Domingo, dia 10 de Maio de 2015 6º Domingo da Páscoa - Ano B Sexto Domingo de Páscoa (semana II do saltério) S. Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos, +1889, S. João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja, +1569, Santo Antonino de Florença, Bispo e Confessor, +1459
Comentário do dia Santo Agostinho : «Tal como o Pai Me amou, assim Eu vos amei. Permanecei no meu amor.»
Actos 10,25-26.34-35.44-48. Naqueles dias, Pedro chegou a casa de Cornélio. Este veio-lhe ao encontro e prostrou-se a seus pés. Mas Pedro levantou-o, dizendo: «Levanta-te, que eu também sou um simples homem». Pedro disse-lhe ainda: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz aceção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável». Ainda Pedro falava, quando o Espírito desceu sobre todos os que estavam a ouvir a palavra. E todos os fiéis convertidos do judaísmo, que tinham vindo com Pedro, ficaram maravilhados, ao verem que o Espírito Santo Se difundia também sobre os gentios, pois ouviam-nos falar em diversas línguas e glorificar a Deus. Pedro então declarou: «Poderá alguém recusar a água do Batismo aos que receberam o Espírito Santo, como nós?». E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então, pediram-Lhe que ficasse alguns dias com eles.
Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4. Cantai ao Senhor um cântico novo pelas maravilhas que Ele operou. A sua mão e o seu santo braço Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação, revelou aos olhos das nações a sua justiça. Recordou-Se da sua bondade e fidelidade em favor da casa de Israel.
Os confins da terra puderam ver a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai.
1 João 4,7-10. Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
João 15,9-17. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja Tratados sobre S. João, nº 65
«Tal como o Pai Me amou, assim Eu vos amei. Permanecei no meu amor.» O Senhor Jesus afirma que dá aos seus discípulos um mandamento novo, o mandamento do amor mútuo. [...] Mas este mandamento não existiria já na lei antiga, uma vez que está escrito: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo» (Lv 19,18)? Porque é que o Senhor chama novo a um mandamento que é claramente tão antigo? Será um mandamento novo porque, despojando-nos do homem velho, Ele nos reveste do homem novo (Ef 4,24)? É certo que o homem que escuta este mandamento, ou melhor, que lhe obedece não foi renovado por um amor qualquer, mas por aquele que o Senhor cuidadosamente distingue do amor natural, ao precisar: «como eu vos amei». [...] Cristo deu-nos pois o mandamento novo de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou; é esse amor que nos renova, que faz de nós homens novos, herdeiros da nova aliança, capazes de entoar o «cântico novo» (Sl 95,1). Esse amor, caríssimos irmãos, renovou os justos de outrora, os patriarcas e os profetas, tal como mais tarde renovou os santos apóstolos. É ele que agora renova as nações pagãs. De todo o género humano, disperso por toda a terra, esse amor suscita e reune o povo novo, o corpo da nova Esposa do Filho de Deus. |
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