Sexta-feira, dia 11 de Julho de 2014 S. Bento, co-padroeiro da Europa São Bento, abade, patrono da Europa, +547
Comentário do dia Pio XII: São Bento estabeleceu a paz de Cristo na Europa invadida pelos bárbaros
Prov. 2,1-9. Meu filho, se receberes as minhas palavras e guardares cuidadosamente os meus mandamentos, prestando o teu ouvido à sabedoria, e inclinando o teu coração ao entendimento; se invocares a inteligência e fizeres apelo ao entendimento, se a buscares como se procura a prata e a pesquisares como um tesouro escondido, então, compreenderás o temor do Senhor e chegarás ao conhecimento de Deus. Porque o Senhor é quem dá a sabedoria e da sua boca procedem o saber e o entendimento. Ele reserva a salvação para os rectos e é um escudo para os que procedem honestamente. Protege os caminhos dos justos e dirige os passos dos seus fiéis. Então, compreenderás a justiça e a equidade, a rectidão e todos os caminhos que conduzem ao bem;
Salmos 34(33),2-11. A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca. A minha alma gloria-se no Senhor, escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor e exaltemos juntos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. Este pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.
O anjo do Senhor protege os que O temem e defende-os dos perigos. Saboreai e vede como o Senhor é bom: feliz o homem que nele se refugia.
Temei o Senhor, vós os seus fiéis, porque nada falta aos que O temem. Os poderosos empobrecem e passam fome, aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
Mateus 19,27-29. Naquele tempo, Pedro disse a Jesus: «Nós deixámos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade vos digo: No dia da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono de glória, vós, que me seguistes, haveis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Pio XII, papa de 1939 a 1958 Encíclica «Fulgens radiatur», de 21/03/1947
São Bento estabeleceu a paz de Cristo na Europa invadida pelos bárbaros Com efeito, enquanto nessa escura e convulsionada época da história o cultivo da terra, o amor do trabalho e da arte, o estudo das ciências e das letras, tanto religiosas como profanas, eram lançados, por uma espécie de desdém geral e sintomático, ao abandono, dos mosteiros beneditinos sai uma plêiade luminosa de agricultores, de artistas, de sábios, que nos salvaram incólumes os monumentos da velha literatura, conciliaram os velhos e os novos povos, em guerras constantes, reduzindo-os da barbárie renascente, das correrias, do saque, à moderação da moral humana e cristã, à abnegação do trabalho, à luz da verdade; reconstituíram, enfim, uma civilização enformada nos princípios do Evangelho. Isso, porém, não é tudo. A base, a directriz, por assim dizer, suprema de toda a vida beneditina é que todo trabalho, seja ele qual for, intelectual ou manual, seja, antes de mais, para o monge, veículo que o eleve a Jesus Cristo e centelha que o inflame no seu amor perfeitíssimo. Não podem, com efeito, as coisas da terra, nem do universo, satisfazer as exigências espirituais do homem, que Deus criou para Si. […] Por essa razão, é absolutamente necessário que nada se anteponha ao amor de Cristo, que nada nos seja mais caro que o seu amor, que, numa palavra, nada absolutamente se anteponha a Cristo, que Se digna conduzir-nos à posse da vida eterna. A este ardentíssimo amor de Jesus Cristo é necessário que corresponda o amor do próximo, porque a todos, indistintamente, devemos o ósculo fraterno da paz e o tributo solícito do nosso arrimo. Donde, enquanto a intriga e o ódio convulsionavam e lançavam os povos nos campos de batalha e, nessa confusão cósmica dos homens e das coisas, erguiam ao alto o facho sangrento da morte, do roubo, da miséria e das lágrimas, Bento legava a seus filhos este preceito santíssimo: «Ponha-se particular cuidado e solicitude no recebimento dos pobres e viajantes estrangeiros, porque é na pessoa destes que principalmente se recebe a Cristo»; e «todos os hóspedes que se apresentarem no mosteiro se recebam como se fossem Cristo, porque Ele há-de dizer: fui hóspede e recebeste-me» (Mt 25,35). E mais ainda: «antes de tudo, haja o maior cuidado no tratamento dos doentes, sirvam-se com tal diligência como se fossem realmente Cristo, porque Ele disse: estive doente e me viestes visitar» (v. 36). |
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