Quinta-feira, dia 17 de Abril de 2014 5a-FEIRA DA SEMANA SANTA. Missa vespertina da Ceia do Senhor Quinta-feira Santa Santa Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680, Beata Maria Ana de Jesus, virgem, +1624
Comentário do dia Santo António de Lisboa : «Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22,27)
Ex. 12,1-8.11-14. Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto: «Este mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a comunidade de Israel, dizendo que, aos dez deste mês, tomará cada um deles um animal do rebanho para a família, um animal do rebanho por casa. Se a família for pouco numerosa para um animal do rebanho, tomar-se-á com o vizinho mais próximo da casa, segundo o número das pessoas; calculareis o animal do rebanho conforme o que cada um puder comer. O animal do rebanho para vós será sem defeito, um macho, filho de um ano, e tomá-lo-eis de entre os cordeiros ou de entre os cabritos. Vós o tereis sob guarda até ao dia catorze deste mês, e toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao crepúsculo. Tomar-se-á do sangue e colocar-se-á sobre as duas ombreiras e sobre o dintel da porta das casas em que ele se comerá. Comer-se-á a carne naquela noite; comer-se-á assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas. Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sandálias nos pés, e o cajado na mão. Comê-la-eis à pressa. É a Páscoa em honra do Senhor. E Eu atravessarei a terra do Egipto naquela noite, e ferirei todos os primogénitos na terra do Egipto, desde os homens até aos animais, e contra todos os deuses do Egipto farei justiça, Eu, o Senhor. E o sangue será para vós um sinal nas casas em que vós estais. Eu verei o sangue e passarei ao largo; e não haverá contra vós nenhuma praga de extermínio, quando Eu ferir a terra do Egipto. Aquele dia será para vós um memorial, e vós festejá-lo-eis como uma festa em honra do Senhor. Ao longo das vossas gerações, a deveis festejar como uma lei perpétua.
Salmos 116(115),12-13.15-16bc.17-18. Como retribuirei ao Senhor todos os seus benefícios para comigo? Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor.
É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos seus fiéis. Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva: quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-vos-ei um sacrifício de louvor, invocando, Senhor, o vosso nome. Cumprirei com as minhas promessas ao senhor, na presença de todo o seu povo
1 Cor. 11,23-26. Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim». Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.» Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.
João 13,1-15. Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo. O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a decisão de o entregar. Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura. Chegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: «Senhor, Tu é que me lavas os pés?» Jesus respondeu-lhe: «O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás-de compreendê-lo depois.» Disse-lhe Pedro: «Não! Tu nunca me hás-de lavar os pés!» Replicou-lhe Jesus: «Se Eu não te lavar, nada terás a haver comigo.» Disse-lhe, então, Simão Pedro: «Ó Senhor! Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!» Respondeu-lhe Jesus: «Quem tomou banho não precisa de lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós estais limpos, mas não todos.» Ele bem sabia quem o ia entregar; por isso é que lhe disse: 'Nem todos estais limpos'. Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a sentar-se à mesa e disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e dizeis bem, porque o sou. Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja Sermões para o Domingo e as festas, Quinta-feira Santa
«Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22,27) «Jesus levantou-Se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos». Lemos no Génesis uma narração do mesmo género. Abraão diz aos mensageiros, aos três anjos que o visitam: «Trarei um pouco de água para vos lavar os pés. Descansai debaixo desta árvore. Vou buscar um bocado de pão e quando as vossas forças estiverem restauradas…» (18,4-5). O que Abraão fez aos três anjos, Cristo fê-lo aos seus apóstolos, os mensageiros da verdade que iriam anunciar ao mundo inteiro a fé na Santíssima Trindade. Ele inclina-Se perante eles como uma criança; inclina-Se e lava-lhes os pés. Que humildade incompreensível, que bondade inexprimível! Aquele que os anjos do céu adoram está aos pés destes pescadores! Esta face que faz tremer os anjos inclina-Se sobre os pés destes pobres! É por isso que Pedro é tomado de temor. […] Após ter-lhes lavado os pés, fá-los «descansarem debaixo da árvore», como está dito no Cântico dos Cânticos: «Anelo sentar-me à sua sombra, e o seu fruto é doce à minha boca» (2,3). Este fruto é o seu Corpo e o seu Sangue, que Ele lhes deu nesse dia. É o «bocado de pão» que colocou à frente deles e que os reconfortou para os trabalhos que haveriam de realizar. […] Eis «o banquete de viandas gordas e tenras que o Senhor do universo prepara para todos os povos sobre este monte» (Is 25,6). […] Na sala alta, onde os apóstolos receberão o Espírito Santo no dia de Pentecostes, hoje o Senhor do universo prepara um festim para todos os povos que crêem nele. […] É isso que a Igreja faz hoje no mundo inteiro. Foi para ela que Cristo preparou este festim no monte Sião, este alimento que nos restaura, o seu verdadeiro Corpo, rico em todas as virtudes espirituais e em toda a caridade. Ele deu-o aos seus apóstolos e ordenou-lhes que o dessem àqueles que acreditam nele. |
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