Quinta-feira, dia 22 de Maio de 2014 Quinta-feira da 5ª semana da Páscoa Beato João Baptista Machado, presbítero, mártir, +1617, Santa Rita de Cássia, viúva, religiosa, +1457
Comentário do dia Papa Francisco: «Para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa»
Actos 15,7-21. Naqueles dias, depois de longa discussão, Pedro ergueu-se e disse-lhes: «Irmãos, sabeis que Deus me escolheu, desde os primeiros dias, para que os pagãos ouvissem da minha boca a palavra do Evangelho e abraçassem a fé. E Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo como a nós. Não fez qualquer distinção entre eles e nós, visto ter purificado os seus corações pela fé. Porque tentais agora a Deus, querendo impor aos discípulos um jugo que nem os nossos pais nem nós tivemos força para levar? Além disso, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos que seremos salvos, exactamente como eles.» Toda a assembleia ficou em silêncio e se pôs a ouvir Barnabé e Paulo a descrever os milagres e prodígios que Deus realizara entre os pagãos, por intermédio deles. Quando acabaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: «Irmãos, escutai-me. Simão contou como Deus, desde o princípio, se dignou intervir para tirar de entre os pagãos um povo que fosse consagrado ao seu nome. E com isto concordaram as palavras dos profetas, conforme está escrito: Depois disto, hei-de voltar a reconstruir a tenda de David, que estava caída; reconstruirei as suas ruínas e erguê-la-ei de novo, a fim de que o resto dos homens procure o Senhor, bem como todos os povos que foram consagrados ao meu nome diz o Senhor, que dá a conhecer estas coisas desde a eternidade. Por isso, sou de opinião que não se devem importunar os pagãos convertidos a Deus. Que se lhes diga apenas para se absterem de tudo quanto foi conspurcado pelos ídolos, da imoralidade, das carnes sufocadas e do sangue. Desde os tempos antigos, Moisés tem em cada cidade os seus pregadores e é lido todos os sábados nas sinagogas.»
Salmos 96(95),1-2a.2b-3.10. Cantai ao Senhor um cântico novo. Cantai ao Senhor, terra inteira. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação. Publicai entre as nações a sua glória, em todos os povos, as suas maravilhas.
Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei!» sustenta o mundo e ele não vacila, governa os povos com equidade.
João 15,9-11. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu, que tenho guardado os mandamentos do meu Pai, também permaneço no seu amor. Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Papa Francisco Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho» §§ 5-6 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
«Para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa» O Evangelho, onde resplandece gloriosa a Cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria. Apenas alguns exemplos: «Alegra-te» é a saudação do anjo a Maria (Lc 1,28). A visita de Maria a Isabel faz com que João salte de alegria no ventre de sua mãe (cf Lc 1,41). No seu cântico, Maria proclama: «O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador» (Lc 1,47). E, quando Jesus começa o seu ministério, João exclama: «Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!» (Jo 3,29). O próprio Jesus «estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo» (Lc 10,21). A sua mensagem é fonte de alegria: «Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa» (Jo 15,11). A nossa alegria cristã brota da fonte do seu coração transbordante. Ele promete aos seus discípulos: «Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria» (Jo 16,20). E insiste: «Eu hei-de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há-de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16,22). Depois, ao verem-No ressuscitado, «encheram-se de alegria» (Jo 20,20). […] Porque não havemos de entrar, também nós, nesta torrente de alegria? […] Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, apesar de tudo, sermos infinitamente amados. Compreendo as pessoas que se vergam à tristeza por causa das graves dificuldades que têm de suportar, mas aos poucos é preciso permitir que a alegria da fé comece a despertar, como uma secreta mas firme confiança, mesmo no meio das piores angústias: «A paz foi desterrada da minha alma, já nem sei o que é a felicidade […]. Isto, porém, guardo no meu coração; por isso, mantenho a esperança. É que a misericórdia do Senhor não acaba, não se esgota a sua compaixão. Cada manhã ela se renova; é grande a tua fidelidade. [...] Bom é esperar em silêncio a salvação do Senhor» (Lm 3, 17.21-23.26). |
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