EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Terça-feira, dia 13 de Março de 2012 Terça-feira da 3ª semana da Quaresma Santo do dia : S. Salomão, mártir, +857, S. Rodrigo, mártir, +857, Santa Eufrásia, virgem, +412, Santa Serafina, virgem, +1253
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui São Francisco de Sales : Perdoar ao nosso irmão de todo o nosso coração
Livro de Daniel 3,25.34-43. Naqueles dias, levantando-se no meio da fornalha ardente, Azarias fez esta prece: Pelo teu nome, não nos abandones para sempre, não anules a aliança. Não nos retires a tua misericórdia,em atenção a Abraão, teu amigo,a Isaac, teu servo, aos quais prometeste multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu,e como a areia das praias do mar. Senhor, estamos reduzidos a nada diante das nações,estamos hoje humilhados em face de toda a terra, por causa dos nossos pecados. Agora não há nem príncipe,nem profeta, nem chefe,nem holocausto, nem sacrifício, nem oblação, nem incenso, nem um local para te oferecer as primícias e encontrar misericórdia. Que pela contrição de coraçãoe humilhação de espírito,sejamos acolhidos, como se trouxéssemos holocaustos de carneiros e de touros e de milhares de cordeiros gordos. Que este seja hoje diante de ti o nosso sacrifício; possa ele reconciliar-nos contigo,pois não têm que envergonhar-se aqueles que em ti confiam. É de todo o coração que agora te seguimos,te veneramos e procuramos a tua face;não nos confundas. Trata-nos com a tua doçura habitual e com todas as riquezas da tua misericórdia. Livra-nos pelos teus prodígios e cobre de glória o teu nome, Senhor.
Livro de Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9. Mostra-me, Senhor, os teus caminhos e ensina-me as tuas veredas. Dirige-me na tua verdade e ensina-me, porque Tu és o Deus meu Salvador.
Lembra-te, Senhor, da tua compaixão e do teu amor, pois eles existem desde sempre. Não recordes as minhas faltas e os pecados da minha juventude, lembra-Te de mim segundo a tua clemência
O Senhor é bom e justo; ensina o caminho aos pecadores, guia os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer o seu caminho.
Evangelho segundo S. Mateus 18,21-35. Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida. O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.' Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!' O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.' Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia. Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor. O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste; não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?' E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra e doutor da Igreja Sermão para a Sexta-Feira Santa, 25/03/1622
Perdoar ao nosso irmão de todo o nosso coração A primeira palavra que Nosso Senhor pronunciou sobre a cruz foi uma oração por quem O crucificava, fazendo o que diz este texto de São Paulo «Nos dias da Sua vida terrena, apresentou orações e súplicas» (Heb 5,7). Certamente que aqueles que crucificaram o Nosso divino Salvador não O conheciam [...], porque se O tivessem conhecido não O teriam crucificado (1Co 2,8). Por conseguinte, Nosso Senhor, vendo a ignorância e a fraqueza daqueles que O torturavam, começou a desculpá-los e ofereceu por eles esse sacrifício ao Seu Pai Celeste, porque a oração é um sacrifício [...]: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.» (Lc 23,34). Tão grande era a chama de amor que ardia no coração do nosso manso Salvador, que na mais suprema das Suas dores, no momento onde a intensidade dos tormentos parecia impedi-Lo de rezar por Si, pela força do Seu amor, esquece-Se de Si próprio, mas não das Suas criaturas. [...] Com isso desejava que compreendêssemos que o amor que nos tem não pode ser enfraquecido por nenhum tipo de sofrimento, e ensinar-nos qual o dever do nosso coração para com o nosso próximo. [...] Ora, o Divino Senhor que Se empenhou em pedir perdão para os homens foi certamente ouvido e o Seu pedido atendido, porque Seu divino Pai não podia recusar-Lhe nada que Ele Lhe pedisse. |
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