domingo, 31 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 01 de Setembro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Beatriz da Silva, virgem, fundadora. +1490

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Santo Ambrósio : Pela fé, receber a cura e entrar na verdadeira vida


Evangelho segundo S. Lucas 4,16-30.

Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.» Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?» Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo também aqui na tua terra.» Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon. Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.» Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor. E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo. Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja
Os Mistérios, 16-21

Pela fé, receber a cura e entrar na verdadeira vida


Naaman era sírio, tinha lepra e ninguém conseguia purificá-lo da doença. [...] Foi a Israel e Eliseu ordenou-lhe que se banhasse sete vezes no Jordão. Então Naaman pensou que os rios da sua pátria tinham águas melhores, nas quais ele se tinha banhado muitas vezes sem ter sido purificado da lepra. [...] Mas acabou por se banhar e, imediatamente purificado, compreendeu que a purificação não vem das águas, mas da graça. [...]

Foi por isso que [no dia do teu baptismo] te disseram: não creias apenas naquilo que vês, porque poderias dizer, também tu, como Naaman. É esse o grande mistério que «nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem» (1Cor 2, 9)? Vejo água, como sempre vi! Terá esta água o poder de me purificar, quando tantas vezes me banhei nela sem ser purificado? Aprende que a água não purifica sem o Espírito.

E foi por isso que leste que, no baptismo, «três são os que testificam: o Espírito, a água e o sangue» (1Jo 5, 7-8). É que, se retirares um que seja, o sacramento do baptismo desaparece. Com efeito, o que é a água sem a cruz de Cristo? É um vulgar elemento, sem qualquer alcance sacramental. E, da mesma maneira, sem água não há mistério do novo nascimento, porque «quem não nascer da água e do espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5). O catecúmeno acredita na cruz do Senhor Jesus, cujo sinal recebeu; mas, se não tiver sido baptizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não pode receber o perdão dos seus pecados, nem acolher o dom da graça espiritual.

O sírio Naaman mergulhou sete vezes, segundo a Lei; tu, porém, foste baptizado em nome da Trindade. Tu confessaste a tua fé no Pai, confessaste a tua fé no Filho, confessaste a tua fé no Espírito Santo. Recorda a sucessão destes factos. Nesta fé, morreste para o mundo, ressuscitaste para Deus.





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sábado, 30 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 31 de Agosto de 2008

XXII Domingo Comum (semana II do saltério)
Hoje a Igreja celebra : São Raimundo Nonato, presbítero, +1240

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Santo Agostinho : «Renunciar a si mesmo, tomar a própria cruz e seguir a Cristo»


Evangelho segundo S. Mateus 16,21-27.

A partir desse momento, Jesus Cristo começou a fazer ver aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito, da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos doutores da Lei, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar. Tomando-o de parte, Pedro começou a repreendê-lo, dizendo: «Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer!» Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens!» Jesus disse, então, aos discípulos: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida? Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme o seu procedimento.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África) e doutor da Igreja
Sermão 96 (§4-9)

«Renunciar a si mesmo, tomar a própria cruz e seguir a Cristo»


Aquilo que o Senhor ordenou – «Se alguém quer vir Comigo, renuncie a si mesmo» – parece duro e penoso. Mas não é duro nem penoso, quando Aquele que ordena ajuda a realizar aquilo que ordena. Porque, se é verdadeira a palavra do salmo que diz: «por causa das palavras dos teus lábios, segui caminhos difíceis» (Sl 16, 4), também é verdadeira a palavra de Jesus, que disse: «o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve» (Mt 11, 30). É que o amor suaviza tudo aquilo que no mandamento é árduo. Sabemos bem de que prodígios é capaz o amor. Por vezes, o amor é mau aliado, e dissoluto; mas quantas dificuldades sofrem os homens, que tratamentos indignos e insuportáveis estão dispostos a aguentar para alcançarem aquilo que amam! [...] Como o grande negócio da vida há-de ser escolher adequadamente aquilo que se deve amar, será de admirar que aquele que ama a Jesus Cristo e quer segui-Lo renuncie a si mesmo para O amar? [...]

E o que significa o que vem a seguir: «Tomar a própria cruz»? Que ele suporte aquilo que é penoso e Me siga. Porque, quando um homem começa a seguir-Me, comportando-se segundo os Meus preceitos, há muito quem o contradiga, muito quem se oponha a ele, muito quem o desencoraje, também entre aqueles que afirmam ser companheiros de Cristo, que são os mesmos que impedem os cegos de gritar por Ele (Mt 20, 31). Sejam ameaças, lisonjas ou proibições, se queres seguir a Cristo, transforma tudo isso em cruz; aguenta, suporta, sem te deixares esmagar. [...]

Amais o mundo; mas convém amar mais Aquele que fez o mundo. [...] Estamos num mundo que é santo, que é bom, que foi reconciliado, que foi salvo, ou antes, que tem de ser salvo, mas que é salvo, desde já, na esperança. «Porque na esperança é que fomos salvos» (Rom 8, 24). Assim, pois, neste mundo, ou seja, na Igreja, que segue a Cristo, Ele diz-nos a todos: «Se alguém quer vir Comigo, renuncie a si mesmo.»  





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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 30 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Beata Joana Jugan, religiosa, +1879,  Santa Tecla, virgem, mártir, séc. I

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São [Padre] Pio de Pietrelcina : «Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos»


Evangelho segundo S. Mateus 25,14-30.

«Será também como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu. Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.' O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.' Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.' O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.' Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.' O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei. Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.' Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos. Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.'»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São [Padre] Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
TN in Ep 4,875, 878

«Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos»


«Meus irmãos, até agora nada fizemos; comecemos, pois, a partir de hoje.» Era a si próprio que São Francisco dirigia esta exortação; humildemente, façamo-la nossa. É verdade que ainda nada fizemos, ou que fizemos muito pouco! Os anos sucedem-se, sem que perguntemos a nós próprios o que podíamos ter feito; quer dizer que não há nada a modificar, a acrescentar ou a cortar na nossa conduta? Vivemos sem preocupações, como se não estivesse para chegar o dia em que o Juiz eterno nos chamará a Si, em que teremos de prestar contas dos nossos actos e daquilo que fizemos com o nosso tempo.

Não percamos tempo. Não deixemos para amanhã aquilo que podemos fazer hoje; os túmulos estão cheios de boas intenções; aliás, quem sabe se amanhã ainda estaremos amanhã? Oiçamos a voz da nossa consciência, que é a voz do profeta: «Oxalá ouvísseis a Sua voz! Não torneis duros vossos corações» (Sl 94, 7-8).

Só temos à nossa disposição o momento presente; velemos, pois, e vivamo-lo como um tesouro que nos foi confiado. O tempo não nos pertence; não o desperdicemos.





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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 29 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Martírio de S. João Baptista

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Lansperge: "Felizes os que são perseguidos por amor da justiça" (Mt 5,10)


Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.

Na verdade, tinha sido Herodes quem mandara prender João e pô-lo a ferros na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele desposara. Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.» Herodíade tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia, porque Herodes temia João e, sabendo que era homem justo e santo, protegia-o; quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. Mas chegou o dia oportuno, quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e aos principais da Galileia. Tendo entrado e dançado, a filha de Herodíade agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei.» E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja metade do meu reino.» Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?» A mãe respondeu: «A cabeça de João Baptista.» Voltando a entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero que me dês imediatamente, num prato, a cabeça de João Baptista.» O rei ficou desolado; mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar. Sem demora, mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi e decapitou-o na prisão; depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à jovem, que a deu à mãe. Tendo conhecimento disto, os discípulos de João foram buscar o seu corpo e depositaram-no num sepulcro.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Lansperge, o Cartuxo (1489-1539), religioso, teólogo
Sermão para a Degolação de S. João Baptista, Opera Omnia, t.2, p. 514s

"Felizes os que são perseguidos por amor da justiça" (Mt 5,10)


A morte de Cristo está na origem de uma multidão incontável de crentes. Pelo poder desse mesmo Jesus e graças à sua bondade, a morte preciosa dos seus mártires e dos seus santos fez nascer uma grande multidão de cristãos. Com efeito, nunca a religião cristã pôde ser aniquilada pela perseguição dos tiranos nem pelo assassinato injustificácel de inocentes: pelo contrário, sempre tirou disso grande fonte de crescimento.
     
Temos um exemplo em S. João, que baptizou Cristo e cujo santo martírio hoje festejamos. Herodes, esse rei infiel, quis, por fidelidade ao seu juramento, apagar completamente da memória dos homens a lembrança de João. Ora não só João não foi aniquilado como milhares de homens, inflamados pelo seu exemplo, acolheram a morte com alegria por amor da justiça e da verdade... Que cristão, digno desse nome, não venera hoje João, aquele que baptizou o Senhor? Em toda a parte do mundo, os cristãos celebram a sua memória, todas as gerações o proclamam bem-aventurado e as sua virtudes enchem a Igreja de perfume. João não viveu só para si e não morreu só para si.





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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 28 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santo Agostinho, bispo, Doutor da Igreja, +430

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S. Macário : Pela oração, vigiar à espera de Deus


Evangelho segundo S. Mateus 24,42-51.

Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa. Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.» «Quem julgais que é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua família para os alimentar a seu tempo? Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado. Em verdade vos digo: Há-de confiar-lhe todos os seus bens. Mas, se um mau servo disser consigo mesmo: 'O meu senhor está a demorar', e começar a bater nos seus companheiros, a comer e a beber com os ébrios, o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e à hora que ele desconhece; vai afastá-lo e dar-lhe um lugar com os hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Macário (? - 405), monge no Egipto
Homilias espirituais, nº 33

Pela oração, vigiar à espera de Deus


Para rezar, não são precisos nem gestos, nem gritos, nem silêncio, nem genuflexões. A nossa oração, ao mesmo tempo sábia e fervorosa, deve ser espera de Deus, até que Deus venha e visite a nossa alma por todas as suas vias de acesso, por todos os seus caminhos, por todos os seus sentidos. Demos tréguas aos nossos silêncios, aos nossos gemidos, aos nossos soluços: não procuremos na oração senão o abraço apertado de Deus.
      
Não é verdade que, no trabalho, empregamos todo o nosso corpo num mesmo esforço? Não colaboram nisso todos os nossos membros? Que também a nossa alma se consagre toda ela à oração e ao amor do Senhor; que ela não se deixe distrair nem bloquear com pensamentos; que toda ela seja espera de Cristo. Então Cristo iluminá-la-á, ensinar-lhe-á a verdadeira oração, dar-lhe-á a súplica pura e espiritual de acordo com a vontade de Deus, a adoração "em espírito e verdade" (Jo 4,24).
      
Aquele que exerce um comércio não procura simplesmente realizar um lucro. Esforça-se também, por todos os meios, por aumentá-lo e acrescentá-lo. Empreende novas viagens e renuncia às que lhe parecem não trazer proveito; só parte com a esperança de um negócio.. Como ele, saibamos também conduzir a nossa alma pelos caminhos mais diversos e mais oportunos e adquiriremos, oh ganho supremo e verdadeiro, esse Deus que nos ensina a rezar na verdade.
     
O Senhor repousa numa alma fervorosa, faz dela o seu trono de glória, ali se senta e permanece.





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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 27 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Mónica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387

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Baudoin de Ford : "Senhor, arranca o meu coração de pedra"


Evangelho segundo S. Mateus 23,27-32.

Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de imundície! Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que edificais sepulcros aos profetas e adornais os túmulos dos justos, dizendo: 'Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas!' Deste modo, confessais que sois filhos dos que assassinaram os profetas. Acabai, então, de encher a medida dos vossos pais!


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Baudoin de Ford (?-v.1190), abade cisterciense
Tratado 10

"Senhor, arranca o meu coração de pedra"


Cabe-nos amar a Cristo como ele nos amou. Deixou-nos o seu exemplo para que sigamos os seus passos (1Pe 2,21). É por isso que ele diz: "Põe-me como um selo sobre o teu coração" (Ct 8,6), o que quer dizer: "Ama-me como eu te amo. Guarda-me no teu espírito, na tua memória, no teu desejo, nos teus suspiros, nos teus gemidos, nos teus soluços. Lembra-te, ó homem, em que estado te criei, quanto te elevei acima das outras criaturas, com que dignidade te enobreci, como te coroei de glória e de honra, como te coloquei acima dos anjos e como tudo pus a teus pés (Sl 8). Lembra-te não só de tudo o que fiz por ti mas também de quantas provas e humilhações sofri por ti... E tu, se me amas, mostra-o; ama, não com palavras e com a língua, mas com actos e em verdade... Põe-me como um selo sobre o teu coração e ama-me com todas as tuas forças"...
      
Senhor, arranca o meu coração de pedra, este coração duro e incircunciso. Dá-me um coração novo, um coração de carne, um coração puro (Ez 36,26). Tu que purificas os corações, toma posse do meu coração e vem habitar nele.





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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 26 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Zeferino, papa, mártir, +217,   Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars, virgem, fundadora, +1897,   Santa Micaela do Santíssimo Sacramento, religiosa, fundadora, +1865

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São João Eudes : «Purifica primeiro o interior»


Evangelho segundo S. Mateus 23,23-26.

Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho e desprezais o mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! Devíeis praticar estas coisas, sem deixar aquelas. Guias cegos, que filtrais um mosquito e engolis um camelo! Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, quando por dentro estão cheios de rapina e de iniquidade! Fariseu cego! Limpa antes o interior do copo, para que o exterior também fique limpo.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São João Eudes (1601-1680), sacerdote, pregador, fundador de institutos religiosos
Coração admirável, cap. 12

«Purifica primeiro o interior»


Oh meu Deus, quão admirável é o Vosso amor por nós! Sois infinitamente digno de ser amado, louvado e glorificado! Não tendo nós coração, nem espírito, que seja digno deste amor, a Vossa sabedoria e a Vossa bondade concederam-nos, porém, forma de o ser: destes-nos o Espírito e o coração do Vosso Filho, para que fosse o nosso próprio espírito e o nosso próprio coração, segundo a promessa que fizestes pelo Vosso profeta: «Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo» (Ez 36, 26); e, para que soubéssemos que coração e que espírito novos eram estes, acrescentastes: «Dentro de vós porei o Meu espírito» (27). Só o Espírito e o coração de Deus são dignos de amar e de louvar um Deus, são capazes de O bendizer e de O amar como Ele deve ser bendito e amado. Foi por isso que nos destes o Vosso coração, o coração do Vosso Filho, Jesus Cristo, bem como o coração de Sua Mãe e o coração de todos os santos e anjos que, em conjunto, formam um só coração, como a cabeça e os membros formam um só corpo (Ef 4, 15). [...]

Renunciai, pois, irmãos, ao vosso coração e ao vosso espírito, à vossa vontade e ao vosso amor próprio. Dai-vos a Jesus, para entrardes na imensidão do Seu coração, que contém o de Sua Mãe e o de todos os santos, para vos perderdes nesse abismo de amor, de humildade e de paciência. Se amardes o vosso próximo e tiverdes de fazer um acto de caridade, amai-o o fazei o que deveis no coração de Jesus. Se se trata de vos humilhardes, que seja na humildade desse coração. Se se trata de obedecerdes, que seja na obediência do Seu coração. Se tendes de louvar, de adorar, de agradecer a Deus, que seja em união com a adoração, o louvor e a acção de graças que nos são dados por esse grande coração. [...] O que quer que façais, fazei todas as coisas no espírito desse coração, renunciando ao vosso, entregando-vos a Jesus, para agirdes no Espírito que anima o Seu coração.





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domingo, 24 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 25 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648,   S. Luís (IX), rei de França, +1270,   Beato Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +1624

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Cardeal John Henry Newman : Voltar a Deus com arrependimento verdadeiro


Evangelho segundo S. Mateus 23,13-22.

Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o Reino do Céu! Nem entrais vós nem deixais entrar os que o querem fazer. Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que devorais as casas das viúvas, com o pretexto de prolongadas orações! Por isso, sereis mais rigorosamente julgados. Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito e, depois de o terdes seguro, fazeis dele um filho do inferno, duas vezes pior do que vós! Ai de vós, guias cegos, que dizeis: 'Se alguém jura pelo santuário, isso não tem importância; mas, se jura pelo ouro do santuário, fica sujeito ao juramento.' Insensatos e cegos! Que é o que vale mais? O ouro ou o santuário, que tornou o ouro sagrado? Dizeis ainda: 'Se alguém jura pelo altar, isso não tem importância; mas, se jura pela oferta que está sobre o altar, fica sujeito ao juramento.' Cegos! Qual é o que vale mais? A oferta ou o altar, que torna sagrada a oferta? Portanto, jurar pelo altar é o mesmo que jurar por ele e por tudo o que está sobre ele; jurar pelo santuário é jurar por ele e por aquele que nele habita; jurar pelo Céu é jurar pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), sacerdote, fundador de comunidade religiosa, teólogo
PPS vol. 5, n°22

Voltar a Deus com arrependimento verdadeiro


O sentimento da presença de Deus não é apenas o fundamento da paz numa consciência recta; é também o fundamento da paz no arrependimento. À primeira vista, pode parecer estranho que o arrependimento do pecador produza nele conforto e paz. É certo que o evangelho promete transformar toda a dor em alegria; temos, pois, de nos alegrar até na dor, na fraqueza e no desprezo. Gloriamo-nos «também nas tribulações [...] porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo, que nos foi concedido», diz o Apóstolo Paulo (Rom 5, 3-5). Mas, se há dor que pode parecer um mal absoluto, que continua a ser um mal no reinado do evangelho, é claramente a consciência de não termos correspondido ao evangelho. Se há momento em que a presença do Altíssimo pode parecer-nos intolerável, é o momento em que tomamos subitamente consciência de termos sido ingratos e rebeldes para com Ele.

E, contudo, não há arrependimento verdadeiro que não seja acompanhado pelo pensamento de Deus. O homem arrependido pensa em Deus no seu coração, porque O procura; e procura-O porque é movido pelo amor. É por isso que a própria dor de ter ofendido a Deus deve ser acompanhada por uma certa doçura, a doçura do amor. O que é o arrependimento, senão o impulso do coração, que nos leva a entregar-nos a Deus, quer para o perdão, quer para a correcção, a amar a Sua presença por si mesma, a preferir a correcção que Dele provém ao repouso e à paz que o mundo poderia oferecer-nos sem Ele? Enquanto vivia nos campos, com os porcos, o filho pródigo sentia dor, mas não se sentia arrependido; limitava-se a ter remorsos. Quando, porém, começou a sentir-se verdadeiramente arrependido, levantou-se, voltou para junto do pai, a quem confessou que pecara, libertando assim o coração da sua miséria. O remorso, aquilo a que o Apóstolo Paulo chama «a tristeza do mundo», produz a morte (2Cor 7, 10). Em vez de voltarem para junto da fonte da vida, do Deus da consolação, aqueles que estão cheios de remorsos limitam-se a revolver as próprias ideias, sem conseguirem confiar a ninguém a dor que sentem. [...] Precisamos de conforto para o nosso coração, a fim de que ele saia das trevas e abandone a tristeza. [...] Mas só a presença de Deus pode ser para nós refúgio verdadeiro.





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sábado, 23 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 24 de Agosto de 2008

XXI Domingo Comum (semana I do saltério)
Hoje a Igreja celebra : S. Bartolomeu, apóstolo

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Santo Hilário : "Tu és... o Filho do Deus vivo"


Evangelho segundo S. Mateus 16,13-20.

Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.» Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Messias.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Hilário (c. 315 - 367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentários sobre Mateus, 16

"Tu és... o Filho do Deus vivo"


O Senhor tinha perguntado: "Quem dizem os homens que é o Filho do homem?" Naturalmente que o aspecto do seu corpo manifestava o Filho do homem mas, ao fazer esta pergunta, ele dava a entender que, para além do que se pudesse ver nele, havia outra coisa a discernir... O objecto da pergunta era um mistério para o qual se devia orientar a fé dos crentes.
      
A confissão de Pedro obteve plenamente a recompensa que merecia por ter visto naquele homem o Filho de Deus. "Feliz" é ele, louvado por ter alongado a sua vista para além dos olhos humanos, não olhando para o que vinha da carne e do sangue mas contemplando o Filho de Deus revelado pelo Pai dos céus. Foi considerado digno de ser o primeiro a reconhecer o que em Cristo era de Deus. Que belo alicerce pôde ele dar à Igreja, confirmado pelo seu novo nome! Ele torna-se a pedra digna de edificar a Igreja de forma a que ela rompa as leis do inferno... e todas as cadeias da morte. Feliz porteiro do céu a quem são confiadas as chaves do acesso à eternidade; a sua sentença na terra antecipa a autoridade do céu, de tal forma que o que tiver ligado ou desligado na terra sê-lo-á também no céu
      
Jesus ordena ainda aos discípulos que não digam a ninguém que ele é o Cristo porque vai ser preciso que outros, quer dizer, a Lei e os profetas, sejam testemunhas do seu Espírito, uma vez que o testemunho da ressurreição caberá aos apóstolos. E, assim como foi manifestada a felicidade daqueles que conhecem Cristo no Espírito, foi igualmente manifestado o perigo de se desconhecer a sua humildade e a sua Paixão.





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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 23 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Rosa de Lima, virgem, +1617, padroeira da América Latina

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S. Pascácio Radberto : "Tendes um só mestre, Cristo"


Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.

Então, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos: «Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar. Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as filactérias e alongam as orlas dos seus mantos. Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados 'mestres' pelos homens. Quanto a vós, não vos deixeis tratar por 'mestres', pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis 'Pai', porque um só é o vosso 'Pai': aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por 'doutores', porque um só é o vosso 'Doutor': Cristo. O maior de entre vós será o vosso servo. Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Pascácio Radberto (? - c. 849), monge beneditino
Comentário sobre o evangelho de Mateus, 10, 23

"Tendes um só mestre, Cristo"


Se alguém desejar um alto cargo na Igreja (cf. 1Tm 3,1), deseje a obra que ele permite realizar e não a honra que lhe está ligada: deseje ajudar e servir todos os homens, mais do que ser ajudado e servido por todos. Porque o desejo de ser servido provém do orgulho, como o dos fariseus, e o desejo de servir nasce da sabedoria e do ensinamento de Cristo. Aqueles que procuram as honras por elas mesmas são os que se elevam, e aqueles que alegram por levar a sua ajuda e servir são os que se abaixam para que o Senhor os eleve.
      
Cristo não falou aqui daquele que o Senhor eleva mas disse: "Aquele que se eleva a si mesmo será humilhado", naturalmente pelo Senhor. Também não falou daquele que o Senhor humilha, mas disse: "Aquele que se humilha voluntariamente será exaltado", em consequência, pelo Senhor... É por isso que Cristo, logo após ter reservado para si, de modo particular, o título de "mestre", imediatamente invoca a regra de sabedoria em virtude da qual "aquele que quiser ser grande deve ser o servo de todos" (Mc 10,43)... Esta regra, tinha-a ele exprimido noutros termos: "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração" (Mt 11,29).
      
Deste modo, todo aquele que quiser ser seu discípulo não deve tardar em aprender esta sabedoria de Cristo porque "todo o discípulo perfeito será como o seu mestre" (Lc 6,40). Pelo contrário, aquele que tiver recusado aprender a sabedoria ensinada pelo Mestre, longe de se tornar mestre, não será sequer um discípulo.





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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 22 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora Rainha

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São Basílio : «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração»


Evangelho segundo S. Mateus 22,34-40.

Constando-lhes que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, os fariseus reuniram-se em grupo. E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?» Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia, na Capadócia, doutor da Igreja
Grandes Regras, Q. 2

«Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração»


Recebemos de Deus a tendência natural para fazermos o que Ele nos manda, de maneira que não podemos insurgir-nos, como se Ele nos pedisse uma coisa extraordinária, nem orgulhar-nos, como se déssemos mais do que aquilo que nos é dado. [...] Ao recebermos de Deus o mandamento do amor, possuímos imediatamente, desde a nossa origem, a faculdade natural de amar. Não foi a partir do exterior que fomos por ela enformados; e isto é evidente, porque procuramos naturalmente aquilo que é belo [...]; sem que no-lo ensinem, amamos aqueles que nos são aparentados, pelos laços do sangue ou de uma qualquer aliança; enfim, de boa vontade damos provas de benevolência aos nossos benfeitores.

Ora, haverá coisa mais admirável do que a beleza de Deus? [...] Haverá desejo mais ardente do que a sede provocada por Deus na alma purificada, que exclama com emoção sincera: «Desfaleço de amor» (Cant 2, 5)? [...] Esta bondade é invisível aos olhos do corpo, só podendo ser captada pela alma e pela inteligência. Sempre que iluminou os santos, deixou neles o aguilhão de um grande desejo, a ponto de eles exclamarem: «Ai de mim, que vivo no exílio» (Sl 119, 5), «Quando poderei eu chegar, para contemplar a face de Deus?» (Sl 41,3), «Desejo partir para estar com Cristo» (Fil 1, 23) e «A minha alma tem sede do Senhor, do Deus vivo» (Sl 41, 3). [...] É assim que os homens aspiram naturalmente ao belo. Mas aquilo que é bom é também supremamente amável; ora, Deus é bom; portanto, se todas as coisas procuram o que é bom, todas as coisas procuram a Deus. [...]

Se o afecto dos filhos pelos pais é um sentimento natural, que se manifesta no instinto dos animais e na disposição dos homens para amarem as mães desde tenra idade, não sejamos menos inteligentes do que as crianças, nem mais estúpidos do que os animais: não nos apresentemos diante de Deus que nos criou como estrangeiros sem amor. Mesmo que não tivéssemos compreendido, pela Sua bondade, Quem Ele é, devíamos ainda assim, apenas pelo facto de termos sido criados por Ele, amá-Lo acima de tudo, e permanecer ligados à memória do que Ele é, como as crianças permanecem ligadas à memória de sua mãe.






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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 21 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Pio X, papa, +1914

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São Macário : «Vinde ao banquete das núpcias»


Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.

Tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes: «O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.' Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.' Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?' Mas ele emudeceu. O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.' Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Macário (?-405), monge no Egipto
Homilias espirituais, nº 15, § 30-31

«Vinde ao banquete das núpcias»


No mundo visível, se um povo muito pequeno se revolta contra o rei, este não se incomoda a dirigir pessoalmente as operações, antes envia os soldados, com os respectivos chefes, e são eles que travam o combate. Pelo contrário, se o povo que se ergue contra ele é muito poderoso e é capaz de lhe devastar o reino, então o rei vê-se obrigado a empreender pessoalmente a campanha, com a sua corte e o seu exército, e a travar ele o combate. Considera, pois, que dignidade é a tua! Pois foi o próprio Deus quem empreendeu a campanha, com os seus próprios exércitos – ou seja, os anjos e os espíritos santos –, para vir proteger-te, a fim de te libertar da morte. Tem, pois, confiança, e repara na providência de que és objecto.

Retiremos outro exemplo da vida presente. Imaginemos um rei que depara com um homem pobre e doente, e que não se desgosta dele, antes lhe trata as feridas por meio de medicamentos salutares. Leva-o para o palácio, veste-o de púrpura, cinge-o com um diadema e convida-o para a sua mesa. É assim que Cristo, o rei celeste, Se aproxima do homem doente, o cura e o convida para a Sua mesa real, e fá-lo sem lhe violar a liberdade, antes o persuadindo a aceitar honra tão elevada.

Está, aliás, escrito no Evangelho que o Senhor enviou os Seus servos, mandando-os convidar todos quantos quisessem acorrer, mandando-os anunciar: «O banquete está pronto!» Os convidados, porém, desculparam-se. [...] Estás a ver, Aquele que convidava estava pronto, mas os convidados recusaram o convite; são, portanto, responsáveis pelo seu destino. Tal é a grande dignidade dos cristãos. Eis que o Senhor lhes prepara o Reino, e os convida a nele entrar; mas eles recusam-se. Perante o dom que lhes foi prometido, poder-se-ia dizer que, se uma pessoa [...] sofresse tribulações desde a criação de Adão até ao fim do mundo, nada teria feito em comparação com a glória que receberá em herança, porque está destinado a reinar com Cristo pelos séculos sem fim. Glória Àquele que amou de tal maneira esta alma, que Se entregou e Se confiou a ela, bem como a sua graça! Glória à Sua majestade!





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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 20 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Bernardo de Claraval, abade, Doutor da Igreja, +1153

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S. João Crisóstomo : Cada um a seu tempo


Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16.

«Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha. Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho, e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.' E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo. Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?' Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.' Ele disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha.' Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.' Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um. Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: 'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.' O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos? Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti. Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?' Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. João Crisóstomo (c. 345 - 407), bispo de Antioquia, depois de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia 64

Cada um a seu tempo


"Ide, também vós, para a minha vinha". Irmãos, perguntais-vos talvez porque é que não se mandam vir ao mesmo tempo todos estes trabalhadores para a vinha do Senhor. Responder-vos-ei que o desígnio do Senhor foi chamá-los todos ao mesmo tempo. Mas eles não querem vir quando são chamados na primeira hora e isso tem a ver com a sua recusa. É por isso que o próprio Deus vem chamá-los em particular..., à hora em que pensava que eles se renderiam e responderiam ao seu convite.
      
É o que diz claramente o apóstolo Paulo a seu próprio respeito: "Quando aprouve a Deus, Ele separou-me no seio da minha mãe" (Ga 1,15). Quando é que isso aprouve a Deus, senão quando viu que Paulo se renderia ao seu apelo? Deus teria querido chamá-lo, com certeza, desde o princípio da sua vida, mas, porque Paulo não se teria rendido à sua voz, Deus tomou o partido de só o chamar quando viu que ele lhe responderia. Foi assim que Deus só chamou o bom ladrão na última hora, se bem que o pudesse ter feito mais cedo, se tivesse previsto que aquele homem se iria render ao seu apelo.
      
Portanto, se os trabalhadores da parábola dizem que ninguém os contratou, é preciso não nos esquecermos da paciência de Deus... Quanto a Ele, mostra claramente que fez tudo o que pôde para que todos pudessem vir desde a primeira hora do dia. Assim, a parábola de Jesus mostra-nos que os homens se entregam a Deus em idades muito diferentes. E Deus quer, a todo o custo, impedir os primeiros chamados de desprezar os últimos.      





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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 19 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. João Eudes, presbítero, +1680

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S. Gregório Magno : "Nós deixámos tudo e seguimos-te"


Evangelho segundo S. Mateus 19,23-30.

Jesus disse, então, aos discípulos: «Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no Reino do Céu. Repito-vos: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino do Céu.» Ao ouvir isto, os discípulos ficaram estupefactos e disseram: «Então, quem pode salvar-se?» Fixando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus tudo é possível.» Tomando a palavra, Pedro disse-lhe: «Nós deixámos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade vos digo: No dia da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono de glória, vós, que me seguistes, haveis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos serão os primeiros.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilia 5 sobre o Evangelho

"Nós deixámos tudo e seguimos-te"


Ouvistes, meus irmãos, que Pedro e André abandonaram as redes para seguirem o Redentor ao primeiro apelo da sua voz (Mt 4,20)... Talvez algum de vós diga baixinho: "Para obedecer ao apelo do Senhor, que é que aqueles dois pecadores abandonaram, eles que não tinham quase nada?" Mas, nesta matéria, temos de considerar as disposições do coração mais do que os bens que se possuem. Deixa muito aquele que não retém nada para si; deixa muito aquele que abandona tudo, mesmo se não é muita coisa. Quanto a nós, aquilo que possuimos, conservamo-lo com paixão, e, o que não temos, buscamo-lo com todo o nosso desejo. Sim, Pedro e André deixaram muito, pois um e outro abandonaram mesmo o desejo de possuirem. Abandonaram muito porque, renunciando aos seus bens, renunciaram também às suas ambições. Seguindo o Senhor, renunciaram a tudo o que teriam podido desejar se o não tivessem seguido.





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domingo, 17 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 18 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Beato Alberto Hurtado Cruchaga, presbítero, +1952,   Santa Helena, mãe do imperador Constantino, +328

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Clemente de Alexandria : «Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5, 3)


Evangelho segundo S. Mateus 19,16-22.

Aproximou-se dele um jovem e disse-lhe: «Mestre, que hei-de fazer de bom, para alcançar a vida eterna?» Jesus respondeu-lhe: «Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas, se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos.» «Quais?» perguntou ele. Retorquiu Jesus: Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe; e ainda: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: «Tenho cumprido tudo isto; que me falta ainda?» Jesus respondeu: «Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» Ao ouvir isto, o jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Clemente de Alexandria (150-c.215), teólogo
Homilia: «Os ricos salvar-se-ão?»

«Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5, 3)


Não se trata de rejeitar os bens susceptíveis de ajudar o próximo. É da natureza das posses serem possuídas; como é da natureza dos bens difundir o bem; Deus destinou-os ao bem-estar dos homens. Os bens estão nas nossas mãos como ferramentas, como instrumentos dos quais retiramos bom uso, se soubermos manipulá-los. [...] A natureza fez das riquezas escravas, e não senhoras. Não se trata, pois, de as depreciar porque, em si mesmas, não são boas nem más, mas perfeitamente inocentes. Só de nós depende o uso, bom ou mau, que delas fizermos; o nosso espírito, a nossa consciência, são inteiramente livres para disporem à sua vontade dos bens que lhes foram confiados. Destruamos, pois, não os nossos bens, mas a cobiça que lhes perverte o uso. Quando nos tivermos tornado virtuosos, saberemos usá-los com virtude. Compreendamos que esses bens dos quais nos mandam desfazermo-nos são os desejos desregrados da alma. [...] Nada lucrais em largar o dinheiro que tendes, se continuardes a ser ricos em desejos desregrados. [...]

Eis de que forma concebe o Senhor o uso dos bens exteriores: temos de nos desfazer, não de um dinheiro que nos permite viver, mas das forças que nos levam a usá-lo mal, ou seja, das doenças da alma. [...] Temos de purificar a nossa alma, isto é, de a tornar pobre e nua, para nesse estado ouvirmos o chamamento do Salvador: «Vem e segue-Me». Ele é o caminho que percorre aquele que tem o coração puro. [...] Este considera que a fortuna, o ouro, a prata, as casas que possui, que tudo isso são graças de Deus, e mostra-Lhe o seu reconhecimento socorrendo os pobres com os seus próprios fundos. Ele sabe que possui esses bens, mais para os irmãos do que para si mesmo; longe de se tornar escravo das suas riquezas, é mais forte do que elas; não as encerra na sua alma. [...] E, se um dia o dinheiro lhe desaparecesse, aceitaria a ruína com a felicidade dos melhores dias. É esse o homem, afirmo eu, que Deus considera bem-aventurado e a quem chama «pobre em espírito» (Mt 5, 3), herdeiro certo do Reino dos Céus, que está fechado àqueles que não souberam desprender-se da sua opulência.





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sábado, 16 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 17 de Agosto de 2008

XX Domingo Comum (semana IV do saltério)
Hoje a Igreja celebra : S. Jacinto, presbítero, apóstolo da Polónia, +1257

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Guilherme de Saint-Thierry : «Filho de David, tem piedade de mim»


Evangelho segundo S. Mateus 15,21-28.

Jesus partiu dali e retirou-se para os lados de Tiro e de Sídon. Então, uma cananeia, que viera daquela região, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio.» Mas Ele não lhe respondeu nem uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-lhe com insistência: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.» Jesus replicou: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.» Mas a mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: «Socorre-me, Senhor.» Ele respondeu-lhe: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros.» Retorquiu ela: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa de seus donos.» Então, Jesus respondeu-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas.» E, a partir desse instante, a filha dela achou-se curada.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
Orações de meditação, nº 2

«Filho de David, tem piedade de mim»


Por vezes, Senhor, sinto-Te passar; Tu não Te deténs junto de mim, passas adiante, mas eu grito-Te como a cananeia. Ousarei aproximar-me de Ti? Certamente, porque os cãezinhos expulsos da casa do dono não deixam de voltar e, mantendo guarda à casa, recebem todos os dias o seu pedaço de pão. Expulso, eis-me aqui novamente; mandado embora, clamo; escorraçado, suplico. Assim como os cãezinhos não podem viver longe dos homens, assim também a minha alma não consegue viver longe do meu Deus!

Abre-me, Senhor! Que eu chegue junto de Ti, para ser inundado com a Tua luz. Tu habitas nos céus, Tu escondeste-Te nas trevas, na nuvem escura. Como diz o profeta: «Envolvestes-vos numa nuvem, para impedir que a prece a atravessasse» (Lam 3, 44). Apodreço aqui na terra, o meu coração como que num lodaçal. [...] As Tuas estrelas deixaram de brilhar para mim, o sol escureceu, a lua já não ilumina. Oiço cantar os Teus altos feitos nos salmos, nos hinos e nos cantos espirituais; no Evangelho, os Teus gestos e as Tuas palavras resplandecem de luz; os exemplos dos Teus servos [...], as ameaças e as promessas das Tuas Escrituras de verdade, impõem-se a meus olhos e vêm bater à surdez dos meus ouvidos. O meu espírito, porém, endureceu; aprendi a dormir diante do esplendor do sol; habituei-me a deixar de ver aquilo que se me oferece desta maneira. [...]

Até quando, Senhor, até quando tardarás a rasgar os céus, a vir socorrer o meu torpor? (Sl 12, 1; Is 64, 1). Que eu deixe de ser o que sou [...], que me converta e que regresse ao chegar a noite, como um cãozito faminto. Percorro a Tua cidade, peregrina ainda em parte neste mundo, embora a maioria dos seus habitantes já tenha encontrado a sua alegria nos céus. Talvez também eu encontre aí a minha habitação.





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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 16 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santo Estêvão, rei da Hungria, +1038,   S. Roque, peregrino, séc. XIV

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Bem-Aventurada Teresa de Calcutá : Vir até Deus como uma criança


Evangelho segundo S. Mateus 19,13-15.

Apresentaram-lhe, então, umas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas, mas os discípulos repreenderam-nos. Jesus disse-lhes: «Deixai as crianças e não as impeçais de vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu.» E, depois de lhes ter imposto as mãos, prosseguiu o seu caminho.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Bem-Aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Um Caminho Simples

Vir até Deus como uma criança


Comecem o dia e acabem-no com a oração. Vão até Deus como uma criancinha se volta para a sua mãe. Se as palavras não vierem espontaneamente, digam por exemplo: "Vem, Espírito Santo, guia-me, protege-me, ilumina as minhas ideias para que eu possa rezar. Ou então, se se dirigem à Virgem Maria, digam: "Maria, Mãe de Jesus, sê agora uma mãe para mim, ajuda-me a rezar".
      
Quando rezam, agradeçam a Deus todos os seus dons: porque tudo lhe pertence, tudo é um dom que ele nos faz. A alma é um dom de Deus. Se és cristão, podes rezar a Oração do Senhor; se és católico, para além do Pai-Nosso, as tuas orações são a Ave-Maria, o terço, o Credo. Se a tua família ou tu mesmo tens devoções particulares, reza segundo as tuas próprias tradições.
      
Se tiverem verdadeiramente confiança no Senhor e no poder da oração, ultrapassarão as dúvidas, os temores e aquela impressão de solidão que tantos sentem.





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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 15 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Assunção de Nossa Senhora

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S. Nicolau Cabasilas : "Exalta os humildes"


Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.

Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.» Maria disse, então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre.» Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Nicolau Cabasilas (c. 1320-1363), teólogo leigo grego
Homilia sobre a Dormição da Mãe de Deus

"Exalta os humildes"


Era preciso que a Virgem fosse associada a seu Filho em tudo o que respeita à nossa salvação. Tal como ela o fez partilhar a sua carne e o seu sangue..., assim ela tomou parte em todos os seus sofrimentos e em todas as suas dores... Foi ela quem primeiro se tornou conforme à morte do Salvador por uma morte semelhante à dele (Rm 6,5). Foi por isso que, antes de qualquer outro, ela participou da ressurreição. Com efeito, depois de o Filho ter quebrado a tirania do inferno, ela teve a felicidade de o ver ressuscitado e de receber a sua saudação e de o acompanhar tanto quanto pôde até à sua partida para o céu. Depois da ascensão, ela tomou o lugar que o Salvador tinha deixado livre entre os apóstolos e os outros discípulos... Não convinha isso a uma mãe, mais do que a qualquer outra pessoa?
     
Mas era preciso que aquela alma santíssima se separasse daquele corpo sacratíssimo. Deixou-o e uniu-se à alma de seu Filho, ela que era uma luz criada uniu-se à luz que não teve princípio. E o seu corpo, depois de ter ficado algum tempo debaixo da terra, também ele foi levado ao céu. Era preciso, com efeito, que ele passasse por todos os caminhos que o Salvador tinha percorrido, que resplandecesse para os vivos e para os mortos, que santificasse a natureza em todos os aspectos e que, em seguida, recebesse o lugar que lhe convinha. Por isso, o túmulo o abrigou durante algum tempo; depois, o céu acolheu aquela terra nova, aquele corpo espiritual, mais digno do que os anjos, mais santo do que os arcanjos. E o trono foi entregue ao rei, o paraiso à árvore da vida, o mundo à luz, a árvore ao seu fruto, a Mãe ao Filho; ela era perfeitamente digna pois que ela o tinha gerado.
     
O bem-aventurada! Quem encontrará as palavras capazes de exprimir os benefícios que recebeste do Senhor e os que prodigalizaste a toda a humanidade?... Só lá em cima podem resplandecer as tuas maravilhas, nesse "novo céu" e nessa "nova terra" (Ap 21,1), onde brilha o Sol da Justiça (Ma 3,20) que as trevam nem seguem nem precedem. O próprio Senhor proclama as tuas maravilhas, enquanto os anjos te aclamam.





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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 14 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero, mártir, +1941

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S. Cipriano : «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»


Evangelho segundo S. Mateus 18,21-35.19,1.

Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida. O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.' Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!' O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.' Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia. Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor. O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste; não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?' E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.» Quando acabou de dizer estas palavras, Jesus partiu da Galileia e veio para a região da Judeia, na outra margem do Jordão.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A oração do Senhor, 23-24 (trad. Breviário e DDB 1982, p.56)

«Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»


O Senhor obriga-nos a perdoar, nós mesmos, as dívidas aos nossos devedores, tal como nós pedimos que nos perdoe as nossas (Mt 6,12). Devemos saber que não podemos obter o que pedimos em relação aos nossos pecados, se não fizermos o mesmo àqueles que pecaram para connosco. Por isso Cristo diz algures: «É a medida com que servirdes que servirá de medida para vós» (Mt 7,2). E o servo que, depois de ter sido perdoado de toda a sua dívida, não quis, por sua vez, perdoar a do seu companheiro de serviço, foi lançado na prisão. Porque não quis usar de clemência para com o seu companheiro, perdeu o que o seu senhor lhe oferecera. Isso, estabelece-o Cristo, ainda com mais força, nos Seus preceitos, quando decreta: «Quando vos puserdes de pé em oração, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que o Pai que está nos céus vos perdoe as vossas faltas. Mas se não perdoardes, o vosso Pai que está nos céus também não vos perdoará as vossas faltas» (Mc 11, 25-26)...

Quando Abel e Caim, os primeiros, ofereceram sacrifícios, não eram as suas oferendas que Deus olhava, mas o seu coração (Gn 4,3s). Aquele cuja oferenda lhe agradava era aquele cujo coração lhe agradava. Abel, pacífico e justo, oferecendo o sacrifício a Deus na inocência, ensinava os outros a virem tementes a Deus para oferecerem o seu presente no altar, com um coração simples, o sentido da justiça, a concórdia e a paz. Oferecendo com tais disposições o sacrifício a Deus, mereceu tornar-se ele próprio numa oferenda preciosa e dar o primeiro testemunho do martírio. Prefigurou, pela glória do seu sangue, a Paixão do Senhor, porque possuía a justiça e a paz do Senhor. São homens semelhantes que são coroados pelo Senhor, e que, no dia do julgamento, obterão justiça com Ele.  





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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 13 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santo Hipólito, presbítero, mártir, +235,   S. Ponciano, papa, mártir, +235

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S. Cipriano : «Eu estou lá no meio deles»


Evangelho segundo S. Mateus 18,15-20.

«Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão. Se não te der ouvidos, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à Igreja; e, se ele se recusar a atender à própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de impostos. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu.» «Digo-vos ainda: Se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu. Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Da Unidade da Igreja, 12

«Eu estou lá no meio deles»


O Senhor disse: «Se dois de entre vós na terra unirem as suas vozes para pedir o que quer que seja, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. Quando dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou lá no meio deles». Mostra assim que não é o grande número dos que rezam, mas a sua unanimidade, que obtém mais graças. «Se dois de entre vós na terra unirem as suas vozes»: Cristo põe em primeiro lugar a unidade das almas, põe antes de tudo a concórdia e a paz. Que haja plena concordância entre nós, eis o que Ele constante e firmemente ensinou. Ora, como pode pôr-se em concordância com outro quem não está em concordância com o corpo da Igreja e com o conjunto dos irmãos?... O Senhor fala da Sua Igreja, fala àqueles que estão na Igreja: se estiverem de acordo entre si, se orarem em conformidade com as Suas recomendações e os Seus conselhos, quer dizer, mesmo se só dois ou três rezarem numa só alma, mesmo sendo apenas dois três, podem obter aquilo que pedem à majestade de Deus.

«Onde quer que dois ou três estejam reunidos em meu nome, eu estou com eles»: quer dizer, ele está com os pacíficos e os simples, com os que temem a Deus e observam o seus mandamentos. Ele diz que está com dois ou três, apenas, como esteve com os três jovens na fornalha; porque permaneceram simples em relação a Deus e unidos entre si, reconfortou-os com um sopro de orvalho no meio das chamas (Dn 3, 50). O mesmo aconteceu com os dois apóstolos fechados no cativeiro; porque eles eram simples, porque eram unidos de coração, Ele acudiu-lhes, quebrou as portas do seu cárcere (Act 25, 25)... Quando portanto Cristo inscreve, entre os seus preceitos, esta palavra: «Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles», não separa pessoas da Igreja que Ele próprio instituiu. Mas reprova aos dissidentes a sua dicórdia e recomenda a paz aos seus fiéis.





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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 12 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Joana Francisca de Chantal, viúva, religiosa, fundadora, +1641,   Beato Amadeu da Silva, religioso, +1482

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Santo Ambrósio : «Também é da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos»


Evangelho segundo S. Mateus 18,1-5.10.12-14.

Naquele momento, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: «Quem é o maior no Reino do Céu?» Ele chamou um menino, colocou-o no meio deles e disse: «Em verdade vos digo: Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu. Quem, pois, se fizer humilde como este menino será o maior no Reino do Céu. Quem receber um menino como este, em meu nome, é a mim que recebe.» «Livrai-vos de desprezar um só destes pequeninos, pois digo-vos que os seus anjos, no Céu, vêem constantemente a face de meu Pai que está no Céu. Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove no monte, para ir à procura da tresmalhada? E, se chegar a encontrá la, em verdade vos digo: alegra-se mais com ela do que com as noventa e nove que não se tresmalharam. Assim também é da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja
Comentário ao Salmo 118, 22, 27-30

«Também é da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos»


Vinde, Senhor Jesus, procurai o vosso servo; procurai a vossa cansada ovelha; vinde, pastor [...]. Enquanto Vos demorais nas montanhas, eis que a vossa ovelha erra, perdida; deixai as outras noventa e nove que tendes e vinde procurar aquela que se perdeu. Vinde, sem que ninguém Vos ajude, sem Vos fazerdes anunciar; sou eu quem Vos espera. Não tragais o chicote, trazei amor; vinde com a doçura do vosso espírito. Não hesiteis em deixar nas montanhas as noventa e nove ovelhas que possuís; aos altos cumes onde as deixastes, não terão os lobos acesso [...] Vinde até mim, que me perdi do rebanho das alturas, porque também aí me havíeis posto, mas os lobos da noite fizeram que abandonasse os vossos prados.
Procurai-me, Senhor, pois na minha prece procuro-Vos. Procurai-me, encontrai-me, perdoai-me, levai-me! Aquele a quem procurais Vós podereis encontrá-lo, aquele que encontrais, dignai-Vos perdoá-lo, e este a quem perdoais, ponde-o aos vossos ombros. Nunca tal fardo de amor Vos pesará, pois que sem vos afadigardes sois o portageiro da justiça. Vinde portanto, Senhor, porque se é verdade que eu erro, «Não esquecerei as vossas palavras» (Sl 118,16), e conservo a esperança do remédio. Vinde, Senhor, só Vós podereis chamar a vossa ovelha perdida, e às outras que deixais não causareis mal algum; elas alegrar-se-ão por ver regressar o pecador. Vinde, haverá salvação na Terra e alegria nos céus (Lc 15,7).
Não envieis servos, não envieis mercenários, vinde Vós, em pessoa, procurar a vossa ovelha. Perdoai-me nesta carne que com Adão caiu. Reconhecei em mim, neste gesto, não o filho de Eva mas o filho de Maria, virgem pura, virgem pela graça, sem mácula de pecado; depois levai-me até à vossa cruz, que é a salvação dos homens perdidos, o único repouso dos homens cansados, a única vida de todos quantos morrem.





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domingo, 10 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 11 de Agosto de 2008

Hoje a Igreja celebra : Santa Clara de Assis, virgem, fundadora, +1253

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São Paciano de Barcelona : Libertados pelo Filho do Homem que se entrega às mãos dos homens


Evangelho segundo S. Mateus 17,22-27.

Estando reunidos na Galileia, Jesus disse-lhes: «O Filho do Homem tem de ser entregue nas mãos dos homens, que o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará.» E eles ficaram profundamente consternados. Entrando em Cafarnaúm, aproximaram-se de Pedro os cobradores do imposto do templo e disseram-lhe: «O vosso Mestre não paga o imposto?» Ele respondeu: «Paga, sim». Quando chegou a casa, Jesus antecipou-se, dizendo: «Simão, que te parece? De quem recebem os reis da terra impostos e contribuições? Dos seus filhos, ou dos estranhos?» E como ele respondesse: «Dos estranhos», Jesus disse-lhe: «Então, os filhos estão isentos. No entanto, para não os escandalizarmos, vai ao mar, deita o anzol, apanha o primeiro peixe que nele cair, abre-lhe a boca e encontrarás lá um estáter. Toma-o e dá-lho por mim e por ti.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Paciano de Barcelona ( ? – c. 390), bispo
Homilia sobre o baptismo, 7

Libertados pelo Filho do Homem que se entrega às mãos dos homens


Todos os povos foram libertados, por Nosso Senhor Jesus Cristo, das forças que os mantinham cativos. Foi Ele, sim, Ele, quem nos resgatou. Como diz o apóstolo Paulo: «perdoou-nos todas as nossas faltas, anulou o documento que, com os seus decretos, era contra nós; aboliu-o inteiramente, e cravou-o na cruz. Depois de ter despojado os Poderes e as Autoridades, expô-los publicamente em espectáculo, e celebrou o triunfo que na cruz obtivera sobre eles.» (Col 2, 13-15). Ele libertou os presos acorrentados e quebrou as correntes, como David o dissera: «O Senhor salva os oprimidos, o Senhor liberta os prisioneiros, o Senhor dá vista aos cegos». E ainda: «Senhor, quebraste as minhas cadeias, hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor» (Sl 145, 7-8; 115, 16-17).

Sim, ficámos libertos das correntes, nós que fomos reunidos ao chamado do Senhor pelo sacramento do baptismo [...]. Fomos libertados pelo sangue de Cristo e pela invocação do seu nome [...] Portanto, ó bem-amados, fomos para todo o sempre lavados pela água do baptismo, para todo o sempre estamos libertos, para todo o sempre acolhidos no seu Reino imortal. Para todo o sempre serão «Feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado» (Sl 31, 1; Rm 4,7). Mantende com coragem o que haveis recebido, conservai-o para vossa felicidade, não volteis a pecar. De ora em diante, conservai-vos puros e irrepreensíveis para o dia do Senhor.





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sábado, 9 de agosto de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 10 de Agosto de 2008

XIX Domingo Comum (semana III do saltério)
Hoje a Igreja celebra : S. Lourenço, diácono, mártir, +258

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Orígenes : «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus»


Evangelho segundo S. Mateus 14,22-33.

Depois, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só. O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo. No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!» Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.» «Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?» E, quando entraram no barco, o vento amainou. Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário ao Evangelho de Mateus, 11, 6

«Tu és verdadeiramente o Filho de Deus»


Quando tivermos suportado as longas horas da noite escura que domina os momentos de prova, quando tivermos feito o melhor que sabemos, [...] tenhamos a certeza de que, para o fim da noite, quando «a noite vai adiantada, e o dia está próximo» (Rom 13, 12), o Filho de Deus virá até junto de nós, caminhando sobre as ondas. Quando O virmos aparecer assim, ficaremos perturbados, até compreendermos claramente que é o Salvador que vem ao nosso encontro. Pensando ainda que vemos um fantasma, gritaremos de medo, mas Ele dir-nos-á imediatamente: «Tende confiança, sou Eu, não temais.»

Talvez essas palavras de conforto façam surgir em nós um Pedro a caminho da perfeição, que desça da barca, seguro de ter escapado à prova que o abalava. Inicialmente, o seu desejo de se aproximar de Jesus permitir-lhe-á andar sobre as águas. Mas, tendo ele uma fé ainda pouco segura, estando ainda cheio de dúvidas, aperceber-se-á da «força do vento», terá medo e começará a afundar-se. Escapará porém a tal infortúnio, apelando para Jesus com um forte brado: «Senhor, salva-me!» E, mal este Pedro acabe de dizer «Senhor, Salva-me!», já o Verbo terá estendido a mão para o socorrer, agarrando-o quando ele começava a afundar-se, censurando-lhe a falta de fé e as dúvidas. Notemos, porém, que Ele não diz: «Incrédulo!», mas antes: «Homem de pouca fé!», e acrescenta: «Por que duvidaste?», ou seja: «Tinhas alguma fé, mas deixaste-te levar na direcção contrária.» E Jesus e Pedro voltarão a entrar para a barca, o vento acalmará e os outros discípulos, compreendendo os perigos a que escaparam, adorarão a Jesus dizendo: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus» – palavras que só os discípulos próximos de Jesus, os que se encontravam na barca, podem proferir.





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