Sexta-feira, dia 01 de Dezembro de 2017 Sexta-feira da 34ª semana do Tempo Comum Beata Maria Clara do Menino Jesus, Beato Carlos de Foucauld, presbítero, +1916, Santo Elói, bispo, +660
Comentário do dia Beato Guerric de Igny : «Sabei que está próximo o reino de Deus»
Dan. 7,2-14. Contemplava eu as visões da noite, quando vi os quatro ventos do céu que agitavam o grande mar e do mar subiam quatro animais monstruosos, cada um diferente dos outros. O primeiro era semelhante a um leão com asas de águia. Eu estava a olhar, quando as asas lhe foram arrancadas; ele ergueu-se da terra e ficou de pé como um homem e foi-lhe dado um coração humano. Depois apareceu um segundo animal semelhante ao urso, erguido sobre um lado, com três costelas na boca, entre os dentes. E disseram-lhe: «Levanta-te e come carne com abundância». Eu estava a olhar, quando apareceu outro animal, semelhante ao leopardo, que tinha quatro asas de pássaro nas costas; tinha também quatro cabeças e foi-lhe dado um poder soberano. A seguir, contemplava eu as visões da noite, quando apareceu um quarto animal, terrível, pavoroso e extremamente forte; tinha enormes dentes de ferro, com os quais comia, triturava e calcava aos pés o que sobrava. Era diferente de todos os animais que o tinham precedido e tinha dez chifres. Enquanto eu observava esses chifres, surgiu no meio deles outro chifre mais pequeno e três dos primeiros foram arrancados para lhe dar lugar. Nesse chifre havia olhos semelhantes aos do homem e uma boca que dizia palavras arrogantes. Estava eu a olhar, quando foram colocados tronos e um Ancião sentou-se. Tinha vestes brancas como a neve e os cabelos eram como a lã pura. O seu trono eram chamas de fogo, com rodas de lume vivo. Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele. Milhares de milhares o serviam e miríades de miríades o assistiam. O tribunal abriu a sessão e os livros foram abertos. Eu estava a olhar, por causa das palavras arrogantes que o chifre dizia, quando vi que o animal foi morto e o seu corpo destruído e lançado às chamas ardentes. Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o poder, mas a vida foi-lhes prolongada até certo tempo e determinada data. Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença. Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos e nações O serviram. O seu poder é eterno, que nunca passará, e o seu reino jamais será destruído.
Lucas 21,29-33. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense 1.º Sermão para o Advento
«Sabei que está próximo o reino de Deus» Graças Vos sejam dadas, Senhor Jesus! Estamos na vossa presença, esperando-Vos! [...] «Ainda um pouco de tempo!» (Jo 16, 16) Assim fazeis promessa após promessa; e eu confio nas vossas promessas. Vinde, porém, em ajuda da minha incredulidade (Mc 9,24), para que Vos espere e continue a esperar, até que, finalmente, veja aquilo em que acredito. Sim, eu creio «que hei-de ver os bens do Senhor, na terra dos vivos». E tu, irmão, acreditas? Então, espera no Senhor, tem coragem, sê forte e espera com paciência o Senhor (Sl 27,13-14)! [...] Pois se Ele prescreve longa paciência, promete, no entanto, que virá em breve. E ora nos forma na paciência, ora reconforta os desencorajados; atemoriza os negligentes, estimula os preguiçosos. «Eis que Eu venho em breve e trarei a recompensa para retribuir a cada um conforme as suas obras» (Ap 22,12). E, falando a Jerusalém, acrescenta: «Em breve virá a tua Redenção! Porque te deixas consumir pela dor?» É verdade: o tempo é breve (1Cor 7,29), sobretudo para cada um de nós, se bem que pareça longo a quem se consome de sofrimento ou de amor. [...] Ele virá, o Senhor virá com certeza! O objeto do nosso temor e do nosso desejo, o descanso e a recompensa daqueles que sofrem, a felicidade de todos, Jesus Cristo, nosso Salvador! |
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