EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Quinta-feira, dia 08 de Março de 2012 Quinta-feira da 2ª da Quaresma Santo do dia : S. João de Deus, religioso, fundador, +1550, S. João de Ávila, confessor, doutor da Igreja, +1569
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui São Nersés Snorhali : «Ergueu os olhos»
Livro de Jeremias 17,5-10. Assim fala o Senhor: Maldito aquele que confia no homem e conta somente com a força humana, afastando o seu coração do Senhor. Assemelha-se ao cardo do deserto; mesmo que lhe venha algum bem, não o sente, pois habita na secura do deserto, numa terra salobra, onde ninguém mora. Bendito o homem que confia no Senhor, que tem no Senhor a sua esperança. É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente; não teme quando vem o calor, e a sua folhagem fica sempre verdejante. Não a inquieta a seca de um ano e não deixará de dar fruto. Nada mais enganador que o coração, tantas vezes perverso: quem o pode conhecer? Eu, o Senhor, penetro os corações e sondo as entranhas, a fim de recompensar cada um pela sua conduta e pelos frutos das suas acções.
Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6. Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, antes põe o seu enlevo na lei do Senhor e nela medita dia e noite. É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.
Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva. O Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.
Evangelho segundo S. Lucas 16,19-31. Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes. Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio. Então, ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.' Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós.' O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos; que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.' Disse lhe Abraão: 'Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!' Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.' Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.'»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Nersés Snorhali (1102-1173), patriarca arménio Jesus, Filho Único do Pai, 624ss.
«Ergueu os olhos» Como o rico que amava a vida de prazeres, Eu amei os prazeres efémeros, Com este meu corpo animal, Nos prazeres insensatos. [...] E, de tantas benfeitorias Que me deste gratuitamente, Não Te devolvi o dízimo Que de Ti tinha recebido. Mas tudo o que estava sob o meu tecto Feito de terra, ar e mar, As Tuas benfeitorias inumeráveis, Pensava que eram propriedade minha. De tudo isso nada dei ao pobre E para as suas necessidades nada pus de lado: Nem comida, para o esfomeado Nem roupa, para o corpo nu. Nem abrigo, para o indigente, Nem morada, para o hóspede estrangeiro, Nem visitei os doentes, Nem cuidei dos prisioneiros (cf Mt 25,31ss). Não me entristeci com a tristeza do homem triste, por causa do que lhe pesava; Nem partilhei a alegria do homem feliz Mas ardi de inveja dele. Todos eles são outros Lázaros [...] Que jazem à minha porta. [...] Quanto a mim, surdo ao seu apelo, Não lhes dei as migalhas da minha mesa. [...] Lá fora, pelo menos, os cães da Tua lei consolavam-nos com a língua; E eu, que ouvia o Teu mandamento, Com a língua feri aquele que se Te assemelhava (cf. Mt 25,45). [...] Mas dá-me aqui na terra arrependimento, Para que faça penitência pelos meus pecados. [...] Para que as minhas lágrimas parem A fornalha ardente e as suas chamas. [...] E, em vez da conduta de um homem sem misericórdia, Estabelece, no mais fundo de mim, a piedade misericordiosa, Para que, ao praticar a misericórdia com o pobre, Eu possa obter misericórdia. |
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