Segunda-feira, dia 13 de Novembro de 2017 Segunda-feira da 32ª semana do Tempo Comum Santo Estanislau Kostka, religioso, +1568, S. Diogo de Alcalá, religioso, +1463
Comentário do dia Beato Charles de Foucauld : «Perdoa-lhe»
Sab. 1,1-7. Amai a justiça, vós que governais a terra, pensai corretamente no Senhor e procurai-O com simplicidade de coração. Porque Ele deixa-Se encontrar pelos que não O tentam e revela-Se aos que n'Ele confiam. Os pensamentos tortuosos afastam de Deus e o Omnipotente, posto à prova, confunde os insensatos. A Sabedoria não entra na alma maliciosa, nem habita num corpo sujeito ao pecado. Porque o Espírito sagrado, nosso educador, foge da hipocrisia, afasta-se dos pensamentos insensatos e retira-se quando chega a iniquidade. A Sabedoria é um espírito amigo dos homens, mas não deixa sem castigo as palavras do blasfemo. Porque Deus é testemunha dos seus íntimos sentimentos, observa o seu coração segundo a verdade e ouve as suas palavras. O Espírito do Senhor enche o universo; ele, que abrange todas as coisas, sabe tudo o que se diz.
Lucas 17,1-6. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os provoca. Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e o atirassem ao mar, do que ser ocasião de pecado para um só destes pequeninos. Tende cuidado. Se teu irmão cometer uma ofensa, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se te ofender sete vezes num dia e sete vezes vier ter contigo e te disser: 'Estou arrependido', tu lhe perdoarás». Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé». O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: 'Arranca-te daí e vai plantar-te no mar', e ela vos obedeceria».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara Carta de 15/07/1916
«Perdoa-lhe» O amor não consiste em sentirmos que amamos, mas em querermos amar. Quando queremos amar, amamos; quando queremos amar acima de tudo, amamos acima de tudo. Se acontecer sucumbirmos a uma tentação, é porque o amor é demasiado fraco, não é porque ele não exista. Temos de chorar, como S. Pedro, de nos arrepender, como S. Pedro, [...] mas, também como ele, de dizer três vezes: «Amo-Te, amo-Te, amo-Te, Tu sabes que, apesar das minhas fragilidades e dos meus pecados, eu Te amo» (Jo 21,15s). Quanto ao amor que Jesus tem por nós, provou-o à abundância, para que nele acreditemos mesmo sem o sentirmos. Sentir que O amamos e que Ele nos ama seria o céu; mas o céu, salvo em raros momentos e com algumas exceções, não é aqui em baixo. Lembremos sempre uns aos outros esta dupla história: a das graças que Deus nos deu pessoalmente desde o nascimento e a das nossas infidelidades; aí acharemos [...] motivos infinitos para nos perdermos, com ilimitada confiança, no seu amor. Ele ama-nos porque é bom, não porque nós sejamos bons; não é verdade que as mães amam os filhos desencaminhados? E muitas razões havemos de encontrar para nos enterrarmos na humildade e na falta de confiança em nós próprios. Procuremos resgatar uma parte dos nossos pecados através do amor ao próximo, do bem que fazemos ao próximo. A caridade para com o próximo, os esforços para fazer bem aos outros são um excelente remédio para as tentações: é passar da simples defesa ao contra-ataque. |
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