sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 03 de Outubro de 2009

Sábado da 26ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Francisco de Borja, presbítero, +1572,  Santos Veríssimo, Máxima e Júlia, mártires, +303

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Cardeal John Henry Newman : «Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes»


Evangelho segundo S. Lucas 10,17-24.

Os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor, até os demónios se sujeitaram a nós, em teu nome!» Disse-lhes Ele: «Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago. Olhai que vos dou poder para pisar aos pés serpentes e escorpiões e domínio sobre todo o poderio do inimigo; nada vos poderá causar dano. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos no Céu.» Nesse mesmo instante, Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho houver por bem revelar-lho.» Voltando-se, depois, para os discípulos, disse-lhes em particular: «Felizes os olhos que vêem o que estais a ver. Porque digo-vos muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não o ouviram!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo
Meditations and Devotions : Part III, 2, 2 «Our Lord refuses sympathy» (a partir de trad. francesa do original inglês)

«Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes»


Poder-se-á dizer que a partilha profunda dos sentimentos é  uma lei eterna, porque ela tem significado, ou melhor, tem cumprimento, de forma primordial, no amor recíproco e indizível da Trindade. Deus, infinitamente uno, foi também sempre três pessoas. Desde sempre, Deus exulta no Filho e no Espírito, e Eles n'Ele [...]. Quando o Filho Se fez carne, viveu durante trinta anos com Maria e José, formando assim uma imagem da Trindade na terra. [...]

Mas convinha que Aquele que havia de ser o verdadeiro Grande Sacerdote, e de exercer esse ministério para toda a raça humana, estivesse livre de laços e de sentimentos. Tal como se dissera antigamente que Melquisedec não tinha pai nem mãe (He 7, 3). [...] Abandonar a mãe, gesto que Ele torna plenamente significativo em Caná (Jo 2, 4), era portanto o primeiro passo solene necessário ao cumprimento da salvação do mundo [...]. Jesus renunciou não só a Maria e a José, mas também aos amigos secretos. Quando chegou o Seu tempo, teve de renunciar a todos eles.

Mas podemos supor que Ele estava em comunhão com os santos patriarcas que haviam preparado e profetizado a Sua vinda. Numa ocasião solene, vimo-Lo a falar durante toda a noite com Moisés e Elias sobre a Paixão. Que visão, que pensamentos nos são então abertos acerca da pessoa de Jesus, de Quem tão pouco sabemos! Quando Ele passava noites inteiras em oração [...], quem melhor poderia apoiar o Senhor e dar-Lhe força do que essa «multidão admirável» de profetas de quem Ele era o modelo e o cumprimento ? Ele podia pois falar com Abraão, que exultara pensando que tinha visto o Seu dia (Jo 8, 56), e com Moisés [...], ou com David e Jeremias, que tão particularmente O tinham prefigurado, ou com os que mais tinham falado com Ele, como Isaías e Daniel. Encontrava nestes um fundo de grande simpatia. Quando foi para Jerusalém, para o sofrimento último, todos os santos padres da antiga aliança, cujos sacrifícios prefiguravam o Seu, vieram invisivelmente ao Seu encontro.





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