Segunda-feira, dia 28 de Setembro de 2015 Segunda-feira da 26ª semana do Tempo Comum S. Venceslau, rei da Boémia, mártir, +935, S. Lourenço Ruiz e companheiros, mártires, ++1633-37
Comentário do dia São Clemente de Alexandria : «Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe»
Zacarias 8,1-8. A palavra do Senhor do Universo foi-me dirigida nestes termos: «Assim fala o Senhor do Universo: Sinto por Sião um amor ardente, tenho por ela um grande ciúme. Assim fala o Senhor: Eu voltarei para Sião, habitarei em Jerusalém. Jerusalém será chamada 'Cidade fiel' e o monte do Senhor do Universo 'Monte Santo'. Assim fala o Senhor do Universo: Velhos e velhas voltarão a sentar-se nas praças de Jerusalém, cada um apoiado no seu bastão por causa da muita idade. As praças da cidade encher-se-ão de meninos e meninas, que brincarão nas suas praças. Assim fala o Senhor do Universo: Se isto parece impossível, naqueles dias, aos olhos do resto deste povo, porventura será também impossível a meus olhos? – oráculo do Senhor do Universo. Assim fala o Senhor do Universo: Eu libertarei o meu povo, das terras do Oriente e das terras do Ocidente. Hei-de trazê-los de novo para habitarem em Jerusalém. Eles serão o meu povo e Eu serei o seu Deus na fidelidade e na justiça».
Salmos 102(101),16-18.19-21.29.22-23. Os povos temerão, Senhor, o vosso nome, todos os reis da terra a vossa glória. Quando o Senhor reconstruir Sião e manifestar a sua glória, atenderá a súplica do infeliz e não desprezará a sua oração.
Escreva-se tudo isto para as gerações vindouras e o povo que se há-de formar louvará o Senhor. Debruçou-Se do alto da sua morada, lá do Céu o Senhor olhou para a terra, para ouvir os gemidos dos cativos, para libertar os condenados à morte.
Os filhos dos vossos servos hão-de permanecer e a sua descendência se perpetuará na vossa presença, para ser proclamado em Sião o nome do Senhor e em Jerusalém o seu louvor, quando se reunirem todos os reinos para servirem o Senhor.
Lucas 9,46-50. Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo O Pedagogo, I, 21-24
«Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe» «Os seus filhinhos serão levados aos ombros e consolados ao colo», dizem as Escrituras. «Como à criança a quem a mãe dá consolo, também Eu vos consolarei» (Is 66,12-13). A mãe chega os filhos a si, e nós procuramos a nossa mãe, a Igreja. Todo o ser de pouca idade e frágil é, nessa fragilidade desprotegida, um ser gracioso, doce, encantador; e Deus não recusa o seu auxílio a seres tão jovens. Todos os pais têm uma ternura peculiar pelos seus filhos pequenos. […] De igual modo, o Pai de toda a criação acolhe aqueles que se refugiam junto de Si, regenera-os pelo Espírito e adopta-os como filhos; conhece a sua doçura e só a eles ama, auxilia, defende; por isso lhes chama filhos (cf Jo 13,33). O Santo Espírito, falando pela boca de Isaías, aplica ao próprio Senhor o termo «filho»: «Eis que nos nasceu um menino, foi-nos dado um filho» (Is 9,5). Quem é então esta criança, este recém-nascido, à imagem de quem também nós somos crianças? Pela boca do mesmo Profeta, o Espírito descreve-nos a sua grandeza: «Conselheiro admirável, Deus poderoso, Pai eterno, Príncipe da paz» (v. 6). Ó Deus tão grande! Ó menino perfeito! O Filho está no Pai e o Pai está no Filho. Poderia não ser perfeita a educação que nos dá este menino? Ele reúne-nos para nos guiar, a nós que somos seus filhos. O menino estendeu-nos as mãos, e nelas pomos toda a nossa fé. Também João Baptista dá testemunho desta criança: «Eis o cordeiro de Deus», diz-nos (Jo 1,29). Como as Escrituras designam as crianças por cordeiros, chamou «cordeiro de Deus» ao Verbo de Deus que por nós Se fez homem e que em tudo quis ser igual a nós, Ele, que é o Filho de Deus Pai. |
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