Quarta-feira, dia 02 de Julho de 2014 Quarta-feira da 13ª semana do Tempo Comum S. Bernardino Realino, presbítero, +1616, S. João Francisco Régis, presbítero, +1640
Comentário do dia Concílio Vaticano II: A liberdade humana: «rogaram-Lhe que Se retirasse daquela região».
Amós 5,14-15.21-24. Buscai o bem e não o mal, para que vivais. Assim, o Senhor, Deus do universo, estará convosco, como vós dizeis. Detestai o mal, amai o bem, fazei reinar a justiça no tribunal. Talvez, então, o SENHOR, Deus do universo, tenha compaixão do resto de José." "Eu detesto e rejeito as vossas festas; e não sinto nenhum gosto nas vossas assembleias. Se me ofereceis holocaustos e oblações, não as aceito, nem ponho os meus olhos nos sacrifícios das vossas vítimas gordas. Afastai de mim o vozear dos vossos cânticos, não quero ouvir mais a música das vossas harpas. Antes, jorre a equidade como uma fonte, e a justiça como torrente que não seca.
Salmos 50(49),7.8-9.10-11.12-13.16bc-17. "Escuta, meu povo, sou Eu quem vai falar; Israel, vou testemunhar contra ti: Eu sou o Senhor, teu Deus. Não te repreendo por causa dos teus sacrifícios;
os teus holocaustos estão sempre na minha presença. Não aceito os novilhos da tua casa nem os cabritos do teu rebanho. A mim pertencem todas as feras das florestas
e os milhares de animais dos montes. Conheço todas as aves do céu e disponho de todos os animais dos campos. Se Eu tivesse fome, não to diria,
pois o mundo é meu e tudo o que ele contém.
Porventura Eu como a carne dos touros, ou bebo o sangue dos cabritos?
«Como falas tanto na minha lei e trazes na boca a minha aliança, tu que detestas os meus ensinamentos e rejeitas as minhas palavras?
Mateus 8,28-34. Naquele tempo, quando Jesus chegou à região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro dois possessos, que habitavam nos sepulcros. Eram tão ferozes que ninguém podia passar por aquele caminho. Vendo-o, disseram em alta voz: «Que tens a ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?» Ora, andava a pouca distância dali, a pastar, uma grande vara de porcos. E os demónios pediram-lhe: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos.» Disse lhes Jesus: «Ide!» Então, eles, saindo, entraram nos porcos, que se despenharam por um precipício, no mar, e morreram nas águas. Os guardas fugiram e, indo à cidade, contaram tudo o que se tinha passado com os possessos. Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse daquela região.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Concílio Vaticano II Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo «Gaudium et spes», § 13
A liberdade humana: «rogaram-Lhe que Se retirasse daquela região». Estabelecido por Deus num estado de santidade, o homem, seduzido pelo maligno, logo no começo da sua história abusou da própria liberdade, levantando-se contra Deus e desejando alcançar o seu fim fora dele. Tendo conhecido a Deus, não Lhe prestou a glória a Ele devida, mas o seu coração insensato obscureceu-se e ele serviu a criatura, preferindo-a ao Criador (Rom 1,21ss). E isto que a revelação divina nos dá a conhecer concorda com os dados da experiência. Quando o homem olha para dentro do próprio coração, descobre-se também inclinado para o mal, e imerso em muitos males, que não podem provir do seu Criador, que é bom. Muitas vezes, recusando reconhecer Deus como seu princípio, perturbou também a devida orientação para o fim último, e simultaneamente toda a sua ordenação, quer para si mesmo, quer para os demais homens e para toda a criação. O homem encontra-se, pois, dividido em si mesmo. E assim, toda a vida humana, quer singular quer colectiva, se apresenta como uma luta dramática entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. Mais: o homem descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo, sentindo-se como que preso com cadeias. Mas o Senhor em pessoa veio libertar e fortalecer o homem, renovando-o interiormente e lançando fora o príncipe deste mundo (cf Jo 12,31), que o mantinha na servidão do pecado. Porque o pecado diminui o homem, impedindo-o de atingir a sua plena realização. A sublime vocação, bem como a profunda miséria que os homens em si mesmos experimentam, encontram a sua explicação última à luz desta revelação. |
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