EVANGELHO QUOTIDIANO "Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Quarta-feira, dia 10 de Abril de 2013 Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa Santo do dia : Ezequiel, profeta, Santo António Neyrot, mártir, +1460, Beato Bonifácio Zukowski, presbítero, mártir, 1942
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Santo Isaac: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Unigénito»
Livro dos Actos dos Apóstolos 5,17-26. Naqueles dias, surgiu o Sumo Sacerdote com todos os seus sequazes, isto é, o partido dos saduceus; encheram-se de inveja e deitaram as mãos aos Apóstolos, metendo-os na prisão pública. Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, depois de os ter conduzido para fora, disse-lhes: «Ide para o templo e anunciai ao povo a Palavra da Vida.» Obedientes a essas ordens, entraram no templo de manhã cedo e começaram a ensinar. Entretanto, chegou o Sumo Sacerdote com os seus sequazes; convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos filhos de Israel e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia. Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão e voltaram, declarando: «Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta, mas, depois de a abrirmos, não encontrámos ninguém no interior.» Esta notícia pôs os sumos sacerdotes e o comandante do templo numa grande perplexidade acerca dos Apóstolos, e perguntavam a si próprios o que poderia significar tudo aquilo. Veio, então, alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na prisão estão agora no templo a ensinar o povo.» O comandante do templo dirigiu-se imediatamente para lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas não à força, pois receavam ser apedrejados pelo povo.
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9. A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca. A minha alma gloria-se no Senhor, escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor e exaltemos juntos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. Este pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.
O anjo do Senhor protege os que O temem e defende-os dos perigos. Saboreai e vede como o Senhor é bom: feliz o homem que n'Ele se refugia.
Evangelho segundo S. João 3,16-21. Naquele tempo, disse Jesus a mNicodemos: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más. De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Isaac, o Sírio (século VII), monge em Nínive, perto de Mossul Capítulos sobre o conhecimento, IV, 77-78
«Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Unigénito» O homem que se inflama por causa da verdade ainda não conheceu a verdade tal como ela é. Quando a conhecer verdadeiramente, deixará de se inflamar por causa dela. O dom de Deus e o conhecimento adquirido com esse dom nunca são motivos para nos perturbarmos ou elevarmos a voz, pois o lugar onde o Espírito mora com amor e humildade é um lugar onde só reina a paz. [...] Se o zelo fosse útil para a correcção dos homens porque Se teria Deus revestido dum corpo e empregado a suavidade e modos humildes para converter o mundo a Seu Pai? E porque Se teria Ele deixado pregar na cruz pelos pecadores e porque teria entregado o Seu santíssimo corpo ao sofrimento em favor do mundo? Digo que Deus o fez por uma única razão: dar a conhecer ao mundo o Seu amor, para que a nossa capacidade de amar, aumentada por tal constatação, se fizesse cativa de amor por Ele. Assim, o poder eminente do Reino dos Céus, que consiste no amor, encontrou modo de Se exprimir na morte de Seu Filho, [...] para que o mundo sinta o amor de Deus pela Sua Criação. Se esse gesto admirável tivesse como única razão de ser a remissão dos nossos pecados, teria sido suficiente outro modo de a realizar; pois quem a teria recusado se Ele tivesse morrido duma morte simples, sem mais? Mas Ele não quis uma morte simples, para que tu pudesses compreender qual é o mistério. [...] Para que foram necessários os insultos e os escarros? [...] Oh sabedoria vivificante! Compreendeste agora e sentiste qual a razão da vinda de Nosso Senhor e tudo o que se lhe seguiu, antes mesmo de a Sua santa boca no-lo explicar claramente na Sua Pessoa. Com efeito está escrito: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Unigénito». |
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