Sabado, dia 06 de Junho de 2015 Sábado da 9ª semana do Tempo Comum S. Norberto, bispo (Padroeiro da Boémia), +1134, S. Marcelino Champagnat, presbítero, fundador, 1840
Comentário do dia Santa Teresa de Ávila : «Ela, da sua penúria, deitou tudo»
Tob. 12,1.5-15.20. Naqueles dias, Tobit chamou seu filho Tobias e disse-lhe: «Filho, agora deves pagar o salário ao homem que foi contigo e acrescentar alguma gratificação». Tobias chamou-o e disse-lhe: «Toma como salário metade de todos os bens que trouxemos e vai em paz». Então Rafael chamou-os à parte e disse-lhes: «Bendizei a Deus e louvai-O diante de todos os seres vivos, pelo bem que vos fez. Glorificai e exaltai o seu nome. Anunciai dignamente as obras de Deus a todos os homens e não vos canseis de O louvar. É bom guardar o segredo do rei, mas é uma honra manifestar e proclamar as obras de Deus. Praticai o bem e nenhum mal vos atingirá. É boa a oração com o jejum, é boa a esmola com justiça. É melhor possuir pouco com justiça, do que muito com injustiça. É melhor dar esmola do que acumular muito ouro. A esmola salva da morte e purifica de todo o pecado. Quem distribui esmola viverá longa vida, mas quem comete pecados e injustiças é inimigo da própria vida. Manifestar-vos-ei toda a verdade, sem nada vos ocultar. Já vos disse e repito: é bom guardar o segredo do rei, mas é uma honra manifestar e proclamar as obras de Deus. Pois bem. Quando oráveis, tu e Sara, eu apresentava o memorial da vossa oração diante da glória do Senhor e o mesmo fazia quando sepultavas os mortos. E quando te levantaste sem hesitar para ir sepultar aquele morto, então fui enviado para te pôr à prova. Mas Deus enviou-me também para te curar, a ti e a Sara, tua nora. Eu sou Rafael, um dos sete Anjos que estão ao serviço de Deus, na presença da glória do Senhor. E agora, bendizei o Senhor sobre a terra e louvai a Deus. Eu vou subir para junto d'Aquele que me enviou».
Tob. 13,2.6.7.8. Bendito seja Deus, que vive eternamente: o seu reino permanece por todos os séculos. Nas suas mãos está o castigo e o perdão, a vida e a morte, nada e ninguém escapa ao seu poder. Se vos converterdes a Ele de todo o coração e praticardes a verdade na sua presença,
Ele voltar-Se-á para vós e não mais vos esconderá a sua face. Considerai o que Ele fez por vós e proclamai bem alto a vossa gratidão. Bendizei o Senhor da justiça e glorificai o Rei dos séculos.
Na terra do meu exílio louvarei o Senhor, anunciarei o seu poder e a sua grandeza a um povo de pecadores. Voltai-vos para Ele, pecadores, e praticai a justiça na sua presença. talvez vos mostre a sua benevolência
e use de misericórdia para convosco.
Marcos 12,38-44. Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja Poema «Vivo sin vivir en mí»
«Ela, da sua penúria, deitou tudo» Vivo sem viver em mim; E minha esperança é tal, Que morro de não morrer. Vivo já fora de mim Desde que morro de amor; Pois vivo no Senhor Que me quis para Si. Quando Lhe dei o coração, Nele inscreveu estas palavras: Morro de não morrer. [...] Ah! que triste é a vida Que não se alegra no Senhor! E, se o amor é doce, Não o é a longa espera; Livra-me, meu Deus, desta carga, Mais pesada que o ferro, Pois morro de não morrer. Vivo só da confiança De que um dia hei-de morrer, Pois pela morte é a vida Que a esperança me promete. Morte em que se ganha a vida, Não tardes, que te espero, Pois morro de não morrer. Vede como é forte o amor (Cant 8,6); Ó vida, não me sobrecarregues! Vê o que apenas resta: Para te ganhar, perder-te! (Lc 9,24) Venha ela, a doce morte! Que minha morte venha bem cedo, Pois morro de não morrer. Esta vida lá do alto, Que é vida verdadeira, Até que morra a vida cá de baixo Enquanto se viver não se a tem. Ó morte, não te escondas! Que viva porque morro já, Pois morro de não morrer. Ó vida, que posso eu dar A meu Deus, que vive em mim, Senão perder-te, a ti, Para merecer prová-Lo! Desejo, morrendo, obtê-Lo, Pois tenho tal desejo do meu Amado Que morro de não morrer. |
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