EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Domingo, dia 23 de Setembro de 2012 25º Domingo do Tempo Comum - Ano B Festa da Igreja : Vigésimo Quinto do Tempo Comum (semana I do saltério) Santo do dia : São Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, +1968
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui São Máximo de Turim : «Quem receber um destes meninos em Meu nome é a Mim que recebe»
Livro de Sabedoria 2,12.17-20. Disseram os ímpios: «Armemos laços ao justo porque nos incomoda, e se opõe à nossa forma de actuar. Censura-nos as transgressões da Lei, acusa-nos de sermos infiéis à nossa educação. Vejamos, pois, se as suas palavras são verdadeiras, e que lhe acontecerá no fim da vida. Porque, se o justo é filho de Deus, Deus há-de ampará-lo e tirá-lo das mãos dos seus adversários. Provemo-lo com ultrajes e torturas para avaliar da sua paciência e comprovar a sua resistência. Condenemo-lo a uma morte infame, pois, segundo ele diz, Deus o protegerá.»
Livro de Salmos 54(53),3-4.5.6.8. O Senhor sustenta a minha vida.
Ó meu Deus, salva-me, pelo teu nome; pelo teu poder, faz-me justiça! Ouve, ó Deus, a minha oração, presta atenção às palavras da minha boca!
Os soberbos levantam se contra mim e os tiranos procuram tirar me a vida, sem fazerem nenhum caso de Deus. Mas Deus é o meu auxílio, o Senhor é quem conserva a minha vida. De bom grado, eu te oferecerei sacrifícios e louvarei o teu nome, Senhor.
Carta de S. Tiago 3,16-18.4,1-3. Caríssimos: Onde há inveja e espírito faccioso também há perturbação e todo o género de obras más. Mas a sabedoria que vem do alto é, em primeiro lugar, pura; depois, é pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia; e é com a paz que uma colheita de justiça é semeada pelos obreiros da paz. De onde vêm as guerras e as lutas que há entre vós? Não vêm precisamente das vossas paixões que se servem dos vossos membros para fazer a guerra? Cobiçais, e nada tendes? Então, matais! Roeis-vos de inveja, e nada podeis conseguir? Então, lutais e guerreais-vos! Não tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para satisfazer os vossos prazeres.
Evangelho segundo S. Marcos 9,30-37. Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos atravessaram a Galileia, mas Ele não queria que ninguém o soubesse, porque ia instruindo os seus discípulos e dizia-lhes: «O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens que o hão-de matar; mas, três dias depois de ser morto, ressuscitará.» Mas eles não entendiam esta linguagem e tinham receio de o interrogar. Chegaram a Cafarnaúm e, quando estavam em casa, Jesus perguntou: «Que discutíeis pelo caminho?» Ficaram em silêncio porque, no caminho, tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos.» E, tomando um menino, colocou-o no meio deles, abraçou-o e disse-lhes: «Quem receber um destes meninos em meu nome é a mim que recebe; e quem me receber, não me recebe a mim mas àquele que me enviou.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo Sermão 58; PL 57, 363
«Quem receber um destes meninos em Meu nome é a Mim que recebe» Todos nós, cristãos, somos o corpo de Cristo e Seus membros, afirma o apóstolo Paulo (1Co 12,27). Aquando da ressurreição de Cristo, todos os Seus membros ressuscitaram com Ele; passando dos infernos para a Terra, Ele fez-nos passar da morte para a vida. O termo «páscoa» em hebraico significa passagem ou partida. Ora, este mistério é o da passagem do mal ao bem. E que passagem! Do pecado para a justiça, do vício para a virtude, da velhice para a infância. Refiro-me à infância que está ligada à simplicidade e não à idade. Pois também as virtudes têm a sua idade própria. Ontem a decrepitude do pecado conduzia-nos ao declínio. Mas a ressurreição de Cristo faz-nos renascer na inocência das crianças. A simplicidade cristã torna sua a infância. A criança não sente rancor, não conhece a fraude, não ousa bater. Assim sendo, esta criança que é o cristão não se exalta se for insultada, não se defende se for despojada, não devolve os golpes se lhe baterem. O Senhor exige mesmo que ela reze pelos seus inimigos, que entregue a túnica e o casaco aos ladrões e que ofereça a outra face aos que a esbofeteiam (Mt 5,39ss). A infância de Cristo ultrapassa a infância dos homens. [...] Esta deve a sua inocência à fraqueza, aquela à virtude. E ela é ainda digna de mais elogios: o seu ódio ao mal emana da vontade e não da impotência. |
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