sábado, 31 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 01 de Fevereiro de 2009

4º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Quarto Domingo do Tempo Comum (domingo IV do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Beata Ana Michelotti, religiosa fundadora, +1887

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São Jerónimo : «Eis um novo ensinamento»


Evangelho segundo S. Marcos 1,21-28.

Entraram em Cafarnaúm. Chegado o sábado, veio à sinagoga e começou a ensinar. E maravilhavam-se com o seu ensinamento, pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei. Na sinagoga deles encontrava-se um homem com um espírito maligno, que começou a gritar: «Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus.» Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem.» Então, o espírito maligno, depois de o sacudir com força, saiu dele dando um grande grito. Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento, e feito com tal autoridade que até manda aos espíritos malignos e eles obedecem-lhe!» E a sua fama logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, Doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de São Marcos, 2; PLS 2, 125s (trad. DDB 1986, p. 49)

«Eis um novo ensinamento»


«Então, o espírito maligno, depois de o sacudir com força, saiu dele dando um grande grito.» É esta a sua maneira de exprimir a sua dor: sacudindo-o com violência. Uma vez que não podia alterar a alma do homem, o demónio exerceu a sua violência no corpo dele. Estas manifestações físicas eram, aliás, o único meio que tinha à sua disposição para demonstrar que estava a sair. Tendo o espírito puro manifestado a sua presença, o espírito impuro bate em retirada. [...]

«Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto?»» Olhemos para os Actos dos Apóstolos, e para os sinais que os primeiros profetas nos deram. Que dizem os magos do Faraó perante os prodígios de Moisés? «Está aí o dedo de Deus» (Ex 8,15). É Moisés que os realiza, mas eles reconhecem o poder de outrem. Posteriormente, os apóstolos fizeram outros prodígios: «Em nome de Jesus, levanta-te e anda!» (Act 3,6); «E Paulo disse ao espírito: «Ordeno-te, em nome de Jesus Cristo, que saias desta mulher»» (Act 16,18). O nome de Jesus é sempre citado. Mas aqui, que diz Ele? «Sai desse homem», sem mais pormenores. É em Seu próprio nome que Ele ordena ao espírito que saia. «Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento».» A expulsão do demónio não tinha em si nada de novo: os exorcistas dos hebreus faziam-no frequentemente. Mas que diz Jesus? Qual é este ensinamento novo? Onde está então a novidade? É que Ele impõe-Se com a Sua própria autoridade aos espíritos impuros. Ele não cita ninguém: é Ele próprio que dá as ordens; Ele não fala em nome de ninguém, mas sim com a Sua própria autoridade.






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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 31 de Janeiro de 2009

Sábado da 3a semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. João Bosco, presbítero, +1888

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Santo Agostinho : «O vento serenou, e fez-se grande calma»


Evangelho segundo S. Marcos 4,35-41.

Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada. Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão 63 (trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 260)

«O vento serenou, e fez-se grande calma»


O teu coração é perturbado pelas vagas; a injúria suscitou em ti o desejo da vingança. E assim: vingaste-te [...], e naufragaste. Por quê? Porque Cristo adormeceu em ti, quer dizer, esqueceste-te de Cristo. Recorda-te de Cristo, e Cristo despertará em ti [...] Esqueceste-te do que Ele disse na cruz: «Perdoa-lhes, ó Pai: porque não sabem que fazem»? (Lc 23,34) Aquele que adormecera no teu coração recusou vingar-Se.

Desperta, lembra-te d'Ele. A Sua memória é a Sua palavra; é o Seu mandamento. E, quando despertares Cristo em ti, dirás a ti mesmo: «Que homem sou para querer vingar-me? [...] Aquele que disse: «Dai e dar-se-vos-á; perdoai e sereis perdoados» (Lc 6,37) não me acolherá. Reprimirei, então, a minha cólera, e o meu coração encontrará de novo o repouso.» Cristo ordenou ao mar, e ele acalmou. [...] Desperta Cristo, deixa-O falar-te. «Quem é Este, a quem até o vento e o mar obedecem?» Quem é Este a quem o mar obedece? «Dele é o mar; foi Ele quem o criou;» (Sl 94,5); «Tudo começou a existir por meio d'Ele» (Jo 1,3). Imita os ventos e o mar: obedece ao Criador. O mar ouviu a ordem de Cristo, e tu, vais continuar surdo? O mar obedece, o vento acalma-se, vais tu continuar a opor-te? [...] Falar, agir, urdir maquinações, não será objectar e recusar o mandamento de Cristo? Quando o teu coração é abalado, não o deixes submergir pelas ondas.

No entanto, se o vento nos derruba – porque somos apenas homens – e agita as paixões más do nosso coração, não desesperemos. Acordemos Cristo, a fim de prosseguirmos a nossa viagem sobre um mar apaziguado e chegarmos à pátria.





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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 30 de Janeiro de 2009

Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Jacinta Mariscotti, virgem, +1640

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São Vicente de Paulo : «A que podemos comparar o Reino de Deus?»


Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.

Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga. E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.» Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.» Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender. Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas
Entrevistas; parecer de A. Durant, 1656 (Seuil 1960, p. 320)

«A que podemos comparar o Reino de Deus?»


Não tenhais a paixão de parecerdes superiores, nem mestres. Não estou de acordo com uma pessoa que me dizia, há alguns dias, que, para bem conduzir e manter a autoridade, era preciso fazer ver que se era o superior. Ó meu Deus! Nosso Senhor Jesus Cristo não falou nada assim; ele ensinou-nos o contrário, com a palavra e com o exemplo, dizendo-nos que Ele próprio veio, não para ser servido, mas para servir os outros, e que aquele que quiser ser o primeiro deve ser o escravo de todos (Mc 10, 44-45) [...].

Por isso, entregai-vos a Deus, a fim de falardes no espírito humilde de Jesus Cristo, confessando que a vossa doutrina não é vossa, nem de vós, mas do Evangelho. Imitai sobretudo a simplicidade das palavras e das comparações que Nosso Senhor fazia na Sagrada Escritura, falando ao povo. Que maravilhas não podia Ele ensinar ao povo! Que segredos não teria Ele sido capaz de desvendar sobre a Divindade e as Suas admiráveis perfeições, Ele que era a Sabedoria eterna de Seu Pai! No entanto, vede como fala inteligivelmente, e como se serve de comparações familiares, de um trabalhador, de um vinhateiro, de um campo, de uma vinha, de um grão de mostarda. Aí está como é preciso que vós faleis, se quereis fazer-vos entender pelo povo, a quem anunciais a palavra de Deus.

Outra coisa à qual deveis dar uma atenção muito particular é terdes uma grande dependência em relação à conduta do Filho de Deus; quero dizer que, quando for preciso agir, façais esta reflexão: «Isto está de acordo com as máximas do Filho de Deus?» Se achardes que está, dizei: «No momento certo, façamos»; se não, dizei: «Não o farei nunca». Mais, quando for o caso de fazer qualquer boa obra, dizei ao Filho de Deus: «Senhor, se estivésseis no meu lugar, como faríeis Vós nesta ocasião? Como instruiríeis Vós o povo? Como consolaríeis Vós este doente do espírito ou do corpo?» [...] Procuremos fazer com que Jesus Cristo reine em nós.





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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 29 de Janeiro de 2009

Quinta-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Constâncio, bispo, mártir, + 178,   São José Freinademetz, presbítero, fundador, +1908

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Santo Inácio de Antioquia : «Não há nada escondido que não venha a descobrir-se»


Evangelho segundo S. Marcos 4,21-25.

Disse-lhes ainda: «Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro? Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha à luz. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.» E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Inácio de Antioquia ( ?-c. 110), bispo e mártir
Carta aos Efésios, §§ 13-15 (trad. coll. Icthus, vol. 2, p. 80)

«Não há nada escondido que não venha a descobrir-se»


Cuidai de vos reunirdes com mais frequência para oferecer a Deus a vossa eucaristia, as vossas acções de graças e os vossos louvores. Por vos reunirdes frequentemente, enfraqueceis as forças de Satanás e o seu poder pernicioso dissipa-se perante a unanimidade da vossa fé. Haverá algo melhor do que a paz, esta paz que desarma todos os nossos inimigos espirituais e carnais?

Não ignorareis nenhuma destas verdades, se tiverdes por Jesus Cristo uma fé e uma caridade perfeitas. Estas duas virtudes são o princípio e o fim da vida: a fé é o seu princípio, a caridade a sua perfeição; a união das duas, o próprio Deus; todas as outras virtudes as seguem em procissão para conduzir o homem à perfeição. A profissão da fé é incompatível com o pecado e a caridade com o ódio.  «É pelos frutos que se conhece a árvore» (Mt 12,33); da mesma forma, é pelas suas obras que se reconhecem os que fazem profissão de pertencer a Cristo. Pois, neste momento, para nós, não se trata apenas de fazer profissão da nossa fé, mas efectivamente de a pôr em prática com preseverança, até ao fim.

Mais vale ser-se cristão sem o dizer, do que dizê-lo sem o ser. Fica muito bem ensinar, desde que se pratique o que se ensina. Nós temos, portanto, um só Mestre (Mt 23,8), Aquele que «disse, e tudo foi feito» (Sl 32,9). Mesmo as obras que realizou em silêncio são dignas do Pai. Aquele que compreende verdadeiramente a palavra de Jesus pode até ouvir o Seu silêncio; será então perfeito: agirá através de Sua palavra e manifestar-se-á pelo Seu silêncio. Nada escapa ao Senhor; mesmo os nossos segredos estão na Sua mão. Façamos portanto todas as nossas acções com o pensamento de que Ele habita em nós; seremos então nós mesmos Seus templos, e Ele será o nosso Deus, que habita em nós.






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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 28 de Janeiro de 2009

Quarta-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Tomás de Aquino, presbítero e Doutor da Igreja, +1274

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Beato Guerric d'Igny : «Os que ouvem a palavra e a recebem dão fruto»


Evangelho segundo S. Marcos 4,1-20.

De novo começou a ensinar à beira-mar. Uma enorme multidão vem agrupar-se junto dele e, por isso, sobe para um barco e senta-se nele, no mar, ficando a multidão em terra, junto ao mar. Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos: «Escutai: o semeador saiu a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na. Outra caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou, por não ter profundidade de terra; mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou. Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na, e não deu fruto. Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.» E dizia: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça.» Ao ficar só, os que o rodeavam, juntamente com os Doze, perguntaram-lhe o sentido da parábola. Respondeu: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas, aos que estão de fora, tudo se lhes propõe em parábolas, para que ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam, não vão eles converter-se e ser perdoados.» E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles. Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria, mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem. Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica infrutífera. Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beato Guerric d'Igny (c.1080-1157), abade cisterciense
5º sermão para o Natal (trad. cf. SC 166, pp. 227 e R. Thomas, Pain de Cîteaux)

«Os que ouvem a palavra e a recebem dão fruto»


Obviamente, é uma palavra «certa e digna de toda a aceitação» (1Tim 1,15), porque a Tua Palavra é omnipotente, Senhor! Descida de um imenso e profundo silêncio, do alto, das moradas reais do Pai (Sb 18,14-15), para repousar numa manjedoura de animais, esta Palavra fala-nos melhor, por agora, através do Seu silêncio. «Quem tiver ouvidos, oiça» o que nos diz este santo e misterioso silêncio do Verbo eterno [...]

Com efeito, haverá alguma coisa que inculque a regra do silêncio com tanta força e autoridade, que reprima o mal inquieto da língua e das tempestades de palavras [...], como a Palavra de Deus, silenciosa entre os homens? «A palavra ainda não me chegou à boca» (Sl 138, 4), parece proclamar a Palavra omnipotente, desde que se submete a Sua mãe. E nós, com que loucura dizemos: «confiamos na força da nossa língua; os nossos lábios nos defenderão; quem nos poderá dominar?» (Sl 11, 5) Que doçura seria para mim, se me fosse permitido guardar silêncio, apagar-me e calar-me, sem ter sequer de falar sobre o bem, para poder prestar mais atenção, para ficar mais recolhido, para escutar as palavras secretas e os significados sagrados deste silêncio divino! Como gostaria de ir à escola do Verbo por tanto tempo quanto o que o próprio Verbo guardou silêncio, na escola de Sua mãe. [...]

«O Verbo fez-se homem e veio habitar connosco» (Jo 1,14). Ponhamos então toda a nossa devoção, irmãos, em meditar sobre Cristo envolto nos panos com os quais Sua mãe O cobriu, para que vejamos, na alegria eterna do Reino, a glória e a beleza com a qual Seu Pai O terá revestido.





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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 27 de Janeiro de 2009

Terça-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Ângela Mérici, virgem, fundadora, +1540

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Beato Guerric d'Igny : «Esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe»


Evangelho segundo S. Marcos 3,31-35.

Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.» Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?» E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beato Guerric d'Igny (c.1080-1157), abade cisterciense
2.º Sermão para a Natividade de Maria, § 3-4 (trad. SC 202, pp. 491ss.)

«Esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe»


O Evangelho mostra-nos o rosto mais belo de Cristo: a Sua vida e os ensinamentos que deu, por palavras e pelo próprio exemplo. Conhecer a Cristo desta forma constitui, na vida presente, a piedade dos cristãos [...]. Por isso Paulo, sabendo que «é o Espírito quem dá a vida; a carne não serve de nada» (Jo 6,63), quer conhecer a Cristo mas já não à maneira humana (2Co 5,16), a fim de consagrar-se por inteiro Àquele que é o Espírito que vivifica (1 Co 15,45).

Ora, Maria parece partilhar este sentimento: ao desejar fazer penetrar em todos os corações o Bem-Amado nascido de seu seio, o Bem-Amado de seus desejos, ela descreve-O não segundo a carne, mas segundo o Espírito. Também ela parece dizer, com Paulo: «Ainda que tenha conhecido a Cristo à maneira humana, agora já não O conheço assim.» (2 Co 5,16). Com efeito, também ela deseja gerar, em todos os seus filhos adoptados, o seu Filho único. Por isso, apesar de eles terem sido gerados pela palavra da verdade (Tg 1,18), Maria continua, em cada dia, a concebê-los pelo desejo e a solicitude da sua ternura maternal, até que estes cheguem «à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da Unidade de Cristo» (Ef 4,13), seu Filho, Aquele que ela concebeu e deu ao mundo [...].

Ela faz-nos assim, portanto, o elogio desse fruto de seu seio: «Sou a mãe do puro amor, do temor, do conhecimento e da digna esperança.» (Sir 24,18). - É esse então o teu Filho, ó Virgem das virgens? É esse o teu Bem-Amado, ó mais bela das mulheres? (Ct 5,9). - «Este é certamente o meu Amado; Este é o meu Filho, ó mulheres de Jerusalém (Ct 5,9). O meu Bem-Amado é, em si mesmo, o puro amor, e n'Aquele que d'Ele nasceu, do meu Bem-Amado, está o amor puro, o temor, a digna esperança e o conhecimento».






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domingo, 25 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 26 de Janeiro de 2009

SS. Timóteo e Tito, bispos (memória obrigatória)


Hoje a Igreja celebra : S. Tito, bispo, companheiro de S. Paulo, séc. I,   S. Timóteo, bispo, companheiro de S. Paulo, séc. I

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Papa Bento XVI: São Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos


Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.

Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe. Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!' E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Papa Bento XVI
Audiência geral de 03/05/2006 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

São Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos


A comunidade que surgiu do anúncio evangélico reconhece-se convocada pela palavra daqueles que foram os primeiros a fazer a experiência do Senhor e por Ele foram enviados. Ela sabe que pode contar com a orientação dos Doze, como também com a de quantos a eles se associam pouco a pouco como sucessores no ministério da Palavra e no serviço à comunhão. Por conseguinte, a comunidade sente-se comprometida a transmitir aos outros a «feliz notícia» da presença actual do Senhor e do seu mistério pascal, que age no Espírito.
Isto é bem evidenciado nalguns textos das Epístolas de São Paulo: «Transmiti-vos o que eu próprio recebi» (1 Cor 15, 3). E isto é importante. São Paulo sabe que foi originariamente chamado por Cristo com uma vocação pessoal, que é um verdadeiro Apóstolo e, contudo, também para ele o que conta sobretudo é a fidelidade a quanto recebeu. Ele não queria «inventar» um novo cristianismo, por assim dizer «paulino». Por isso insiste: «Transmiti-vos o que eu próprio recebi.» Transmitiu o dom inicial que vem do Senhor e é a verdade que salva. Depois, no fim da vida, escreve a Timóteo: «Tu és o depositário do Evangelho. Guarda, pelo Espírito Santo que habita em nós, o precioso bem que te foi confiado» (2 Tm 1, 14).
Mostra-o também com eficiência este antigo testemunho da fé cristã, escrito por Tertuliano por volta do ano 200: «[Os Apóstolos,] no princípio, afirmaram a fé em Jesus Cristo e estabeleceram Igrejas para a Judeia e, logo a seguir, espalhados pelo mundo, anunciaram a mesma doutrina e uma mesma fé às nações e, por conseguinte, fundaram a Igreja em cada cidade. A partir destas, as outras Igrejas procederam à ramificação da sua fé e das sementes da doutrina, e continuamente o fazem, para serem verdadeiras Igrejas. Desta forma, também elas são consideradas apostólicas, como descendentes das Igrejas dos apóstolos" (De praescriptione haereticorum, 20; PL 2, 32).






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sábado, 24 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 25 de Janeiro de 2009

3º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Terceiro Domingo do Tempo Comum (semana III do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Conversão de São Paulo

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Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] : «Deixando logo as redes, seguiram-No»


Evangelho segundo S. Marcos 1,14-20.

Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.» Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens.» Deixando logo as redes, seguiram-no. Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco a consertar as redes, e logo os chamou. E eles deixaram no barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
Para a primeira profissão de sua irmã Myriam (trad. Source caché, p. 255)

«Deixando logo as redes, seguiram-No»


Aquele que se deixa conduzir como uma criança pelo vínculo da santa obediência chegará ao Reino de Deus prometido «às criancinhas» (Mt 19,14). Esta obediência conduziu Maria, a filha de rei, da casa de David, para a modesta casa do humilde carpinteiro de Nazaré; conduziu os dois seres mais santos do mundo para fora do recinto protector do seu humilde lar, pelas grandes estradas, até ao estábulo de Belém. A obediência depositou o Filho de Deus na manjedoura.

Na pobreza, livremente escolhida, o Salvador e Sua mãe percorreram os caminhos da Judeia e da Galileia e viveram da esmola dos que acreditavam. Nu e despojado, o Senhor foi suspenso da cruz e entregou ao discípulo amado a protecção de sua mãe. (Jo 19,25ss.).

Eis o motivo por que Ele pede a pobreza àqueles que O querem seguir. O coração deve estar livre de tudo o que o prende aos bens terrenos, não deve desejá-los, não deve inquietar-se, nem deles depender, se quer pertencer totalmente ao Esposo divino.





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Em Portugal, e provavelmente noutros países, as Conferências Episcopais decidiram que, devido às comemorações dos 2000 anos do nascimento do Apóstolo Paulo, seria possível utilizar hoje as leituras da festa da Conversão de S. Paulo (e não as do 3º Domingo do tempo comum). Sendo assim, as leituras poderão ser Jn 3,1-5.10; Sl 24(25),4-9; 1Cor 7,29-31; Mc 1,14-20.

Semana de Unidade dos Cristãos - 7

Os cristãos perante o pluralismo religioso
Estarão unidos na tua mão


Is 25, 6-9 : Foi no Senhor que esperámos


Sl 117 (116), 1-2 : Louvai o Senhor, todas as nações


Rm 2, 12-16 : Os que puserem em prática a lei serão justificados.


Mc 7, 24-30 : Por causa desta palavra, vai, porque o demónio já saiu da tua filha.


Comentário


Quase todos os dias ouvimos falar das violências que, em várias regiões do mundo, opõem fiéis de diversas religiões. Em contrapartida, a Coreia apresenta-se como um país em que religiões diferentes – budistas, cristãos, confucionistas – conseguem normalmente coexistir em paz.


Num grande hino de louvor, o profeta Isaías anuncia que Deus enxugará todas as lágrimas e preparará um festim para todos os povos e todas as nações! Um dia – diz o profeta – todos os povos da terra glorificarão a Deus e exultarão pois Ele os terá salvo. O Senhor em quem esperámos é o anfitrião do banquete eterno de que fala Isaías na sua acção de graças.


Quando Jesus encontra uma mulher que não é judia e que lhe pede para curar a sua filha, ele responde de maneira surpreendente e começa por recusar ajudá-la. A mulher insiste no mesmo tom que ele: “Mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas do pão dos filhos”. Jesus reconhece a sagacidade desta mulher que compreendeu que a missão de Cristo se dirige aos judeus e aos não-judeus e convida-a a regressar a casa, prometendo-lhe curar a filha.


As Igrejas comprometeram-se em dialogar para promover a unidade dos cristãos. No decorrer dos últimos anos, o diálogo afirmou-se também entre os fiéis de outras religiões, em particular das religiões do “Livro” (Judaísmo e Islão). Trata-se de encontros que não são apenas enriquecedores mas que contribuem para promover o respeito e as boas relações entre uns e outros e para construir a paz nas zonas de conflitos. Se nós, cristãos, nos unirmos no nosso testemunho contra os preconceitos e contra a violência, isso tornar-se-á mais eficaz. E se escutarmos atentamente os nossos irmãos das outras religiões, não poderemos aprender mais sobre a universalidade do amor de Deus e do seu reino?


O diálogo com os outros cristãos não teria de significar uma perda da nossa própria identidade religiosa; pelo contrário, deveríamos alegrar-nos por obedecer à oração de Jesus, “que todos sejam um, como Ele é um com o Pai”. A unidade não se fará de um dia para o outro. Trata-se antes de uma peregrinação que efectuamos com os outros crentes e que nos conduz a um destino comum de amor e de salvação.


Oração


Senhor Deus, nós te agradecemos pela sabedoria que as tuas escrituras nos transmitem. Dá-nos a coragem de abrirmos o coração e o espírito ao nosso próximo, seja ele de outra confissão cristã ou de qualquer outra religião. Concede-nos a graça de ultrapassarmos as barreiras da indiferença, dos preconceitos e do ódio. Reforça a nossa visão dos últimos dias, quando todos os cristãos caminharem juntos para o banquete final e quando todas as lágrimas e todo o desacordo forem vencidos pelo amor. Ámen.


 


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 24 de Janeiro de 2009

Sábado da 2ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Francisco de Sales, bispo, Doutor da Igreja, +1622

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Imitação de Cristo: Entregue aos homens e a Seu Pai, Cristo alimenta-nos com a Palavra e o Pão da Vida


Evangelho segundo S. Marcos 3,20-21.

Tendo Jesus chegado a casa, de novo a multidão acorreu, de tal maneira que nem podiam comer. E quando os seus familiares ouviram isto, saíram a ter mão nele, pois diziam: «Está fora de si!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV (trad. Ravinaud/Driot, Médiaspaul 1984, p. 237)
Livro IV, capítulo 11, 3-5

Entregue aos homens e a Seu Pai, Cristo alimenta-nos com a Palavra e o Pão da Vida


Tu me és testemunha, ó Deus, de que nenhuma coisa me pode consolar, nenhuma criatura dar repouso, senão Tu, meu Deus, a Quem desejo contemplar eternamente. Mas tal não é possível enquanto eu viver neste estado mortal. [...] Até lá, terei os livros sagrados por consolação e espelho de vida, e sobre tudo isto o Teu santíssimo Corpo por único remédio e refúgio.

E, na verdade, sinto que duas coisas me são sobretudo necessárias neste mundo, sem as quais esta vida miserável se me tornaria impossível. Prisioneiro no cárcere deste corpo, confesso faltarem-me duas coisas: alimento e luz. E assim me deste, a mim, fraco, o Teu sagrado Corpo, para refeição do espírito e do corpo e «a Tua palavra é qual farol para os meus passos e uma luz para meus caminhos» (Sl 118, 105). Sem estas duas coisas, não poderia viver bem: a Palavra de Deus, luz da minha alma, e o Teu sacramento, Pão da Vida.

Ambos se podem comparar também a duas mesas, postas dum e doutro lado do tesouro da Santa Igreja. Uma das mesas é a do altar sagrado, que tem o Pão santo, ou seja, o precioso Corpo de Cristo; a outra é a da Lei divina, que contém a doutrina santa, instruindo na verdadeira fé e conduzindo com firmeza para além do último véu, onde está o Santo dos Santos. [...]

Graças a Ti, Criador e Redentor dos homens, que, para mostrares a todo o mundo a Tua caridade, preparaste a grande ceia, na qual ofereceste para comer, não o cordeiro simbólico, mas o Teu santíssimo Corpo e Sangue, e alegras todos os fiéis com o sagrado banquete, inebriando-os com o cálice da salvação, onde se encontram todas as delícias do paraíso.






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Semana de Unidade dos Cristãos - 6

Os cristãos diante da doença e do sofrimento


2 Rs 20, 1-6: Ah, Senhor, digna-te lembrares de mim


Sl 22 (21), 1-11: Por que me abandonaste?


Tg 5, 13-15: A oração com fé salvará o enfermo


Mc 10, 46-52: Que queres que eu te faça?


Comentário


Quantas vezes Jesus encontrou os doentes e quis curá-los! Todas as nossas Igrejas, ainda que divididas, têm uma clara consciência da compaixão do Senhor pelos que sofrem. No que toca às doenças, os cristãos sempre procuraram seguir o exemplo do Mestre, cuidando dos enfermos, construindo hospitais e dispensários, não se preocupando apenas com “a alma”, mas também dos corpos dos pequeninos de Deus.


Contudo, isto nem sempre é tão evidente. As pessoas saudáveis tendem a considerar a saúde como uma conquista sua, e esquecem aqueles que não podem participar plenamente da comunidade por causa da sua enfermidade ou limitação. Quanto aos enfermos, muitos deles sentem-se esquecidos por Deus; distantes da sua presença, da sua graça e da sua força salvadora.


A profunda fé de Ezequias sustenta-o na doença. Nos momentos de dor, ele encontra os termos certos para recordar a Deus a sua promessa misericordiosa. Sim, aqueles que sofrem às vezes tomam da Bíblia as palavras inspiradoras para clamar por suas dores e confrontar o desígnio de Deus: “Por que me abandonaste?” Se a nossa relação com Deus é sincera, profunda, e se diz com palavras de fé e reconhecimento, ela poderá também expressar na oração a nossa aflição, a nossa dor e até mesmo a nossa ira, quando esta última for necessária.


Os doentes não são apenas objeto de cuidados. Ao contrário, são sujeitos de viva experiência de fé, como descobriram os discípulos de Jesus certa vez – no relato que lemos no Evangelho de Marcos. Aconteceu que os discípulos queriam fazer seu próprio caminho ao seguir Jesus, ignorando o homem doente marginalizado pela multidão. Quando Jesus os interpela, ele desvia-os de seus objetivos individualistas. Connosco pode acontecer algo parecido: estamos dispostos a cuidar dos doentes, desde que eles não reclamem e nos perturbem. Hoje, frequentemente, são os doentes dos países pobres que gritam para nós pedindo medicamentos; isto que nos leva a refletir sobre a concessão de patentes e do lucro. Os discípulos que antes queriam impedir o cego de se aproximar de Jesus são interpelados pelo mesmo Jesus a levar-lhe a sua mensagem de cura; uma mensagem de amor que soa completamente nova: “Coragem! Levanta-te, ele chama por ti”.


Somente quando os discípulos conduzem o doente até Jesus é que eles finalmente entendem o que quer o Senhor: dedicar o tempo para se encontrar com o doente, para lhe falar e ouvir, perguntando-lhe o que deseja e do que necessita. Uma comunidade de reconciliação só pode florescer quando os enfermos experimentam a presença de Deus nas suas relações com os irmãos e as irmãs em Cristo.


Oração


Senhor, escuta o teu povo quando este grita por ti, aflito pela doença e pela dor. Que aqueles que são saudáveis se façam dom pelo bem-estar dos outros; que eles possam servir os que sofrem com coração generoso e mãos abertas. Senhor, dá-nos viver na tua graça e pela tua providência, tornando-nos uma comunidade de reconciliação onde todos te louvem unidos. Amém.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 23 de Janeiro de 2009

Sexta-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santo Ildefonso, bispo, +667

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Concílio Vaticano II: «Chamou os que Ele queria»


Evangelho segundo S. Marcos 3,13-19.

Jesus subiu depois a um monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele. Estabeleceu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar, com o poder de expulsar demónios. Estabeleceu estes doze: Simão, ao qual pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, isto é, filhos do trovão; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que o entregou.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», §§ 18-20

«Chamou os que Ele queria»


Este sagrado Concílio, seguindo os passos do Concílio Vaticano I, com ele ensina e declara que Jesus Cristo, pastor eterno, edificou a Igreja enviando os apóstolos como Ele fora enviado pelo Pai (Jo 20, 21); e quis que os sucessores deles, os bispos, fossem pastores na Sua Igreja até ao fim dos tempos. Mas, para que o mesmo episcopado fosse uno e indiviso, colocou o bem-aventurado Pedro à frente dos outros apóstolos e nele instituiu o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade de fé e comunhão. [...]

O Semhor Jesus, depois de ter orado ao Pai, chamando a Si os que Ele quis, elegeu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregarem o Reino de Deus (Mc 3, 13-19; Mt 10, 1-42); constituiu estes apóstolos em colégio, ou grupo estável, e deu-lhes como chefe Pedro, escolhido de entre eles (Jo 21, 15-17). Enviou-os primeiro aos filhos de Israel e, depois, a todos os povos (Rom 1, 16), para que, participando do Seu poder, fizessem de todas as gentes discípulos Seus e as santificassem e governassem (Mt 28, 16-20; Mc 16, 15; Lc 24, 45-48; Jo 20, 21-23), e deste modo propagassem e apascentassem a Igreja, servindo-a, sob a direcção do Senhor, todos os dias até ao fim dos tempos (Mt 28, 20). No dia de Pentecostes, foram plenamente confirmados nesta missão (Act 2, 1-26), segundo a promessa do Senhor: «Recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra» (Act 1, 8).

E os apóstolos, pregrando por toda a parte o Evangelho (Mc 16, 20), recebidos pelos ouvintes graças à acção do Espírito Santo, reúnem a Igreja universal que o Senhor fundou sobre os apóstolos e levantou sobre o bem-aventurado Pedro, seu chefe, sendo Jesus Cristo a suma pedra angular (Apoc 21, 14; Mt 16, 18; Ef 2, 20). A missão divina confiada por Cristo aos apóstolos durará até ao fim dos tempos (Mt 28, 20), uma vez que o Evangelho que eles devem anunciar é em todo o tempo o princípio de toda a vida na Igreja.






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Semana de Unidade dos Cristãos - 5

Os cristãos diante das discriminações e dos preconceitos sociais


Is 58, 6-12: Não te esquives daquele que é tua própria carne


Sl 133: Que prazer encontrar-se entre irmãos


Gl 3, 26-29: Todos vós sois um só em Cristo


Lc 18, 9-14: A estes, convencidos de serem justos


Comentário


No início do mundo, os seres humanos criados à imagem de Deus constituíam uma só humanidade “unidos em tua mão”.


No entanto, o pecado interferiu no coração do homem... Desde então, não cessamos de construir categorias discriminatórias. Neste mundo, muitas escolhas são feitas com base na raça ou etnia; há casos em que a identidade sexual ou o simples facto de ser homem ou mulher alimenta os preconceitos; em outros lugares, ainda, o obstáculo é a religião, usada como feitora de exclusão. Todas estas discriminações são desumanas. Elas são fontes de conflito e de grande sofrimento.


No seu ministério terrestre, Jesus mostrou-se particularmente sensível à humanidade comum, a todos os homens e mulheres. Ele denunciou sem cessar as discriminações de toda espécie e as vantagens que alguns podiam tirar disso. Jesus mostra que nem sempre os “justos” são aqueles que parecem sê-lo, e alerta que o desprezo não tem lugar no coração dos verdadeiros crentes.


Como os benefícios do óleo precioso ou do orvalho do Hermon, o Salmo 133 canta a felicidade da vida fraternalmente partilhada. Quão prazeroso e alegre é viver juntos como irmãos e irmãs: é esta a graça que saboreamos no fundo do coração em nossos encontros ecuménicos, quando renunciamos às discriminações confessionais.


Restaurar a unidade da família humana é missão comum de todos os cristãos. Importa agirmos unidos contra toda sorte de discriminação. Esta é a esperança que partilhamos: não há judeu, nem grego; nem escravo, nem livre; nem homem, nem mulher, pois todos somos “um” em Cristo Jesus.


Oração


Senhor, faz-nos perceber as discriminações e exclusões que marcam a nossa sociedade. Conduz o nosso olhar e ajuda-nos a reconhecer os preconceitos que habitam em nós. Ensina-nos a expulsar todo desprezo de nosso coração, para apreciarmos a alegria de viver jutos em unidade. Amém.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 22 de Janeiro de 2009

Quinta-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Vicente, diácono e mártir, +304,  Beata Laura Vicunha, virgem, +1904

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Santo Agostinho : A Vida manifestou-se na carne


Evangelho segundo S. Marcos 3,7-12.

Jesus retirou-se para o mar com os discípulos. Seguiu-o uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e das cercanias de Tiro e de Sídon, uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia. E disse aos discípulos que lhe aprontassem um barco, a fim de não ser molestado pela multidão, pois tinha curado muita gente e, por isso, os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para lhe tocarem. Os espíritos malignos, ao vê-lo, prostravam-se diante dele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus!» Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África), Doutor da Igreja
Sermões sobre a primeira carta de São João, 1,1 (trad. cf. SC 75, p. 113)

A Vida manifestou-se na carne


«O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram é o Verbo da Vida.» (1Jo 1,1) Como podemos nós tocar com as nossas mãos o Verbo, se não porque: «o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco» (Jo 1,14)? Este Verbo, que se fez carne para ser tocado pelas nossas mãos, começou por se fazer carne no ventre da Virgem Maria. Mas não foi nessa altura que Ele começou a ser o Verbo, porque já o era «desde o princípio», diz São João. [...]

Talvez alguns entendam «Verbo da Vida» como uma expressão vaga para designar Cristo, e não rigorosamente o próprio corpo de Cristo, que as mãos tocaram. Mas vede a continuação: «de facto, a Vida manifestou-se» (1Jo 1,2). Cristo é, pois, o Verbo da Vida. E como se manifestou essa Vida? Ela existia desde o princípio, mas ainda não se tinha manifestado aos homens: mas apenas aos anjos, que a viam e que dela se alimentavam como se fosse o seu pão. É o que diz a Escritura: «Comeram todos o pão dos fortes» (Sl 77, 25).

Portanto, a Vida manifestou-se, a si mesma, na carne; foi colocada em plena evidência para que uma realidade anteriormente apenas aparente ao coração se torne igualmente visível aos olhos, a fim de curar os corações. Porque apenas este vê o Verbo; a carne e os olhos do corpo não o vêem. Nós éramos capazes de ver a carne, mas incapazes de ver o Verbo. O Verbo fez-se carne, que nós podíamos ver, para curar em nós aquilo que devia ver o Verbo.






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Semana de Unidade dos Cristãos - 4

Os cristãos diante da crise ecológica


Gn 1, 31-2,3: Deus viu tudo o que havia feito; e eis que era muito bom


Sl 148, 1-5: Pois ele ordenou, e foram criados


Rm 8, 18-23: A criação libertada do poder do nada


Mt 13, 31-32: A menor de todas as sementes


Comentário


Deus criou o nosso mundo com sabedoria e amor; quando terminou a obra da criação, viu que tudo era bom. Mas hoje, o mundo enfrenta uma grave crise ecológica. A nossa Terra sofre com o aquecimento climático, devido ao nosso consumo excessivo de energia. A superfície das florestas sobre o Planeta diminuiu 50% nos últimos quarenta anos, enquanto cresce sempre mais a desertificação. Os coreanos, que gostam muito de peixe preocupam-se: são três quartos dos habitantes do mar que desaparecem por dia. Cada dia, são mais de cem espécies vivas que se extinguem! Esta perda de biodiversidade é uma ameaça para a própria humanidade. Com o apóstolo Paulo, nós podemos afirmar: "A criação foi libertada do poder do nada; ela geme, como nas dores do parto".


Não cubramos o rosto! Nós humanos carregamos uma grande responsabilidade nesta destruição do meio-ambiente. A ganância atrai a sombra da morte sobre o conjunto da criação.


Juntos, nós, os cristãos, devemos envolver-nos eficazmente na salvaguarda da criação. Esta imensa tarefa não permite que nós, batizados, trabalhemos sozinhos. Precisamos de conjugar os nossos esforços: atuando juntos, ser-nos-á possível proteger a obra do Criador.


No Evangelho, observamos o lugar central que os elementos da natureza ocupam nas parábolas e no ensino de Jesus. Ele valoriza até mesmo a menor de todas as sementes: o grãozinho de mostarda. Cristo manifesta grande consideração pelas criaturas. Com base na visão bíblica da Criação, nós cristãos podemos oferecer uma contribuição conjunta à reflexão e ação hodiernas pelo futuro do planeta.


Oração


Deus Criador, formaste o mundo pela tua Palavra e viste que tudo era bom. Mas hoje nós realizamos obras de morte e provocamos irremediavelmente a depredação do meio-ambiente. Dá-nos o arrependimento de nossas ganâncias; ensina-nos a cuidar das tuas criaturas. Juntos, nós queremos proteger a criação. Amém.


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 21 de Janeiro de 2009

Quarta-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Inês, virgem mártir, +304

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Melito de Sardes : «Olhando-os [...] magoado com a dureza dos seus corações»


Evangelho segundo S. Marcos 3,1-6.

Novamente entrou na sinagoga. E estava lá um homem que tinha uma das mãos paralisada. Ora eles observavam-no, para ver se iria curá-lo ao sábado, a fim de o poderem acusar. Jesus disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e vem para o meio.» E a eles perguntou: «É permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou matá-la?» Eles ficaram calados. Então, olhando-os com indignação e magoado com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão.» Estendeu-a, e a mão ficou curada. Assim que saíram, os fariseus reuniram-se com os partidários de Herodes para deliberar como haviam de matar Jesus.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Melito de Sardes (?–c.195), Bispo
Homilia pascal, 71-73 (trad. SC 123, p. 99 rev.)

«Olhando-os [...] magoado com a dureza dos seus corações»


Ele é o cordeiro sem voz, o cordeiro degolado, Ele, que nasceu de Maria, a graciosa ovelhinha. Ele é Aquele que foi tirado de seu rebanho para ser levado à morte, que foi morto ao cair da noite, que foi de noite amortalhado [...], para ressuscitar de entre os mortos e para fazer ressuscitar cada homem do fundo do seu túmulo.

Foi portanto levado à morte. E levado à morte onde? No coração de Jerusalém. Por quê? Porque tinha curado os coxos, tinha purificado os leprosos, tinha dado a ver a luz aos cegos, e tinha ressuscitado os seus mortos (Lc 7,22). Eis por que Ele sofreu. Está escrito na Lei e nos profetas: «Os que me pagam o bem com o mal perseguem-me, porque procuro fazer o bem. E eu, como manso cordeiro conduzido ao matadouro, ignorava as maquinações contra mim.» (Sl 37,21; cf. Jer 11, 19)

Porque cometeste este crime inominável? Desonraste Aquele que te tinha honrado, humilhaste Aquele que te tinha exaltado, renegaste Aquele que te tinha reconhecido, rejeitaste Aquele que te tinha chamado, mataste Aquele que te vivificava [...]. Era preciso que Ele sofresse, mas não por tua intervenção. Era preciso que Ele fosse humilhado, mas sem que fosses tu a fazê-lo. Era preciso que Ele fosse julgado, mas não por ti. Era preciso que Ele fosse crucificado, mas não por tuas mãos. Eis as palavras que deverias ter gritado a Deus: «Senhor, se é preciso que Teu Filho sofra, se é essa a Tua vontade, que Ele sofra, então, mas não por minha intervenção».






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Semana de Unidade dos Cristãos - 3

Os cristãos diante da injustiça econômica e da pobreza


Lv 25, 8-14: O jubileu como libertação


Sl 146 (145): O Senhor faz justiça aos oprimidos


1Tm 6, 9-10: O amor ao dinheiro, raiz de todos os males


Lc 4, 16-21: Jesus e o jubileu como libertação


Comentário


Nós pedimos que o Reino de Deus venha; estamos desejosos de um mundo em que as pessoas, principalmente os mais pobres, não morram prematuramente. Todavia, a ordem económica do mundo atual agrava a situação dos pobres e acentua as desigualdades sociais.


A comunidade mundial, hoje, confronta-se com a precarização crescente do trabalho humano e suas consequências. A idolatria do mercado e o amor ao dinheiro, conforme a 1ª Carta a Timóteo, surgem logo como “a raiz de todos os males”.


O que é que as Igrejas Cristãs podem e devem fazer neste contexto? Voltemo-nos juntos para o tema bíblico do jubileu, que Jesus evoca para explicar seu ministério.


Conforme o que é proposto em Levítico 25, no Jubileu anunciava-se: os emigrados económicos poderiam retornar para a sua propriedade ao lado da sua família; se alguém tivesse perdido todos os seus bens, podia também viver com o povo como residente estrangeiro; não se podia emprestar dinheiro com o interesse de cobrar juros; não se oferecia alimento para se tirar proveito.


O Jubileu implicava uma ética comunitária: a libertação dos escravos e o seu retorno para suas casas, a restauração dos direitos territoriais, o perdão das dívidas. Para quem foi vítima das estruturas sociais injustas, o Jubileu significava o restabelecimento do direito e a restituição dos seus meios de existência.


O ponto-de-chegada de um mundo que considera que “ter mais dinheiro” é o valor e o alvo absoluto da vida, só poderá ser a morte. Enquanto Igreja, ao contrário, nós somos chamados a viver no espírito do Jubileu e, a exemplo de Cristo, anunciar juntos esta boa nova. Tendo experimentado a cura de sua própria divisão, os cristãos tornar-se-iam mais sensíveis às outras divisões, promovendo a cura da humanidade e toda a criação.


Oração


Deus de Justiça, no nosso mundo há lugares em que transborda comida; mas outros em que não se tem o bastante, com uma legião de doentes e famintos.


Deus da Paz, no nosso mundo há pessoas que tiram proveito da violência e da guerra, enquanto outros, por causa da guerra e da violência, são obrigados a abandonar os seus lares e encontrar refúgio em terra estranha.


Deus de Compaixão, permite-nos compreender que não podemos viver apenas do dinheiro, mas que necessitamos da tua Palavra. Ajuda-nos a compreender que não podemos chegar à vida e à prosperidade verdadeira senão amando a Ti, na obediência à tua vontade e aos teus ensinamentos.


Nós te pedimos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amen.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 20 de Janeiro de 2009

Terça-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Sebastião, mártir, +288,   S. Fabião (ou Fabiano), papa e mártir, +250

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Aelred de Rielvaux : «O sábado foi feito para o homem»


Evangelho segundo S. Marcos 2,23-28.

Ora num dia de sábado, indo Jesus através das searas, os discípulos puseram-se a colher espigas pelo caminho. Os fariseus diziam-lhe: «Repara! Porque fazem eles ao sábado o que não é permitido?» Ele disse: «Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os que estavam com ele? Como entrou na casa de Deus, ao tempo do Sumo Sacerdote Abiatar, e comeu os pães da oferenda, que apenas aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos que estavam com ele?» E disse-lhes: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Aelred de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense
Espelho da Caridade, III, cap. 3 (trad. Bellefontaine, 1992, p. 185)

«O sábado foi feito para o homem»


Quando um homem se retira do tumulto exterior para entrar no segredo do seu coração, quando fecha a porta à multidão ruidosa das vaidades e percorre os seus tesouros interiores, quando nada encontra em si mesmo que esteja agitado e desordenado, nada que o atormente e o contrarie, quando tudo nele está cheio de alegria, de harmonia, de paz e de tranquilidade; quando o pequeno mundo dos seus pensamentos, das suas palavras e das suas obras lhe sorri, como a família sorri ao pai numa casa onde reina a ordem e a paz; nessa altura, surge de repente uma segurança maravilhosa. Dessa segurança provém uma alegria extraordinária, dessa alegria resulta um canto de satisfação e de louvor a Deus, louvor esse tanto mais fervoroso, quanto mais claramente se compreende que tudo quanto se tem de bom é dom de Deus.

A comemoração alegre do sábado deve ser precedida de seis dias, isto é, do completamento das obras. Começamos por transpirar praticando as boas obras, para em seguida descansarmos na paz da nossa consciência. Dessas obras boas nasce a pureza da consciência, que conduz a um justo amor de si mesmo, que nos permitirá amar o próximo como a nós mesmos (Mt 22, 39).






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Semana de Unidade dos Cristãos - 2

Os cristãos diante da guerra e da violência


Is 2, 1-4: Não se aprenderá mais a guerra


Sl 74, 18-23: Não esqueças para sempre a vida dos teus pobres


1Pd 2, 21-25: Suas chagas vos curaram


Mt 5, 38-48: Orai pelos que vos perseguem


Comentário


A guerra e a violência erguem os maiores obstáculos à unidade que Deus concede aos cristãos. A guerra e a violência procedem, em última análise, da divisão que existe no interior de nós mesmos – que ainda não foi curada – e da arrogância humana que é incapaz de voltar ao fundamento verdadeiro da nossa existência.


Os cristãos na Coreia desejam pôr um fim a mais de cinquenta anos de separação entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, para estabelecer a paz no mundo. A instabilidade que reina na península coreana, não representa apenas a dor da única nação do mundo ainda dividida institucionalmente, mas simboliza os mecanismos de divisão, de paradoxo, de hostilidade e de vingança que afetam toda a humanidade. Quem colocará fim neste ciclo de guerra e violência?


Nas situações de violência e de injustiça mais brutais, Jesus nos mostra a força capaz de pôr fim ao ciclo vicioso da guerra e da violência: aos discípulos que pretendiam reagir à violência e ao furor conforme a lógica do mundo, ele ensina de modo paradoxal a renúncia de toda violência (Mateus 26,51-52).


Jesus revela a verdade da violência humana; fiel ao Pai, ele morreu na cruz para nos salvar do pecado e da morte. A cruz revela o paradoxo e o conflito inerente à natureza humana. A morte violenta de Jesus marca a instauração de uma nova criação, carregando sobre a cruz os pecados dos humanos, a violência e a guerra.


Jesus Cristo não propõe uma não-violência baseada apenas sobre o humanismo. Ele propõe a restauração da Criação de Deus e por Deus, confirmando a nossa esperança e a nossa fé na manifestação vindoura dos novos céus e da nova terra. A esperança fundada sobre a vitória definitiva de Jesus Cristo sobre a cruz nos permite perseverar na busca da unidade dos cristãos e na luta contra toda forma de guerra e violência.


Oração


Senhor, tu que te entregaste na cruz pela unidade do género humano, nós te oferecemos nossa humanidade ferida pelo egoísmo, arrogância, vaidade e ira. 
Senhor, não abandones o teu povo oprimido a sofrer toda forma de violência, de ira e de ódio, vítima de falsas crenças e de divergências ideológicas.
Senhor, concede que nós, cristãos, trabalhemos juntos para que se cumpra a tua justiça, antes que a nossa.
Dá-nos coragem de ajudar os outros a levar a sua cruz, ao invés de colocar a nossa sobre seus ombros.
Senhor, ensina-nos a sabedoria de tratar os nossos inimigos com amor ao invés de odiá-los. Amém.


Semana de Unidade dos Cristãos - 1

Ao longo desta semana, vamos enviar aos nossos leitores as meditações propostos pela Santa Sé, a partir dos trabalhos de uma equipa ecuménica na Coreia, no âmbito da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.


 


As comunidades cristãs diante de suas velhas e novas divisões


Ez 37, 15-19.22-24s


Serão um, em tua mão


Sl 103, 8-13 ou 18


O Senhor é misericordioso e benevolente; cheio de fidelidade


1Co 3, 3-7.21-23


Há entre vós ciúme e contendas; vós sois de Cristo


Jo 17, 17-21


Que todos sejam um, para que o mundo creia


Comentário


Os cristãos são chamados a ser instrumentos do amor fiel e reconciliador de Deus, num mundo marcado por separações e alienações. Batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, professando nossa fé no Cristo crucificado e ressuscitado, nós somos um povo que pertence a Cristo, um povo chamado constituir seu Corpo no e para o mundo. Foi isto que o Senhor pediu, quando orou por seus discípulos: “que eles sejam um, a fim de que o mundo creia”.


As divisões entre os cristãos, no que toca às questões fundamentais da fé e da vida dos discípulos de Cristo, prejudicam gravemente nossa capacidade de testemunho diante do mundo. Na Coréia, como em muitos outros países, o Evangelho do Cristo foi anunciado por vozes contraditórias que proclamavam a Boa Nova com formas discordantes. Há quem se sinta tentado a simplesmente resignar-se, considerando tais divisões e os conflitos que lhes são subjacentes como mera e natural herança nossa história. Contudo, trata-se de uma ferida ao interno da comunidade cristã, que contradiz claramente o anúncio de que Deus reconciliou o mundo em Cristo.


Em Ezequiel, a visão dos dois pedaços de madeira sobre os quais estão escritos os nomes dos reinos divididos, no antigo Israel, que tornariam a ser “um” na mão de Deus, é uma imagem eloqüente da reconciliação eficaz que Deus cumpriu para o povo, suprimindo suas divisões – unidade que o povo não pode restaurar por si mesmo.Esta metáfora evoca adequadamente a divisão dos cristãos e prefigura a reconciliação que está no coração da proclamação cristã. Sobre os dois pedaços de madeira que formam sua cruz, o Senhor da história cura as feridas e as divisões da humanidade. No dom total de Si sobre a cruz, Jesus uniu o pecado do homem ao amor fiel e redentor de Deus. Ser cristãos significa ser batizados nesta morte pela qual o Senhor, na sua infinita misericórdia, grava os nomes da humanidade ferida no madeiro de sua cruz, nos unindo a ele e restabelecendo, assim, nossa relação com Deus e com o próximo.


A unidade cristã é uma comunhão que se baseia na nossa subscrição à Cristo e a Deus. Convertendo-nos sempre mais a Cristo, nós nos percebemos reconciliados pela potência do Espírito Santo. Rezar pela unidade cristã é reconhecer nossa confiança em Deus; é nos abrir inteiramente ao Espírito. Unida aos demais esforços que empreendemos em prol da unidade dos cristãos – como o diálogo, o testemunho comum e a missão – a oração é um instrumento privilegiado pelo qual o Espírito Santo manifesta ao mundo nossa reconciliação em Cristo, este mundo que ele veio salvar.


Oração


Deus de compaixão, tu nos amaste e perdoaste em Cristo. Tu reconciliaste toda a humanidade em teu amor redentor. Olha com bondade todos aqueles que trabalham e rezam pela unidade das Comunidades cristãs, ainda divididas. Dá-lhes serem irmãos e irmãs em teu amor. Possamos nós ser um, “um em tua mão”. Amém.


domingo, 18 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 19 de Janeiro de 2009

Segunda-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Canuto, rei da Dinamarca, mártir, +1086,   Santos Mário, Marta, Audíface e Ábaco, mártires, +270

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Rupert de Deutz : «O esposo está com eles»


Evangelho segundo S. Marcos 2,18-22.

Estando os discípulos de João e os fariseus a jejuar, vieram dizer-lhe: «Porque é que os discípulos de João e os dos fariseus guardam jejum, e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu: «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o esposo está com eles? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar. Dias virão em que o esposo lhes será tirado; e então, nesses dias, hão-de jejuar.» «Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, pois o pano novo puxa o tecido velho e o rasgão fica maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino
A Santíssima Trindade e as suas obras, livro 42, sobre Isaías, 2, 26 (trad. Ir. Isabelle de la Source, Lire la Bíble, Mediaspaul, t. 6, p. 156)

«O esposo está com eles»


«Com grande alegria rejubilei no Senhor e o meu coração exulta no meu Deus.» (Is 61,10). [...] A vinda, a presença do Senhor de que fala o profeta neste versículo é o beijo que deseja a esposa do Cântico dos Cânticos quando diz: «Ah! Beija-me com ósculos da tua boca!» (Cant 1,2). E esta esposa fiel é a Igreja: nasceu dos patriarcas, noivou em Moisés e nos profetas; com o desejo ardente do seu coração, suspira pela vinda do seu Bem-Amado. [...] Cheia de alegria, agora que recebeu este beijo, exclama na sua felicidade: «Eu exulto de alegria no Senhor!»
Participando nesta alegria, João Baptista, o ilustre «amigo do Esposo», o confidente dos segredos do Esposo e da esposa, o testemunho do seu amor mútuo, declara: «Quem tem a esposa é o esposo; e o amigo do esposo, que o acompanha e escuta, alegra-se sobremaneira, ouvindo a voz do esposo. Essa é a minha alegria, que agora é completa.» (Jo 3,29). Indubitavelmente, o que foi o precursor do Esposo no seu nascimento, o precursor também da sua Paixão quando desceu aos infernos, anunciou a Boa Nova à Igreja que se encontrava à espera. [...]
Por conseguinte, este versículo ajusta-se completamente à Igreja jubilosa que, na mansão dos mortos, se apressa a ir ao encontro do Esposo: «Com grande alegria rejubilei no Senhor e o meu coração exulta no meu Deus.» E qual é a causa da minha alegria? Qual é o motivo do meu júbilo? «Porque me revestiu com a roupagem da salvação e me cobriu com o manto da justiça» (Is 61,10). Em Adão, tinha sido despida, tinha tido de juntar folhas de figueira para esconder a minha nudez; miseravelmente coberta de túnicas de pele, fui expulsa do paraíso (Gn 3,7.21). Mas hoje, o meu Senhor e meu Deus converteu as folhas em roupagem da salvação. Pela sua Paixão, ele revestiu-me com uma primeira roupa, a do baptismo e da remissão dos pecados; e, no lugar da túnica de peles da mortalidade, envolveu-me numa segunda roupa, a da ressurreição e da imortalidade.





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sábado, 17 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 18 de Janeiro de 2009

2º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Segundo Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Santa Margarida da Hungria, virgem, +1270

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Santo Agostinho : «Ficaram com Ele nesse dia»


Evangelho segundo S. João 1,35-42.

No dia seguinte, João encontrava-se de novo ali com dois dos seus discípulos. Então, pondo o olhar em Jesus, que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus!» Ouvindo-o falar desta maneira, os dois discípulos seguiram Jesus. Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que pretendeis?» Eles disseram-lhe: «Rabi que quer dizer Mestre onde moras?» Ele respondeu-lhes: «Vinde e vereis.» Foram, pois, e viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Eram as quatro da tarde. André, o irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João e seguiram Jesus. Encontrou primeiro o seu irmão Simão, e disse-lhe: «Encontrámos o Messias!» que quer dizer Cristo. E levou-o até Jesus. Fixando nele o olhar, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, o filho de João. Hás-de chamar-te Cefas» que significa Pedra.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de São João, nº 7

«Ficaram com Ele nesse dia»


«João encontrava-se de novo ali, com dois dos seus discípulos.» João era de tal maneira «amigo do Esposo», que não procurava a sua própria glória, limitando-se a dar testemunho da verdade (Jo 3, 29.26). Ter-lhe-á ocorrido reter os seus discípulos, impedindo-os de seguir o Senhor? De maneira nenhuma. Pelo contrário, aponta-lhes Aquele a Quem devem seguir. [...] «Por que permaneceis ligados a mim?», pergunta-lhes. «Eu não sou o Cordeiro de Deus. Eis o Cordeiro de Deus [...], Aquele que tira os pecados do mundo.»

A estas palavras, os dois discípulos que estavam com João seguiram Jesus. «Jesus voltou-Se e, notando que eles O seguiam, perguntou-lhes: "Que pretendeis?" Eles disseram-Lhe: "Rabi, que quer dizer Mestre, onde moras?"» Ainda não O seguiam de maneira definitiva; sabemos que se ligaram a Ele quando os chamou a deixarem a barca [...], quando lhes disse: «Vinde após Mim e Eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Foi a partir desse momento que se ligaram a Ele para nunca mais O deixarem. Para já, queriam ver onde Jesus morava, e pôr em prática aquela palavra da Escritura que diz: "Se vires um homem sensato, madruga para ir ter com ele, e desgastem os teus pés o limiar da sua porta. Fixa a tua atenção nos preceitos de Deus» (Ecli 6, 36-37).

Jesus mostrou-lhes, pois, onde morava; e eles ficaram com Ele. Que dia feliz aquele! Que noite bem-aventurada! O que eles terão ouvido da boca do Senhor! Construamos, também nós, uma morada no coração, ergamos uma casa onde Cristo possa vir instruir-nos e conversar connosco.






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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 17 de Janeiro de 2009

Sábado da 1a semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santo Antão, abade, +356

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Santo Ambrósio : «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos.»


Evangelho segundo S. Marcos 2,13-17.

Jesus saiu de novo para a beira-mar. Toda a multidão ia ao seu encontro, e Ele ensinava-os. Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me.» E, levantando-se, ele seguiu Jesus. Depois, quando se encontrava à mesa em casa dele, muitos cobradores de impostos e pecadores também se puseram à mesma mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que o seguiam. Mas os doutores da Lei do partido dos fariseus, vendo-o comer com pecadores e cobradores de impostos, disseram aos discípulos: «Porque é que Ele come com cobradores de impostos e pecadores?» Jesus ouviu isto e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Comentário sobre Lucas, 5, 23.27 (trad. SC 45, pp. 191ss. rev.; cf. En Calcat)

«Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos.»


O apóstolo Paulo disse: «Despi-vos do velho homem com os seus comportamentos e revesti-vos do novo» (Col 3,9-10). [...] Foi esta a obra que Cristo realizou ao chamar Levi; remodelou-o e fez dele um homem novo. Foi também a título de nova criatura que o antigo publicano ofereceu um banquete a Cristo, porque agradou a Cristo e mereceu ter a sua quota parte de felicidade com Cristo. [...] Agora seguia-O, feliz, alegre, transbordando de felicidade.

«Já não faço figura de publicano, dizia ele; já não sou o velho Levi; despi-me de Levi ao revestir-me de Cristo. Fujo da minha primeira vida; quero apenas seguir-Te, Senhor Jesus, que saras as minhas feridas. Quem me separará do amor de Deus que habita en Ti? a tribulação ? a angústia ? a fome ? (Rom 8,35). Estou preso a Ti pela fé, como por pregos, estou retido pelos bons entraves do amor. Todos os Teus mandamentos serão como um cautério que manterei aplicado sobre a minha ferida; o remédio arde, mas tira a infecção da úlcera. Rasga portanto, Senhor Jesus, com a Tua potente espada, a podridão dos meus pecados; vem depressa lancetar as paixões escondidas, secretas, variadas. Purifica todas as infecções com o novo banho.

«Escutai-me, homens colados à terra, que tendes o vosso espírito embrenhado nos vossos pecados. Também eu, Levi, estava ferido com tais paixões. Mas encontrei um Médico que habita no Céu e que espalha os Seus remédios na terra. Só Ele pode curar as minhas feridas pois Ele não as tem. Só Ele pode retirar do coração a dor, e da alma a amargura, porque Ele conhece tudo o que está escondido.»






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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 16 de Janeiro de 2009

Sexta-feira da 1a semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Berardo, presbítero, e companheiros, mártires, +1220,   S. Marcelo I, papa mártir ,+309

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Catecismo da Igreja Católica § 976-982: «Filho, os teus pecados estão perdoados.»


Evangelho segundo S. Marcos 2,1-12.

Dias depois, tendo Jesus voltado a Cafarnaúm, ouviu-se dizer que estava em casa. Juntou-se tanta gente que nem mesmo à volta da porta havia lugar, e anunciava-lhes a Palavra. Vieram, então, trazer-lhe um paralítico, transportado por quatro homens. Como não podiam aproximar-se por causa da multidão, descobriram o tecto no sítio onde Ele estava, fizeram uma abertura e desceram o catre em que jazia o paralítico. Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados.» Ora estavam lá sentados alguns doutores da Lei que discorriam em seus corações: «Porque fala este assim? Blasfema! Quem pode perdoar pecados senão Deus?» Jesus percebeu logo, em seu íntimo, que eles assim discorriam; e disse-lhes: «Porque discorreis assim em vossos corações? Que é mais fácil? Dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te, pega no teu catre e anda'? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar os pecados, Eu te ordeno disse ao paralítico: levanta-te, pega no teu catre e vai para tua casa.» Ele levantou-se e, pegando logo no catre, saiu à vista de todos, de modo que todos se maravilhavam e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Catecismo da Igreja Católica § 976-982


«Filho, os teus pecados estão perdoados.»


«Creio na remissão dos pecados»: o Símbolo dos Apóstolos liga a fé no perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na Igreja e na comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos que Cristo ressuscitado lhes transmitiu o Seu próprio poder divino de perdoar os pecados: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos» (Jo 20,22-23). [...]

«Um só Baptismo para a remissão dos pecados»: Nosso Senhor ligou o perdão dos pecados à fé e ao Baptismo: «Ide por todo o mundo e proclamai a Boa-Nova a todas as criaturas. Quem acreditar e for baptizado será salvo» (Mc 16,15-16). O Baptismo é o primeiro e principal sacramento do perdão dos pecados, porque nos une a Cristo, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação, a fim de que «também nós vivamos numa vida nova» (Rom 6,4). «No momento em que fazemos a nossa primeira profissão de fé, ao receber o santo Baptismo que nos purifica, o perdão que recebemos é tão pleno e total que não fica absolutamente nada por apagar, quer da falta original, quer das faltas cometidas de própria vontade por acção ou omissão; nem qualquer pena a suportar para as expiar [...] Mas apesar disso, a graça do Baptismo não isenta ninguém de nenhuma das enfermidades da natureza. Pelo contrário, resta-nos ainda combater os movimentos da concupiscência, que não cessam de nos arrastar para o mal.»

Neste combate contra a inclinação para o mal, quem seria suficientemente forte e vigilante para evitar todas as feridas do pecado? «Portanto era necessário que a Igreja [...] fosse capaz de perdoar as faltas a todos os penitentes que tivessem pecado, até mesmo ao último dia da sua vida». É pelo sacramento da Penitência que o baptizado pode ser reconciliado com Deus e com a Igreja:

Não há nenhuma falta, por grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. «Não há ninguém, por malévolo ou culpado que seja, que não deva esperar com segurança o perdão, desde que o seu arrependimento seja sincero.» Cristo, que morreu por todos os homens, quer que dentro da Sua Igreja as portas do perdão estejam permanentemente abertas a quem quer que retorne do pecado.






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- Juventude Nova é um estilo de vida. Um novo jeito de ser. - Ser JN significa assumir e testemunhar uma vida nova, renovada por Jesus Cristo.