Terça-feira, dia 05 de Maio de 2015 Terça-feira da 5ª semana da Páscoa Santo Ângelo, presbítero, mártir, +1220
Comentário do dia São João Paulo II : «Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo que Eu vo-la dou.»
Actos 14,19-28. Naqueles dias, chegaram uns judeus de Antioquia e de Icónio, que aliciaram a multidão, apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto. Mas, tendo-se reunido os discípulos à sua volta, ele ergueu-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe. Depois de terem anunciado a boa nova a esta cidade e de terem feito numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, a Icónio e a Antioquia. Iam fortalecendo as almas dos discípulos e exortavam-nos a permanecerem firmes na fé, «porque — diziam eles — temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no reino de Deus». Estabeleceram anciãos em cada Igreja, depois de terem feito orações acompanhadas de jejum, e encomendaram-nos ao Senhor em quem tinham acreditado. Atravessaram então a Pisídia e chegaram à Panfília. Depois anunciaram a palavra em Perga e desceram até Atalia. De lá navegaram para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para a obra que acabavam de realizar. À chegada, convocaram a Igreja, contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé. Demoraram-se ali bastante tempo com os discípulos.
Salmos 145(144),10-11.12-13ab.21. Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas e bendigam-Vos os vossos fiéis. Proclamem a glória do vosso reino e anunciem os vossos feitos gloriosos;
Para darem a conhecer aos homens o vosso poder, a glória e o esplendor do vosso reino. O vosso reino é um reino eterno, o vosso domínio estende-se por todas as gerações.
Cante a minha boca os louvores do Senhor e todo o ser vivo bendiga eternamente o seu nome santo.
João 14,27-31a. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis. Já não falarei muito convosco, porque vai chegar o príncipe deste mundo. Ele nada pode contra Mim, mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2002, §14-15 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo que Eu vo-la dou.» A oração pela paz não é um elemento que «vem depois» do empenho pela paz. Pelo contrário, está no âmago do esforço para a edificação de uma paz na ordem, na justiça e na liberdade. Orar pela paz significa abrir o coração humano à irrupção da força renovadora de Deus. Com a força vivificadora da sua graça, Ele pode criar oportunidades para a paz mesmo onde pareça que existam somente obstáculos e retraimento […]. Rezar pela paz significa rezar pela justiça […]. Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: eis o que quero anunciar nesta mensagem a crentes e não crentes, aos homens e mulheres de boa vontade, que têm a peito o bem da família humana e o seu futuro. Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: é o que quero lembrar aos que detêm a sorte das comunidades humanas, para que nas suas graves e difíceis decisões se deixem sempre guiar pela luz do verdadeiro bem do homem, na perspectiva do bem comum. Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: não me cansarei de repetir esta advertência a todos os que, por uma razão ou por outra, cultivam dentro de si ódio, desejo de vingança, propósitos de destruição. […] Suba mais intensa no coração de todo o crente a prece por cada uma das vítimas do terrorismo, pelas suas famílias atingidas tragicamente, e por todos os povos que o terrorismo e a guerra continuam a ferir e a transtornar. Nem sejam excluídos do raio de luz da nossa oração aqueles que ofendem gravemente Deus e o homem através destes actos desumanos: seja-lhes concedido entrar em si próprios e tomar consciência do mal que fazem, para abandonarem os seus propósitos de violência e procurarem o perdão. Possa a família humana, nestes tempos tormentosos, encontrar a paz verdadeira e duradoura, aquela paz que só pode nascer do encontro da justiça com a misericórdia! |
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