segunda-feira, 30 de abril de 2018

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Terça-feira, dia 01 de Maio de 2018

Terça-feira da 5ª semana da Páscoa

S. José Operário, Santa Comba do Alentejo, martir, +300

Comentário do dia
São João XXIII : «Dou-vos a minha paz»

Actos 14,19-28.

Naqueles dias, chegaram uns judeus de Antioquia e de Icónio, que aliciaram a multidão, apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto.
Mas, tendo-se reunido os discípulos à sua volta, ele ergueu-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe.
Depois de terem anunciado a boa nova a esta cidade e de terem feito numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, a Icónio e a Antioquia.
Iam fortalecendo as almas dos discípulos e exortavam-nos a permanecerem firmes na fé, «porque __ diziam eles __ temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no reino de Deus».
Estabeleceram anciãos em cada Igreja, depois de terem feito orações acompanhadas de jejum, e encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham acreditado.
Atravessaram então a Pisídia e chegaram à Panfília;
depois, anunciaram a palavra em Perga e desceram até Atalia.
De lá embarcaram para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para a obra que acabavam de realizar.
À chegada, convocaram a Igreja, contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé.
Demoraram-se ali bastante tempo com os discípulos.


João 14,27-31a.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem intimide o vosso coração.
Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu.
Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis.
Já não falarei muito convosco, porque vai chegar o príncipe deste mundo. Ele nada pode contra Mim,
mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São João XXIII (1881-1963), papa
Discursos, V, p. 210

«Dou-vos a minha paz»

Oh Príncipe da paz, Jesus ressuscitado, olha com benevolência para toda a humanidade. É apenas de Ti que ela espera auxílio e socorro. Tal como nos tempos da tua vida terrena, continuas a preferir os pequenos, os humildes, os que sofrem. Vais sempre à frente dos pecadores. Faz que todos Te invoquem e Te encontrem, para terem em Ti o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). Concede-nos a tua paz, Cordeiro imolado para nossa salvação (Ap 5,6; Jo 1,29): «Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!»

Eis, Jesus, a nossa oração: Afasta do coração dos homens tudo aquilo que pode comprometer a sua paz, confirma-os na verdade, na justiça e no amor fraterno. Ilumina os dirigentes; que os seus esforços em prol do bem-estar dos povos se unam no esforço para lhes assegurar a paz. Estimula a vontade de todos, para que removam as barreiras que dividem, a fim de reforçarem os laços da caridade. Estimula a vontade de todos, para que todos estejam prontos a compreender, a partilhar, a perdoar, a fim de que todos estejam unidos em teu nome e de que a paz, a tua paz, triunfe nos corações, nas famílias, no mundo inteiro.







domingo, 29 de abril de 2018

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Segunda-feira, dia 30 de Abril de 2018

Segunda-feira da 5ª semana da Páscoa
Nossa Senhora de África, festa em África

S. Pio V, papa, +1572, S. José Bento Cottolengo, presbítero, fundador, +1842

Comentário do dia
São Josemaría Escrivá de Balaguer : «Meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada»

Actos 14,5-18.

Naqueles dias, surgiu em Icónio um movimento, da parte dos pagãos e dos judeus, com os seus chefes, para maltratar e apedrejar Barnabé e Paulo.

Conscientes da situação, estes refugiaram-se nas cidades da Licaónia, Listra, Derbe e seus arredores,

onde começaram a anunciar a boa nova.

Havia em Listra um homem inválido dos pés, coxo de nascença, que nunca tinha podido andar.

Um dia em que escutava as palavras de Paulo, este fixou nele os olhos e, vendo que tinha fé para ser curado,

disse-lhe com voz forte: «Levanta-te e põe-te direito sobre os pés». Ele levantou-se e começou a andar.

Ao ver o que Paulo tinha feito, a multidão exclamou em licaónico: «Os deuses tomaram forma humana e desceram até nós».

A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo Hermes, porque era este que falava.

Então o sacerdote do templo de Zeus, que estava à entrada da cidade, trouxe touros e grinaldas para as portas do templo e, juntamente com a multidão, pretendia oferecer-lhes um sacrifício.

Quando souberam isto, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as túnicas e precipitaram-se para a multidão, clamando:

«Amigos, que fazeis? Nós somos homens como vós e vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos e voltar-vos para o Deus vivo, que fez o céu, a terra e o mar e tudo o que neles existe.

Nas gerações passadas, permitiu que todas as nações seguissem os seus caminhos.

Mas nem por isso deixou de dar testemunho da sua generosidade, concedendo-vos do céu as chuvas e estações férteis, para saciar de alimento e felicidade os vossos corações».

Com estas palavras, a custo impediram a multidão de lhes oferecer um sacrifício.



João 14,21-26.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
Disse-Lhe Judas, não o Iscariotes: «Senhor, como é que Te vais manifestar a nós e não ao mundo?»
Respondeu-lhe Jesus: «Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada.
Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou.
Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco.
Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia «Cristo presente nos cristãos», de «Cristo que Passa», §§ 102-103

«Meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada»

Cristo permanece na sua Igreja: nos seus sacramentos, na sua liturgia, na sua pregação, em toda a sua atividade. De modo especial, Cristo continua presente entre nós nessa entrega diária que é a Sagrada Eucaristia. Por isso, a missa é o centro e a raiz da vida cristã. Em todas as missas está sempre presente o Cristo total, cabeça e corpo. «Por Cristo, com Cristo e em Cristo». Porque Cristo é o caminho, o mediador. Nele, encontramos tudo; fora dele, a nossa vida torna-se vazia. [...]

Cristo vive nos cristãos. A fé diz-nos que o homem em estado de graça está endeusado. Somos homens e mulheres; não somos anjos. Seres de carne e osso, com coração e paixões, com tristezas e alegrias; mas a divinização envolve o homem todo, como antecipação da ressurreição gloriosa. «Cristo ressuscitou de entre os mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição. Pois assim como todos morrem em Adão, assim também, em Cristo, todos são vivificados» (1Cor 15,20-22).

A vida de Cristo é a nossa vida, segundo o que Ele prometeu aos seus apóstolos na última ceia: «Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada» (Jo 14,23). O cristão deve, pois, viver segundo a vida de Cristo, tornando seus os sentimentos de Cristo, de tal modo que possa exclamar com S. Paulo: «Não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim» (Gal 12,20).







sábado, 28 de abril de 2018

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Domingo, dia 29 de Abril de 2018

5º Domingo da Páscoa
Quinto Domingo de Páscoa (semana I do saltério)

Santa Catarina de Sena, virgem, Doutora da Igreja, Padroeira da Europa,+1380

Comentário do dia
Venerável Pio XII : «Sem Mim nada podeis fazer»

Actos 9,26-31.

Naqueles dias, Saulo chegou a Jerusalém e procurava juntar-se aos discípulos. Mas todos o temiam, por não acreditarem que fosse discípulo.
Então, Barnabé tomou-o consigo, levou-o aos Apóstolos e contou-lhes como Saulo, no caminho, tinha visto o Senhor, que lhe tinha falado, e como em Damasco tinha pregado com firmeza em nome de Jesus.
A partir desse dia, Saulo ficou com eles em Jerusalém e falava com firmeza no nome do Senhor.
Conversava e discutia também com os helenistas, mas estes procuravam dar-lhe a morte.
Ao saberem disto, os irmãos levaram-no para Cesareia e fizeram-no seguir para Tarso.
Entretanto, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, edificando-se e vivendo no temor do Senhor e ia crescendo com a assistência do Espírito Santo.


1 João 3,18-24.

Meus filhos, não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e em verdade.

Deste modo, saberemos que somos da verdade e tranquilizaremos o nosso coração diante de Deus;

porque, se o nosso coração nos acusar, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas.

Caríssimos, se o coração não nos condena, temos confiança diante de Deus.

e receberemos d'Ele tudo o que Lhe pedirmos, porque cumprimos todos os seus mandamentos e fazemos o que Lhe é agradável.

É este o seu mandamento: acreditar no nome de seu Filho, Jesus Cristo, e amar-nos uns aos outros, como Ele nos mandou.

Quem observa os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele. E sabemos que permanece em nós pelo Espírito que nos concedeu.



João 15,1-8.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto.
Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei.
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim.
Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem.
Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido.
A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Venerável Pio XII (1876-1958), papa
Encíclica «Mystici Corporis», §§ 47-53

«Sem Mim nada podeis fazer»

«Aprouve [a Deus] que nele [em Cristo] habitasse toda a plenitude» (Col 1,19); Ele está adornado de todos os dons que acompanham a união hipostática; porquanto nele habita o Espírito Santo com tal plenitude de graças, que não se pode conceber maior. A Ele foi dado poder sobre a carne (cf Jo 17,2); [...] Dele provém ao corpo da Igreja toda a luz que ilumina divinamente os féis, e toda a graça com que se fazem santos como Ele é santo. [...]

É ele que infunde nos féis a luz da fé; Ele que aos pastores e doutores, e sobre todos ao seu vigário na Terra, enriquece divinamente com os dons sobrenaturais de ciência, entendimento e sabedoria, para que conservem fielmente o tesouro da fé, o defendam corajosamente, piedosa e diligentemente o expliquem e valorizem; é Ele enfim o que, invisível, preside e dirige os concílios da Igreja.

Cristo é o autor e o operador da santidade, já que nenhum ato salutar pode haver que dele não derive como fonte soberana: «Sem Mim nada podeis fazer» (Jo 15,5). Se nos sentimos movidos à dor e contrição dos pecados cometidos, se com temor e esperança filial nos convertemos a Deus, é sempre a sua graça que nos comove. A graça e a glória brotam da sua inexaurível plenitude. [...]

E quando, com rito externo, se ministram os sacramentos da Igreja, é Ele que opera o efeito correspondente nas almas. É Ele também que, nutrindo os fiéis com a própria carne e o próprio sangue, serena os movimentos desordenados das paixões; é Ele que aumenta as graças e prepara a futura glória das almas e dos corpos. [...]

Cristo faz que a Igreja viva da sua vida sobrenatural, penetra com a sua divina virtude todo o corpo e cada um dos membros, segundo o lugar que ocupa no corpo, nutre-o e sustenta-o do mesmo modo que a videira sustenta e torna frutíferas as vides aderentes à cepa (cf Jo 15,4-6).







sexta-feira, 27 de abril de 2018

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Sabado, dia 28 de Abril de 2018

Sábado da 4ª semana da Páscoa

S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716, S. Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841, Santa Joana Beretta Molla, mãe de família, +1962

Comentário do dia
São Vicente de Paulo : «Quem crê em Mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas»

Actos 13,44-52.

No segundo sábado em que Paulo e Barnabé estiveram em Antioquia da Pisídia, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
Ao verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias.
Corajosamente, Paulo e Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios,
pois assim nos mandou o Senhor: 'Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da terra'».
Ao ouvirem estas palavras, os gentios encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé,
e a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.
Mas os judeus, instigando algumas senhoras piedosas mais distintas e os homens principais da cidade, desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, seguiram para Icónio.
Entretanto, os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.


João 14,7-14.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: 'Mostra-nos o Pai'?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas
Conferência de 2/5/1659

«Quem crê em Mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas»

Nosso Senhor disse: «Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5,3); deste modo, a Sabedoria eterna mostra que os trabalhadores evangélicos devem evitar a magnificência das ações e das palavras e assumir uma maneira de agir e de falar humilde, fácil e comum. Quem nos seduz a essa tirania do desejo de sucesso é o demónio, que, ao ver-nos executar uma tarefa com simplicidade, nos diz: «Que coisa baixa; isso é demasiado banal, e indigno da majestade cristã». Armadilha do demónio! Tomai cuidado, senhores, renunciai a essas vaidades. [...] Tende presente os modos de Nosso Senhor, que era humilde e adverso a tudo isso.

Ele poderia ter dado um grande realce às suas obras e um poder soberano às suas palavras, mas não o fez. «Vós fareis», disse aos seus discípulos, «as obras que Eu realizo; e fareis obras maiores do que estas.» Mas, Senhor, porque quisestes que, ao fazer o que havíeis feito, fizessem mais que Vós? É que Nosso Senhor quer deixar-Se ultrapassar nas ações públicas, para Se distinguir nas humildes e secretas; Ele deseja os frutos do Evangelho e não os barulhos do mundo; portanto, faz mais por meio dos seus servos do que por Si mesmo.

Ele quis que S. Pedro convertesse, de uma vez, três mil, e de outra cinco mil pessoas (At 2,41; 4,4), e que toda a Terra fosse iluminada pelos apóstolos. Por Si mesmo, embora fosse a luz do mundo (Jo 8,12), só pregou em Jerusalém e nos arredores, e pregou aí sabendo que obteria menos resultados que noutros lugares. [...] Fez, pois, poucas coisas, e os seus pobres discípulos, ignorantes e grosseiros, animados pela sua força, fizeram mais que Ele. Porquê? Porque quis ser humilde naquilo que fez.







quinta-feira, 26 de abril de 2018

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Sexta-feira, dia 27 de Abril de 2018

Sexta-feira da 4ª semana da Páscoa

S. Pedro Canísio, presbítero, doutor da Igreja, +1597, Santa Zita, virgem, +1278

Comentário do dia
Venerável Pio XII : Cristo, caminho, verdade e vida, é a luz da consciência

Actos 13,26-33.

Naqueles dias, disse Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia: «Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que temeis a Deus, a nós foi dirigida esta palavra da salvação.

Na verdade, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram reconhecer Jesus, mas, condenando-O, cumpriram as palavras dos Profetas que se leem cada sábado.

Embora não tivessem encontrado nada que merecesse a morte, pediram a Pilatos que O mandasse matar.

Cumprindo tudo o que estava escrito acerca d'Ele, desceram-no da cruz e depuseram-n'O no sepulcro.

Mas Deus ressuscitou-O dos mortos

e Ele apareceu durante muitos dias àqueles que tinham subido com Ele da Galileia a Jerusalém e são agora suas testemunhas diante do povo.

Nós vos anunciamos a boa nova de que a promessa feita a nossos pais,

Deus a cumpriu para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no salmo segundo: 'Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei'».



João 14,1-6.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.
Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar?
Quando eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também.
Para onde Eu vou, conheceis o caminho».
Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?»
Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Venerável Pio XII (1876-1958), papa
Mensagem radiofónica de 23 de março de 1952

Cristo, caminho, verdade e vida, é a luz da consciência

A consciência é o núcleo mais íntimo e secreto do homem. É aí que ele se refugia, com as suas faculdades espirituais, numa solidão absoluta: a sós consigo, ou antes, a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir à consciência. É aí que ele se determina pelo bem ou pelo mal; é aí que escolhe o caminho da vitória ou o caminho da derrota. Ainda que quisesse, o homem não teria capacidade de apagar esta voz; com ela - quando o aprova e quando o condena - percorre todo o caminho da vida, e será também com ela, testemunho verídico e incorruptível, que se apresentará ao juízo de Deus.

A consciência é portanto um santuário, no limiar do qual todos devem deter-se; todos, incluindo o pai e a mãe, no caso das crianças. O único que nela penetra é o sacerdote, como mestre de almas; mas, mesmo nesse caso, a consciência continua a ser um santuário ciosamente guardado, cujo segredo o próprio Deus pretende que seja preservado sob o selo do mais sagrado dos silêncios. Em que sentido se pode falar da educação da consciência? O divino Salvador trouxe a sua verdade e a sua graça ao homem ignorante e fraco: a verdade para lhe indicar o caminho que conduz à meta; a graça para lhe conferir a força para lá chegar. Cristo é o caminho, a verdade e a vida, não apenas para todos os homens no seu conjunto, mas para cada um deles.







quarta-feira, 25 de abril de 2018

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Quinta-feira, dia 26 de Abril de 2018

Quinta-feira da 4ª semana da Páscoa

Santo Anacleto (Cleto), papa, mártir, séc. I, S. Pedro de Rates, mártir, 1º bispo de Braga, séc. I (?)

Comentário do dia
Papa Francisco: «O enviado não é mais do que aquele que o envia»

Actos 13,13-25.

Naqueles dias, Paulo e os seus companheiros largaram de Pafos e dirigiram-se a Perga da Panfília. Mas João Marcos separou-se deles para voltar a Jerusalém.

Eles prosseguiram de Perga e chegaram a Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.

Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer: «Irmãos, se tendes alguma exortação a fazer ao povo, falai».

Paulo levantou-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós que temeis a Deus, escutai:

O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos pais e fez deles um grande povo, quando viviam como estrangeiros na terra do Egito. Com seu braço poderoso tirou-os de lá

e durante quarenta anos sustentou-os no deserto e,

depois de exterminadas sete nações na terra de Canaã, deu essas terras como herança ao seu povo.

Tudo isto durou cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Em seguida, deu-lhes juízes até ao profeta Samuel.

Então, o povo pediu um rei e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos.

Depois, tendo-o rejeitado, suscitou-lhes David como rei, de quem deu este testemunho: 'Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade'.

Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel.

João tinha proclamado, antes da sua vinda, um batismo de penitência a todo o povo de Israel.

Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: 'Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés'».



João 13,16-20.

Naquele tempo, quando Jesus acabou de lavar os pés aos seus discípulos, disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.

Sabendo isto, sereis felizes se o puserdes em prática.

Não falo de todos vós: Eu conheço aqueles que escolhi; mas tem de cumprir-se a Escritura, que diz: 'Quem come do meu pão levantou contra Mim o calcanhar'.

Desde já vo-lo digo antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou.

Em verdade, em verdade vos digo: Quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe; e quem Me recebe a Mim, recebe Aquele que Me enviou».




Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Papa Francisco
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho» § 24 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)

«O enviado não é mais do que aquele que o envia»

A Igreja «em saída» é a comunidade de discípulos missionários que «primeireiam», que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. […] A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, que Ele a precedeu no amor (cf 1Jo 4,19), e por isso sabe ir à frente, tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos (cf Lc 14.23). Vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa!

Como consequência, a Igreja sabe «envolver-se». Jesus lavou os pés aos seus discípulos. O Senhor envolve-Se e envolve os seus, pondo-Se de joelhos diante dos outros para os lavar; mas, logo a seguir, diz aos discípulos: «Sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13,17). Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o «cheiro das ovelhas», e estas escutam a sua voz (cf Jo 10,3).







terça-feira, 24 de abril de 2018

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Quarta-feira, dia 25 de Abril de 2018

S. Marcos Evangelista, festa

S. Marcos, evangelista, Santa Maria Eufrásia Pelletier, virgem, fundadora, +1868

Comentário do dia
Santo Ireneu de Lyon : «Pregai o Evangelho a toda a criatura»

1 Pedro 5,5b-14.

Revesti-vos de humildade, uns para com os outros, porque «Deus resiste aos soberbos e dá a graça aos humildes».

Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo oportuno.

Confiai-Lhe todas as vossas preocupações, porque Ele vela por vós.

Sede sóbrios e vigiai. O vosso inimigo, o diabo, anda à vossa volta, como leão que ruge, procurando a quem devorar.

Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que os vossos irmãos espalhados pelo mundo suportam os mesmos sofrimentos.

O Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua eterna glória em Cristo, depois de terdes sofrido um pouco, vos restabelecerá, vos aperfeiçoará, vos fortificará e vos tornará inabaláveis.

A Ele o poder e a glória pelos séculos dos séculos. Ámen.

Foi por meio de Silvano, a quem considero irmão de confiança, que vos escrevi estas breves palavras, para vos exortar e assegurar que é esta a verdadeira graça de Deus. Permanecei firmes nela.

Saúda-vos a comunidade estabelecida em Babilónia, eleita como vós, e também Marcos, meu filho.

Saudai-vos uns aos outros com o ósculo da caridade. Paz a todos os que estais em Cristo.



Marcos 16,15-20.

Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte, e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
«Contra as Heresias», III 1,1

«Pregai o Evangelho a toda a criatura»

Quando Nosso Senhor ressuscitou dos mortos e os apóstolos foram revestido com a força do alto pela vinda do Espírito Santo (Lc 24,49), ficaram cheios de certezas sobre tudo e receberam o conhecimento perfeito. Foram então até aos confins da Terra (Sl 18,5) proclamar a Boa Nova que nos vem de Deus e anunciar aos homens a paz do Céu, eles que possuíam o Evangelho de Deus.

Assim, Mateus, no meio dos hebreus e na sua própria língua, publicou uma forma escrita do Evangelho, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja. Após a morte destes dois apóstolos, Marcos, discípulo de Pedro e seu intérprete (1Pe 5,19), transmitiu-nos por escrito a pregação de Pedro. Por seu lado, Lucas, companheiro de Paulo, consignou num livro o Evangelho pregado por este. Por fim, João, o discípulo do Senhor, o mesmo que tinha repousado sobre o seu peito, também publicou um Evangelho durante a sua estadia em Éfeso. [...]

Marcos, intérprete e companheiro de Pedro, declarou o seguinte no início da sua redação do Evangelho: «Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Tal com está escrito nos profetas, "eis que envio o meu mensageiro diante de ti para preparar o teu caminho"». [...] Como se vê, Marcos faz das palavras dos santos profetas o início do Evangelho, e põe logo a abrir, como Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Aquele que os profetas proclamaram como Deus e Senhor. [...] No fim do Evangelho, Marcos diz: «E o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi levado aos Céus e sentou-Se à direita de Deus». É a confirmação da palavra do profeta: «Oráculo do Senhor ao meu senhor: Senta-Te à minha direita e eu farei dos teus inimigos escabelo para os teus pés» (Sl 109,1).







segunda-feira, 23 de abril de 2018

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Terça-feira, dia 24 de Abril de 2018

Terça-feira da 4ª semana da Páscoa

S. Fidélis (Fiel) de Sigmaringa, mártir, +1622

Comentário do dia
Santo Aelredo de Rievaulx : «As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.»

Actos 11,19-26.

Naqueles dias, os irmãos que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada pelo caso de Estêvão, caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia. Mas anunciavam a palavra apenas aos judeus.

Houve, contudo, entre eles alguns homens de Chipre e de Cirene que, ao chegarem a Antioquia, começaram a falar também aos gregos, anunciando-lhes o Senhor Jesus.

A mão do Senhor estava com eles e foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor.

A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram Barnabé a Antioquia.

Quando este chegou e viu a ação da graça de Deus, encheu-se de alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero;

era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim, uma grande multidão aderiu ao Senhor.

Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo

e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos nesta Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos».



João 10,22-30.

Naquele tempo, celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do Templo. Era inverno

e Jesus passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão.

Então os judeus rodearam-n'O e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz-nos claramente».

Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim.

Mas vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas.

As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.

Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.

Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos, e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.

Eu e o Pai somos um só».




Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
Oração pastoral

«As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.»

Ó Jesus, ó Bom Pastor, pastor que és verdadeiramente bom, pastor cheio de clemência e de ternura, a Ti clama um miserável e pobre pastor - sim, bem fraco, bem incapaz, bem inútil e, contudo, realmente pastor das tuas ovelhas. A Ti, ó Bom Pastor, clama este pobre pastor que está longe de ser bom; a Ti clama, preocupado consigo próprio, preocupado com as tuas ovelhas. Senhor, Tu conheces o meu coração: sabes que ele só tem um desejo, o de entregar tudo o que lhe deste às tuas ovelhas, gastá-lo totalmente para seu bem. Mais, quereria entregar-me a mim próprio por elas. Que assim seja, ó meu Senhor, que assim seja! [...]

Ensina-me apenas, peço-To, pelo teu Espírito Santo, ensina o teu servo como deve gastar-se por elas. Concede-me, Senhor, pela tua graça inefável, suportar com paciência as suas enfermidades, compadecer-me com ternura, procurar para elas remédios eficazes. Que eu aprenda, sob a inspiração do teu Espírito, a consolar os aflitos, a devolver a coragem àqueles que a perderam, a erguer os que caem, a sentir-me fraco com os fracos [...], a fazer-me tudo para todos para salvar a todos. Põe sempre nos meus lábios a palavra verdadeira, a palavra reta, a palavra justa, a fim de que todos cresçam na fé, na esperança e no amor, em castidade e em humildade, em paciência e em obediência, em fervor de espírito e em pureza de coração. Uma vez que lhes deste este guia cego, este mestre ignorante, este chefe incapaz, concede, Senhor, a este mestre ciência, luz e competência.







domingo, 22 de abril de 2018

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Segunda-feira, dia 23 de Abril de 2018

Segunda-feira da 4ª semana da Páscoa

S. Jorge, mártir, +303, Santo Adalberto de Praga, bispo, mártir, +997

Comentário do dia
São Tomás de Aquino : «Quem entrar por Mim será salvo»

Actos 11,1-18.

Naqueles dias, os Apóstolos e os irmãos da Judeia ouviram dizer que os gentios também tinham recebido a palavra de Deus.

E quando Pedro subiu a Jerusalém, os que tinham vindo da circuncisão começaram a discutir com ele,

dizendo: «Tu entraste em casa dos incircuncisos e comeste com eles».

Pedro começou então a expor-lhes tudo por ordem:

«Estava eu a orar na cidade de Jope, quando tive em êxtase uma visão: Era um objecto semelhante a uma toalha que descia do céu, presa pelas quatro pontas, e chegou até junto de mim.

Fitando os olhos nela, pus-me a observar e vi quadrúpedes da terra, feras, répteis e aves do céu.

Ouvi então uma voz que me dizia: 'Levanta-te, Pedro; mata e come'.

Mas eu respondi: 'De modo nenhum, Senhor, porque na minha boca nunca entrou nada de profano ou impuro'.

Pela segunda vez, falou a voz lá do céu: 'Não chames impuro ao que Deus purificou'.

Isto sucedeu por três vezes e depois tudo foi novamente retirado para o céu.

Nisto, apresentaram-se três homens na casa em que estávamos, enviados de Cesareia à minha presença.

O Espírito disse-me então que fosse com eles sem hesitar. Foram também comigo estes seis irmãos aqui presentes e entrámos em casa daquele homem.

Ele contou-nos como tinha visto um Anjo apresentar-se em sua casa e dizer-lhe: 'Envia mensageiros a Jope e manda chamar Simão, que tem o sobrenome de Pedro.

Ele te dirá palavras, pelas quais receberás a salvação, assim como toda a tua família'.

Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, como sobre nós ao princípio.

Lembrei-me então das palavras que o Senhor dizia: 'João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo'.

Se Deus lhes concedeu o mesmo dom que a nós, por terem acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para poder opor-me a Deus?»

Quando ouviram estas palavras, tranquilizaram-se e deram glória a Deus, dizendo: «Portanto, Deus concedeu também aos gentios o arrependimento que conduz à vida».



João 10,1-10.

Naquele tempo, disse Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador.
Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
O porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora.
Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente; e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz.
Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos».
Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer.
Jesus continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas.
Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram.
Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem.
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João 10, 3

«Quem entrar por Mim será salvo»

«Eu sou o bom pastor». É evidente que o título de pastor convém a Cristo. Porque, assim como um pastor leva o seu rebanho a pastar, assim também Cristo restaura os fiéis através do alimento espiritual, que é o seu corpo e o seu sangue. [...] Por outro lado, Cristo afirmou que o pastor entra pela porta e que Ele próprio é essa porta; temos de compreender, pois, que é Ele que entra, e que entra por Si mesmo. E é bem verdade: é por Si mesmo que Ele entra; manifesta-Se a Si mesmo e mostra que conhece o Pai por Si mesmo, enquanto nós entramos por Ele e é Ele que nos dá a felicidade perfeita.

Mais ninguém é a porta, porque mais ninguém é «a luz verdadeira que a todo o homem ilumina» (Jo 1,9). [...] É por isso que nenhum homem afirma ser a porta; Cristo reservou para Si este nome, como pertencendo-Lhe com propriedade. O título de pastor, porém, comunicou-o a outros, deu-o a alguns dos seus membros. Com efeito, também Pedro o foi (Jo 21,15) e os outros apóstolos, e todos os bispos. «Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração», diz a Escritura (Jer 3,15). [...] Nenhum pastor é bom se não estiver unido a Cristo pela caridade, tornando-se assim membro do verdadeiro pastor.

O serviço do Bom Pastor é a caridade. É por isso que Jesus afirma que dá a vida pelas suas ovelhas (Jo 10,11). [...] Cristo deu-nos o exemplo: «Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1Jo 3,16).







sábado, 21 de abril de 2018

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Domingo, dia 22 de Abril de 2018

4º Domingo da Páscoa
Quarto Domingo de Páscoa (semana IV do saltério)

S. Sotero, papa, mártir, +174, Santa Senhorinha, virgem, +982

Comentário do dia
Basílio de Selêucia : «O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas»

Actos 4,8-12.

Naqueles dias, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos,

já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado,

ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença.

Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular.

E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos».



1 João 3,1-2.

Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele.

Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos como Ele é.



João 10,11-18.

Naquele tempo, disse Jesus: «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.
O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa.
O mercenário não se preocupa com as ovelhas.
Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas conhecem-Me,
do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a vida pelas minhas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor.
Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la.
Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Basílio de Selêucia (?-c. 468), bispo
Homilia 26, sobre o Bom Pastor; PG 85, 299

«O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas»

«Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.» Pilatos viu este Pastor; os judeus também O viram, a ser conduzido à cruz pelo seu rebanho, como tinha sido claramente anunciado pelo coro dos profetas muito antes da Paixão: «Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante os tosquiadores» (Is 53,7). Ele não recusa a morte, não foge ao julgamento, não afasta os que O crucificam.

Ele não sofreu a Paixão: quis a Paixão, pelas suas ovelhas. Tenho o poder de dar a minha vida, afirmara, e de a retomar. Ele destruiu o sofrimento pelo sofrimento da sua Paixão, a morte pela sua morte. Por meio do seu túmulo, abriu os túmulos. Abalou o local de repouso dos mortos, fazendo saltar os respetivos ferrolhos. Os túmulos estavam selados e a prisão fechada; até que o Pastor desceu à mansão dos mortos para aí anunciar a libertação às suas ovelhas que estavam adormecidas (cf 1Pe 3,19). Ao chegar, deu ordem aos mortos de saírem dali e renovou o apelo à vida: «O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas»: é assim que Ele procura o amor das suas ovelhas. Aquele que ama a Cristo é o que sabe ouvir a sua voz.







sexta-feira, 20 de abril de 2018

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Sabado, dia 21 de Abril de 2018

Sábado da 3ª semana da Páscoa

Santo Anselmo de Cantuária, bispo, Doutor da Igreja, +1109,, S. Romano Adame, presbítero, mártir, +1927

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Também vós quereis ir embora?»

Actos 9,31-42.

Naqueles dias, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, consolidava-se e caminhava no temor do Senhor e crescia na consolação do Espírito Santo.

Pedro, que percorria todas essas regiões, desceu também até junto dos fiéis que habitavam em Lida.

Encontrou lá, prostrado numa enxerga havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico.

Disse-lhe Pedro: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te. Levanta-te e compõe a tua enxerga». E ele pôs-se logo de pé.

Todos os habitantes de Lida e de Saron o viram e se converteram ao Senhor.

Havia em Jope, entre os discípulos, uma senhora crente chamada Tabita, que quer dizer «Gazela». Era rica em boas obras e esmolas que fazia.

Nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala superior.

Como Lida era perto de Jope e os discípulos ouviram dizer que Pedro estava lá, enviaram-lhe dois homens com este pedido: «Vem depressa ter connosco».

Pedro partiu imediatamente com eles. Quando chegou, levaram-no à sala superior e apresentaram-se todas as viúvas, chorando e mostrando as túnicas e os mantos feitos por Gazela, enquanto estava ainda com elas.

Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Depois, voltou-se para a defunta e disse: «Tabita, levanta-te». Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.

Pedro estendeu-lhe a mão, levantou-a e, chamando os fiéis e as viúvas, apresentou-lha viva.

Isto soube-se em toda a cidade de Jope e muitos acreditaram no Senhor.



João 6,60-69.

Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?»
Jesus, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?

E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava anteriormente?

O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.

Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.

E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai».

A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele.

Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»

Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.

Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».




Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Homilia 25 sobre S. João, 14-16

«Também vós quereis ir embora?»

«Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu, pois o pão de Deus é o que desce do Céu e dá a vida ao mundo» (Jo 6,32-33). [...] Vós desejais este pão do céu, ele está à vossa frente e não o comeis. «Eu já vos disse: Vós vedes-Me e não Me acreditais» (Jo 6,36). «Que importa se alguns deles não creram? Acaso a sua incredulidade destruirá a fidelidade de Deus?» (Rom 3,3) Vede então: «Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim e não repelirei aquele que vem a Mim» (Jo 6,37). Que interioridade é esta de onde não se sai? Um grande recolhimento, um doce segredo. Um segredo que não cansa, liberto da amargura dos maus pensamentos, isento do tormento das tentações e das dores. Não será num segredo destes que entrará aquele servo fiel que ouve dizer: « Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,21)?

«Não repelirei aquele que vem a Mim, porque desci do Céu não para fazer a minha vontade mas a daquele que Me enviou» (Jo 6,38). Mistério profundo! [...] Sim, para curar a causa de todos os males, isto é, a soberba, o Filho de Deus desceu e fez-Se humilde. Porque és arrogante, ó homem? Deus fez-Se humilde por tua causa. Talvez te envergonhes por imitar a humildade de um homem; imita então a humildade de Deus. [...] Deus fez-Se homem; tu, ó homem, reconhece que és homem: toda a tua humildade consiste em conheceres-te. E é porque Deus ensina a humildade que disse: «Desci do Céu para fazer a vontade daquele que Me enviou. [...] Desci do Céu humilde, para ensinar a humildade como mestre de humildade. Aquele que vem a Mim tornar-se-á membro do meu Corpo; aquele que vem a Mim tornar-se-á humilde. [...] Não fará a sua vontade, mas a de Deus; por isso não será repelido como quando era arrogante» (cf Gn 3,24).







quinta-feira, 19 de abril de 2018

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Sexta-feira, dia 20 de Abril de 2018

Sexta-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Teodoro, presbítero, +613, Santa Inês de Montepulciano, virgem, +1312, Santa Sara, padroeira do povo cigano, séc. I

Comentário do dia
São João-Maria Vianney : O dom de Deus que é a missa

Actos 9,1-20.

Naqueles dias, Saulo, respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor, foi ter com o sumo sacerdote

e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer algemados para Jerusalém quantos seguissem a nova religião, tanto homens como mulheres.

Na viagem, quando estava já próximo de Damasco, viu-se de repente envolvido numa luz intensa vinda do céu.

Caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?»

Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» O Senhor respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues.

Mas levanta-te, entra na cidade e aí te dirão o que deves fazer».

Os companheiros de viagem de Saulo tinham parado emudecidos; ouviam a voz, mas não viam ninguém.

Saulo levantou-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, nada via. Levaram-no pela mão e introduziram-no em Damasco.

Ficou três dias sem vista e sem comer nem beber.

Vivia em Damasco um discípulo chamado Ananias e o Senhor chamou-o numa visão: «Ananias». Ele respondeu: «Eis-me aqui, Senhor».

O Senhor continuou: «Levanta-te e vai à rua chamada Direita procurar, em casa de Judas, um homem de Tarso, chamado Saulo, que está a orar».

Entretanto, Saulo teve uma visão, em que um homem chamado Ananias entrava e lhe impunha as mãos, para que recuperasse a vista.

Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido contar a muitas pessoas todo o mal que esse homem fez aos teus fiéis em Jerusalém;

e agora está aqui com plenos poderes dos príncipes dos sacerdotes para prender todos os que invocam o teu nome».

O Senhor disse-lhe: «Vai, porque esse homem é o instrumento escolhido por Mim para levar o meu nome ao conhecimento dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel.

Eu mesmo lhe mostrarei quanto ele tem de sofrer pelo meu nome».

Então Ananias partiu, entrou na casa, impôs as mãos a Saulo e disse-lhe: «Saulo, meu irmão, quem me envia é o Senhor — esse Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas —, a fim de recuperares a vista e ficares cheio do Espírito Santo».

Imediatamente lhe caíram dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois levantou-se, recebeu o batismo

e, tendo tomado alimento, readquiriu as forças. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco

e começou logo a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.



João 6,52-59.

Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?».

E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.

A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.

Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.

Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».

Assim falou Jesus, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.




Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Pensamentos escolhidos do santo Cura d'Ars»

O dom de Deus que é a missa

Todas as boas obras do mundo juntas não equivalem ao santo sacrifício da Missa, porque são obras dos homens e a Missa é obra de Deus. Em comparação com ela, o martírio nada é, pois é o sacrifício que o homem faz da sua vida a Deus; ora, a missa é o sacrifício que Deus faz ao homem do seu corpo e do seu sangue.

À voz do sacerdote, Nosso Senhor desce do céu e encerra-Se numa hóstia. Deus poisa o seu olhar sobre o altar, e diz: «Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha complacência» (Mt 3,17). E nada pode recusar aos méritos da oferenda desta vítima.

Que belo! Depois da consagração, o nosso Deus está ali, tal como no Céu! [...] Se o homem conhecesse bem este mistério, morreria de amor. Deus poupa-nos por causa da nossa fraqueza.

Oh!, se tivéssemos fé, se compreendêssemos o preço do santo sacrifício, poríamos bastante mais empenho em assistir a ele!







quarta-feira, 18 de abril de 2018

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Quinta-feira, dia 19 de Abril de 2018

Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa

Santo Expedito, mártir, séc. III, S. Leão IX, papa, +1054, Santa Maria da Encarnação, viúva, religiosa, +1613

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «E o pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo»

Actos 8,26-40.

Naqueles dias, o Anjo do Senhor disse a Filipe: «Levanta-te e dirige-te para o sul, pelo caminho deserto que vai de Jerusalém para Gaza».
Filipe partiu e dirigiu-se para lá. Quando ia a caminho, encontrou-se com um eunuco etíope, que era alto funcionário de Candace, rainha da Etiópia, e administrador geral do seu tesouro. Tinha ido a Jerusalém
para adorar a Deus e regressava ao seu país, sentado no seu carro, a ler o livro do profeta Isaías.
O Espírito de Deus disse a Filipe: «Aproxima-te e acompanha esse carro».
Filipe aproximou-se do carro e, ouvindo o etíope a ler o profeta Isaías, perguntou-lhe: «Entendes, porventura, o que estás a ler?».
Ele respondeu: «Como é que eu posso entender sem ninguém me explicar?» Convidou então Filipe a subir para o carro e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele ia a ler era a seguinte: «Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca.
Foi humilhado e não se lhe fez justiça. Quem poderá falar da sua descendência? Porque a sua vida desapareceu da terra».
O eunuco perguntou a Filipe: «Diz-me, por favor: de quem é que o profeta está a falar? De si próprio ou de outro?».
Então Filipe tomou a palavra e, a partir daquela passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus.
Ao passar por um lugar onde havia água, o eunuco exclamou: «Ali está água. Que me impede de ser batizado?».
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
Mandou parar o carro, desceram ambos à água e Filipe batizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco deixou de o ver. Mas continuou o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e foi anunciando a boa nova a todas as cidades por onde passava, até que chegou a Cesareia.


João 6,44-51.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas: 'Serão todos instruídos por Deus'. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Constituição «Sacrosanctum Concilium», sobre a sagrada liturgia, §§ 47-48

«E o pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo»

Na última ceia, na noite em que foi entregue, o nosso Salvador instituiu o sacrifício eucarístico do seu corpo e do seu sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, o sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura.

É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espetadores mudos, mas participem na ação sagrada consciente, ativa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e das orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; se alimentem à mesa do corpo do Senhor; deem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecerem juntamente com o sacerdote, e não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos (1Cor 15,28).







terça-feira, 17 de abril de 2018

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Quarta-feira, dia 18 de Abril de 2018

Quarta-feira da 3ª semana da Páscoa

Beata Sabina Petrilli, religiosa, +1923

Comentário do dia
São João XXIII : «Aquele que vem a Mim nunca mais terá fome»

Actos 8,1b-8.

Naquele dia, levantou-se uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém e todos, à exceção dos Apóstolos, se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.
Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grandes lamentações por ele.
Saulo, por sua vez, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e metia-os na prisão.
Entretanto, os irmãos dispersos andaram de terra em terra, a anunciar a palavra do Evangelho.
Foi assim que Filipe, tendo descido a uma cidade da Samaria, começou a anunciar Cristo àquela gente.
As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las e ao ver os milagres que fazia.
De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve muita alegria naquela cidade.


João 6,35-40.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede.
No entanto, como vos disse, 'embora tivésseis visto, não acreditais'.
Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não os rejeitarei,
porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d'Aquele que Me enviou.
E a vontade d'Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no último dia.
De facto, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n'Ele tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São João XXIII (1881-1963), papa
L'Osservatore Romano 20/09/59

«Aquele que vem a Mim nunca mais terá fome»

O problema económico é o terrível desconhecido da nossa época atormentada. O problema do pão quotidiano, do bem-estar, é a incerteza angustiante que nos oprime no meio das multidões agitadas e insatisfeitas, e por vezes, ai (meu Deus), esfomeadas. É uma obrigação nossa unir esforços, fazer os sacrifícios necessários, segundo a doutrina católica extraída do Evangelho e as instruções claras e solenes da Igreja, a fim de contribuir para a busca duma solução equitativa para todos. Mas em vão nos esforçaremos para encher de pão os estômagos e satisfazer outros desejos [...], se não conseguirmos alimentar as almas com o verdadeiro Pão da vida, substancial e divino: alimentá-las deste Cristo de que têm fome, e unicamente graças ao qual poderão retomar o caminho «até à montanha do Senhor» (1Rs 19,8).

Em vão pediremos aos economistas e legisladores novas formas de vida social, se desviarmos os olhos do povo do doce e maternal sorriso de Maria, cujos braços estão abertos para acolher todos os seus filhos. Em seu seio, abate-se o orgulho, os corações apaziguam-se na santa poesia da paz cristã e do amor. Conjuguemos esforços para que jamais se separe do coração do homem o que Deus, na doutrina católica e na história do mundo, tão maravilhosamente uniu: a Eucaristia e a Virgem.







segunda-feira, 16 de abril de 2018

padrecavalieri@uol.com.br


Terça-feira, dia 17 de Abril de 2018

Terça-feira da 3ª semana da Páscoa

Santa Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680, Beata Maria Ana de Jesus, virgem, +1624

Comentário do dia
São João Crisóstomo : O verdadeiro pão descido do Céu

Actos 7,51-60.8,1a.

Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo. Como foram os vossos antepassados, assim sois vós também.
A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora traidores e assassinos,
vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes cumprido».
Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os dentes contra Estêvão.
Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus de pé à sua direita e exclamou:
e exclamou: «Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus».
Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se todos contra ele,
empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo.
Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito».
Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Dito isto, expirou.
Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.


João 6,30-35.

Naquele tempo, disse a multidão a Jesus: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas?
No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: 'Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu'».
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de João, n.º 45

O verdadeiro pão descido do Céu

Os judeus diziam: «Os nossos pais comeram no maná no deserto». E o Salvador podia ter-lhes respondido: «Eu fiz um milagre maior que o de Moisés: Eu não preciso de vara nem de orações (cf Ex 9,23; 17,9s); fiz tudo isto por Mim próprio, pela minha própria autoridade. Vós recordais o prodígio do maná, mas Eu dei-vos pão em abundância». Porém, ainda não chegara o momento de falar desse modo. Jesus só tinha uma coisa em mente: atraí-los a Si, para que eles Lhe pedissem um alimento espiritual [...]: «Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu» [...].

Jesus Cristo chama verdadeiro pão a este pão que o Pai dá. Não é que o milagre do maná fosse falso; mas o maná era uma prefiguração de um pão superior e mais maravilhoso [...]: «O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo», ao mundo inteiro e não somente aos judeus. Este pão não é apenas um alimento, é uma vida, uma vida diferente desta, uma vida completamente outra: este pão dá a vida verdadeira. [...] O próprio Jesus é este pão, porque é o Verbo, a Palavra de Deus, da mesma maneira que, nas nossas igrejas, Ele Se torna o pão do céu pela descida do Espírito Santo.







domingo, 15 de abril de 2018

padrecavalieri@uol.com.br


Segunda-feira, dia 16 de Abril de 2018

Segunda-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Bento José Labre, peregrino, +1783, Santa Engrácia de Saragoça, virgem, mártir, +305, Santa Bernadette, vidente de Lourdes, +1879

Comentário do dia
Santa Faustina Kowalska : «A obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou»

Actos 6,8-15.

Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo.
Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão,
mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava.
Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir blasfémias contra Moisés e contra Deus».
Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio,
apresentando falsas testemunhas, que disseram: «Este homem não cessa de proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-l'O dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que recebemos de Moisés».
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto parecia o rosto de um Anjo.


João 6,22-29.

Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n'O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus.
Ao encontrá-l'O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?».
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo».
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?».
Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n'Aquele que Ele enviou».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Diário, § 1323

«A obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou»

Inclino-me, Pão dos Anjos, diante de Vós,
com profunda fé, esperança, caridade,
e do fundo da minha alma glorifico-Vos
embora eu nada seja senão nulidade.

Inclino-me diante de Vós, Deus ocultado,
e adoro-Vos de todo o meu coração,
não me impedindo o mistério velado,
amo-Vos como os do céu, em eleição.

Inclino-me diante de Vós, Cordeiro divino,
que os pecados da minha alma tirais,
em meu coração sois alimento matutino,
Vós que, para a salvação, me ajudais.







sábado, 14 de abril de 2018

padrecavalieri@uol.com.br


Domingo, dia 15 de Abril de 2018



Santas Anastácia e Basilissa, mártires, +68

Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria : «Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo»

Actos 3,13-15.17-19.

Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l'O.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação dum assassino;
matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso.
Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes.
Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados».


1 João 2,1-5a.

Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus mandamentos.
Aquele que diz conhecê-l'O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele.
Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.


Lucas 24,35-48.

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão.
Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado,
que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: 'Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos'».
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia,
e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sois testemunhas disso.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João, 12; PG 74, 704

«Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo»

Ao entrar no Cenáculo com as portas trancadas, Cristo mostrou, uma vez mais, que é Deus por natureza, embora não seja diferente daquele que anteriormente vivia com os seus discípulos. Ao descobrir-lhes o lado, mostrando-lhes as marcas dos cravos, mostrou-lhes claramente que tinha reconstruído o templo do seu corpo, que fora suspenso da cruz (cf Jo 2,19), destruindo a morte física, uma vez que Ele é, por natureza, a vida e é Deus. [...]

Mesmo que Cristo tivesse querido tornar visível aos discípulos a glória do seu corpo antes de subir para o Pai, os nossos olhos não teriam tido capacidade de suportar tal visão. Percebemos que assim é recordando a transfiguração que teve lugar no alto da montanha (Mt 17,1s). [...] Foi por isso que, observando com precisão os planos divinos, Nosso Senhor Jesus apareceu no Cenáculo ainda com a forma que tivera no passado, e não segundo a glória que é devida e que convém ao seu templo transfigurado. Ele não queria que a fé na ressurreição dissesse respeito a um aspeto e a um corpo diferentes daqueles que tinha recebido da Santíssima Virgem e nos quais morreu, depois de ter sido crucificado, segundo as Escrituras. [...]

O Senhor saúda os seus discípulos dizendo-lhes: «A paz esteja convosco». Deste modo, declara que Ele próprio é a paz, porque quantos usufruem da sua presença usufruem também de um espírito perfeitamente pacificado. Era precisamente isso que S. Paulo desejava aos discípulos quando lhes dizia: «A paz de Deus, que ultrapassa toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus» (Fil 4,7). Para S. Paulo, a paz de Cristo, que ultrapassa tudo quanto pode ser concebido, não é senão o seu Espírito (cf Jo 20,21-22); aquele que participa no seu espírito será cumulado de todos os bens.







sexta-feira, 13 de abril de 2018

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Sabado, dia 14 de Abril de 2018

Sábado da 2ª semana da Páscoa

S. Pedro Gonçalves Telmo, confessor, +1246

Comentário do dia
São Pedro Crisólogo : «Logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam»

Actos 6,1-7.

Naqueles dias, aumentando o número dos discípulos, os helenistas começaram a murmurar contra os hebreus, porque no serviço diário não se fazia caso das suas viúvas.
Então os Doze convocaram a assembleia dos discípulos e disseram: «Não convém que deixemos de pregar a palavra de Deus, para servirmos às mesas.
Escolhei entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para lhes confiarmos esse cargo.
Quanto a nós, vamos dedicar-nos totalmente à oração e ao ministério da palavra».
A proposta agradou a toda a assembleia; e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Apresentaram-nos aos Apóstolos, e estes oraram e impuseram as mãos sobre eles.
A palavra de Deus ia-se divulgando cada vez mais; o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém, e obedecia à fé também grande número de sacerdotes.


João 6,16-21.

Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus desceram até junto do mar,
subiram para um barco e seguiram para a outra margem, em direção a Cafarnaum. Já fazia escuro e Jesus ainda não tinha ido ter com eles.
Como o vento soprava forte, o mar ia-se encrespando.
Tendo eles remado duas e meia a três milhas, viram Jesus aproximar-Se do barco, caminhando sobre o mar e tiveram medo.
Mas Jesus disse-lhes: «Sou Eu. Não temais».
Quiseram então recebê-l'O no barco mas logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 50, 1.2.3; PL 52, 339-340

«Logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam»

Cristo sobe para um barco: mas não foi Ele quem descobriu o leito do mar depois de ter afastado as águas, para que o povo de Israel passasse a pé enxuto como num vale (Ex 14,29)? Não foi Ele quem acalmou as ondas do mar sob os pés de Pedro, de forma a que a água fosse para os seus passos um caminho sólido e seguro (Mt 14,29)?

Ele sobe para o barco. Para atravessar o mar deste mundo até ao fim dos tempos, Cristo sobe para o barco da sua Igreja, para conduzir em travessia pacífica, até à pátria do céu, os que nele creem, e transformar em cidadãos do reino aqueles com quem comunga na sua humanidade. É claro que Cristo não precisa do barco, mas o barco precisa de Cristo. De facto, sem este piloto vindo do céu, o barco da Igreja, agitado pelas ondas, nunca chegaria a bom porto.







quinta-feira, 12 de abril de 2018

padrecavalieri@uol.com.br


Sexta-feira, dia 13 de Abril de 2018

Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa

S. Martinho I, papa, +656, Santo Hermenegildo, rei visigótico, mártir, +585

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Jesus, sabendo que viriam buscá-lo para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte»

Actos 5,34-42.

Naqueles dias, levantou-se um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor da Lei venerado por todo o povo, e mandou sair os Apóstolos por uns momentos.
Depois disse: «Israelitas, tende cuidado com o que ides fazer a estes homens.
Há tempos, apareceu Teudas, que dizia ser alguém, e seguiram-no cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram destroçados e reduzidos a nada.
Depois dele, nos dias do recenseamento, apareceu Judas, o Galileu, que arrastou o povo atrás de si. Também ele pereceu e todos os seus partidários foram dispersos.
Agora vou dar-vos um conselho: Não vos metais com estes homens: deixai-os. Porque se esta iniciativa, ou esta obra, vem dos homens, acabará por si mesma.
Mas se vem de Deus, não podereis destruí-la e correis o risco de lutar contra Deus». Eles aceitaram o seu conselho.
Chamaram de novo os Apóstolos à sua presença e, depois de os terem mandado açoitar, proibiram-nos falar no nome de Jesus e soltaram-nos.
Os Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria, por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus.
E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e anunciar a boa nova de que Jesus era o Messias.


João 6,1-15.

Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, ou de Tiberíades.
Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes.
Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos.
Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?».
Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer.
Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um».
Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?».
Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar, e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil.
Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram.
Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca».
Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido.
Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo».
Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l'O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre S. João, 25, 2

«Jesus, sabendo que viriam buscá-lo para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte»

Para que queriam fazer dele rei? Não era rei, esse que receava vir a sê-lo? Era, de facto. Mas não era um rei como aqueles que os homens fazem; era um rei que dá aos homens o poder de reinar. Talvez Jesus quisesse, também neste caso, dar-nos uma lição, Ele, cujas ações são ensinamentos. […] Talvez virem buscá-lo significasse que queriam adiantar o seu reinado. E Ele não tinha vindo para reinar nesse momento. [...] Como Filho de Deus, como Verbo de Deus, o Verbo pelo qual tudo foi feito, Ele reina para sempre com o Pai. Mas os profetas previram igualmente o seu reino na medida em que Ele é o Cristo encarnado e em que transformou em cristãos os seus fiéis. Haverá, pois, um reino dos cristãos, que se forma atualmente, que se prepara, que o sangue de Cristo comprou.

Esse reino voltará a manifestar-se mais tarde, quando o esplendor dos santos refulgir, após o julgamento pronunciado por Cristo. Acerca desse reino, diz o apóstolo Paulo que Ele «entregará o reino a Deus Pai» (1Cor 15,24). E também Ele falou disso, dizendo: «Vinde, benditos de meu Pai, recebei em herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25,34). Mas os discípulos e as multidões que acreditaram nele pensavam que Ele tinha vindo para reinar já naquela altura. Queriam adiantar o seu tempo, que Ele escondia em Si mesmo para o dar a conhecer e o fazer brilhar no momento ideal, no fim dos séculos.







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