EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Sabado, dia 29 de Setembro de 2012 S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos – Festa Santo do dia : S. Miguel, arcanjo, São Gabriel, arcanjo, São Rafael, arcanjo
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Beato João Paulo II : «Travou-se uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos declararam guerra ao Dragão» (Ap 12,7)
Livro de Daniel 7,9-10.13-14. «Continuava eu a olhar, até que foram preparados uns tronos, e um Ancião sentou-se. Branco como a neve era o seu vestuário, e os cabelos da cabeça eram como de lã pura; o trono era feito de chamas, com rodas de fogo flamejante. Corria um rio de fogo que jorrava da parte da frente dele. Mil milhares o serviam, dez mil miríades lhe assistiam. O tribunal reuniu-se em sessão e foram abertos os livros. Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram. Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»
Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.4-5. Na presença dos anjos, eu Vos louvarei, Senhor.
Dou-Te graças, Senhor, de todo o coração, porquer ouviste as palavras da minha boca. Na presença dos anjos hei-de cantar-Te e adorar-Te voltado para o teu santo templo
Hei-de louvar o teu nome, pela tua bondade e pela tua fidelidade, porque foste mais além das tuas promessas. Quando te invoquei, atendeste-me e aumentaste as forças da minha alma. Todos os reis da terra te louvarão, Senhor, ao ouvirem as palavras da tua boca. Celebrarão os caminhos do enhor, pois grande é a sua glória.
Evangelho segundo S. João 1,47-51. Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.» Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?» Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!» Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: 'Vi-te debaixo da figueira'? Hás-de ver coisas maiores do que estas!» E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Beato João Paulo II (1920-2005), papa Audiência Geral de 23/7/1986, 1-2;5
«Travou-se uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos declararam guerra ao Dragão» (Ap 12,7) Na perfeição da sua natureza espiritual e em virtude da sua inteligência, os anjos são chamados desde o princípio a conhecer a Verdade e a amar o Bem, que conhecem muito mais plena e perfeitamente do que ao homem é possível. Este amor mais não é do que o acto duma vontade livre [...] que é sinónimo duma possibilidade de escolha a favor ou contra esse mesmo Bem, ou seja, o próprio Deus. Nunca é demais repetir o que já dissemos a seu tempo a propósito do homem: ao criar livres os homens, Deus quis que, no mundo, se realizasse este amor verdadeiro que só é possível tendo como base a liberdade; por isso quis que a criatura, formada à imagem e semelhança do seu Criador (Gn 1,26), pudesse assemelhar-se-Lhe da forma mais plena possível, a Ele que «é amor» (1Jo 4,16). Ora, ao criar esses espíritos puros como seres livres, Deus, na Sua Providência, não podia também deixar de prever a possibilidade do pecado dos anjos. No entanto, precisamente porque a Providência divina é Sabedoria eterna capaz de amar, Deus saberia tirar da história deste pecado [...] o bem definitivo de todo o universo recém-criado. Com efeito, como afirma claramente a Revelação, o mundo dos espíritos puros está dividido em bons e maus. [...] Como havemos de compreender tal distinção? Os Padres da Igreja e os seus teólogos não hesitam em falar de uma cegueira produzida por uma sobrevalorização da perfeição do seu próprio ser, levada ao ponto de ofuscar a supremacia de Deus que, ao contrário, supunha uma atitude de submissão e de obediência. Tudo isso se encontra expresso de maneira concisa nas palavras «Não servirei!» (Jr 2,20), manifestação radical e irreversível da recusa em tomar parte na edificação do Reino de Deus no mundo criado. Satanás, o espírito rebelde, quer o seu próprio reino, não o de Deus, assim se erguendo em adversário primeiro do Criador, opondo-se à Sua Providência como antagonista da sabedoria cheia de amor de Deus. Desta revolta e deste pecado de Satanás, tal como do do homem, devemos tirar a seguinte conclusão, expressa nas sábias palavras da experiência da Escritura, que afirma: «O orgulho é causa de ruína» (Tb 4,13). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário