Quarta-feira, dia 04 de Dezembro de 2013 Quarta-feira da 1a semana do Advento S. João Damasceno, presbítero e doutor da Igreja, +749, Santa Bárbara, mártir, séc. IV
Comentário do dia Papa Francisco: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?»
Is. 25,6-10a. Sobre este monte, o Senhor do Universo prepara para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos, carnes gordas e saborosas, vinhos velhos e bem tratados. Neste monte, Ele arrancará o véu de luto que cobre todos os povos, o pano que encobre todas as nações. Aniquilará a morte para sempre. O Senhor DEUS enxugará as lágrimas de todas as faces, e eliminará o opróbrio que pesa sobre o seu povo, sobre toda a nação. Foi o SENHOR quem o proclamou. Dir-se-á naquele dia: «Este é o nosso Deus, nele confiámos e Ele nos salva. Este é o SENHOR em quem confiámos. Congratulemo-nos e rejubilemos com a sua salvação. A mão do SENHOR repousará sobre este monte.» Moab, porém, a rebelde, será pisada no seu próprio terreno, como se pisa a palha na lixeira.
Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6. O Senhor é meu pastor: nada me faltará. Leva-me a descansar em verdes prados, conduz-me às águas refrescantes, reconforta a minha alma,
e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome. Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão-me confiança.
Preparas a mesa para mim à vista dos meus inimigos; ungiste com óleo a minha cabeça; a minha taça transbordou.
Na verdade, a tua bondade e o teu amor hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.
Mateus 15,29-37. Naquele tempo, Jesus foi para junto do mar da Galileia. Subiu ao monte e sentou-se. Vieram ter com Ele numerosas multidões, transportando coxos, cegos, aleijados, mudos e muitos outros, que lançavam a seus pés. Ele curou-os, de modo que as multidões ficaram maravilhadas ao ver os mudos a falar, os aleijados escorreitos, os coxos a andar e os cegos com vista. E davam glória ao Deus de Israel. Jesus, chamando os discípulos, disse-lhes: «Tenho compaixão desta gente, porque há já três dias que está comigo e não tem que comer. Não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam pelo caminho.» Os discípulos disseram-lhe: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?» Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Responderam: «Sete, e alguns peixinhos.» Ordenou à multidão que se sentasse. Tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e dava-os aos discípulos, e estes, à multidão. Todos comeram e ficaram sacia-dos; e, com os bocados que sobejaram, encheram sete cestos.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Papa Francisco Homilia de 30/05/2013 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev)
«Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?» De onde nasce a multiplicação dos pães? A resposta encontra-se no convite de Jesus aos discípulos: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Lc 9,13) – «dar», compartilhar. Que compartilham os discípulos? Aquele pouco de que dispõem: cinco pães e dois peixes (ibid.). Mas são precisamente aqueles pães e peixes que, nas mãos do Senhor, saciam toda a multidão. E são exactamente os discípulos, confusos diante da incapacidade dos seus meios, da pobreza daquilo que podem pôr à disposição, que mandam as pessoas acomodar-se e que distribuem — confiando na palavra de Jesus — os pães e os peixes que saciam a multidão. E isto diz-nos que na Igreja, mas também na sociedade, uma palavra-chave da qual não devemos ter receio é «solidariedade», ou seja, saber pôr à disposição de Deus aquilo que temos, as nossas humildes capacidades, porque somente na partilha e no dom a nossa vida será fecunda e dará fruto. Solidariedade: uma palavra malvista pelo espírito mundano! Esta tarde, mais uma vez, o Senhor distribui-nos o pão que é o seu Corpo, fazendo-Se dom. E também nós experimentamos a «solidariedade de Deus» para com o homem, uma solidariedade que nunca se esgota, uma solidariedade que não cessa de nos surpreender: Deus faz-Se próximo de nós; humilha-Se no sacrifício da Cruz, entrando na obscuridade da morte para nos dar a sua vida, que vence o mal, o egoísmo e a morte. Jesus entrega-Se a nós também esta tarde na Eucaristia, compartilha o nosso próprio caminho, aliás faz-Se alimento, o alimento autêntico que sustém a nossa vida inclusive nos momentos em que a vereda se torna árdua, quando os obstáculos diminuem os nossos passos. E na Eucaristia o Senhor faz-nos percorrer o seu caminho, que é de serviço, de partilha e de dom, e aquele pouco que temos, o pouco que somos, se for compartilhado, torna-se riqueza porque o poder de Deus, que é de amor, desce até à nossa pobreza para a transformar. |
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