quinta-feira, 30 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Sexta-feira, dia 01 de Julho de 2016

Sexta-feira da 13ª semana do Tempo Comum
Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo

Comentário do dia
Jean Tauler : «Ele levantou-se e seguiu Jesus.»

Amós 8,4-6.9-12.

Escutai bem, vós que espezinhais o pobre e quereis eliminar os humildes da terra.
Vós dizeis: «Quando passará a lua nova, para podermos vender o nosso grão? Quando chegará o fim de sábado, para podermos abrir os celeiros de trigo? Faremos a medida mais pequena, aumentaremos o preço, arranjaremos balanças falsas.
Compraremos os necessitados por dinheiro e os indigentes por um par de sandálias. Venderemos até as cascas do nosso trigo».
Diz o Senhor Deus: «Eis o que há-de acontecer naquele dia: Eu farei que o sol se ponha ao meio-dia e em pleno dia escurecerei a terra.
Mudarei em luto as vossas festas e em lamentações os vossos cânticos. Porei o cilício em todos os flancos e tonsura em todas as cabeças. Imporei luto como por um filho único e o seu fim será como um dia amargo».
«Dias virão – diz o Senhor Deus – em que mandarei a fome sobre a terra: não será fome de pão, nem sede de água, mas fome de ouvir a palavra do Senhor.
Irão cambaleando de um ao outro mar, irão sem rumo do Norte até ao Oriente, à procura da palavra do Senhor, mas não a poderão encontrar».


Mateus 9,9-13.

Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus.
Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos.
Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?».
Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa: 'Prefiro a misericórdia ao sacrifício'. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 64

«Ele levantou-se e seguiu Jesus.»

Nosso Senhor disse a São Mateus: «Segue-Me.» Este santo amável é um modelo para todos os homens. Tinha sido um grande pecador, de acordo com aquilo que o evangelho diz dele, mas tornou-se um dos maiores amigos de Deus. Porque Nosso Senhor falou-lhe no fundo do seu ser, e nessa altura ele abandonou tudo para seguir o Mestre.

Seguir a Deus na verdade; para isso, temos de abandonar verdadeira e completamente todas as coisas que não são Deus, sejam elas quais forem. Deus ama os corações; não Lhe interessa aquilo que é exterior, mas quer de nós uma devoção interior viva. Esta devoção tem em si mais verdade do que se eu fizesse as orações de todos os homens, ou se cantasse com tal intensidade, que o meu canto subisse aos céus; tem mais verdade do que tudo o que eu possa fazer exteriormente, em jejuns, vigílias e outras práticas.







quarta-feira, 29 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Quinta-feira, dia 30 de Junho de 2016

Quinta-feira da 13ª semana do Tempo Comum

Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67, S. Marçal, bispo, séc. III, S. Pedro e S. Paulo (no Brasil)

Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria : «A multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.»

Amós 7,10-17.

Naqueles dias, Amasias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: «Amós conspira contra ti no meio da casa de Israel. O país já não pode suportar os suas palavras.
Porque Amós anda a dizer: 'Jeroboão morrerá à espada e Israel será deportado para longe da sua terra'».
Depois, Amasias disse a Amós: «Vai-te embora daqui, vidente. Foge para a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias.
Mas não continues a profetizar aqui em Betel, que é o santuário real, o templo do reino».
Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor de gado e cultivava sicómoros.
Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho, foi o Senhor que me disse: 'Vai profetizar ao meu povo de Israel'.
E agora escuta a palavra do Senhor: Tu dizes: 'Não profetizes contra Israel, nem faças vaticínios contra a casa de Isaac'.
Por isso, assim fala o Senhor: 'A tua mulher será desonrada na cidade, os teus filhos e filhas cairão mortos à espada, as tuas terras serão repartidas a cordel. Tu próprio morrerás em terra impura. E Israel será levado para o exílio, para longe da sua terra'».


Mateus 9,1-8.

Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum.
Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados».
Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar».
Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações?
Na verdade, que é mais fácil: dizer: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te e anda'?
Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, 'Levanta-te __ disse Ele ao paralítico __ toma a tua enxerga e vai para casa'.
O homem levantou-se e foi para casa.
Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao evangelho de Lucas, 5; PG 72, 565

«A multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.»

O paralítico, incurável, estava deitado no seu catre. Depois de ter esgotado a arte dos médicos, foi, levado pelos seus, ter com o único médico verdadeiro, o médico que vem do céu. Mas, quando foi colocado em frente Àquele que o podia curar, foi a fé dele que atraiu o olhar do Senhor. Para mostrar claramente que esta fé destruía o pecado, Jesus declarou imediatamente: «Os teus pecados estão perdoados». Dir-me-ão talvez: este homem queria a cura da sua doença, porque é que Cristo lhe anuncia a remissão dos seus pecados? Foi para aprenderes que Deus vê o coração do homem no silêncio e sem ruído, que Ele contempla os caminhos de todos os viventes. A Escritura diz, com efeito: «O Senhor olha atentamente para os caminhos do homem e observa os seus passos» (Prov 5,21). [...]

No entanto, quando Cristo disse: «Os teus pecados estão perdoados», deixou o campo livre à incredulidade da assistência; o perdão dos pecados não se vê com os olhos da carne. Então, quando o paralítico se levanta e anda, manifesta com evidência que Cristo possui o poder de Deus. [...]

Quem possui este poder? Somente Ele ou também nós? Nós também, com Ele. Ele perdoa os pecados porque é o homem-Deus, o Senhor da Lei. Quanto a nós, recebemos dele esta graça admirável e maravilhosa, porque Ele quis dar ao homem este poder. Com efeito, Ele disse aos seus apóstolos: «Em verdade vos digo: tudo o que desligardes na terra será desligado no céu» (Mt 18,18). E ainda: «Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados» (Jo 20,23).







terça-feira, 28 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Quarta-feira, dia 29 de Junho de 2016

São Pedro e São Paulo, apóstolos - Solenidade
Solenidade de São Pedro e S. Paulo (ofício próprio)

S. Pedro, apóstolo, S. Paulo, apóstolo

Comentário do dia
São Máximo de Turim : «Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus»

Actos 12,1-11.

Naqueles dias, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja.
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João,
e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender também Pedro. Era nos dias dos Ázimos.
Mandou-o prender e meter na cadeia, entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, com a intenção de o fazer comparecer perante o povo, depois das festas da Páscoa.
Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a Deus por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer, Pedro dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as sentinelas, à porta, guardavam a prisão.
De repente, apareceu o Anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela da cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro, e disse-lhe: «Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos.
Então o Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim fez. Depois acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me».
Pedro saiu e foi-o seguindo, sem perceber a realidade do que estava a acontecer por meio do Anjo; julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, e a porta abriu-se por si mesma diante deles. Saíram, avançando por uma rua, e subitamente o Anjo desapareceu.
Então Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o Senhor enviou o seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda a expectativa do povo judeu».


2 Tim. 4,6-8.17-18.

Caríssimo: Eu já estou oferecido em libação e o tempo da minha partida está iminente.
Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.
E agora já me está preparada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me há-de dar naquele dia; e não só a mim, mas a todos aqueles que tiverem esperado com amor a sua vinda.
O Senhor esteve a meu lado e deu-me força, para que, por meu intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os pagãos a ouvissem; e eu fui libertado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me dará a salvação no seu reino celeste. Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Amen.


Mateus 16,13-19.

Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão CC1

«Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus»

O Senhor reconheceu em Pedro o intendente fiel, a quem confiou as chaves do Reino, e em Paulo um mestre qualificado, que encarregou de ensinar na Igreja. Para prometer aos que foram formados por Paulo que encontrariam a salvação, era preciso que Pedro os acolhesse para lhes dar repouso. Quando Paulo tiver aberto os corações com a sua pregação, Pedro abrirá às almas o Reino dos Céus. Assim, pois, também Paulo recebeu de Cristo uma espécie de chave, a chave da ciência, que permite abrir em profundidade os corações endurecidos para a fé, para em seguida trazer à superfície, por uma revelação espiritual, aquilo que se encontrava escondido no interior. Trata-se de uma chave que deixa escapar da consciência a confissão do pecado e que nela encerra para sempre a graça do mistério do Salvador.

Ambos receberam, pois, chaves das mãos do Senhor; um deles recebeu a chave da ciência, o outro a chave do poder; este dispensa as riquezas da imortalidade, aquele distribui os tesouros da sabedoria. Porque há tesouros do conhecimento, como está escrito: «O mistério de Deus, isto é, Cristo, no Qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência» (Col 2,2-3).







segunda-feira, 27 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Terça-feira, dia 28 de Junho de 2016

Terça-feira da 13ª semana do Tempo Comum

Santo Irineu, bispo, mártir, +200

Comentário do dia
Carta a Diogneto : «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»

Amós 3,1-8.4,11-12.

Escutai esta palavra, que o Senhor pronuncia contra vós, filhos de Israel, contra todo o povo que Ele tirou da terra do Egipto:
«Só a vós conheci, entre todos os povos da terra. Por isso vos pedirei contas de todos os vossos pecados.
Porventura seguem juntos dois homens, sem que antes tenham combinado?
Ruge o leão na floresta, sem ter uma presa? O leãozinho faz ouvir no esconderijo a sua voz, sem ter a sua caça?
Cai o pássaro por terra num laço, sem haver armadilha? Levanta-se do chão a rede, sem nada ter apanhado?
Soa a trombeta na cidade, sem que o povo fique alarmado? Pode haver na cidade uma desgraça, sem que o Senhor a tenha mandado?
O Senhor Deus não fez coisa alguma, sem revelar as suas intenções aos profetas, seus servos.
Quando ruge o leão, quem não terá medo? Quando fala o Senhor Deus, quem recusará profetizar?
Arruinei-vos, como fiz a Sodoma e Gomorra, e vós ficastes como tição arrancado ao incêndio, mas não voltastes para Mim – oráculo do Senhor –.
Por isso, é assim que hei-de tratar-te, Israel, e, porque vou tratar-te assim, prepara-te, Israel, para enfrentares o teu Deus».


Mateus 8,23-27.

Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n'O.
Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia.
Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n'O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos».
Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança.
Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Carta a Diogneto (c. 200)
§7, 1-4; PG 2, 1174-1175; SC 33 bis (trad. de J. L. Cordeiro, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2004)

«Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»

Aos cristãos, o que lhes foi transmitido não tem origem terrestre (Gal 1,12) e o que eles fazem questão de conservar com tanto cuidado não é invenção dum mortal [...] mas foi o próprio Deus invisível, verdadeiro Senhor e Criador de tudo, que do alto dos céus colocou a Verdade no meio dos homens (Jo 14,6), o seu Verbo santo e incompreensível, e O estabeleceu firmemente em seus corações.

Não realizou tudo isto, como alguém poderia imaginá-lo, enviando aos homens algum subordinado, anjo ou espírito de entre os que governam as coisas terrenas ou têm a seu cargo o cuidado das coisas celestes (Ef 1,21), mas o próprio Autor e Criador do universo (Heb 11,10). Por seu intermédio criou os céus e encerrou o mar nos seus limites (Sl 104,9; Pr 8,29). Todos os elementos obedecem com fidelidade às suas leis misteriosas: o Sol, ao seguir a medida do curso dos dias; a Lua, brilhando durante a noite; os astros, acompanhando o percurso da Lua. Por Ele todas as coisas foram feitas, definidas e hierarquizadas: os céus e o que neles existe, a terra e o que ela contém, o mar e o que nele se encontra, o fogo, o ar, o abismo, os seres que existem nas alturas, nas profundidades e no espaço intermédio. Foi Ele que Deus enviou aos homens.

Não foi de modo nenhum para exercer tirania ou incutir terror e assombro, como alguém poderia pensar, que Deus O enviou, mas com bondade e doçura. Como um Rei que enviasse o seu filho rei (Mt 21,37), assim Deus O enviou como Deus. Enviou-O como Homem ao meio dos homens. Enviou-O para os salvar pela persuasão e não pela força, porque em Deus não há violência.







domingo, 26 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Segunda-feira, dia 27 de Junho de 2016

Segunda-feira da 13ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

S. Cirilo de Alexandria, bispo, Doutor da Igreja, +444

Comentário do dia
Beato Charles de Foucauld : «O Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.»

Amós 2,6-10.13-16.

Assim fala o Senhor: «Por três e por quatro crimes de Israel, não revogarei a minha decisão, porque vendem o justo por dinheiro e o pobre por um par de sandálias;
porque esmagam no pó da terra a cabeça dos humildes e confundem o caminho aos pequenos; porque o filho e o pai vão à mesma mulher, profanando o meu santo nome;
porque se prostram junto dos altares com as vestes recebidas em penhor e bebem o vinho das multas da casa do seu Deus.
E no entanto fui Eu que exterminei diante deles os amorreus, altos como cedros e fortes como carvalhos; destruí no alto os seus frutos e em baixo as suas raízes.
Fui Eu que vos retirei da terra do Egipto e vos conduzi durante quarenta anos pelo deserto, para vos dar em posse a terra dos amorreus.
Por isso, Eu vos afundarei na lama, como um carro cheio de feno.
Então a fuga não será possível para o mais ágil, nem o mais forte poderá recorrer à sua força, nem o valente terá a vida salva.
O arqueiro não resistirá, nem o corredor veloz escapará, nem o cavaleiro salvará a vida.
O mais valente dos heróis fugirá nu naquele dia».


Mateus 8,18-22.

Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago.
Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores».
Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Retiro em Nazaré («Escritos espirituais»)

«O Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.»

Ó meu Senhor Jesus, aqui está a divina pobreza! Tendes de ser Vós a instruir-me acerca dela! Vós amaste-la tanto! [...] Na vossa vida mortal, fizestes dela vossa companhia fiel. Deixaste-la em herança aos vossos santos, a todos os que querem seguir-Vos, a todos os que querem ser vossos discípulos. Ensinaste-la pelo exemplo de toda a vossa vida; glorificaste-la, beatificaste-la, proclamaste-la necessária pelas vossas palavras. Escolhestes para pais pobres operários; nascestes numa gruta que servia de estábulo, sendo pobre no vosso nascimento. Os vossos primeiros adoradores são pastores. Aquando da vossa apresentação no Templo, vossos pais ofereceram o dom dos pobres. Vivestes trinta anos como pobre operário, nesta Nazaré que eu tenho a felicidade de pisar, onde tenho a alegria [...] de apanhar estrume.

Mais, durante a vossa vida pública, vivestes de esmolas entre os pescadores pobres que havíeis escolhido para companheiros, sem uma pedra onde reclinar a cabeça. No Calvário, foste espoliado das vossas vestes, a única coisa que possuíeis, e os soldados sortearam-nas entre si. Morrestes nu, e fostes amortalhado por esmola, por estrangeiros. «Bem aventurados os pobres!» (Mt 5,3)

Meu Senhor Jesus, como se tornará rapidamente pobre aquele que, amando-Vos de todo o coração, não conseguir suportar ser mais rico que o seu Bem-amado!







sábado, 25 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Domingo, dia 26 de Junho de 2016

13º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Santos João e Paulo, mártires, +362, S. José Maria Escrivá, presbítero, fundador, +1975, S. Paio, mártir, +925

Comentário do dia
São Leão Magno : «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus.»

1 Reis 19,16-21.

Naqueles dias, disse o Senhor a Elias: «Ungirás Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar»


Elias pôs-se a caminho e encontrou Eliseu, filho de Safat, que andava a lavrar com doze juntas de bois e guiava a décima segunda. Elias passou junto dele e lançou sobre ele a sua capa.
Então Eliseu abandonou os bois, correu atrás de Elias e disse-lhe: «Deixa-me ir abraçar meu pai e minha mãe; depois irei contigo». Elias respondeu: «Vai e volta, porque eu já fiz o que devia».
Eliseu afastou-se, tomou uma junta de bois e matou-a; com a madeira do arado assou a carne, que deu a comer à sua gente. Depois levantou-se e seguiu Elias, ficando ao seu serviço.


Gálatas 5,1.13-18.

Irmãos: Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão.
Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Contudo, não abuseis da liberdade como pretexto para viverdes segundo a carne; mas, pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros,
porque toda a Lei se resume nesta palavra: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo».
Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente, tende cuidado, que acabareis por destruir-vos uns aos outros.
Por isso vos digo: Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne.
Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito, e o Espírito desejos contrários aos da carne. São dois princípios antagónicos e por isso não fazeis o que quereis.
Mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés.


Lucas 9,51-62.

Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém
e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem.
Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?».
Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os.
E seguiram para outra povoação.
Pelo caminho, alguém disse a Jesus: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família».
Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja
Sermão 71, para a ressurreição do Senhor; PL 54, 388

«Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus.»

Meus caros, Paulo, o apóstolo dos pagãos, não contradiz a nossa fé quando diz: «Ainda que tenhamos conhecido a Cristo à maneira humana, agora já não O conhecemos assim» (2Cor 5,16). A ressurreição do Senhor não pôs um termo à sua carne; transformou-a. O aumento da sua força não destruiu a sua substância. A qualidade mudou, mas a natureza não foi aniquilada. Crucificaram aquele corpo, ferrando-o a pregos, e ele tornou-se inacessível ao sofrimento. Deram-lhe a morte, e Ele tornou-Se imortal. Assassinaram-no, e Ele tornou-Se incorruptível. Bem podemos dizer que a carne humana de Cristo não é a que tínhamos conhecido, porque nela deixou de haver vestígios de sofrimento ou de fraqueza. Continua a mesma na sua essência, mas já não é a mesma quanto à glória. Não surpreende, pois, que São Paulo se exprima desta maneira a propósito do corpo de Jesus Cristo, referindo-se a todos os cristãos que vivem segundo o espírito: «De agora em diante, não conhecemos ninguém à maneira humana».

Quer com isto dizer que a nossa ressurreição começou em Jesus Cristo. Nele, que morreu por nós, toda a esperança tomou corpo. Deixou de haver em nós dúvida, hesitação, espera desiludida; as promessas começaram a cumprir-se e conseguimos já ver, com os olhos da fé, a graça com que amanhã seremos cumulados. A nossa natureza elevou-se; na alegria, já possuímos o objeto da nossa fé [...].

Que o povo de Deus tome consciência de que se «está em Cristo, é uma nova criação» (2Cor 5,17). Que compreenda bem Quem o escolheu, e a Quem ele próprio escolheu. Que o ser renovado não volte à instabilidade do seu antigo estado. Que, depois de «lançar a mão ao arado», não pare de trabalhar, cuide do grão que semeou, sem se voltar para trás, para o que abandonou. [...] É esta a via da salvação; é a maneira de imitar a ressurreição que começou com Cristo.







sexta-feira, 24 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Sabado, dia 25 de Junho de 2016

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum

S. Máximo, bispo de Turim, +séc. V, S. Guilherme de Vercelli, monge, fundador, +1142

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «Tomou sobre Si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças.»

Lament. 2,2.10-14.18-19.

O Senhor destruiu sem piedade todas as moradas de Jacob; demoliu, no ardor da sua ira, as fortalezas da filha de Judá; lançou por terra, desonrados, o reino e os seus príncipes.
Estão sentados por terra, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; deitam cinza sobre a cabeça e vestem-se de luto. Curvam a cabeça para o chão as virgens de Jerusalém.
As lágrimas consomem os meus olhos, fervem-me de angústia as entranhas, a minha bílis derrama-se pelo chão, por causa da ruína da filha do meu povo, enquanto os meninos e as crianças de peito desfalecem nas praças da cidade.
Perguntam às suas mães: «Onde há pão e vinho?» E desmaiam, feridos de morte, pelas ruas da cidade, soltando o último suspiro ao colo das mães.
A quem hei-de comparar-te, a quem te igualarei, ó filha de Jerusalém? A quem te compararei para consolar-te, ó virgem, filha de Sião? A tua ruína é imensa como o mar: quem poderá curar-te?
Os teus profetas só te anunciam visões falsas e mentirosas. Nunca te revelaram os teus pecados, para mudar o teu destino; eles só te anunciaram visões falsas e sedutoras.
Clama de todo o coração ao Senhor, muralha da filha de Sião. Derrama rios de lágrimas, dia e noite. Nem um momento cessem as lágrimas dos teus olhos.
Ergue-te e clama de noite, no começo de cada vigília. Derrama o teu coração como água na presença do Senhor. Levanta para Ele as tuas mãos, pela vida dos teus filhos, prostrados pela fome aos cantos de todas as ruas.


Mateus 8,5-17.

Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d'Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente».
Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo».
Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado.
Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um 'Vai!' e ele vai; a outro 'Vem!' e ele vem; e ao meu servo 'Faz isto!' e ele faz».
Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé.
Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus,
ao passo que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes».
Depois Jesus disse ao centurião: «Vai para casa. Seja feito conforme acreditaste». E naquela hora, o servo ficou curado.
Quando Jesus entrou na casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com febre.
Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a; ela então levantou-se e começou a servi-los.
Ao cair da tarde, trouxeram-Lhe muitos possessos. Jesus expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes.
Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, dizendo: «Tomou sobre si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Mensagem aos pobres, aos doentes, a todos os que sofrem

«Tomou sobre Si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças.»

Para vós todos, irmãos que suportais provações, visitados pelo sofrimento sob infinitas formas, o Concílio tem uma mensagem muito especial. O Concílio sente fixados sobre ele os vossos olhos implorantes, brilhantes de febre ou abatidos pela fadiga, olhares interrogadores, que perguntam ansiosamente quando e de onde virá a consolação. Irmãos muito amados, sentimos repercutir profundamente nos nossos corações de pais e pastores os vossos gemidos e a vossa dor. E a nossa própria dor aumenta ao pensar que não está no nosso poder trazer-vos a saúde corporal nem a diminuição das vossas dores físicas, que médicos, enfermeiros e todos os que se consagram aos doentes se esforçam por minorar com a melhor das vontades.

Mas nós temos algo de mais profundo e de mais precioso para vos dar, a única verdade capaz de responder ao mistério do sofrimento e de vos trazer uma consolação sem ilusões: a fé e a união das dores humanas a Cristo, Filho de Deus, pregado na cruz pelas nossas faltas e para a nossa salvação. Cristo não suprimiu o sofrimento; não quis sequer desvendar inteiramente o seu mistério: tomou-o sobre Si, e isto basta para nós compreendermos todo o seu preço.

Ó vós todos, que sentis mais duramente o peso da cruz, vós que sois pobres e abandonados, vós que chorais, vós que sois perseguidos por amor da justiça, vós de quem não se fala, vós, os desconhecidos da dor, tende coragem: vós sois os preferidos do reino de Deus, que é o reino da esperança, da felicidade e da vida; vós sois os irmãos de Cristo sofredor; e com Ele, se quereis, vós salvais o mundo. Eis a ciência cristã do sofrimento, a única que dá a paz. Sabei que não estais sós, nem separados, nem abandonados, nem sois inúteis: vós sois os chamados por Cristo, a sua imagem viva e transparente.







quinta-feira, 23 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Sexta-feira, dia 24 de Junho de 2016

Nascimento de Saõ João Baptista - Solenidade
Nascimento de S. João Baptista (ofício próprio)

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30)

Is. 49,1-6.

Terras de Além-Mar, escutai-me; povos de longe, prestai atenção. O Senhor chamou-me desde o ventre materno, disse o meu nome desde o seio de minha mãe.
Fez da minha boca uma espada afiada, abrigou-me à sombra da sua mão. Tornou-me semelhante a uma seta aguda, guardou-me na sua aljava.
E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha glória».
E eu dizia: «Cansei-me inutilmente, em vão e por nada gastei as minhas forças». Mas o meu direito está no Senhor e a minha recompensa está no meu Deus.
E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servo, a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob e reconduzir os sobreviventes de Israel. Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor e Deus é a minha força.
Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Farei de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».


Actos 13,22-26.

Naqueles dias, Paulo falou deste modo: «Deus concedeu aos filhos de Israel David como rei, de quem deu este testemunho: 'Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade'.
Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel.
João tinha proclamado, antes da sua vinda, um batismo de penitência a todo o povo de Israel.
Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: 'Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés'.
Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que temeis a Deus: a nós é que foi dirigida esta palavra de salvação».


Lucas 1,57-66.80.

Naquele tempo, chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho.
Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício e congratularam-se com ela.
Oito dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas a mãe interveio e disse: «Não, Ele vai chamar-se João».
Disseram-lhe: «Não há ninguém da tua família que tenha esse nome».
Perguntaram então ao pai, por meio de sinais, como queria que o menino se chamasse.
O pai pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados.
Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua e começou a falar, bendizendo a Deus.
Todos os vizinhos se encheram de temor e por toda a região montanhosa da Judeia se divulgaram estes factos.
Quantos os ouviam contar guardavam-nos em seu coração e diziam: «Quem virá a ser este menino?». Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
O menino ia crescendo e o seu espírito fortalecia-se. E foi habitar no deserto até ao dia em que se manifestou a Israel.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 289, 3.º para a Natividade de João Baptista

«Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30)

O maior dos homens foi enviado para dar testemunho daquele que era mais que um homem. Com efeito quando aquele que «é o maior de entre os nascidos de mulher» (cf Mt 11,11) diz: «Eu não sou o Messias» (Jo 1,20) e se humilha face a Cristo, temos de entender que Cristo não é apenas um homem. [...] «Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graça sobre graça» (Jo 1,16). Que quer dizer «todos nós»? Quer dizer os patriarcas, os profetas e os santos apóstolos, aqueles que precederam a encarnação ou que foram enviados depois pelo próprio Verbo encarnado, «todos nós participamos da sua plenitude». Nós somos recipientes, ele é a fonte. Portanto [...], João é homem, Cristo é Deus: é preciso que o homem se humilhe, para que Deus seja exaltado.

Foi para ensinar o homem a humilhar-se que João nasceu no dia a partir do qual os dias começam a decrescer; para nos mostrar que Deus deve ser exaltado, Jesus Cristo nasceu no dia em que os dias começam a aumentar. Há aqui um ensinamento profundamente misterioso. Nós celebramos a natividade de João como celebramos a de Cristo, porque essa natividade está cheia de mistério. De que mistério? Do mistério da nossa grandeza. Diminuamo-nos em nós próprios para podermos crescer em Deus; humilhemo-nos na nossa baixeza, para sermos exaltados na sua grandeza.







quarta-feira, 22 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Quinta-feira, dia 23 de Junho de 2016

Quinta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

S. José Cafasso, presbítero, +1860, S. Bento Menni, presbítero, fundador, +1914

Comentário do dia
São Bento : «Nem todo aquele que Me diz 'Senhor, Senhor' entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.»

2 Reis 24,8-17.

Jeconias tinha dezoito anos quando subiu ao trono e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe, chamada Neústa, era filha de Elnatã e natural de Jerusalém.
Ele praticou o que desagradava ao Senhor, como tinha feito seu pai.
Nesse tempo, os homens de Nabucodonosor, rei de Babilónia, marcharam contra Jerusalém e cercaram a cidade.
Nabucodonosor, rei de Babilónia, veio em pessoa atacar a cidade, que os seus homens tinham cercado.
Então, Jeconias, rei de Judá, com sua mãe, seus oficiais, seus chefes e funcionários, rendeu-se ao rei de Babilónia, que os fez prisioneiros. Era o oitavo ano do seu reinado.
Nabucodonosor levou consigo todos os tesouros do templo do Senhor, bem como os tesouros do palácio real, e despedaçou todos os objectos de ouro que Salomão, rei de Israel, tinha feito para o templo, como o Senhor tinha anunciado.
Levou para o exílio toda a gente de Jerusalém, todos os dignitários e oficiais do exército – cerca de dez mil exilados – bem como todos os ferreiros e serralheiros. Só ficou a gente humilde do povo.
Nabucodonosor deportou Jeconias para Babilónia; deportou também de Jerusalém para Babilónia a rainha mãe e as esposas reais, os funcionários e os nobres do país.
Todos os homens de valor, em número de sete mil, os ferreiros e serralheiros, em número de mil, e todos os homens de armas foram deportados para Babilónia. E o rei de Babilónia,
em lugar de Jeconias, nomeou rei seu tio Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.


Mateus 7,21-29.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz 'Senhor, Senhor' entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.
Muitos Me dirão no dia do Juízo: 'Senhor, não foi em teu nome que profetizámos e em teu nome que expulsámos demónios e em teu nome que fizemos tantos milagres?'.
Então lhes direi bem alto: 'Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade'.
Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».
Quando Jesus acabou de falar, a multidão estava admirada com a sua doutrina,
porque a ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Bento (480-547), monge, co-padroeiro da Europa
Regra, Prólogo 19-38

«Nem todo aquele que Me diz 'Senhor, Senhor' entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.»

Não há coisa mais doce para nós, meus irmãos, do que a voz do Senhor a convidar-nos. Pois na sua doçura o Senhor indica-nos o caminho da vida. [...] Se quisermos habitar na morada do seu Reino, façamos boas ações; doutra maneira, nunca o conseguiremos. Como o profeta, interroguemos o Senhor nestes termos: «Quem, Senhor, poderá ser hóspede do vosso tabernáculo, quem poderá habitar na vossa montanha santa?» (Sl 14,1) A esta questão, meus irmãos, ouçamos o Senhor responder e mostrar-nos o caminho para esta morada: «O que leva uma vida sem mancha e pratica a retidão, e diz a verdade no seu interior, o que não calunia com a sua língua e não faz mal ao seu próximo» (vv. 2-3). [...]

No temor do Senhor, estes homens não se vangloriam da sua boa conduta, pois consideram que o que há de bom neles não pode ser mérito seu, mas vem do Senhor [...]: «Não a nós, Senhor, não a nós, mas aovosso nome dai glória» (Sl 113,1). Assim dizia o Apóstolo S. Paulo: «É pela graça de Deus que eu sou o que sou» (1Cor 15,10). [...] E o Senhor diz no Evangelho: «Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.»

Dito isto, o Senhor espera de nós que, em cada dia, respondamos com atos aos seus santos conselhos. Porque os dias desta vida são-nos dados como prazo para corrigirmos o que há de mal em nós; o Apóstolo diz: «Não sabes que Deus só é paciente para que tu mudes de vida?» (Rom 2,4) E o Senhor diz na sua ternura: «Não quero a morte do pecador, mas que se converta e que viva» (Ez 18,23).







terça-feira, 21 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Quarta-feira, dia 22 de Junho de 2016

Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

S. Paulino de Nola (bispo, +431), S. João Fisher (bispo mártir, +1535), S. Thomas More (leigo mártir, +1535)

Comentário do dia
Beata Teresa de Calcutá : Dar bons frutos

2 Reis 22,8-13.23,1-3.

Naqueles dias, o sumo sacerdote Helcias disse ao secretário Safã: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei». E Helcias entregou o livro a Safã, que o leu.
O secretário Safã foi ter com o rei Josias e deu-lhe contas da missão recebida, dizendo: «Os teus servos juntaram o dinheiro que estava no templo e entregaram-no aos empreiteiros encarregados das obras no templo do Senhor».
Depois o secretário Safã informou o rei, dizendo: «O sacerdote Helcias entregou-me um livro». E Safã leu-o diante do rei.
Quando ouviu ler as palavras do Livro da Lei, o rei Josias rasgou as suas vestes
e deu esta ordem ao sacerdote Helcias, a Aicam, filho de Safã, a Acbor, filho de Miqueias, ao secretário Safã e a Asaías, ministro do rei:
«Ide consultar o Senhor em meu nome, em nome do povo e de todo o reino de Judá, acerca das palavras deste livro que foi encontrado. A ira do Senhor deve ser grande contra nós, porque os nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, cumprindo tudo o que nele está escrito».
Então o rei convocou todos os anciãos de Judá e de Jerusalém.
Depois subiu ao templo do Senhor, com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém: os sacerdotes, os profetas e todo o povo, crianças e adultos. Leu-lhes as palavras do Livro da Aliança, encontrado no templo do Senhor.
Em seguida, o rei, de pé sobre o estrado, renovou a Aliança diante do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor e a guardar os seus mandamentos, ordens e preceitos, com todo o coração e com toda a alma, para cumprir as palavras da Aliança escritas no livro. E todo o povo aderiu à Aliança.


Mateus 7,15-20.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes.
Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos?
Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Portanto, pelos frutos os conhecereis».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Não há maior amor

Dar bons frutos

Se alguém sente que Deus lhe pede que se comprometa na reforma da sociedade, isso é um assunto entre essa pessoa e o seu Deus. Todos nós temos o dever de servir Deus segundo o apelo que sentimos. Eu sinto-me chamada ao serviço dos indivíduos, a amar cada ser humano. Nunca penso em termos de massa, de grupo, mas sempre nas pessoas concretas. Se pensasse nas multidões, nunca iniciaria nada; é a pessoa que conta; acredito nos encontros cara a cara.

A plenitude do nosso coração transparece nos nossos actos: a forma como me comporto com os leprosos, com este ou aquele agonizante, com este ou aquele sem-abrigo. Por vezes, é mais difícil trabalhar com os vagabundos do que com os moribundos dos nossos hospícios, porque estes estão em paz, na expectativa, prontos a partir ao encontro de Deus. Mas, quando se trata de um bêbado que protesta, é mais difícil pensar que estamos frente a frente com Jesus escondido nele. Como devem ser puras e amáveis as nossas mãos para manifestarem compaixão para com essas pessoas!

Ver Jesus na pessoa que está espiritualmente mais pobre exige um coração puro. Quanto mais desfigurada estiver a imagem de Deus numa pessoa, tanto maiores devem ser a fé e a veneração na nossa busca do rosto de Jesus e no nosso ministério de amor junto dela... Façamo-lo com um sentimento de profundo reconhecimento e piedade. O amor e a alegria de servir devem ser à medida do carácter repugnante da tarefa a realizar.       







segunda-feira, 20 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Terça-feira, dia 21 de Junho de 2016

Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum

S. Luís Gonzaga, religioso, +1591

Comentário do dia
Orígenes : «Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida!»

2 Reis 19,9b-11.14-21.31-35a.36.

Naqueles dias, Senaquerib, rei da Assíria, enviou mensageiros a Ezequias, para lhe dizer:
«Assim direis a Ezequias, rei de Judá: Não te deixes enganar pelo teu Deus, em quem confias, dizendo: 'Jerusalém não cairá em poder do rei da Assíria'.
Tu sabes, sem dúvida, o que os reis da Assíria fizeram a todas as nações, destruindo-as completamente. Como poderias tu escapar?».
Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e leu-a. Depois subiu ao templo e abriu-a diante do Senhor
e orou na presença do Senhor, dizendo: «Senhor, Deus de Israel, que estais sentado no trono sobre os querubins, Vós sois o único Deus de todos os reinos do mundo; Vós fizestes o céu e a terra.
Inclinai os vossos ouvidos, Senhor, e escutai, abri os vossos olhos e vede. Escutai as palavras de Senaquerib, que enviou mensageiros para insultar o Deus vivo.
É verdade, Senhor, que os reis da Assíria devastaram as nações e os seus territórios;
lançaram ao fogo os seus deuses, porque não eram deuses, mas obra das mãos do homem, feitos de madeira e de pedra, e assim os puderam destruir.
Mas agora, Senhor, salvai-nos das mãos de Senaquerib, para que todos os reinos do mundo saibam, Senhor, que só Vós sois Deus».
Então o profeta Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: «Assim fala o Senhor, Deus de Israel: 'Eu ouvi a oração que Me dirigiste acerca de Senaquerib, rei da Assíria'.
Eis as palavras que o Senhor pronunciou contra ele: 'Despreza-te e ri-se de ti a virgem, filha de Sião; nas tuas costas abana a cabeça a filha de Jerusalém.
Porque de Jerusalém sairá um resto e do monte Sião virão sobreviventes. O zelo do Senhor do Universo realizará tudo isto'.
Portanto, assim fala o Senhor acerca do rei da Assíria: 'Ele não entrará nesta cidade, não lançará contra ela nenhuma seta; não a enfrentará com o escudo, nem levantará contra ela rampas de ataque.
Voltará por onde veio e não entrará nesta cidade. – Oráculo do Senhor.
– Eu protegerei esta cidade e a salvarei, pela minha honra e pela honra do meu servo David'».
Nessa mesma noite, o Anjo do Senhor foi ao acampamento assírio e feriu cento e oitenta mil homens.
Senaquerib levantou o acampamento e partiu, voltou para Nínive e ali ficou.


Mateus 7,6.12-14.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, não vão eles calcá-las aos pés e voltar-se para vos despedaçarem.
Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles, pois nisto consiste a Lei e os Profetas.
Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição e muitos são os que seguem por eles.
Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida e como são poucos aqueles que os encontram!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o Êxodo, n.º 5, 3; SC 321

«Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida!»

Vejamos o que Deus disse a Moisés, que ordem lhe deu sobre o caminho a escolher [...]. Pensavas talvez que o caminho que Deus mostra é um caminho fácil, que não tem absolutamente nada de difícil ou de penoso; pelo contrário, trata-se de uma subida, e bem tortuosa. Porque esse caminho por onde chegamos às virtudes não é um caminho a descer, mas a subir, e é uma subida íngreme e árdua. Escuta ainda o Senhor no Evangelho: «Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida!» Vês, portanto, como o Evangelho está em harmonia com a Lei. [...] Na verdade, até um cego percebe claramente que a Lei e o Evangelho foram escritos pelo mesmó Espírito.

O caminho por onde vamos é portanto uma tortuosa subida [...]; os atos e a fé comportam muitas dificuldades, muitas tribulações. Pois são imensas as tentações e os obstáculos que se opõem àqueles que querem agir segundo a vontade de Deus. Depois, já na fé, encontramos muitas coisas tortuosas, muitos pontos de discussão, muitas objecções heréticas. [...] Escuta o que disse o Faraó ao ver o caminho que Moisés e os israelitas tinham tomado: «Andam perdidos na terra» (Ex 14,3). Para o Faraó, aqueles que seguem a Deus perdem-se. É que, como dissemos, o caminho da sabedoria é tortuoso, com muitas curvas, muitos desvios. Assim, confessar que há um Deus único, e afirmar na mesma confissão que o Pai, o Filho e o Santo Espírito são um só Deus, há de parecer aos infiéis tortuoso, difícil e inextricável! Acrescentar ainda que «o Senhor da glória» foi crucificado (1Cor 2,8), e que é o Filho do homem «que desceu do Céu» (Jo 3,13), há de parecer igualmente tortuoso e difícil. Quem sem fé isto ouve, dirá: «Andam perdidos na terra». Mas tu, sê firme, não ponhas em dúvida essa fé, sabendo que é Deus que te mostra esse caminho.







domingo, 19 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Segunda-feira, dia 20 de Junho de 2016

Segunda-feira da 12ª semana do Tempo Comum

Beata Teresa, viúva, religiosa, +1250, Beata Mafalda, virgem, +1256, Beato Francisco Pacheco, presbítero e mártir, +1626, Beata Sancha, virgem, +1229

Comentário do dia
São João Clímaco : «Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista?»

2 Reis 17,5-8.13-15a.18.

Naqueles dias, Salmanasar, rei da Assíria, invadiu todo o país e pôs cerco a Samaria, durante três anos.
No nono ano do reinado de Oseias, o rei da Assíria tomou Samaria e deportou os filhos de Israel para a Assíria, estabelecendo-os em Halá, nas margens do Habor, rio de Gozã, e nas cidades da Média.
Isto aconteceu, porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os fizera sair da terra do Egipto, libertando-os do poder do faraó, rei do Egipto. Prestaram culto a outros deuses
e seguiram os costumes das nações que o Senhor expulsara diante deles, e os costumes que os reis de Israel tinham introduzido.
No entanto, o Senhor tinha advertido Israel e Judá, por meio dos seus profetas e videntes, dizendo: «Convertei-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e preceitos, conforme toda a Lei que prescrevi aos vossos pais e vos comuniquei por meio dos meus servos, os profetas».
Mas eles não quiseram obedecer e tornaram-se ainda mais endurecidos que seus pais, que não tinham acreditado no Senhor, seu Deus.
Desprezaram os preceitos do Senhor, bem como a aliança que firmara com seus pais e as advertências que lhes tinha feito.
Então o Senhor indignou-Se tanto contra Israel que o afastou para longe da sua presença. Ficou apenas a tribo de Judá.


Mateus 7,1-5.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não julgueis e não sereis julgados.
Segundo o julgamento que fizerdes sereis julgados, segundo a medida com que medirdes vos será medido.
Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua?
Como poderás dizer a teu irmão: 'Deixa-me tirar o argueiro que tens na vista', enquanto a trave está na tua?
Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Clímaco (c. 575-c. 650), monge do Monte Sinai
A Escada Santa, 10.º degrau

«Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista?»

Ouvi alguns falarem mal do seu próximo e repreendi-os. Para se defenderem, esses operários do mal replicaram: «É por caridade e por solicitude que falamos assim!» Mas eu respondi-lhes: Deixai de praticar tal caridade, pois estaríeis a chamar mentiroso ao que diz: «Afasto de Mim quem denigre em segredo o seu próximo» (Sl 100,5). Se amas essa pessoa como afirmas, reza em segredo por ela e não te rias do que faz. É essa maneira de amar que agrada ao Senhor; não percas isto de vista e esforça-te cuidadosamente por não julgar os pecadores. Judas pertencia ao número dos apóstolos e o ladrão fazia parte dos malfeitores, mas que espantosa mudança se deu nele num só instante! [...]

Responde, pois, ao que diz mal do seu próximo: «Para, irmão! Eu próprio caio todos os dias em faltas mais graves; como poderei condenar essa pessoa?» Obterás assim um duplo proveito: curar-te-ás a ti mesmo e curarás o teu próximo. Não julgar é um atalho que conduz ao perdão dos pecados, pois está dito: «Não julgueis e não sereis julgados.» [...] Alguns cometeram grandes faltas à vista de todos mas realizaram em segredo os maiores atos de virtude, de tal maneira que os seus acusadores se enganaram, dando atenção ao fumo sem verem o sol. [...]

Os críticos diligentes e severos caem nessa ilusão porque não guardam a memória nem a preocupação dos seus próprios pecados. [...] Julgar os outros é usurpar sem vergonha uma prerrogativa divina; condená-los é arruinar a nossa própria alma. [...] Tal como um bom vindimador come as uvas maduras e não colhe as verdes, assim também um espírito benevolente e sensato anota cuidadosamente todas as virtudes que vê nos outros; mas o insensato perscruta as faltas e as deficiências.







sábado, 18 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Domingo, dia 19 de Junho de 2016

12º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Segundo Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)

Santa Juliana de Falconieri, religiosa, fundadora, +1341, S. Romualdo, abade, +1027

Comentário do dia
São João XXIII : Tome a sua cruz todos os dias

Zacarias 12,10-11.13,1.

Eis o que diz o Senhor: «Sobre a casa de David e os habitantes de Jerusalém derramarei um espírito de piedade e de súplica. Ao olhar para Mim, a quem trespassaram, lamentar-se-ão como se lamenta um filho único, chorarão como se chora o primogénito.
Naquele dia, haverá grande pranto em Jerusalém, como houve em Hadad-Rimon, na planície de Megido.
Naquele dia, jorrará uma nascente para a casa de David e para os habitantes de Jerusalém, a fim de lavar o pecado e a impureza».


Gálatas 3,26-29.

Irmãos: Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo,
porque todos vós, que fostes batizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo.
Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; todos vós sois um só em Cristo Jesus.
Mas, se pertenceis a Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.


Lucas 9,18-24.

Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?».
Eles responderam: «Uns, dizem que és João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus».
Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse
e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me.
Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João XXIII (1881-1963), papa
Diário da alma, 1930, retiro em Rusciuk

Tome a sua cruz todos os dias

O amor da cruz do meu Senhor atrai-me cada vez mais nestes dias. Ó Jesus bendito, que isto não seja um fogo inútil, que se apague com a primeira chuva, mas um incêndio que arda sempre sem nunca se consumir. Nestes dias encontrei outra bela oração, que corresponde perfeitamente à minha situação actual [...]: Ó Jesus, meu amor crucificado, adoro-Te em todas as tuas penas. [...] Abraço de todo o coração, por teu amor, todas as cruzes de corpo e de espírito que me sobrevierem. E faço profissão de pôr toda a minha glória, o meu tesouro e a minha alegria na tua cruz, ou seja, nas humilhações e nos sofrimentos, dizendo com São Paulo: «Quanto a mim, não me glorie, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gal 6,14). Não quero para mim outro paraíso neste mundo que não seja a cruz do meu Senhor Jesus Cristo. [...] Tudo me convence de que o Senhor me quer todo para Si, pelo caminho real da cruz. Por este caminho, e não por outro, desejo avançar. [...]

Uma nota característica deste retiro espiritual tem sido uma grande paz e alegria interior, que me encoraja a oferecer-me ao Senhor, em ordem a qualquer sacrifício que Ele queira pedir-me. Desejo que esta tranquilidade e esta alegria penetrem cada vez mais, por dentro e por fora, toda a minha pessoa e toda a minha vida. [...] Terei muito cuidado na guarda deste gozo interior e exterior. [...] Para mim, deve ser um convite perene a imagem de São Francisco de Sales que, entre outras, gosto de repetir: eu sou como um passarinho que canta num bosque de espinhos. Assim, pois, poucas confidências sobre o que possa fazer-me sofrer. Muita discrição e indulgência no meu juízo acerca das pessoas e das situações; inclinação para orar especialmente por quem for para mim motivo de sofrimento; e, em tudo, grande bondade e paciência sem limites, lembrando-me de que qualquer outro sentimento [...] não está de acordo com o espírito do Evangelho nem da perfeição evangélica. Prefiro ser considerado um pobre homem, desde que, a qualquer preço, faça triunfar a caridade. Deixar-me-ei esmagar, mas quero ser paciente e bom até ao heroísmo.







sexta-feira, 17 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Sabado, dia 18 de Junho de 2016

Sábado da 11ª semana do Tempo Comum

Beata Osana, religiosa, +1505, S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697

Comentário do dia
São Vicente de Paulo : «Procurai primeiro o reino de Deus»

2 Crónicas 24,17-25.

Depois da morte de Joiadá, os chefes de Judá foram prostrar-se diante do rei e o rei deu-lhes ouvidos.
Abandonaram o templo do Senhor, Deus de seus pais, e prestaram culto aos postes sagrados e aos ídolos. Por causa dessa infidelidade, a ira divina inflamou-se contra Judá e Jerusalém.
O Senhor enviou-lhes profetas, a fim de os fazer voltar para Si. Os profetas fizeram-lhes as suas advertências, mas eles não quiseram escutá-los.
Então o espírito de Deus veio sobre Zacarias, filho do sacerdote Joiadá. Zacarias apresentou-se diante do povo e disse-lhe: «Assim fala Deus: Por que razão transgredis os mandamentos do Senhor, atraindo a desgraça sobre vós? Uma vez que abandonastes o Senhor, também Ele vai abandonar-vos».
Conspiraram então contra o profeta e apedrejaram-no por ordem do rei, no átrio do templo do Senhor.
Assim o rei Joás, esquecendo a dedicação de Joiadá, pai de Zacarias, deu a morte ao profeta. Zacarias disse, ao morrer: «O Senhor veja isto e faça justiça».
No princípio do ano seguinte, o exército dos arameus marchou contra Joás e invadiu Judá e Jerusalém. Os arameus mataram todos os chefes do povo e enviaram todos os seus despojos ao rei de Damasco.
Embora o exército dos arameus tivesse vindo com poucos homens, o Senhor entregou em suas mãos um grande exército, porque o povo tinha abandonado o Senhor, Deus de seus pais. Os arameus infligiram justo castigo a Joás;
e, quando se retiraram, deixando-o gravemente doente, os seus servos conspiraram contra ele, por ter derramado o sangue do filho do sacerdote Joiadá, e deram-lhe a morte no próprio leito. Morto o rei, deram-lhe sepultura na Cidade de David, mas não nos sepulcros dos reis.


Mateus 6,24-34.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
Por isso vos digo: «Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; o vosso Pai celeste as sustenta. Não valeis vós muito mais do que elas?
Quem de entre vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura?
E porque vos inquietais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam;
mas Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles.
Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?
Não vos inquieteis, dizendo: 'Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?'
Os pagãos é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso.
Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo.
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas
Conferência de 21/02/1659

«Procurai primeiro o reino de Deus»

«Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo.» [...] É-nos dito que procuremos o reino de Deus. «Procurai-o» é apenas uma palavra, mas parece-me significar muitas coisas. Quer dizer [...] trabalhar incessantemente para o reino de Deus, e não permanecer num estado ocioso e estático, prestar atenção ao interior para bem o regrar, e não aos divertimentos exteriores. [...] Procurai a Deus dentro de vós, visto que Santo Agostinho confessa que, enquanto O procurou fora dele, não O encontrou. Procurai-O na vossa alma, como sua morada agradável e base onde os seus servos se esforçam por levar à prática todas as virtudes. A vida interior é imprescindível, e é necessário ampliá-la; se não tivermos vida interior, nada temos. [...] Procuremos tornar-nos interiores. [...] Procuremos a glória de Deus, procuremos o reino de Jesus Cristo. [...]

«Mas, dir-me-eis, há tanto a fazer, tanto trabalho em casa, tantas tarefas na cidade, no campo; o trabalho é muito; quer dizer que temos de deixar tudo para pensar unicamente em Deus?» Não, mas temos de santificar estas ocupações procurando a Deus nelas, e de fazê-las para O encontrar, mais do que para as ver feitas. Nosso Senhor quer, antes de tudo, que procuremos a sua glória, o seu reino, a sua justiça; por isso, que o nosso tesouro seja a vida interior, a fé, a confiança, o amor, os exercícios espirituais [...], os trabalhos e as dores com vista a Deus, nosso soberano Senhor. [...] Uma vez assim constituídos na procura da glória de Deus, temos a certeza de que o resto se seguirá.







quinta-feira, 16 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Sexta-feira, dia 17 de Junho de 2016

Sexta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

S. Rainério de Pisa, peregrino, +1160

Comentário do dia
São Cesário de Arles : «Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração.»

2 Reis 11,1-4.9-18.20.

Naqueles dias, Atalia, mãe do rei Ocozias, ao saber que o filho morrera, mandou matar todos os descendentes do rei.
Mas Josebá, filha do rei Jorão e irmã de Ocozias, tomou Joás, filho de Ocozias, e tirou-o secretamente do meio dos filhos do rei, que estavam a ser executados, para o esconder com a ama no dormitório do templo. Assim o furtaram aos olhos de Atalia e ele escapou à morte.
Ficou no templo do Senhor, com Josebá, escondido pelo espaço de seis anos, enquanto Atalia reinava no país.
No sétimo ano, o sacerdote Joiadá convocou os oficiais dos mercenários e dos guardas e mandou-os vir à sua presença no templo do Senhor. Estabeleceu um acordo com eles, fê-los prestar juramento e mostrou-lhes o filho do rei.
Os oficiais fizeram tudo o que lhes ordenara o sacerdote Joiadá. Cada um tomou consigo os seus homens, tanto os que entravam em serviço no sábado, como aqueles que o terminavam nesse dia; e vieram ter com o sacerdote Joiadá.
O sacerdote entregou-lhes as lanças e os escudos do rei David, que estavam no templo do Senhor.
Os guardas postaram-se, com as armas na mão, desde o lado sul até ao lado norte do templo, rodeando o altar e o templo, para protegerem o rei.
Então Joiadá mandou que trouxessem o filho do rei e impôs-lhe o diadema e as insígnias reais. Proclamaram-no rei e deram-lhe a unção; depois bateram palmas e aclamaram: «Viva o rei!».
Ao ouvir os clamores populares, Atalia dirigiu-se ao encontro do povo no templo do Senhor.
Quando viu o rei de pé sobre o estrado, segundo o costume, os chefes e os tocadores de trombeta junto do rei e todo o povo exultando de alegria, ao som das trombetas, Atalia rasgou as vestes e gritou: «Traição! Traição!».
O sacerdote Joiadá ordenou então aos oficiais das tropas: «Levai-a para fora por entre as fileiras e, se alguém tentar segui-la, matai-o à espada». O sacerdote, de facto, já tinha dito: «Não deve ser morta no templo do Senhor».
Lançaram as mãos sobre ela, levaram-na para o palácio real, pela porta dos cavalos, e ali a mataram.
Joiadá concluiu uma aliança entre o Senhor, o rei e o povo, pela qual este se comprometia a ser o povo do Senhor. Concluiu também uma aliança entre o rei e o povo.
Então toda a gente do país foi ao templo de Baal e demoliu-o: quebraram completamente os altares e as imagens e mataram, diante dos altares, Matã, sacerdote de Baal. Em seguida, Joiadá colocou sentinelas no templo do Senhor.
Todo o povo exultava de alegria e a cidade ficou em paz. Entretanto, Atalia tinha sido morta à espada no palácio real.


Mateus 6,19-23.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam.
Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam.
Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração.
A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado.
Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo
Sermão 32, 1-3; SC 243

«Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração.»

Deus aceita as nossas ofertas de dinheiro e apraz-Lhe que demos esmola aos pobres, mas com a condição de que todo o pecador, quando oferecer a Deus o seu dinheiro, Lhe ofereça também a sua alma. [...] Quando o Senhor ordena: «Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus» (Mc 12,17), o que quer dizer é: «Tal como dais a César, nas moedas de prata, a sua imagem em efígie, dai também a Deus, em vós mesmos, a imagem de Deus» (cf Gn 1,26). [...]

Assim, e como já bastas vezes dissemos, quando distribuirmos dinheiro aos pobres, ofereçamos a nossa alma a Deus, de forma que, onde estiver o nosso dinheiro, possa também estar o nosso coração. De facto, porque nos pede Deus que demos dinheiro? Seguramente porque sabe que lhe temos um apreço especial e não deixamos de pensar nele; e porque sabe que, onde tivermos o dinheiro, teremos também o coração. Eis por que motivo nos exorta a construir tesouros no céu através de dádivas feitas aos pobres: para que o nosso coração vá até onde tivermos enviado o nosso tesouro, de tal maneira que, quando o sacerdote disser: «Corações ao alto», possamos responder de consciência tranquila: «O nosso coração está em Deus».







quarta-feira, 15 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Quinta-feira, dia 16 de Junho de 2016

Quinta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

S. Ciro, mártir, séc. IV, S. João Francisco Régis, presbítero, +1640

Comentário do dia
São Cipriano : «Seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu.»

Sirac 48,1-15.

O profeta Elias surgiu como um fogo e a sua palavra queimava como um facho ardente.
Fez vir a fome sobre os homens de Israel e no seu zelo reduziu-os a um pequeno número.
Pela palavra do Senhor fechou o céu e três vezes fez descer o fogo.
– Como foste admirável, Elias, pelos teus prodígios! Quem se pode gloriar de ser como tu?
Arrancaste um homem à morte e o livraste do Abismo pelas palavras do Altíssimo.
Tu levaste reis à ruína e precipitaste dos seus leitos homens ilustres.
Ouviste repreensões no Sinai e decretos de castigo no Horeb.
Tu sagraste reis para punirem o mal e profetas para te sucederem.
Foste arrebatado num turbilhão de chamas e num carro puxado por cavalos de fogo.
Foste designado, na perspetiva dos tempos futuros, para aplacar a ira divina antes que ela se inflamasse, para reconciliar com os filhos o coração dos pais e restabelecer as tribos de Jacob.
Felizes os que te viram e os que morreram no amor de Deus,
porque também nós certamente viveremos. –
Por fim, Elias foi envolvido pelo turbilhão e Eliseu ficou cheio do seu espírito. Nos seus dias não tremeu diante de algum príncipe e ninguém conseguiu dominá-lo.
Nada era demasiado difícil para as suas forças e até no sono da morte o seu corpo profetizou.
Durante a vida fez prodígios e na morte as suas obras foram admiráveis.


Mateus 6,7-15.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito.
Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes.
Orai assim: 'Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal'.
Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará.
Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A Oração do Senhor, 14-15

«Seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu.»

Não é que Deus faça o que quer, mas que nós façamos o que Ele quer. Alguma coisa poderá impedir Deus de fazer o que quer? Nós, pelo contrário, somos contrariados pelo demónio, que nos impede de obedecer em todas as coisas, interior e exteriormente, à vontade de Deus. Apesar disso, pedimos que a sua vontade se faça em nós; ora, para que tal aconteça, precisamos da sua ajuda. Não há ninguém que seja forte com base nos seus próprios recursos; a força reside na bondade e na misericórdia de Deus. [...]

A vontade de Deus é aquela que Cristo fez e ensinou: a humildade no comportamento, a solidez na fé, a modéstia nas palavras, a justiça nos atos, a misericórdia nas obras, a disciplina nos costumes. A vontade de Deus consiste em não fazer mal a ninguém, em suportar aqueles que nos fazem mal, em manter a paz com os nossos irmãos, em amar a Deus de todo o coração, em amá-Lo porque é Pai e temê-Lo porque é Deus. Em nada preferir a Cristo, uma vez que Ele nos prefere a todas as coisas, em aderir inviolavelmente à sua caridade, em permanecer junto à cruz com coragem e confiança. Em mostrar constância nas palavras quando é preciso combater pelo seu nome ou a sua honra; em dar provas de confiança nas dificuldades a fim de sustentar a luta, de paciência na morte a fim de obter a coroa. É isso que significa querer ser co-herdeiro com Cristo, cumprir os preceitos de Deus, fazer a vontade de Deus.







terça-feira, 14 de junho de 2016

simascatarina@portugalmail.pt


Quarta-feira, dia 15 de Junho de 2016

Quarta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

Santa Maria Micaela do Santíssimo Sacramento, virgem, fundadora, +1865, Beata Albertina Berkenbrock, virgem, mártir, +1931

Comentário do dia
São : «Fecha a porta e ora a teu Pai em segredo»

2 Reis 2,1.6-14.

Naqueles dias, quando o Senhor quis levar o profeta Elias para o céu, Elias e Eliseu partiram de Gálgala.
Quando chegaram a Jericó, Elias disse a Eliseu: «Fica aqui, porque o Senhor envia-me ao Jordão». Eliseu respondeu-lhe: «Tão certo como o Senhor estar vivo e tu também, não te deixarei». E os dois seguiram juntos.
Seguiram-nos cinquenta dos discípulos dos profetas, que ficaram parados a certa distância, enquanto Elias e Eliseu se detinham na margem do Jordão.
Então Elias tomou o seu manto e enrolou-o, bateu com ele nas águas, que se apartaram para um e outro lado, e ambos passaram a pé enxuto.
Depois de terem atravessado, Elias disse a Eliseu: «Pede-me o que quiseres, antes que eu seja arrebatado para longe de ti». Eliseu respondeu: «Possa eu herdar uma dupla porção do teu espírito».
Elias disse: «Pedes uma coisa difícil. Contudo, se me vires quando eu for arrebatado para longe de ti, terás o que pedes. Mas se não me vires, não o terás».
Continuavam eles o seu caminho a conversar, quando um carro de fogo, com dois cavalos também de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
Eliseu, ao vê-lo, exclamava: «Meu pai, meu pai! Carro e condutor de Israel!». Quando deixou de o ver, tomou a sua túnica e rasgou-a em duas partes.
Apanhou o manto que tinha caído a Elias e voltou para a margem do Jordão.
Com o manto que tinha caído a Elias, bateu nas águas, mas elas não se dividiram. Então Eliseu disse: «Onde está o Senhor, o Deus de Elias?». Tornou a bater nas águas, que se apartaram para um e outro lado, e Eliseu passou para a outra margem.


Mateus 6,1-6.16-18.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus.
Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,
para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto,
para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente no que é oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
GF 173; EP 3 (982-983)

«Fecha a porta e ora a teu Pai em segredo»

Sê assíduo à oração e à meditação. Disseste-me que já tinhas começado. Isso é um enorme consolo para um Pai que te ama como Ele te ama! Continua, pois, a progredir nesse exercício de amor a Deus. Dá todos os dias um passo: de noite, à luz suave da lamparina, entre as fraquezas e na secura de espírito; ou de dia, na alegria e na luminosidade que deslumbra a alma […].

Se conseguires, fala ao Senhor na oração, louva-O. Se não conseguires, por não teres ainda progredido o suficiente na vida espiritual, não te preocupes: fecha-te no teu quarto e põe-te na presença de Deus. Ele ver-te-á e apreciará a tua presença e o teu silêncio. Depois, pegar-te-á na mão, falará contigo, dará contigo cem passos pelas veredas do jardim que é a oração, onde encontrarás consolo. Permanecer na presença de Deus com o simples fito de manifestar a nossa vontade de nos reconhecermos como seus servidores é um excelente exercício espiritual, que nos faz progredir no caminho da perfeição.

Quando estiveres unido a Deus pela oração, examina quem és verdadeiramente; fala com Ele, se conseguires; se te for impossível, detém-te, permanece diante dele. Em nada mais te empenhes como nisso.







Arquivo do blog

Quem sou eu

- Juventude Nova é um estilo de vida. Um novo jeito de ser. - Ser JN significa assumir e testemunhar uma vida nova, renovada por Jesus Cristo.