Domingo, dia 24 de Dezembro de 2017 4º Domingo do Advento 4º Domingo do Advento - Ano B (semana IV do saltério) S. Charbel Makhlouf, monge, eremita, +1898
Comentário do dia Liturgia bizantina: «Ave, cheia de graça»
2 Sam. 7,1-5.8b-12.14a.16. Quando David já morava em sua casa e o Senhor lhe deu tréguas de todos os inimigos que o rodeavam, o rei disse ao profeta Natã: «Como vês, eu moro numa casa de cedro e a arca de Deus está debaixo de uma tenda». Natã respondeu ao rei: «Faz o que te pede o coração, porque o Senhor está contigo». Nessa mesma noite, o Senhor falou a Natã, dizendo: «Vai dizer ao meu servo David: Assim fala o Senhor: Pensas edificar um palácio para Eu habitar? Tirei-te das pastagens onde guardavas os rebanhos, para seres o chefe do meu povo de Israel. Estive contigo em toda a parte por onde andaste e exterminei diante de ti todos os teus inimigos. Dar-te-ei um nome tão ilustre como o nome dos grandes da terra. Prepararei um lugar para o meu povo de Israel e nele o instalarei para que habite nesse lugar, sem que jamais tenha receio e sem que os maus tornem a oprimi-lo como outrora, quando Eu constituía juízes no meu povo de Israel. Farei que vivas seguro de todos os teus inimigos. E o Senhor anuncia que te vai fazer uma casa: Quando chegares ao termo dos teus dias e fores repousar com os teus pais, estabelecerei em teu lugar um descendente que há-de nascer de ti e consolidarei a sua realeza. Serei para ele um Pai e ele será para Mim um filho. A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de Mim. O teu trono será firme para sempre».
Romanos 16,25-27. Irmãos: Seja dada glória a Deus, que tem o poder de vos confirmar, segundo o Evangelho que eu proclamo, anunciando Jesus Cristo. Esta é a revelação do mistério que estava encoberto desde os tempos eternos, mas agora foi manifestado e dado a conhecer a todos os povos pelas escrituras dos Profetas, segundo a ordem do Deus eterno, para que eles sejam conduzidos à obediência da fé. A Deus, o único sábio, por Jesus Cristo, seja dada glória pelos séculos dos séculos. Amen.
Lucas 1,26-38. Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Liturgia bizantina Hino Acatistos à Mãe de Deus (séc. VII)
«Ave, cheia de graça» Do céu foi enviado um arcanjo eminente para dizer à Mãe de Deus: «Alegra-te!» Quando Te viu, Senhor, encarnar à sua voz, exclamou surpreendido e encantado: Alegra-te, porque em ti brilha a alegria da salvação. Alegra-te, pois por ti o mal desapareceu. Alegra-te, porque ergues Adão da sua queda. Alegra-te, porque Eva também já não chora. Alegra-te, montanha inacessível aos pensamentos dos homens. Alegra-te, abismo insondável aos próprios anjos. Alegra-te, porque te tornaste o trono e o palácio do Rei. Alegra-te, pois acolhes em ti Aquele que tudo pode. Alegra-te, estrela que anuncias o nascer do Sol. Alegra-te, porque em teu seio Deus tomou a nossa carne. Alegra-te, pois por ti toda a criação é renovada. Alegra-te, pois por ti o Criador fez-Se menino. Alegra-te, Esposa que não foste desposada. A Puríssima, conhecendo o seu estado virginal, respondeu confiadamente ao anjo Gabriel: «Que estranha maravilha essa que dizes, incompreensível para a minha alma; como poderei conceber sem semente para engravidar, como estás a dizer?» Aleluia, aleluia, aleluia! Para compreender este mistério desconhecido, a Virgem dirige-se ao servo de Deus e pergunta-lhe como pode um Filho ser concebido nas suas castas entranhas. Cheio de respeito, o anjo aclama-a: Alegra-te, pois Deus revela-te os seus desígnios inefáveis. Alegra-te, confiança dos que rezam em silêncio. Alegra-te, porque és a primeira das maravilhas de Cristo. Alegra-te, pois em ti são recapituladas as doutrinas divinas. Alegra-te, escada pela qual Deus desce do Céu. Alegra-te, ponte que nos conduz da terra ao Céu. Alegra-te, inesgotável admiração dos anjos. Alegra-te, ferida incurável para os demónios. Alegra-te, pois geras a luz de forma inexprimível. Alegra-te, pois não revelas o segredo a ninguém. Alegra-te, porque ultrapassas a sabedoria dos sábios. Alegra-te, porque iluminas a inteligência dos crentes. Alegra-te, Esposa que não foste desposada. Então, o poder do Altíssimo cobriu com a sua sombra a Virgem que não tinha sido desposada, para a levar a conceber. E o seu seio fecundado tornou-se um jardim de delícias para os que nele querem colher a salvação, cantando: Aleluia, aleluia, aleluia! |
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