Quinta-feira, dia 19 de Junho de 2014 Quinta-feira da 11ª semana do tempo comum Santa Juliana de Falconieri, religiosa, fundadora, +1341, São Romualdo, abade, +1027
Comentário do dia Santa Teresa de Ávila : «Perdoai-nos as nossas ofensas»
Sirac 48,1-15. Naqueles dias o profeta Elias levantou-se impetuoso como o fogo; as suas palavras eram ardentes como um facho. Fez vir sobre eles a fome e, no seu zelo, reduziu-os a poucos. Com a palavra do Senhor fechou o céu e assim fez cair fogo por três vezes. Quão glorioso te tornaste, Elias, pelos teus prodígios! Quem pode gloriar-se de ser como tu? Tu que arrancaste um homem à morte, da morada dos mortos, pela palavra do Altíssimo; tu precipitaste os reis na ruína, e fizeste cair do seu leito homens gloriosos; tu ouviste, no Sinai, o juízo do Senhor, e, no monte Horeb, os decretos da sua vingança; tu sagraste reis, para vingar crimes e estabeleceste profetas para te sucederem; tu foste arrebatado num redemoinho de fogo, num carro puxado por cavalos de fogo; tu foste escolhido, nos decretos dos tempos, para abrandar a ira antes de enfurecer, reconciliar os corações dos pais com os filhos e restabelecer as tribos de Jacob. Felizes os que te viram e os que morreram no amor; pois, nós também viveremos certamente. Quando Elias foi envolvido num redemoinho, Eliseu ficou repleto do seu espírito. Nunca, em seus dias, ele temeu príncipe algum e ninguém pôde subjugá-lo. Nada era muito difícil para ele, e, ainda depois de morto, o seu corpo profetizou. Durante a vida, fez prodígios e, depois da morte, operou maravilhas. E, apesar de tudo isso, o povo não se converteu, não se afastou dos seus pecados, até que foi expulso da sua terra e espalhado por todo o mundo.
Salmos 97(96),1-7. O Senhor é rei: alegre-se a terra e rejubile a multidão das ilhas! Ele está rodeado de nuvens e escuridão;
a justiça e o direito são a base do seu trono. Há um fogo que O precede e devora em redor os seus inimigos.
Os seus relâmpagos iluminam o mundo, aterra vê-os e estremece. Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a terra. Os céus proclamam a sua justiça e todos os povos contemplam a sua glória,
São confundidos os que adoram imagens e se vangloriam dos seus ídolos; todos os deuses se prostram diante do Senhor.
Mateus 6,7-15. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.» «Rezai, pois, assim:'Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na terra. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia; perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.' Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, doutora da Igreja «Caminho de Perfeição», Edições Carmelo, 2000, cap. 36, 1-6
«Perdoai-nos as nossas ofensas» «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.» Reparemos, irmãs, que não disse «como perdoaremos», para nos dar a entender que quem […] já pôs a sua vontade na de Deus, isto já deve ter feito. […] Assim, quem deveras tiver dito ao Senhor esta palavra: «seja feita a vossa vontade», tudo isto há-de ter feito, ao menos com a determinação. Vede aqui como os santos se alegravam com as injúrias e perseguições, porque assim tinham alguma coisa a apresentar ao Senhor quando Lhe pediam. Que fará uma tão pobre como eu, que tão pouco tenha tido a perdoar, e tanto que se lhe perdoe? Coisa é esta, irmãs, para olharmos muito a ela: uma coisa tão grave e de tanta importância como é o perdoar-nos Nosso Senhor as nossas culpas […] com coisa tão pequena, como é o nós perdoarmos. E ainda destas pequenezes tenho tão pouco a oferecer, que a troco de nada me haveis de perdoar, Senhor! Aqui tem lugar a vossa misericórdia. Bendito sejais Vós, por me sofrerdes, a mim, tão pobre! […] Não façam caso dumas coisitas a que chamam agravos, [que] parece que fazemos como as crianças, casas de palhinhas, com esses pontos de honra! […] Chegaremos até a pensar que temos feito muito se perdoarmos uma coisita destas, que nem era agravo, nem injúria, nem nada; e tal como quem tem feito alguma coisa, viremos pedir ao Senhor que nos perdoe, pois temos perdoado! Dai-nos, meu Deus, a entender que não nos entendemos, e que estamos com as mãos vazias, e perdoai-nos Vós por vossa misericórdia! |
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