Terça-feira, dia 21 de Abril de 2015 Terça-feira da 3ª semana da Páscoa Santo Anselmo de Cantuária, bispo, Doutor da Igreja, +1109,, S. Romano Adame, presbítero, mártir, +1927
Comentário do dia Balduíno de Ford : «É o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu»
Actos 7,51-60.8,1a. Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo. Como foram os vossos antepassados, assim sois vós também. A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora traidores e assassinos, vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes cumprido». Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os dentes contra Estêvão. Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus de pé à sua direita e exclamou: «Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus». Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se todos contra ele, empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito». Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Dito isto, expirou. Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.
Salmos 31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab. Sede a rocha do meu refúgio e a fortaleza da minha salvação; porque Vós sois a minha força e o meu refúgio, por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Em vossas mãos entrego o meu espírito, Senhor, Deus fiel, salvai-me. Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança: Hei de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.
Fazei brilhar sobre mim a vossa face, salvai-me pela vossa bondade. Vós os escondeis sob o refúgio da vossa face, longe das intrigas dos homens.
Vós os escondeis na tenda contra as línguas maldizentes.
João 6,30-35. Naquele tempo, disse a multidão a Jesus: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: 'Deu-lhes a comer um pão que veio do céu'». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão que vem do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo O sacramento do altar III, 2; PL 204, 768-769
«É o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu» Deus, cuja natureza é bondade e cuja substância é amor, em quem toda a vida é benevolência, querendo mostrar-nos a doçura da sua natureza e a ternura que tem pelos seus filhos, enviou ao mundo o seu Filho, o Pão dos Anjos (Sl 78,25), «pelo amor imenso com que nos amou» (Ef 2,4). Pois «tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16). Tal é o maná verdadeiro que o Senhor fez chover para que o comêssemos […], o que Deus, na sua bondade, preparou para os seus pobres (cf Sl 68,9ss). Pois Cristo, que veio para todos os homens e desceu até ao nível de cada um, tudo atrai a Si pela sua indizível bondade; a ninguém rejeita e admite todos os homens à penitência, tendo para todos os que O recebem um sabor delicioso. Só Ele basta para cumular todos os desejos […] e adapta-Se de modo diferente a uns e outros, segundo as tendências, os desejos e os apetites de cada um. […] Cada um experimenta nele um sabor diferente. […] Pois Ele não tem o mesmo sabor para o penitente e o principiante, para aquele que caminha e para aquele que está a chegar à meta. Ele não tem o mesmo gosto na vida activa e na vida contemplativa, para aquele que se serve do mundo e para aquele que não o faz, para o celibatário e para o homem casado, para o que jejua e faz distinção dos dias e para aquele que os considera a todos iguais (cf Rom 14,5). […] Este maná tem um doce sabor, porque liberta das preocupações, cura as doenças, adoça as provações, secunda os esforços e reafirma a esperança. […] Aqueles que o provaram continuam com fome (cf Ecl 24,29); os que têm fome serão saciados. |
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