentos do mundo exterior. Pela acção da graça, o Espírito Santo educa-nos para a liberdade espiritual, para fazer de nós colaboradores livres da sua obra na Igreja e no mundo.





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sábado, 25 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 26 de Outubro de 2008

XXX Domingo Comum (semana II do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Santo Evaristo, papa, mártir, +107

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Santo Anselmo : «Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os profetas»


Evangelho segundo S. Mateus 22,34-40.

Constando-lhes que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, os fariseus reuniram-se em grupo. E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?» Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Anselmo (1033-1109), monge, doutor da Igreja
Carta 112, dirigida a Hugo, prisioneiro; Opera omnia, 3, p.245

«Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os profetas»


Como reinar nos céus mais não é do que aderir a Deus e a todos os santos, pelo amor, numa única vontade, de tal forma que exercem em conjunto um único e mesmo poder, ama pois a Deus mais do que ti próprio, e verás que começas a ter o que desejas possuir de forma perfeita no céu. Concerta-te com Deus e com os homens – se estes não se separarem de Deus – e começarás a reinar com Deus e com os seus santos. Porque, na justa medida em que agora te concertares com a vontade de Deus e com a dos homens, Deus e todos os santos concertar-se-ão com a tua vontade. Portanto, se queres ser rei nos céus, ama a Deus e aos homens como deves, e merecerás ser o que desejas.

Mas este amor, não poderás possui-lo na perfeição se não esvaziares o coração de todos os outros amores [...] Eis por que aqueles que enchem o coração com o amor a Deus e ao próximo têm apenas o querer de Deus, ou o de outro homem, na condição de que este não seja contrário a Deus. Eis por que são fiéis à oração, e a esta maneira de viver, a lembrarem-se sempre dos céus; porque lhes é agradável desejar a Deus e falar acerca d'Esse que amam, ouvir falar d'Ele e pensar n'Ele. É por isso também que rejubilam com todos os que estão em graça, que choram com os que estão em dificuldades (Rm 12,15), que têm compaixão pelos infelizes e que dão aos pobres, porque amam os outros homens como a si mesmos. [...] Sim, é assim que, de facto, destes dois mandamentos do amor «dependem toda a Lei e os profetas».





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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 25 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Crispim e S. Crispiniano, mártires, séc. III,   Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, religioso brasileiro, +1822

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Guilherme de Saint-Thierry : «Se não vos converterdes, perecereis»


Evangelho segundo S. Lucas 13,1-9.

Nessa ocasião, apareceram alguns a falar-lhe dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam. Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.» Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou. Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?' Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume. Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
Orações meditativas, nº 5

«Se não vos converterdes, perecereis»


Pobre de mim, a consciência acusa-me sem cessar, e a verdade não pode desculpar-me dizendo: ele não sabia o que fazia. Perdoa, pois, Senhor, pelo preço do Teu precioso sangue, todos os pecados em que caí, consciente ou inconscientemente. [...] Sim, Senhor, pequei verdadeiramente, pequei por minha vontade, e pequei muito. Depois de ter tido conhecimento da verdade, ofendi o Espírito de graça; e contudo, aquando do meu baptismo, o Espírito tinha-me concedido de forma gratuita a remissão dos pecados. Mas eu, depois de ter tido conhecimento da verdade, voltei aos meus pecados, «como o cão volta ao seu vómito» (2Ped 2, 22).

Ó Filho de Deus, pisei-Te aos pés, negando-Te? Mas não posso dizer que, ao negar-Te, Pedro Te tenha pisado aos pés, ele que Ele amava tão ardentemente, embora Te tenha negado uma primeira vez, uma segunda e uma terceira vez. [...] Também a mim Satanás me reclamou por vezes a fé, para me joeirar como o trigo; mas a Tua oração desceu sobre mim, de maneira que a minha fé nunca desfaleceu (Lc 22, 31-32), nunca Te abandonou. [...] Bem sabes que sempre quis aderir à fé em Ti; protege-me, pois, nesta vontade, até ao fim.

Sempre acreditei em Ti [...], sempre Te amei, mesmo quando pequei contra Ti. Lamento profundamente os meus pecados. Do amor, porém, lamento apenas não ter amado tanto como devia.





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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 24 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santo António Maria Claret, bispo, fundador, +1870

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Concílio Vaticano II: Discernir os sinais dos tempos


Evangelho segundo S. Lucas 12,54-59.

Dizia também às multidões: «Quando vedes uma nuvem levantar-se do poente, dizeis logo: 'Vem lá a chuva'; e assim sucede. E quando sopra o vento sul, dizeis: 'Vai haver muito calor'; e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu; como é que não sabeis reconhecer o tempo presente?» «Porque não julgais por vós mesmos, o que é justo? Por isso, quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura resolver o assunto no caminho, não vá ele entregar-te ao juiz, o juiz entregar-te ao oficial de justiça e o oficial de justiça meter-te na prisão. Digo-te que não sairás de lá, antes de pagares até ao último centavo.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Concílio Vaticano II
Decreto sobre o Ecumenismo, 4

Discernir os sinais dos tempos


Hoje, em muitas partes do mundo, mediante o sopro da graça do Espírito Santo, empreendem-se, pela oração, pela palavra e pela acção, muitas tentativas de aproximação daquela plenitude de unidade que Jesus Cristo quis. Este sagrado Concilio, portanto, exorta todos os fiéis a que, reconhecendo os sinais dos tempos, solicitamente participem do trabalho ecuménico.

Por «movimento ecuménico» entendem-se as actividades e iniciativas, que são suscitadas e ordenadas, segundo as várias necessidades da Igreja e oportunidades dos tempos, no sentido de favorecer a unidade dos cristãos. Tais são: primeiro, todos os esforços para eliminar palavras, juízos e acções que, segundo a equidade e a verdade, não correspondem à condição dos irmãos separados e, por isso, tornam mais difíceis as relações com eles; depois, o «diálogo» estabelecido entre peritos competentes, em reuniões de cristãos das diversas Igrejas em Comunidades, organizadas em espírito religioso, em que cada qual explica mais profundamente a doutrina da sua Comunhão e apresenta com clareza as suas características. Com este diálogo, todos adquirem um conhecimento mais verdadeiro e um apreço mais justo da doutrina e da vida de cada Comunhão. Então estas Comunhões conseguem também uma mais ampla colaboração em certas obrigações que a consciência cristã exige em vista do bem comum. E onde for possível, reúnem-se em oração unânime. Enfim, todos examinam a sua fidelidade à vontade de Cristo acerca da Igreja e, na medida da necessidade, levam vigorosamente por diante o trabalho de renovação e de reforma.

Desde que os fiéis da Igreja Católica prudente e pacientemente trabalhem sob a vigilância dos pastores, tudo isto contribuirá para promover a equidade e a verdade, a concórdia e a colaboração, o espírito fraterno e a união. Assim, palmilhando este caminho, superando pouco a pouco os obstáculos que impedem a perfeita comunhão eclesiástica, todos os cristãos se congreguem numa única celebração da Eucaristia e na unidade de uma única Igreja.





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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 23 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : São João de Capistrano, religioso, +1456

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Dionísio o Cartuxo : «Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou» (Jo 14, 27)


Evangelho segundo S. Lucas 12,49-53.

«Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele já se tivesse ateado! Tenho de receber um baptismo, e que angústias as minhas até que ele se realize! Julgais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não, Eu vo-lo digo, mas antes a divisão. Porque, daqui por diante, estarão cinco divididos numa só casa: três contra dois e dois contra três; vão dividir-se: o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Dionísio o Cartuxo (1402-1471), monge
Comentário ao Evangelho de Lucas, 12, 72

«Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou» (Jo 14, 27)


«Pensais que vim trazer a paz ao mundo?» É como se Cristo dissesse: «Não penseis que vim dar aos homens a paz segundo a carne e segundo este mundo, uma paz sem regras, que lhes permitisse viver em harmonia no mal, e lhes garantisse a prosperidade neste mundo. Não, digo-vos, não vim trazer uma paz deste género, mas a divisão, uma boa e salutar separação entre os espíritos e mesmo entre os corpos. Assim, porque amam a Deus e procuram a paz interior, aqueles que acreditam em Mim estarão naturalmente em desacordo com os maus; separar-se-ão daqueles que tentam desviá-los do progresso espiritual e da pureza do amor divino, ou que se esforçam por lhes criar dificuldades.»

Assim, pois, a paz espiritual, a paz interior, a paz boa é a tranquilidade da alma em Deus, e a boa harmonia segundo a justiça. Foi esta paz que Cristo veio trazer. [...] A paz interior, que tem origem no amor, consiste numa alegria inalterável da alma que se encontra em Deus. Chamamos-lhe paz do coração. É ela o começo e um certo antegosto da paz dos santos que se encontram na pátria, da paz da eternidade.





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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 22 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : São Martinho de Dume, bispo, +579

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S. Fulgêncio : "Servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" (1Co 4,1)


Evangelho segundo S. Lucas 12,39-48.

Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não teria deixado arrombar a sua casa. Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.» Pedro disse-lhe: «Senhor, é para nós que dizes essa parábola, ou é para todos igualmente?» O Senhor respondeu: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim. Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens. Mas, se aquele administrador disser consigo mesmo: 'O meu senhor tarda em vir' e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo chegará no dia em que ele menos espera e a uma hora que ele não sabe; então, pô-lo-á de parte, fazendo o partilhar da sorte dos infiéis. O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites. Aquele, porém, que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será pedido.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Fulgêncio (476-532), bispo
Sermão I, 2-3

"Servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" (1Co 4,1)


Para definir o papel dos servos que colocou à cabeça do seu povo, o Senhor diz esta palavra que o Evangelho nos transmite: "Qual é o administrador prudente e fiel que o senhor estabelecerá sobre o seu pessoal para lhe dar a seu tempo a ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, quando voltar, encontrar procedendo assim"... Se nos perguntarmos que medida de trigo é esta, S. Paulo no-lo indica; é "a medida de fé que Deus vos repartiu" (Rm 12,3). Aquilo a que Cristo chama medida de trigo, Paulo chama medida de fé para nos ensinar que não há outra medida de trigo espiritual senão o mistério da fé cristã. Essa medida de trigo, damo-vo-la nós em nome do Senhor toda a vez que, iluminados pelo dom espiritual da graça, vos falamos segundo a regra da verdadeira fé. Essa medida, recebei-la vós dos administradores do Senhor todo o dia em que ouvis da boca dos servos de Deus a palavra da verdade.
     
Que ela seja o nosso alimento, essa medida de trigo que Deus nos faz partilhar. Colhamos nela o sustento para a forma como nos conduzimos, a fim de obtermos a recompensa da vida eterna. Acreditemos naquele que se dá a si mesmo a cada um de nós para que não desfaleçamos no caminho (Mt 15,32) e que se reserva como nossa recompensa para que encontremos a alegria na pátria eterna. Acreditemos e esperemos nele; amemo-lo acima de tudo e em tudo. Porque Cristo é o nosso alimento e será a nossa recompensa. Cristo é o sustento e o reconforto dos viajantes que caminham; é a satisfação e a exaltação dos bem-aventurados que chegam ao seu repouso.





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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 21 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Úrsula e companheiras, virgens, mártires, séc. IV

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Santo Isaac o Sírio : "Mantenham as lâmpadas acesas"


Evangelho segundo S. Lucas 12,35-38.

«Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda, para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater. Felizes aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes! Em verdade vos digo: Vai cingir-se, mandará que se ponham à mesa e há-de servi-los. E, se vier pela meia-noite ou de madrugada, e assim os encontrar, felizes serão eles.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Isaac o Sírio (séc. VII), monge em Nínive, perto de Mossul no actual Iraque
Discursos ascéticos

"Mantenham as lâmpadas acesas"


A oração que se oferece durante a noite tem um grande poder, mais do que a que se oferece durante o dia. É por isso que todos os santos tiveram o hábito de rezar de noite, combatendo a moleza do corpo e a doçura do sono e ultrapassando a sua própria natureza corporal. Também o profeta dizia: "Estou cansado de tanto gemer; todas as noites banho o meu leito com as minhas lágrimas" (Sl 6,7), enquanto suspirava no fundo de si mesmo numa oração apaixonada. E, noutro passo: "Levanto-me a meio da noite para te louvar por causa das tuas sentenças, tu que és o Justo" (Sl 118,62). Para cada um dos pedidos que os santos queriam dirigir a Deus com todas as suas forças, eles armavam-se com a oração nocturna e imediatamente recebiam o que pediam.
     
O próprio Satanás nada receia tanto como a oração que se oferece durante as vigílias. Mesmo se são acompanhadas de distracções, não ficam sem fruto, a menos que se peça o que não convém. É por isso que ele trava sérios combates contra os que velam, a fim de os afastar quanto possível dessa prática, sobretudo se se mostram perseverantes. Mas os que se fortaleceram um pouco que seja contra as suas manhas perniciosas e saborearam os dons que Deus concede durante as vigílias e experimentaram pessoalmente a grandeza da ajuda que Deus lhes dá, desprezam-no completamente, a ele e a todos os seus estratagemas.





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domingo, 19 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 20 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Iria, mártir, +653,   Beato Contardo Ferrini, profissional católico, +1902

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S. Basílio : Amontoar para si próprio ou ser rico com os olhos postos em Deus?


Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21.

Dentre a multidão, alguém lhe disse: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.» Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?» E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.» Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita. E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?' Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens. Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.' Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?' Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Basílio (cerca 330-379), monge e bispo em Capadócia, doutor da Igreja
Catequese 31

Amontoar para si próprio ou ser rico com os olhos postos em Deus?


«Que hei-de fazer? Vou aumentar os meus celeiros!» Porque eram as terras deste homem tão produtivas, se ele fazia tão mau uso da sua riqueza? É para mais intensamente se ver a manifestação da imensa  bondade de um Deus que estende a sua graça a todos, «pois Ele faz que o sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (Mt 5,45) ... Eram estes os benefícios de Deus para com este rico: uma terra fecunda, um clima temperado, abundantes colheitas, bois para o trabalho, e tudo que assegurasse a prosperidade. E ele, que dava em troca? Mau humor, taciturnidade e egoísmo. Era assim que agradecia ao seu benfeitor.

Esquecia que pertencemos todos à mesma natureza humana; não pensou que devia distribuir o que lhe sobrava aos pobres; não fez nenhum caso destes mandamentos divinos: «não negues um benefício a quem precisa dele, se estiver nas tuas mãos concedê-lo» (Prov 3,27), «não se afastem de ti a bondade e a fidelidade» (3,3), «partilha o teu pão com quem tem fome» (Is 58,7). Todos os profetas, todos os sábios lhe gritavam estes preceitos, mas ele fazia ouvidos de mercador. Os seus celeiros rachavam, muito pequenos para o trigo que lá se acumulava, mas o seu coração não estava satisfeito... Ele não queria desfazer-se de nada, mesmo não chegando a armazená-lo todo. Este problema incomodava-o: «Que hei-de fazer?» perguntava constantemente. Quem não teria piedade de um homem assim obcecado? A abundância tornava-o infeliz...; ele lamentava-se tal e qual como os indigentes: «Que hei-de fazer? Como alimentar-me, vestir-me?»...

Observa, homem, quem foi que te cumulou de dons. Reflecte um pouco sobre ti próprio: Quem és tu? O que é que te foi confiado? De quem recebeste esse encargo? Porque fostes tu o escolhido? Tu és servo do Deus bom; tu estás encarregado dos teus companheiros de serviço... «Que hei-de fazer?» A resposta é simples: «Saciarei os famintos, convidarei os pobres... Vós todos a quem falta o pão, vinde possuir os dons concedidos por Deus, que jorram como de uma fonte».  





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sábado, 18 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 19 de Outubro de 2008

XXIX Domingo Comum (semana I do saltério)
Hoje a Igreja celebra : S. Paulo da Cruz,presbítero, penitente, +1775,   S. Pedro de Alcântara, religioso, +1562

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Santo António : «Levantai sobre nós, Senhor, a luz da Vossa face!»


Evangelho segundo S. Mateus 22,15-21.

Então, os fariseus reuniram-se para combinar como o haviam de surpreender nas suas próprias palavras. Enviaram-lhe os seus discípulos, acompanhados dos partidários de Herodes, a dizer-lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, sem te deixares influenciar por ninguém, pois não olhas à condição das pessoas. Diz-nos, portanto, o teu parecer: É lícito ou não pagar o imposto a César?» Mas Jesus, conhecendo-lhes a malícia, retorquiu: «Porque me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do imposto.» Eles apresentaram-lhe um denário. Perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?» «De César» responderam. Disse-lhes então: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo António (cerca 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para o domingo e a festa de todos os santos

«Levantai sobre nós, Senhor, a luz da Vossa face!»


Tal como uma pequena moeda tem a imagem de César, assim a nossa alma é à imagem da Santíssima Trindade, segundo o que nos é dito no salmo: «a luz da tua face está impressa em nós, Senhor» (4, 7LXX)... Senhor, a luz da tua face, quer dizer a luz da tua graça que determina em nós a tua imagem e nos torna semelhantes a ti, está gravada em nós, quer dizer, gravada na nossa razão, que é a maior força da nossa alma e que recebe essa luz como a cera recebe a marca de um selo. A face de Deus é a nossa razão; porque, tal como alguém conhece o seu rosto, assim conhecemos Deus pelo espelho da razão. Mas esta razão foi deformada pelo pecado do homem, porque o pecado torna o homem antagónico a Deus. A graça de Cristo reparou a nossa razão. É por isso que o apóstolo Paulo diz aos Efésios: «renovai espiritualmente a vossa inteligência» (4,23). A luz de que nos fala este salmo é pois a graça, que restaura a imagem de Deus gravada na nossa natureza...  

Toda a Trindade marcou o homem à sua semelhança. Pela memória, é semelhante ao Pai; pela inteligência, é semelhante ao Filho; pelo amor é semelhante ao Espírito Santo... Desde a criação, o homem foi feito «à imagem e semelhança de Deus» (Gn 1,26). Imagem no conhecimento da verdade; semelhança no amor à virtude. A luz da face de Deus é pois a graça que nos justifica e que nos revela de novo a imagem criada. Esta luz constitui todo o bem do homem, o seu verdadeiro bem; ela marca-o, como a imagem do imperador marca a moeda.

É por isso que o Senhor acrescenta: «Dai a César o que é de César». Como se dissesse: Tal como dais a César a sua imagem, dai a Deus a vossa alma, ornada e marcada pela luz do seu rosto.  





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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 18 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : São Lucas, Evangelista

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Cardeal John Henry Newman : São Lucas, evangelista, «servidor da Palavra» (Lc 1,2)


Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.

Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe. Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!' E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), padre, fundador de comunidade religiosa, teólogo
PPS, vol. 3, n.º 22 : «A parte escolhida por Maria»

São Lucas, evangelista, «servidor da Palavra» (Lc 1,2)


Boa é toda a palavra de Cristo: ela tem uma missão e finalidade, ela não cai por terra. É impossível que em vez alguma tenha pronunciado palavras efémeras, Ele, o Verbo de Deus, que por seu próprio desejo exprimiu os conselhos profundos e a vontade santa do Deus invisível. Toda a palavra de Cristo é boa. Mesmo se os seus propósitos tiverem sido transmitidos por pessoas comuns, podemos estar certos de que nada do que nos foi conservado – sejam palavras dirigidas a um discípulo ou a um opositor, sejam conselhos, ou opiniões, sejam reprimendas, ou palavras de consolação, de persuasão ou de condenação – nada, em todas elas, terá uma significação puramente acidental, um alcance limitado ou parcial [...].

Pelo contrário, todas as palavras sagradas de Cristo, mesmo quando nos surgem revestidas de uma aparência temporária e dirigidas a um fim imediato - sendo difíceis portanto, porque há que nelas lograr perceber o que têm de momentâneo e de contingente - mesmo assim, elas nada perdem da sua força, a cada século que passa. Pertencendo à Igreja, estão destinadas a durar para sempre nos céus  (cf. Mt 24,35); prolongam-se até è eternidade. São a nossa regra santa, justa e boa, palavras que são «farol para os meus passos e luz para os meus caminhos» (Sl 118,105), na mesma plenitude e de forma tão íntima, no nosso tempo, como quando pela primeira vez foram pronunciadas.

Tudo isto terá sido verdadeiro, mesmo aceitando-se ter sido obra humana a recolha destas migalhas da mesa de Cristo. Mas temos uma certeza muito maior, porque as recebemos não dos homens, mas de Deus (1Ts 2,13). O Espírito Santo, que veio glorificar Cristo e dar aos evangelistas a inspiração da escrita, não nos traçou um Evangelho estéril. Louvado seja por ter escolhido e salvo para nós palavras que deveriam ser particularmente úteis aos tempos vindouros, as palavras que podiam servir de lei à Igreja, para a fé, para a moral e para a disciplina. Não uma lei escrita em tábuas de pedra (Ex 24,12), mas uma lei de fé e de amor, de espírito, e não de letras (Rm 7,6), uma lei para corações generosos que aceitam «viver da palavra», por mais modesta e humilde que seja, uma lei «que sai da boca de Deus» (Dt 8,3; Mt 4,4).





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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 17 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santo Inácio de Antioquia, bispo, mártir, séc. II

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Papa Bento XVI: "Digo-o a vós, meus amigos: Não temais os que matam o corpo"


Evangelho segundo S. Lucas 12,1-7.

Entretanto, a multidão tinha-se reunido; eram milhares, a ponto de se pisarem uns aos outros. Jesus começou a dizer primeiramente aos seus discípulos: «Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nem oculto que não venha a conhecer-se. Porque tudo quanto tiverdes dito nas trevas há-de ouvir-se em plena luz, e o que tiverdes dito ao ouvido, em lugares retirados, será proclamado sobre os terraços. Digo-vos a vós, meus amigos: Não temais os que matam o corpo e, depois, nada mais podem fazer. Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem o poder de lançar na Geena. Sim, Eu vo-lo digo, a esse é que deveis temer. Não se vendem cinco pássaros por duas pequeninas moedas? Contudo, nenhum deles passa despercebido diante de Deus. Mais ainda, até os cabelos da vossa cabeça estão contados. Não temais: valeis mais do que muitos pássaros.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Papa Bento XVI
Encíclica «Spe Salvi», 27 (trad © copyright Libreria Editrice Vatican)

"Digo-o a vós, meus amigos: Não temais os que matam o corpo"


Neste sentido, é verdade que quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida (cf. Ef 2,12). A verdadeira e grande esperança do homem, que resiste apesar de todas as desilusões, só pode ser Deus – o Deus que nos amou, e ama ainda agora «até ao fim», «até à plena consumação» (cf. Jo 13,1 e 19,30). Quem é atingido pelo amor começa a intuir em que consistiria propriamente a «vida». Começa a intuir o significado da palavra de esperança que encontramos no rito do Baptismo: da fé espero a «vida eterna» – a vida verdadeira que, inteiramente e sem ameaças, em toda a sua plenitude é simplesmente vida. Jesus, que disse de Si mesmo ter vindo ao mundo para que tenhamos a vida e a tenhamos em plenitude, em abundância (cf. Jo 10,10), também nos explicou o que significa «vida»: «A vida eterna consiste nisto: Que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste» (Jo 17,3). A vida, no verdadeiro sentido, não a possui cada um em si próprio sozinho, nem mesmo por si só: aquela é uma relação. E a vida na sua totalidade é relação com Aquele que é a fonte da vida. Se estivermos em relação com Aquele que não morre, que é a própria Vida e o próprio Amor, então estamos na vida. Então «vivemos».





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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 16 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Margarida Maria Alacoque, religiosa, +1690

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Balduíno de Ford : «Começaram a pressioná-Lo fortemente com perguntas e a fazê-Lo falar sobre muitos assuntos, armando-Lhe ciladas»


Evangelho segundo S. Lucas 11,47-54.

Ai de vós, que edificais os túmulos dos profetas, quando os vossos pais é que os mataram! Assim, dais testemunho e aprovação aos actos dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós edificais-lhes sepulcros. Por isso mesmo é que a Sabedoria de Deus disse: 'Hei-de enviar-lhes profetas e apóstolos, a alguns dos quais darão a morte e a outros perseguirão, a fim de que se peça contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o santuário.' Sim, Eu vo-lo digo, serão pedidas contas a esta geração. Ai de vós, doutores da Lei, porque vos apoderastes da chave da ciência: vós próprios não entrastes e impedistes a entrada àqueles que queriam entrar!» Quando saiu dali, os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-lo fortemente com perguntas e a fazê-lo falar sobre muitos assuntos, armando-lhe ciladas e procurando apanhar-lhe alguma palavra para o acusarem.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Balduíno de Ford ( ?-c.1190), abade cisterciense
O Sacramento do altar, II, 1

«Começaram a pressioná-Lo fortemente com perguntas e a fazê-Lo falar sobre muitos assuntos, armando-Lhe ciladas»


«Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16). Este Filho único «foi oferecido», não porque o seus inimigos tenham prevalecido, mas porque assim «aprouve ao Senhor» (Is 53, 10-11). «Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo» (Jo 13,1). O fim, é a morte aceite por aqueles que Ele ama; eis o fim de toda a perfeição, o fim do amor perfeito, porque «ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13).

Este amor de Cristo foi mais poderoso na morte de Cristo do que o ódio dos seus inimigos; o ódio apenas pôde fazer o que o amor lhe permitia. Judas, ou os inimigos de Cristo, entregaram-No à morte, devido a um terrível ódio. O Pai entregou o seu Filho, e o Filho entregou-Se  a Si mesmo por amor (Rm 8,32; Ga 2,20). O amor não é porém culpado de traição; é inocente, mesmo quando Cristo morre por amor. Porque só o amor pode impunemente fazer o que lhe apraz. Só o amor pode forçar a Deus e, como Ele, guiar-nos. Foi o amor que O fez descer dos céus e O pôs na cruz, que fez jorrar o sangue de Cristo pela remissão dos pecados, num acto tão inocente quanto salutar. Qualquer acção de graças pela salvação do mundo é devida ao amor, portanto. E o amor incita-nos, numa lógica incómoda, a amar a Cristo, tanto quanto podíamos odiá-Lo.





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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 15 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Teresa de Ávila, virgem, doutora da Igreja, +1582

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São Siluane : «Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas»


Evangelho segundo S. Lucas 11,42-46.

Mas ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as plantas e descurais a justiça e o amor de Deus! Estas eram as coisas que devíeis praticar, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e de ser cumprimentados nas praças! Ai de vós, porque sois como os túmulos, que não se vêem e sobre os quais as pessoas passam sem se aperceberem!» Um doutor da Lei tomou a palavra e disse-lhe: «Mestre, falando assim, também nos insultas a nós.» Mas Ele respondeu: «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses fardos!


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Siluane (1866-1938), monge ortodoxo
Escritos

«Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas»


A alma do homem humilde é como o mar; quando atiramos uma pedra ao mar, a pedra agita a superfície das águas durante uns instantes, mas em seguida mergulha nas profundezas. Assim são absorvidas as dores no coração do homem humilde, porque a força do Senhor está com ele.

Onde habitas tu, alma humilde? Quem vive em ti? E a que posso eu comparar-te? Resplandeces, brilhante como o sol, mas não te consomes, apesar de arderes (Ex 3, 2), e aqueces todos os homens com o teu ardor. A ti pertence a terra dos mansos, nas palavras do Senhor (Mt 5, 4). És semelhante a um jardim florido, ao fundo do qual se encontra uma casa magnífica, onde o Senhor gosta de repousar.

Amam-te o céu e a terra. Amam-te os santos apóstolos, os profetas, os santos e os bem-aventurados. Amam-te os anjos, os serafins, os querubins. Ama-te, na tua humildade, a puríssima Mãe do Senhor. Ama-te o Senhor, que rejubila em ti.





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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 14 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : São Calisto I, papa, mártir, +222,   S. João Ogilvie, presbítero, mártir, +1615

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Santo Ambrósio : «Quem fez o exterior não fez também o interior?»


Evangelho segundo S. Lucas 11,37-41.

Mal Jesus tinha acabado de falar, um fariseu convidou-o para almoçar na sua casa; Ele entrou e pôs-se à mesa. O fariseu admirou-se de que Ele não se tivesse lavado antes da refeição. O Senhor disse-lhe: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai esmola do que possuís, e para vós tudo ficará limpo.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de S. Lucas, 7, 100-102

«Quem fez o exterior não fez também o interior?»


«Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato.» Como vedes, os nossos corpos são aqui designados por nomes de objectos frágeis e feitos de barro, que se partem com uma simples queda. E os sentimentos íntimos da alma são designados por expressões e gestos do corpo, como aquilo que está no interior do copo pode ser visto do exterior. [...] Como vedes, não é o exterior deste copo e deste prato que nos suja, é o seu interior.

Como bom mestre que é, Jesus ensina-nos a limpar as manchas do corpo, dizendo: «Dai antes de esmola o que estará dentro e tudo para vós ficará limpo.» Vedes de quantos remédios dispomos? A misericórdia purifica-nos. A palavra de Deus também nos purifica, de acordo com o que está escrito: «Vós estais limpos, devido à palavra que vos tenho dirigido» (Jo 15, 3). [...]

É o ponto de partida de uma passagem muito bela: o Senhor convida-nos a procurar a simplicidade e condena a nossa ligação àquilo que é supérfluo e terra-a-terra. Devido à sua fragilidade, os fariseus são comparados – e com razão – ao copo e ao prato: observam pontos que não têm qualquer utilidade para nós, negligenciando aqueles onde se encontra o fruto da nossa esperança. Cometem, pois, uma grande falta, desdenhando o melhor. E, contudo, até a essa falta é prometido o perdão, desde que depois dela venha a misericórdia e a esmola.





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domingo, 12 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 13 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Eduardo III, rei de Inglaterra, +1066,   Beata Alexandrina Costa, virgem, +1955

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São  Justino : «Ora aqui está alguém que é maior do que Salomão»


Evangelho segundo S. Lucas 11,29-32.

Como as multidões afluíssem em massa, começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas. Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração. A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão! Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São  Justino (c.100 -160), filósofo, mártir
Diálogo com Trífon (34-36)

«Ora aqui está alguém que é maior do que Salomão»


Deixai-me citar um salmo, dito pelo Espírito Santo a David; dizeis que tem a ver com Salomão, vosso rei, mas tem a ver com Cristo [...]: «Ó Deus, concede ao rei a tua rectidão» (Sl 71,1). Como Salomão se tornou rei, dizeis que é dele que este salmo fala; mas as palavras do salmo designam nitidamente um rei eterno, que é Cristo. Porque Cristo foi-nos anunciado como rei, sacerdote, Deus, Senhor, anjo, homem, chefe supremo, pedra, criança por nascimento, como um ser de dor num primeiro momento, depois como um ser que se eleva aos céus, e que regressa na glória da sua realeza eterna [...]
«Ó Deus, concede ao rei a tua rectidão e a tua justiça ao filho do rei, para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade [...] Todos os reis se prostrarão diante dele; todas as nações o servirão» [...]. Salomão foi um rei grande e ilustre; no seu reinado foi edificada a casa a que chamamos Templo de Jerusalém, mas é claro que nada do que é dito no salmo lhe aconteceu. Nenhum rei o adorou nem o seu reino não se estendeu até aos confins da Terra, os seus inimigos não se curvaram a seus pés para lhes sacudir a poeira [...]

O «Senhor do universo» (Sl 23,10) não é Salomão; é Cristo. Assim que ressuscitou de entre os mortos e subiu aos céus, ordenou aos príncipes que Deus nomeou no céu «para abrirem as portas» do céu, a fim de que «Aquele que é o Rei da glória entre» e suba para «se sentar à direita do Pai, até que ele faça dos inimigos escabelo para seus pés», como é dito noutros salmos (23,109). Mas quando os príncipes do céu O viram sem figura nem beleza, sem honra, nem glória (Is 53,2), não O reconheceram e perguntaram: «Quem é esse Rei glorioso?» (Sl 23,8). O Espírito Santo responde-lhes então: «O Senhor do universo, eis o Rei glorioso». Com efeito, não é de Salomão, que tanta glória teve enquanto rei [...], que se pôde dizer: «Quem é ele, esse Rei glorioso?»





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sábado, 11 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 12 de Outubro de 2008

XXVIII Domingo Comum (semana IV do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil

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Santo Agostinho : Vestir o traje nupcial


Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.

Tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes: «O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.' Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.' Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?' Mas ele emudeceu. O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.' Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (345-430), bispo de Hipona (África do Norte) e doutor da Igreja
Sermão 90; PL 38, 559ss

Vestir o traje nupcial


Que traje nupcial é esse de que nos fala o Evangelho? Tal traje é certamente algo que só os bons possuem, os que devem participar no festim [...]. O traje serão os sacramentos? O baptismo? Sem o baptismo, ninguém chega até Deus, mas alguns recebem o baptismo e não chegam a Deus [...] Será o altar, ou o que se recebe no altar? Mas ao receber o Corpo do Senhor alguns comem e bebem a sua própria condenação (1Co 11,29). Então será o quê, esse traje? O jejum? Também os maus jejuam. Será frequentar a igreja? Também os maus vão à igreja como os outros [...].

O que é então esse traje nupcial? Diz-nos o apóstolo Paulo: «O objectivo desta recomendação é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera» (1Tm 1,5). Eis o traje nupcial. Não se trata de um amor qualquer, porque por vezes vemos homens desonestos amar outros [...], mas não vemos neles aquela caridade autêntica «que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera»; ora, esta caridade é precisamente o fato de núpcias.

«Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, diz o apóstolo Paulo, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine [...]. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou.» (1Co 13,1-2) [...] Poderia ter tudo isto, disse ele; sem Cristo, «nada sou» [...]. Como são inúteis os bens, se um só deles nos faltar! Se não tiver amor, bem posso ter distribuir todos os meus bens, confessar o nome de Cristo e entregar o meu corpo para ser queimado (1Co 13,3), que de nada me aproveita, pois posso agir assim por amor da glória [...]. «Se não tiver amor, de nada me aproveita.» Eis o traje nupcial. Examinai-vos a vós próprios: se o tiverdes, aproximai-vos confiantes do banquete do Senhor.





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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 11 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Maria Soledade Torres, virgem, fundadora, +1887,   Nossa Senhora de Vandoma,   Beato João XXIII, papa, +1964

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São Bernardo : «Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor" (Lc 1,45)


Evangelho segundo S. Lucas 11,27-28.

Enquanto Ele falava, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse: «Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!» Ele, porém, retorquiu: «Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
Sermão 31 sobre o Cântico dos cânticos

«Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor" (Lc 1,45)


Os homens da antiga aliança viviam sujeitos a um regime de símbolos. Para nós, pela graça de Cristo, presente na carne, resplandeceu a própria verdade. E contudo, por relação ao mundo futuro, vivemos ainda, de certa maneira, à sombra da verdade. Escreve o Apóstolo Paulo: «A nossa ciência é imperfeita e a nossa profecia também é imperfeita» (1 Cor 13, 9); e ainda: «Não que eu tenha já alcançado a meta» (Fil 3, 13). Com efeito, não podemos deixar de distinguir aquele que caminha pela fé e aquele que se encontra já na visão clara. Assim, «o justo viverá da fé» (Hab 2, 4; Rom 1, 17), enquanto o bem-aventurado exulta na visão da verdade; agora, o homem são vive à sombra de Cristo [...]. E é boa, esta sombra da fé, que filtra a luz que cega os nossos olhos ainda mergulhados nas trevas, e os prepara para suportarem a luz. Com efeito, está escrito que Deus «purificou os seus corações pela fé» (Act 15, 9). A fé não tem, pois, como efeito a extinção da luz, mas a sua conservação. Tudo aquilo que os anjos contemplam a descoberto é preservado para mim pela luz da fé, que o faz repousar no seu seio, a fim de o revelar no momento ideal. Não será preferível ela manter oculto aquilo que ainda não és capaz de captar sem véu?

Aliás, a Mãe do Senhor também vivia na sombra da fé, uma vez que lhe disseram: «Feliz aquela que acreditou» (Lc 1, 45); e, do corpo de Cristo, recebeu também uma sombra, segundo a mensagem do anjo: «a força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra» (Lc 1, 35). Esta sombra nada tem, pois, de desprezível, uma vez que é projectada pela força do Altíssimo. Com efeito, a carne de Cristo tinha um poder que cobriu a Virgem com a Sua sombra, a fim de que o filtro desse corpo vivificante lhe permitisse suportar a presença divina, sustentar o brilho da luz inacessível, o que seria impossível a uma mortal. Este poder iludiu todas as forças adversas; o poder desta sombra expulsou os demónios e protegeu os homens. Poder verdadeiramente vivificante e sombra verdadeiramente refrescante! Quanto a nós, é à sombra de Cristo que vivemos, pois caminhamos pela fé e recebemos a vida, sendo alimentados pela Sua carne.





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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 10 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Daniel Comboni, presbítero, fundador, +1881,   S. Tomás de Vilanova, bispo, +1555

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São Macário : «A Sua própria casa somos nós» (Heb 3, 6)


Evangelho segundo S. Lucas 11,15-26.

Mas alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.» Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa. Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança; mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.» «Quando um espírito maligno sai de um homem, vagueia por lugares áridos em busca de repouso; e, não o encontrando, diz: 'Vou voltar para minha casa, de onde saí.' Ao chegar, encontra-a varrida e arrumada. Vai, então, e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, instalam-se ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Macário (?-405), monge no Egipto
Homilia 33

«A Sua própria casa somos nós» (Heb 3, 6)


O Senhor instala-Se numa alma fervorosa, faz dela o Seu trono de glória, toma assento nela e nela permanece. [...] Esta casa onde habita o seu mestre é toda graça, ordem e beleza, assim como a alma com quem o Senhor permanece é toda ordem e beleza. Ela possui o Senhor e todos os Seus tesouros espirituais. Ele habita nela, e nela domina.

Que terrível, porém, é a casa de onde o Senhor está ausente, longe da qual o Senhor se encontra! Esta casa deteriora-se, arruína-se, enche-se de manchas e de desordem, tornando-se, na palavra do profeta, lugar de reunião de serpentes e de sátiros, casa abandonada que se enche de gatos selvagens, de hienas e de cardos (Is 35, 11-15). Infeliz da alma que não consegue levantar-se de queda tão funesta, que se deixa prender e acaba por odiar o esposo e por desviar os seus pensamentos de Jesus Cristo!

Mas quando o Senhor a vê recolher-se e procurar, noite e dia, o seu Senhor, chamá-lo como Ela a convida a fazer: «Orai sem desfalecer», então «Deus far-lhe-á justiça» (Lc 18, 1-7), como prometeu, e purificá-la-á de todo o mal, fazendo dela uma esposa «sem mancha nem ruga» (Ef 5, 27). Acredita na Sua promessa, que é a verdade. Verifica se a tua alma encontrou a luz que lhe iluminará os passos, bem como o alimento e a bebida verdadeiros, que são o Senhor. Ainda os não tens? Procura noite e dia, e encontrá-los-ás.





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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 09 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : São João Leonardo, presbítero, +1609,   Nossa Senhora do Monte

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Rábano Mauro : «Dar-lhe-á tudo quanto precisar»


Evangelho segundo S. Lucas 11,5-13.

Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer', e se ele lhe responder lá de dentro: 'Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar'. Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar.» «Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á. Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Rábano Mauro (c.784-856), abade beneditino e bispo
Três livros para Bonoso, livro 3,4; PL 112, 1306

«Dar-lhe-á tudo quanto precisar»


Não permitas que te falte a confiança em Deus, nem te deixes desesperar da sua misericórdia [...] Canta ao Senhor estas palavras do profeta: «Como os olhos do servo se fixam nas mãos do seu amo, e como os da serva, nas mãos da sua ama, assim os nossos olhos estão postos no Senhor, nosso Deus, até que tenha piedade de nós. Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade de nós, porque estamos saturados de desprezo» (Sl 122, 2-3). Se estamos saturados de desprezo por causa dos nossos muitos pecados, devemos porém voltar-nos para o Senhor nosso Deus até que Ele de nós se apiede, e dirigir-Lhe continuamente as nossas súplicas até que nos conceda o perdão pelos nossos erros. De facto, é próprio da alma constante e tenaz perseverar na oração sem vacilar por desespero de querer ser atendida, e persistir tenazmente na oração até que Deus lhe faça misericórdia.

Para que não venhas a pensar que ofendes ao Senhor por persistires na oração quando não mereces ser escutado, lembra-te da parábola de Evangelho. Nela descobrirás que os que oram a Deus com importuna perseverança não Lhe são desagradáveis, porque é dito: «Embora não se levante para [...] dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar». Compreende pois que é o diabo que nos sugere que entremos em desespero por querer ser atendidos, e fá-lo para que nos seja retirada essa esperança na bondade de Deus, que é a âncora da nossa salvação, o fundamento da nossa vida, o guia no caminho que leva aos céus. O apóstolo Paulo diz: «Foi na esperança que fomos salvos» (Rm 8,24).





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