EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Domingo, dia 11 de Setembro de 2011 24º Domingo do Tempo Comum - Ano A Santo do dia : São João Gabriel Perboyre, presbítero, mártir, +1840, S. Emiliano
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Beato João Paulo II: «Não devias também ter piedade do teu companheiro?»
Livro de Eclesiástico 27,30.28,1-7. A ira e o furor são duas coisas execráveis; só o homem pecador os nutre no coração. Aquele que se vinga, sofrerá a vingança do Senhor, que lhe pedirá contas rigorosas dos seus pecados. Perdoa ao teu próximo o mal que te fez, e os teus pecados, se o pedires na tua oração, serão perdoados. Um homem guarda rancor contra outro homem, e pede a Deus que o cure? Não tem compaixão do seu semelhante, e pede o perdão dos seus pecados? Ele, que é um simples mortal, guarda rancor; quem lhe alcançará o perdão dos seus pecados? Lembra-te do teu fim, e deixa-te de inimizades; pensa na corrupção e na morte, e guarda os mandamentos. Lembra-te dos mandamentos, e não te ires contra o próximo, lembra-te da aliança com o Altíssimo, e não faças caso do erro do teu próximo.
Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.9-10.11-12. Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser bendiga o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades. Salva da morte a tua vida. e coroa-te de graça e misericórdia.
Não está sempre a repreender-nos, nem a sua ira dura para sempre. Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como é grande a distância dos céus à terra, assim são grandes os seus favores para os que o temem.
Carta aos Romanos 14,7-9. Irmãos, de facto, nenhum de nós vive para si mesmo e nenhum morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e se morremos, é para o Senhor que morremos. Ou seja, quer vivamos quer morramos, é ao Senhor que pertencemos. Pois foi para isto que Cristo morreu e voltou à vida: para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos.
Evangelho segundo S. Mateus 18,21-35. Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida. O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.' Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!' O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.' Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia. Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor. O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste; não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?' E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Beato João Paulo II Encíclica «Dives in misericordia», § 14
«Não devias também ter piedade do teu companheiro?» Em todas as fases da história mas especialmente na época actual, a Igreja deve considerar como um dos seus principais deveres proclamar e introduzir na vida o mistério da misericórdia, revelado no mais alto grau em Jesus Cristo. Este mistério é, não só para a própria Igreja, como comunidade dos fiéis, mas também, em certo sentido, para todos os homens, fonte de vida diferente daquela que o homem é capaz de construir quando exposto às forças prepotentes da tríplice concupiscência que nele operam. É precisamente em nome deste mistério que Cristo nos ensina a perdoar sempre. Quantas vezes repetimos as palavras da oração que Ele próprio nos ensinou, pedindo: «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido» (Mt 6,12), isto é, aos que são culpados em relação a nós! É realmente difícil expressar o valor profundo da atitude que tais palavras designam e inculcam. Quantas coisas dizem a cada homem acerca do seu semelhante e também acerca de si próprio! A consciência de sermos devedores uns para com os outros anda a par com o apelo à solidariedade fraterna, que São Paulo exprimiu concisamente, convidando-nos a suportar-nos «uns aos outros com caridade» (Ef 4,2). Que lição de humildade não está encerrada aqui, em relação ao homem, ao próximo e também a nós mesmos! Que escola de boa vontade para a vida comum de cada dia, nas várias condições da nossa existência! |
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