Quarta-feira, dia 15 de Abril de 2015 Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa Santas Anastácia e Basilissa, mártires, +68
Comentário do dia São Clemente de Alexandria : O Pedagogo 1, 6
Actos 5,17-26. Naqueles dias, o sumo sacerdote e todo o seu grupo, isto é, o partido dos saduceus, enfurecidos contra os Apóstolos, mandaram-nos prender e meteram-nos na cadeia pública. Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão, levou-os para fora e disse-lhes: «Ide apresentar-vos no templo, a anunciar ao povo todas estas palavras de vida». Tendo ouvido isto, eles entraram no templo de madrugada e começaram a ensinar. Entretanto, chegou o sumo sacerdote com o seu grupo. Convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos israelitas e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia. Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão; e voltaram para avisar: «Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta. Abrimo-la, mas não encontrámos ninguém lá dentro». Ao ouvirem estas palavras, o comandante do templo e os príncipes dos sacerdotes ficaram muito perplexos, perguntando entre si o que se tinha passado com os presos. Entretanto, veio alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na cadeia estão no templo a ensinar o povo». Então o comandante do templo foi lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas sem violência, porque tinham receio de serem apedrejados pelo povo.
Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9. A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca. A minha alma gloria-se no Senhor: escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor e exaltemos juntos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. Este pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem e defende-os dos perigos. Saboreai e vede como o Senhor é bom: escutem e alegrem-se os humildes.
João 3,16-21. Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n'Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo «Quem pratica a verdade aproxima-se da luz»
O Pedagogo 1, 6 No instante em que somos baptizados, somos iluminados; iluminados, tornamo-nos filhos; tornando-nos filhos, tornamo-nos perfeitos; e, tornados perfeitos, recebemos a imortalidade. Eu disse, palavra do Senhor: «Vós sois deuses, todos vós sois filhos do Altíssimo» (Sl 82,6; cf Jo 10,34). A esta acção baptismal dão-se diversos nomes: chamamos-lhe graça, iluminação, banho, compleição. Banho, porque somos purificados das nossas faltas; graça, porque o castigo devido pelos nossos pecados foi levantado; iluminação, porque contemplamos a santa luz da nossa salvação na qual vislumbramos as coisas divinas; compleição, pois já não é preciso mais nada. Com efeito, que poderia faltar àquele que conheceu Deus? E como poderíamos chamar «graça de Deus» a uma coisa que não fosse perfeita? Pois, sendo Ele próprio perfeito, Deus só pode dar coisas perfeitas. […] Logo que alguém é regenerado fica, tal como o nome indica, «iluminado»: ei-lo liberto das trevas e, ao mesmo tempo, cheio de luz. […] Somos desembaraçados dos nossos pecados que, como nuvem, cobriam o Espírito divino, e eis que se liberta o olho do nosso espírito, ficando descoberto e luminoso, esse olho que nos permite contemplar as coisas divinas. |
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