sábado, 28 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 01 de Março de 2009

1º Domingo da Quaresma - Ano B


Primeiro Domingo da Quaresma (semana I do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Santo Albino, bispo, +550,  S. Rosendo, bispo, +977

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Santo Agostinho : «Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado» (Heb 4, 15)


Evangelho segundo S. Marcos 1,12-15.

Em seguida, o Espírito impeliu-o para o deserto. E ficou no deserto quarenta dias. Era tentado por Satanás, estava entre as feras e os anjos serviam-no. Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Discursos sobre os Salmos, PS 60; CCL 39, 766 (trad. Brésard, 2000 anos C, p. 88)

«Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado» (Heb 4, 15)


«Escutai, ó Deus, o meu clamor, atendei a minha oração! [...] Dos confins da terra grito por Vós, com o meu coração desfalecido.» (Sl 60, 2-3). Dos confins da terra, ou seja, de toda a parte. [...] Não é só uma pessoa que fala assim; e, no entanto, é uma só pessoa, porque não há senão um só Cristo do qual somos os membros (Ef 5,23). [...] Aquele que grita dos confins da terra está na angústia, mas não está abandonado. Porque fomos nós, ou seja, o Seu corpo, que o Senhor quis prefigurar no Seu próprio corpo. [...]

Simbolizou-nos na Sua pessoa quando quis ser tentado por Satanás. Lê-se no Evangelho que Nosso Senhor, o Cristo Jesus, foi tentado no deserto pelo diabo. Em Cristo, és tu que és tentado, porque Cristo tomou de ti a Sua humanidade para te dar a Sua salvação, de ti tomou a Sua morte para te dar a Sua vida, de ti sofreu os Seus ultrajes para te dar a Sua honra. Foi portanto de ti que Ele tomou as tentações, para te dar a Sua vitória. Se somos tentados n'Ele, n'Ele também triunfaremos do diabo.

Reconheces que Cristo foi tentado, e não reconheces que alcançou a vitória? Reconhece-te como tentado n'Ele, reconhece-te como vencedor n'Ele. Ele poderia ter impedido o diabo de se aproximar d'Ele; mas, se não tivesse sido tentado, como nos teria ensinado a maneira de vencer a tentação? Eis por que motivo não é de espantar que, atormentado pela tentação, Ele grite dos confins da terra segundo este salmo. Mas por que não é vencido? O salmo continua: «Conduzi-me ao rochedo». [...] Recorda o Evangelho: «Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt 16, 18). Assim, é a Igreja, que Ele quis construir sobre a pedra, que grita dos confins da terra. Mas quem se tornou rochedo, para que a Igreja pudesse ser construída sobre a rocha? Ouçamos São Paulo: «O rochedo era Cristo» (1Co 10, 4). É pois sobre Ele que nós somos edificados. Eis por que razão a pedra sobre a qual somos construídos foi a primeira a ser batida pelos ventos, pelas torrentes e pelas chuvas, quando Cristo foi tentado pelo diabo (Mt 7, 25). Eis a fundação inabalável sobre a qual Ele te quis edificar.





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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 28 de Fevereiro de 2009

Sábado depois das Cinzas


Hoje a Igreja celebra : Beato Daniel Brottier, presbítero, +1936,  S. Torcato, bispo, séc. I

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Beato Charles de Foucauld : «E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-O»


Evangelho segundo S. Lucas 5,27-32.

Depois disto, Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança. Disse-lhe: «Segue-me.» E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o. Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas. Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?» Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes. Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Sahara


«E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-O»


Como sois bom, meu Deus, e como Vos aplicais a reabilitar os pecadores, a clamar «Esperança» aos culpados. Como Vos revelais, desde as primeiras linhas do Evangelho, o Bom Pastor, o Pai do filho pródigo, o médico divino que veio para os doentes.

Parece que assumistes, logo desde as primeiras linhas do Evangelho, a tarefa de nos repetir: «Não desejo a morte do pecador, mas sim que ele se converta e viva» (Ez 18,23). Oh Deus, Pai das misericórdias, quereis dizer-nos que há esperança e graça mesmo para os culpados, mesmo para os mais caídos, os mais impuros. Aqueles que, aos olhos dos homens, estão irremediavelmente aviltados e perdidos são ainda nobres e belos aos Vossos olhos. Que eles se arrependam, que digam como David: «Pequei» (2Rs 12,13). Revelais com tanta generosidade a estas almas, que o mundo considerava tão perdidas e que Vós tendes plenamente encontrado, reabilitado, purificado, embelezado, revelais tão generosamente o tesouro dos Vossos favores que nenhuma graça lhes é recusada, nenhuma grandeza lhes está inacessível.

Por mais fundo que caiamos, não desesperemos nunca. A bondade de Deus está acima de todo o mal possível. «Mesmo que os vossos pecados fossem como escarlate, tornar-se-iam brancos como a neve.» (Is 1,18). Não há nenhum momento na nossa vida em que não possamos começar uma existência nova, [...] separada como que por um muro das nossas infidelidades do passado.





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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 27 de Fevereiro de 2009

Sexta-feira depois das Cinzas


Hoje a Igreja celebra : S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, confessor, +1862,  S. Leandro, bispo, +600

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S. Pedro Crisólogo : «Qual é o jejum que Me agrada? [...] Não é partilhares o teu pão com quem tem fome?» (Is 58, 6-7)


Evangelho segundo S. Mateus 9,14-15.

Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Homilia sobre a oração, o jejum e a esmola; PL 52, 320 (trad. Breviário)

«Qual é o jejum que Me agrada? [...] Não é partilhares o teu pão com quem tem fome?» (Is 58, 6-7)


Quem pratica o jejum deve compreender o jejum: deve simpatizar com o homem que tem fome se quer que Deus simpatize com a sua própria fome; deve ser misericordioso se espera obter misericórdia. [...] O que perdemos pela desatenção, devemos conquistá-lo pelo jejum; imolemos as nossas vidas pelo jejum, porque não há nada mais importante que possamos oferecer a Deus, como prova o profeta quando diz: «O sacrifício que agrada a Deus é um espírito contrito; Deus não desprezará um espírito humilhado e contrito» (Sl 50, 19). Oferece pois a tua vida a Deus, oferece a oblação do jejum para que tenhas aí uma oferta pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que inste em teu favor. [...]

Mas, para que estes dons sejam agradáveis, é preciso que venha em seguida a misericórdia. O jejum não dá fruto se não for regado pela misericórdia; o jejum torna-se menos árido pela misericórdia; o que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum. Quem jejua pode cultivar o coração, purificar a carne, arrancar os vícios, semear as virtudes; mas, se não verter ondas da misericórdia, não recolhe frutos.

Ó tu que jejuas, o teu campo jejuará também se for privado da misericórdia; ó tu que jejuas, o que espalhas pela tua misericórdia reflectir-se-á na tua granja. Para não desperdiçares pela avareza, recolhe pela generosidade. Dando ao pobre, dás a ti próprio; porque aquilo que não entregas a outrem, não o terás.





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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 26 de Fevereiro de 2009

Quinta-feira depois das Cinzas


Hoje a Igreja celebra : S. Porfírio de Gaza, bispo, +420

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Beata Teresa de Calcutá : «Tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me»


Evangelho segundo S. Lucas 9,22-25.

e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.» Depois, dirigindo-se a todos, disse: «Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me. Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo?


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Something Beautiful for God (trad. La Joie du don, p. 64 rev.)

«Tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me»


Senhor, que a tua crucifixão e ressurreição nos ensinem a enfrentar as lutas da vida quotidiana e a sofrer aí a angústia da morte, para que vivamos em maior e mais criativa plenitude. Com humildade e paciência aceitaste os reveses da vida humana, como os sofrimentos da tua crucifixão. Ajuda-nos a aceitar as dificuldades e as lutas de cada dia como ocasiões para crescermos e para nos tornarmos semelhantes a Ti. Torna-nos capazes de as enfrentar com paciência e coragem, com plena confiança na Tua protecção. Faz-nos compreender que só chegaremos à plenitude da vida pela contínua aniquilação de nós próprios e dos nossos desejos egoístas, porque só morrendo conTigo podemos conTigo ressuscitar.





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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 25 de Fevereiro de 2009

QUARTA-FEIRA DE CINZAS


Hoje a Igreja celebra : S. Sebastião de Aparício, leigo, confessor, +1600

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Papa Bento XVI: «Suplicamo-vos, pois, em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus» (2Cor 5, 20)


Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.

«Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu. Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.» «Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te. «E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Papa Bento XVI
Audiência Geral de 06/02/08 (trad. DC 2398, p. 260 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Suplicamo-vos, pois, em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus» (2Cor 5, 20)


Originariamente, na Igreja primitiva, a Quaresma era o tempo privilegiado em que os catecúmenos se preparavam para os sacramentos do Baptismo e da Eucaristia, que eram celebrados na Vigília da Páscoa. A Quaresma era considerada um tempo do devir cristão, que não se realizava apenas num momento, mas exigia um longo percurso de conversão e de renovação. A esta preparação uniam-se também as pessoas já baptizadas, revivendo a lembrança do Sacramento recebido, e dispondo-se para uma renovada comunhão com Cristo na jubilosa celebração da Páscoa. Assim a Quaresma tinha, e ainda hoje conserva, a índole de um itinerário baptismal, no sentido em que ajuda a manter viva a consciência de que o ser cristão se realiza sempre como um novo devir cristão: nunca é uma história concluída, que se encontra no nosso passado, mas um caminho que exige sempre um exercício renovado.

Ao impor-nos as cinzas sobre a cabeça, o celebrante diz: «Recorda-te de que és pó e ao pó voltarás» (cf. Gn 3, 19), ou então repete a exortação de Jesus: «Arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15). Ambas as fórmulas constituem uma exortação à verdade da existência humana: somos criaturas limitadas, pecadores sempre necessitados de penitência e de conversão. Como é importante ouvir e aceitar esta exortação nesta nossa época! Quando proclama a sua autonomia total de Deus, o homem contemporâneo torna-se escravo de si mesmo e encontra-se muitas vezes numa solidão desconsolada. Então, o convite à conversão é um impulso a voltarmos aos braços de Deus, Pai terno e misericordioso, a termos confiança nEle e a confiarmo-nos a Ele como filhos adoptivos, regenerados pelo Seu amor. Com pedagogia sábia, a Igreja repete que a conversão é antes de tudo uma graça, uma dádiva que abre o coração à infinita bondade de Deus. É Ele mesmo Quem antecipa, com a sua graça, o nosso desejo de conversão e acompanha os nossos esforços em vista da plena adesão à Sua vontade salvífica. Assim, converter-se significa deixar-se conquistar por Jesus (cf. Fil 3, 12) e, com Ele, «voltar» ao Pai. Por conseguinte, a conversão exige que nos ponhamos humildemente na escola de Jesus e caminhemos no seguimento dócil dos Seus passos.





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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 24 de Fevereiro de 2009

Terça-feira da 7ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Sérgio, mártir, +304

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São Gregório Nazianzeno : «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos»


Evangelho segundo S. Marcos 9,30-37.

Partindo dali, atravessaram a Galileia, e Jesus não queria que ninguém o soubesse, porque ia instruindo os seus discípulos e dizia-lhes: «O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens que o hão-de matar; mas, três dias depois de ser morto, ressuscitará.» Mas eles não entendiam esta linguagem e tinham receio de o interrogar. Chegaram a Cafarnaúm e, quando estavam em casa, Jesus perguntou: «Que discutíeis pelo caminho?» Ficaram em silêncio porque, no caminho, tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos.» E, tomando um menino, colocou-o no meio deles, abraçou-o e disse-lhes: «Quem receber um destes meninos em meu nome é a mim que recebe; e quem me receber, não me recebe a mim mas àquele que me enviou.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Gregório Nazianzeno (330-390), bispo, Doutor a Igreja
Homilia para a festa da Páscoa; PG 36, 624 (trad. Homéliaire patristique, coll. Lex orandi n°8, p. 223 rev.)

«Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos»


Há quem se deixe abater pela dúvida ao ver no corpo de Cristo os estigmas da Paixão, e se pergunte: «Quem é este rei glorioso?» (Sl 23, 8). Responde-lhes que é o Cristo, «forte e poderoso» (v. 8) em tudo quanto fez e continua a fazer. [...] Faz-lhes ver a beleza da túnica envergada que é o corpo sofredor de Cristo, embelezado pela Paixão e transfigurado pelo brilho da divindade, essa túnica de glória que foi o objecto mais belo e mais digno de ser amado neste mundo. [...] Ele será pequeno pelo facto de Se ter feito humilde por tua causa? Será desprezível pelo facto de, Bom Pastor que dá a vida pelo Seu rebanho (Jo 10, 11), ter ido à procura da ovelha perdida e, depois de a ter encontrado, a ter posto aos ombros que por ela carregaram com a cruz e a ter contado de novo entre o número das ovelhas fiéis que permaneceram dentro do aprisco (Lc 15, 4ss.)? Parece-te menos grandioso por Se ter cingido com uma toalha para lavar os pés aos discípulos, mostrando-lhes assim que o meio mais seguro de a pessoa se elevar é humilhando-se (Jo 13, 4; Mt 23, 12)? Porque, inclinando a alma para a terra, Se abaixa a fim de elevar Consigo aqueles que viviam abatidos sob o peso do pecado? Censuras-Lhe o facto de ter comido com os publicanos e os pecadores, para salvação deles (Mt 9, 10)?

Ele conheceu a fadiga, a fome, a sede, a angústia e as lágrimas, seguindo a lei da nossa natureza humana. Como Deus, porém, o que não fez? [...] Precisávamos de um Deus feito homem, tornado mortal, para podermos viver. Partilhámos a Sua morte, que nos purifica; pela Sua morte, Ele deu-nos a partilhar a Sua ressurreição; pela Sua ressurreição, deu-nos a partilhar a Sua glória.





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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 23 de Fevereiro de 2009

Segunda-feira da 7ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Policarpo, bispo, mártir, +155

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Santa Teresa d'Ávila : «Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!»


Evangelho segundo S. Marcos 9,14-29.

Ia ter com os seus discípulos, quando viu em torno deles uma grande multidão e uns doutores da Lei a discutirem com eles. Assim que viu Jesus, toda a multidão ficou surpreendida e acorreu a saudá-lo. Ele perguntou: «Que estais a discutir uns com os outros?» Alguém de entre a multidão disse-lhe: «Mestre, trouxe-te o meu filho que tem um espírito mudo. Quando se apodera dele, atira-o ao chão, e ele põe-se a espumar, a ranger os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram.» Disse Jesus: «Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.» E levaram-lho. Ao ver Jesus, logo o espírito sacudiu violentamente o jovem, e este, caindo por terra, começou a estrebuchar, deitando espuma pela boca. Jesus perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?» Respondeu: «Desde a infância; e muitas vezes o tem lançado ao fogo e à água, para o matar. Mas, se podes alguma coisa, socorre-nos, tem compaixão de nós.» «Se podes...! Tudo é possível a quem crê», disse-lhe Jesus. Imediatamente o pai do jovem disse em altos brados: «Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!» Vendo, Jesus, que acorria muita gente, ameaçou o espírito maligno, dizendo: «Espírito mudo e surdo, ordeno-te: sai do jovem e não voltes a entrar nele.» Dando um grande grito e sacudindo-o violentamente, saiu. O jovem ficou como morto, a ponto de a maioria dizer que tinha morrido. Mas, tomando-o pela mão, Jesus levantou-o, e ele pôs-se de pé. Quando Jesus entrou em casa, os discípulos perguntaram-lhe em particular: «Porque é que nós não pudemos expulsá-lo?» Respondeu: «Esta casta de espíritos só pode ser expulsa à força de oração.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santa Teresa d'Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja
O Castelo Interior, 6.ª Morada, cap. 4

«Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!»


Certas verdades acerca da grandeza de Deus estão tão impressas na alma que, ainda que lhe faltasse a fé para lhe dizer quem Ele é, e para a obrigar a reconhecê-Lo como seu Deus, a alma adorá-Lo-ia como tal. Foi exactamente isto o que fez Jacob, depois da visão da escada misteriosa (Gn 28,12s). É provável que este patriarca tenha compreendido, nesse instante, outros segredos que não pôde depois explicar [...]. Não sei se estou a exprimir-me bem, porque, ainda que tenha ouvido falar deste episódio, não sei se as minhas recordações são exactas. Também Moisés não pôde explicar tudo o que tinha visto na sarça, senão o que Deus lhe permitiu que revelasse. Mas, se Deus não tivesse comunicado à sua alma a certeza dessas coisas secretas, se não lhe tivesse dado a ver e a acreditar que eram coisas vindas de Deus, não se teria metido em tantas e tão grandes provações. Seguramente deve ter descoberto, no meio dos espinhos daquela sarça, tão profundas verdades, que lhe deram a necessária coragem para fazer o que fez pelo povo de Israel.

Não temos pois de procurar, nas coisas ocultas de Deus, razões para as compreender. Mas, porque acreditamos que Ele é todo-poderoso, devemos igualmente acreditar que, na nossa imensa pobreza, somos incapazes de compreender as Suas grandezas. Louvemo-Lo pois muito, porque é Seu grande desejo revelar-nos algumas das Suas grandezas.





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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 21 de Fevereiro de 2009

Sábado da 6a semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Pedro Damião, bispo, Doutor da Igreja, +1072

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São João Damasceno : «Este é o Meu Filho muito amado»


Evangelho segundo S. Marcos 9,2-13.

Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim. Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele. Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.» Não sabia que dizer, pois estavam assombrados. Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.» De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles. Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos. Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos. E fizeram-lhe esta pergunta: «Porque afirmam os doutores da Lei que primeiro há-de vir Elias?» Jesus respondeu-lhes: «Sim; Elias, vindo primeiro, restabelecerá todas as coisas; porém, não dizem as Escrituras que o Filho do Homem tem de padecer muito e ser desprezado? Pois bem, digo-vos que Elias já veio e fizeram dele tudo o que quiseram, conforme está escrito.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, Doutor da Igreja
Homilia sobre a Transfiguração do Senhor, 18; PG 96, 573 (trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 504 rev.)

«Este é o Meu Filho muito amado»


«Uma voz dizia da nuvem: «Este é o Meu Filho muito amado, no Qual pus todo o Meu enlevo; escutai-O!»» (Mt 17, 5). São estas as palavras do Pai saídas da nuvem do Espírito: «Este é o Meu Filho muito amado, ele que é homem e que tem a aparência de homem. Ontem fez-Se homem, viveu humildemente entre vós; agora o Seu rosto resplandece. Este é o Meu Filho muito amado; Ele existe desde antes dos séculos. Ele é o Filho único do Deus único. Fora do tempo, foi eternamente gerado de Mim, o Pai. Não acedeu à existência depois de Mim, mas desde toda a eternidade Ele é de Mim, está em Mim e coMigo». [...]

Foi pela bondade do Pai que o Seu Filho único, o Seu Verbo, Se fez carne. Foi pela Sua bondade que o Pai realizou, no Seu Filho único, a salvação do mundo inteiro. Foi a bondade do Pai que fez a união de todas as coisas no Seu Filho único. [...] Verdadeiramente, foi do agrado do Senhor de todas as coisas, do Criador que governa o universo, unir no Seu Filho único a divindade e a humanidade e, desse modo, toda a criatura, «para que Deus seja tudo em todos» (1Cor 15, 28).

«Este é o Meu Filho muito amado, «o resplendor da Minha glória, a imagem da Minha substância», pelo qual também criei os anjos, pelo qual o céu foi firmado e a terra estabelecida. Ele «sustém o universo pela Sua palavra poderosa» (Heb 1, 3) e pelo sopro da Sua boca, quer dizer, pelo Espírito que guia e dá a vida. Escutai-O, porque aquele que O recebe, recebe-Me a Mim (Mc 9, 37), a Mim que O enviei, não pelo Meu poder soberano, mas ao modo de um pai. Como homem, com efeito, foi enviado, mas como Deus, Ele permanece em Mim e Eu nEle. [...] Escutai-O, porque Ele tem palavras de vida eterna» (Jo 6, 68).





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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 20 de Fevereiro de 2009

Sexta-feira da 6ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Beato Francisco Marto, vidente de Fátima, +1919,  Beata Jacinta Marto, vidente de Fátima, +1920

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São Leão Magno : «Tome a sua cruz e siga-Me»


Evangelho segundo S. Marcos 8,34-38.9,1.

Chamando a si a multidão, juntamente com os discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que pode o homem dar em troca da sua vida? Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.» Disse-lhes também: «Em verdade vos digo que alguns dos aqui presentes não experimentarão a morte sem terem visto o Reino de Deus chegar em todo o seu poder.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Leão Magno (? – c. 461), Papa e Doutor da Igreja
8ª Homilia sobre a Paixão

«Tome a sua cruz e siga-Me»


O Senhor foi entregue aos que O odeiam. Para insultar a sua dignidade real, obrigam-No a transportar Ele próprio o instrumento do Seu suplício. Assim se cumpria o oráculo do profeta Isaías: «Ele recebeu sobre os Seus ombros a insígnia do poder» (Is 9,5). Transportar assim a cruz, aquela cruz que Ele iria transformar em ceptro da Sua força, era certamente, aos olhos dos ímpios, um grande motivo de zombaria, mas para os fiéis foi um mistério espantoso: o glorioso vencedor do demónio, o todo-poderoso adversário das forças do mal, exibia aos Seus ombros, para adoração de todos os povos e com uma paciência invencível, o troféu da Sua vitória, o sinal da salvação. E através da imagem que Ele dá com este gesto, dir-se-ia que queria fortalecer todos aqueles que O imitarão, todos aqueles a quem dissera: «Aquele que não toma a sua cruz e não Me segue não é digno de Mim» (Mt 10,30).

Como a multidão acompanhasse Jesus até ao local do suplício, encontraram um certo Simão de Cirene e fizeram passar a cruz dos ombros do Senhor para os seus. Este gesto prefigurava a fé das nações, para quem a cruz de Cristo iria tornar-se, não um opróbrio, mas uma glória.





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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 19 de Fevereiro de 2009

Quinta-feira da 6ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Conrado de Placência, confessor, +1351

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São Cirilo de Jerusalém : «Pedro, desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-Lo.»


Evangelho segundo S. Marcos 8,27-33.

Jesus partiu com os discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe. No caminho, fez aos discípulos esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?» Disseram-lhe: «João Baptista; outros, Elias; e outros, que és um dos profetas.» «E vós, quem dizeis que Eu sou?» perguntou-lhes. Pedro tomou a palavra, e disse: «Tu és o Messias.» Ordenou-lhes, então, que não dissessem isto a ninguém. Começou, depois, a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser morto e ressuscitar depois de três dias. E dizia claramente estas coisas. Pedro, desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-lo. Mas Jesus, voltando-se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo-lhe: «Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Cirilo de Jerusalém (313-350), Bispo de Jerusalém e Doutor da Igreja
Catequese baptismal n° 13, 3.6.23 (trad. breviário)

«Pedro, desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-Lo.»


Não devemos ter vergonha da cruz do Salvador, mas devemos gloriar-nos nela. «A linguagem da cruz é escândalo para os judeus, loucura para os gentios», mas para nós é salvação. É loucura para os que se perdem, e poder de Deus para os que se salvam (1Cor 1, 18-24). Não foi apenas um homem que morreu, mas o Filho de Deus, Deus feito homem. No tempo de Moisés, o cordeiro afastou o anjo exterminador (Ex 12, 23); pois muito mais «o Cordeiro de Deus que vai tirar o pecado do mundo» (Jo 1, 29) nos libertou dos nossos pecados. [...]

Não foi obrigado que Ele deixou a vida, não foi pela força que foi imolado, mas pela Sua própria vontade. Escutai o que nos diz: «Tenho poder para a dar e para tornar a tomá-la» (Jo 10, 18). [...] Entregou-Se deliberadamente à sua Paixão, feliz pela Sua entrega, sorrindo ao Seu triunfo, contente por salvar os homens. Não teve vergonha da cruz, porque salvava a terra inteira. Não era um pobre homem que sofria, mas Deus feito homem que ia combater para obter o preço da paciência. [...]

Não te regozijes da cruz somente em tempos de paz; guarda a mesma fé em tempos de perseguição; não sejas amigo de Jesus apenas em tempos de paz, para te tornares Seu inimigo em tempos de guerra. Recebes agora o perdão dos teus pecados e os dons espirituais prodigalizados pelo teu rei; quando eclodir a guerra, combate com bravura pelo teu rei. Jesus foi crucificado por ti, Ele que não tinha pecado. [...] Não foste tu que Lhe deste esta graça, porque recebeste-a primeiro. Mas dá graças Àquele que pagou a tua dívida sendo crucificado por ti no Gólgota.





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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 18 de Fevereiro de 2009

Quarta-feira da 6ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Bernardete Soubirous, religiosa, + 1879,  S. Teotónio, religioso, +1162

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Homilia atribuída a São Fulgêncio de Ruspe : «Jesus impôs as mãos sobre os olhos do cego»


Evangelho segundo S. Marcos 8,22-26.

Chegaram a Betsaida e trouxeram-lhe um cego, pedindo-lhe que o tocasse. Jesus tomou-o pela mão e conduziu-o para fora da aldeia. Deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou: «Vês alguma coisa?» Ele ergueu os olhos e respondeu: «Vejo os homens; vejo-os como árvores a andar.» Em seguida, Jesus impôs-lhe outra vez as mãos sobre os olhos e ele viu perfeitamente; ficou restabelecido e distinguia tudo com nitidez. Jesus mandou-o para casa, dizendo: «Nem sequer entres na aldeia.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Homilia atribuída a São Fulgêncio de Ruspe (467-532), bispo
(trad. em Kephas, Fayard, t. 2, p. 172 rev)

«Jesus impôs as mãos sobre os olhos do cego»


O espelho projecta; o espelho apaga. Com efeito, Aquele que, «vindo ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1, 9) é o verdadeiro espelho do Pai. Cristo passa enquanto imagem do Pai (Heb 1, 3) e afasta a cegueira dos olhos dos que não vêem. Este Cristo que veio do céu passa, a fim de que todo o homem O veja, de acordo com a palavra profética do velho Simeão, que recebeu o Verbo recém-nascido nos seus braços e O contemplou com alegria, dizendo: «Agora, Senhor, podes deixar ir o teu servo partir em paz, segundo a Tua palavra porque os meus olhos viram a Salvação» (Lc 2, 29-30).

Só, o cego não podia ver Cristo, espelho do Pai. Qual era então a fidelidade d'Aquele que os profetas tinham anunciado: «Então se abrirão os olhos do cego e se desimpedirão os ouvidos do surdo, o coxo saltará como um veado e a língua do mudo dará gritos de alegria»? (Is 35, 5-6) Cristo abriu os olhos ao cego, que viu em Cristo o espelho do Pai. Maravilhoso remédio contra a natureza! [...]

O primeiro homem foi criado luminoso, tornando-se cego quando se abandonou à serpente: este cego tornou a nascer quando voltou a acreditar. Porque o seu corpo era fraco, mas a sua natureza também estava corrompida. Necessitava duplamente da Luz. [...] O artífice, o seu Criador, passou e reflectiu no espelho esta imagem do homem caído, vendo a miséria do cego. Milagre do poder de Deus, que cura quem encontra e ilumina quem visita.





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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 17 de Fevereiro de 2009

Terça-feira da 6ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santos Fundadores da Ordem dos Servitas, século XIV

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Santo Anselmo : «Não vedes? Ainda não compreendeis?»


Evangelho segundo S. Marcos 8,14-21.

Os discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só traziam um pão no barco. Jesus começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.» E eles discorriam entre si: «Não temos pão.» Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque estais a discorrer que não tendes pão? Ainda não entendestes nem compreendestes? Tendes o vosso coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais de quantos cestos cheios de pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães para aqueles cinco mil?» Responderam: «Doze.» «E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de bocados recolhestes?» Responderam: «Sete.» Disse-lhes então: «Ainda não compreendeis?»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Anselmo (1033-1109), monge, bispo, Doutor da Igreja


«Não vedes? Ainda não compreendeis?»


Não consigo ver a tua luz: é demasiado brilhante para a minha vista. E no entanto, tudo o que vejo é graças à Tua luz que o distingo, como os nossos olhos frágeis vêem, graças ao sol, tudo o que avistam, sem no entanto conseguirem olhar directamente para o sol.

A minha inteligência fica impotente perante a Tua luz, que é demasiado brilhante. Os olhos da minha alma são incapazes de a receber, não suportando sequer ficar muito tempo fixos nela. O meu olhar fica ferido pelo seu brilho, ultrapassado pela sua extensão; perde-se na sua imensidão e fica confundido perante a sua profundidade.

Ó luz soberana e inacessível! Verdade total e feliz! Quão longe estás de mim, e no entanto eu estou tão perto de Ti! Tu escapas quase inteiramente à minha vista, enquanto que eu estou inteiramente debaixo da Tua vista. Por todo o lado irradia a plenitude da Tua presença, e eu não consigo ver-Te. É em Ti que ajo e que tenho a minha existência; no entanto, não consigo chegar a Ti. Tu estás em mim, Tu és tudo ao meu redor; no entanto, não consigo alcançar-Te com a vista.





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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 16 de Fevereiro de 2009

Segunda-feira da 6ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Beato José Allamano, presbítero, fundador, +1926

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Santo Hilário : «Por que pede esta geração um sinal?»


Evangelho segundo S. Marcos 8,11-13.

Apareceram os fariseus e começaram a discutir com Ele, pedindo-lhe um sinal do céu para o pôr à prova. Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: sinal algum será concedido a esta geração.» E, deixando-os, embarcou de novo e foi para a outra margem.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Hilário (v. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja
A Santíssima Trindade, livro 12, 52-53 (trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, Mediaspaul 1988, t. 1, p. 19)

«Por que pede esta geração um sinal?»


Pai Santo, Deus Todo Poderoso [...], quando levanto para o Teu céu a fraca luz dos meus olhos, posso duvidar de que é o Teu céu? Quando contemplo o caminho das estrelas, o seu regresso no ciclo anual, quando vejo as Plêiades, a Ursa Menor e a Estrela da Manhã e considero como cada uma brilha no lugar que lhe foi assinalado, compreendo, ó Deus, que Tu estás aí, nesses astros que eu não compreendo. Quando vejo «as belas ondas do mar» (Sl 92,4), não compreendo a origem dessas águas, não compreendo sequer o que põe em movimento os seus fluxos e refluxos regulares, e no entanto, creio que existe uma causa – certamente impenetrável para mim – para estas realidades que ignoro, e também aí eu pressinto a Tua presença.

Se volto o meu espírito para a terra, que, pelo dinamismo das forças escondidas, decompõe todas as sementes que acolheu no seu seio, as faz germinar lentamente e as multiplica, e depois lhes permite crescerem, não encontro nada que possa compreender com a minha inteligência; mas esta ignorância ajuda-me a discernir-Te a Ti, porque, se não conheço a natureza posta ao meu serviço, reencontro-Te, no entanto, pelo facto de ela estar lá para minha utilização.

Se me volto para mim, a experiência diz-me que não me conheço a mim próprio e admiro-Te tanto mais quanto sou para mim um desconhecido. De facto, mesmo que não os possa compreender, tenho a experiência dos movimentos do meu espírito que julga, destas operações, da sua vida, e esta experiência a Ti a devo, a Ti que me deste a partilhar esta natureza sensível que faz a minha felicidade, mesmo que a sua origem esteja para além da minha inteligência. Eu não me conheço a mim próprio, mas dentro de mim encontro-Te e, ao encontrar-Te, adoro-Te.





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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 15 de Fevereiro de 2009

6º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Sexto Domingo do Tempo Comum (semana I do saltério)
Hoje a Igreja celebra : S. Cláudio La Colombière, presbítero, + 1682

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São Pascásio Radberto : «Quero, fica purificado.»


Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45.

Um leproso veio ter com Ele, caiu de joelhos e suplicou: «Se quiseres, podes purificar-me.» Compadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: «Quero, fica purificado.» Imediatamente a lepra deixou-o, e ficou purificado. E logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo: «Livra-te de falar disto a alguém; vai, antes, mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que foi estabelecido por Moisés, a fim de lhes servir de testemunho.» Ele, porém, assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o sucedido, a ponto de Jesus não poder entrar abertamente numa cidade; ficava fora, em lugares despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Pascásio Radberto ( ? – c.849), monge beneditino
Comentário sobre o Evangelho de S. Mateus, 5, 8; CCM 56 A, 475-476 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 243)

«Quero, fica purificado.»


O Senhor cura, a cada dia, a alma de todo o homem que Lho implora, que piamente O adora e que com fé proclama estas palavras: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me», ainda que sejam muitas as faltas que cometeu. «É que acreditar de coração leva a obter a justiça, e confessar com a boca leva a obter a salvação» (Rom 10,10). Devemos pois pedir a Deus com toda a confiança, sem nunca duvidar do seu poder [...]. É essa a razão por que prontamente o Senhor assim responde ao leproso que Lhe suplica: «Quero, fica purificado». Porque, no justo momento em que o pecador começar a rezar com verdadeira fé, logo a mão do Senhor trata de sarar a lepra da sua alma [...].

Conselho excelente nos dá aquele leproso sobre a maneira de orar. Não põe em dúvida a vontade do Senhor, como se se recusasse a acreditar na Sua bondade. Mas, consciente da gravidade das suas faltas, não quer pressupor essa vontade. Ao dizer que o Senhor, se o quiser, pode purificá-lo, afirma que esse poder pertence ao Senhor, ao mesmo tempo que afirma a sua fé [...]. Se a fé for fraca, deve em primeiro lugar ser fortificada. Só então poderá revelar-se em toda a sua força para obter a cura da alma e do corpo.

É sem dúvida desta fé que nos fala o apóstolo Pedro, quando diz: «Não fez qualquer distinção entre eles e nós, visto ter purificado os seus corações pela fé» (Act 15,9). [...] A fé pura, vivida no amor, mantida pela perseverança, paciente na espera, humilde na sua afirmação, firme na confiança, cheia de respeito na oração e de sabedoria quanto ao que nela é pedido, está segura de que ouvirá, em todas as circunstâncias, aquelas palavras do Senhor: «Quero, fica purificado».





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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 14 de Fevereiro de 2009

S. Cirilo e S. Metódio (Festa)


S. Cirilo e S. Metódio, co-padroeiros da Europa
Hoje a Igreja celebra : S. Metódio, monge, co-patrono da Europa, +885.,  São Cirilo, bispo, +868, co-patrono da Europa

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João Paulo II: «Que todos sejam uns»


Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.

Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe. Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!' E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

João Paulo II
Encíclica Slavorum apostoli, § 13

«Que todos sejam uns»


Sob este ponto de vista, é singular e admirável verificar que os santos irmãos, atuando em situações tão complexas e precárias, não procuravam impor aos povos aos quais deviam pregar nem sequer a indiscutível superioridade da língua grega e da cultura bizantina, ou os costumes e modos de comportar-se da sociedade mais desenvolvida, em que eles próprios haviam sido educados e que, evidentemente, continuavam a ser para eles familiares e caros. Movidos pelo ideal de unir em Cristo os novos fiéis, eles adaptaram à língua eslava os textos ricos e requintados da liturgia bizantina e conformaram à mentalidade e aos costumes dos novos povos as elaborações sutis e complexas do direito greco-romano. [...]

Julgaram seu dever, mesmo como súbditos do Império do Oriente e cristãos sujeitos à jurisdição do Patriarcado de Constantinopla, prestar contas ao Romano Pontífice das suas atividades missionárias e submeter ao seu juízo, para obter a devida aprovação, a fé que professavam e ensinavam, os livros litúrgicos compostos em língua eslava e os métodos adoptados para a evangelização daqueles povos. Tendo empreendido a sua missão por mandato de Constantinopla, procuraram depois, em certo sentido, que ela fosse confirmada, voltando-se para a Sé Apostólica de Roma, centro visível da unidade da Igreja. [...]

Pode-se dizer que a invocação de Jesus na oração sacerdotal — «que todos sejam um» (Jo 17, 21) — representa o seu lema missionário, segundo o espírito das palavras do salmista: «Nações, louvai todas ao Senhor, enaltecei-o, povos todos» (Sl 116,1). Para nós, homens de hoje, o seu apostolado, indiretamente, possui também a eloqüência de um apelo ecumênico: é um convite a reedificar, na paz da reconciliação, a unidade que ficou gravemente fendida pouco depois da época dos santos Cirilo e Metódio e, em primeiríssimo lugar, a unidade entre o Oriente e o Ocidente.





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Fora da Europa, a liturgia usa hoje o calendário ferial comum.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 13 de Fevereiro de 2009

Sexta-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Catarina de Ricci, religiosa, +1590

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Concílio Vaticano II: Alguns permanecem surdos aos apelos de Deus


Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37.

Tornando a sair da região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole. Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele. Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua. Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.» Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente. Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam. No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Concílio Vaticano II
«Gaudium et Spes», Constituição Dogmática sobre a Igreja no mundo actual, §§ 19-21

Alguns permanecem surdos aos apelos de Deus


A razão mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à união com Deus. É desde o começo da sua existência que o homem é convidado a dialogar com Deus; pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele por amor constantemente conservado; nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e se entregar ao seu Criador. Porém, muitos dos nossos contemporâneos não atendem a esta íntima e vital ligação a Deus, ou até a rejeitam explicitamente; de tal maneira que o ateísmo deve ser considerado entre os factos mais graves do tempo actual. [...]

Enquanto alguns ateus negam expressamente Deus, outros pensam que o homem não pode afirmar seja o que for a Seu respeito; outros ainda, tratam o problema de Deus de tal maneira, que ele parece não ter significado. Muitos, ultrapassando indevidamente os limites das ciências positivas, ou pretendem explicar todas as coisas só com os recursos da ciência, ou, pelo contrário, já não admitem nenhuma verdade absoluta. [...] Outros concebem Deus de uma tal maneira, que aquilo que rejeitam não é de modo algum o Deus do Evangelho. Outros há que nem sequer abordam o problema de Deus: parecem alheios a qualquer inquietação religiosa e não percebem por que motivo se devem ainda preocupar com a religião. Além disso, o ateísmo nasce muitas vezes dum protesto violento contra o mal que existe no mundo. [...]

Não se deve passar em silêncio, entre as formas actuais de ateísmo, aquela que espera a libertação do homem sobretudo da sua libertação económica.

A Igreja [...], consciente da gravidade dos problemas levantados pelo ateísmo e levada pelo amor que tem a todos os homens, entende que eles devem ser objecto de um exame sério e profundo. A Igreja defende que o reconhecimento de Deus de modo algum se opõe à dignidade do homem, uma vez que esta dignidade se funda e se realiza no próprio Deus. Com efeito, o homem, ser inteligente e livre, foi constituído em sociedade por Deus Criador; mas é sobretudo chamado a unir-se a Deus como filho e a participar na Sua felicidade.





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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 12 de Fevereiro de 2009

Quinta-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Eulália de Barcelona, virgem e mártir, +304

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Guigues de Chartres : «Ela veio lançar-se a Seus pés»


Evangelho segundo S. Marcos 7,24-30.

Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e de Sídon. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde passar despercebido, porque logo uma mulher que tinha uma filha possessa de um espírito maligno, ouvindo falar dele, veio lançar-se a seus pés. Era gentia, siro-fenícia de origem, e pedia-lhe que expulsasse da filha o demónio. Ele respondeu: «Deixa que os filhos comam primeiro, pois não está bem tomar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.» Mas ela replicou: «Dizes bem, Senhor; mas até os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos.» Jesus disse: «Em atenção a essa palavra, vai; o demónio saiu de tua filha.» Ela voltou para casa e encontrou a menina recostada na cama. O demónio tinha-a deixado.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Guigues de Chartres (1083-1136), Prior da Grande Cartuxa
Carta sobre a vida contemplativa, 6-7 (trad. Orval ; cf SC 163, p. 95)

«Ela veio lançar-se a Seus pés»


«Senhor, Tu que só os corações puros podem ver (Mt 5, 8), eu procuro, na leitura e na meditação, encontrar a verdadeira pureza do coração e a forma de a obter para poder, graças a ela, conhecer-Te, por pouco que seja. Procurei o Teu rosto, Senhor, procurei o Teu rosto (Sl 26, 8). Meditei muito dentro do meu coração, e um fogo se iluminou na minha meditação: o desejo de Te conhecer melhor. Quando Tu partes para mim o pão da Sagrada Escritura, eu reconheço-Te nessa fracção de pão (Lc 24, 30-35). E quanto melhor Te conheço, mais desejo conhecer-Te, não só no sentido do texto, mas no sabor da experiência.

Não o peço, Senhor, pelos meus méritos, mas por causa da Tua misericórdia. Devo confessar que sou, realmente, pecador e indigno, mas «mas até os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos». Dá-me portanto, Senhor, em fiança pela herança futura, ao menos uma gota da chuva celeste para refrescar a minha sede, pois estou sequioso de amor. [...]»

É através deste tipo de discursos que a alma chama pelo seu Esposo. E o Senhor, que olha pelos justos e que não ouve apenas as suas preces mas está presente nessa oração, não espera pelo final. Ele interrompe o discurso a meio; aparece de repente, vem rapidamente ao encontro da alma que O deseja, fluindo no doce orvalho do céu como o perfume mais precioso. Ele recria a alma fatigada, alimenta a que tem fome, fortifica a sua fragilidade, reaviva-a mortificando-a através de um admirável esquecimento de si própria, torna-a sóbria ao enebriá-la.





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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 11 de Fevereiro de 2009

Quarta-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora de Lourdes

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Balduíno de Ford : «Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50, 12)


Evangelho segundo S. Marcos 7,14-23.

Chamando de novo a multidão, dizia: «Ouvi-me todos e procurai entender. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.» Quando, ao deixar a multidão, regressou a casa, os discípulos interrogaram-no acerca da parábola. Ele respondeu: «Também vós não compreendeis? Não percebeis que nada do que, de fora, entra no homem o pode tornar impuro, porque não penetra no coração mas sim no ventre, e depois é expelido em lugar próprio?» Assim, declarava puros todos os alimentos. E disse: «O que sai do homem, isso é que torna o homem impuro. Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios, adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Balduíno de Ford (?-c.1190), abade cisterciense
Homilia 10, sobre Ct 8, 6; PL 204, 513 ss. (trad. breviário)

«Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50, 12)


«Grava-me como selo em teu coração [...], porque forte como a morte é o amor» (Ct 8,6). «Forte como a morte é o amor» porque o amor de Cristo é a morte da morte. [...] Da mesma forma, o amor com que amamos a Cristo é, também ele, forte como a morte, porque constitui, à sua maneira, uma morte: uma morte que põe fim à vida velha, em que os vícios são abolidos e as obras mortas são abandonadas. De facto, o amor que temos a Cristo [...] – mesmo estando longe de igualar aquele que Cristo tem por nós – é à imagem e semelhança do Seu. Cristo, de facto, «amou-nos primeiro» (1Jo 4,19) e, através do exemplo que nos deu, tornou-Se para nós um selo, a fim de que nos tornemos conformes à Sua imagem [...].

É por isso que Ele nos diz: «Grava-Me como selo em teu coração», como se dissesse: «Ama-me como Eu te amo. Guarda-Me no teu espírito, na tua memória, no teu desejo, nos teus suspiros, nos teus gemidos, nos teus soluços. Lembra-te, homem, de que natureza te criei: de quanto te preferi às outras criaturas, de que dignidade de enobreci, de que glória e de que honra te coroei e como te fiz pouco inferior aos anjos e como tudo coloquei sob os teus pés (Sl 8,6-7). Lembra-te, não apenas de tudo o que fiz por ti, mas ainda de tudo aquilo que, de facto, suportei da tua parte, em sofrimento e desprezo. E vê se não és injusto para coMigo, não Me amando. Quem, de facto, te amou como Eu? Quem te criou, se não Eu? Quem te resgatou, se não Eu?» [...]

Senhor, arranca de mim este coração de pedra, este coração gelado, este coração incircunciso. E dá-me um coração novo, um coração de carne, um coração puro (Ez 36,26). Tu, que purificas o coração e que amas o coração puro, vem possuir e habitar o meu coração; envolve-o e enche-o, Tu que ultrapassas tudo o que sou e que me és mais interior e íntimo do que eu mesmo. Tu, o modelo da beleza e o selo da santidade, confirma o meu coração à tua imagem, marca o meu coração com a tua misericórdia, Deus do meu coração, meu refúgio e minha herança para sempre [Sl 72,26].





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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 10 de Fevereiro de 2009

Terça-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Escolástica, virgem, +543

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Santo [Padre] Pio de Pietrelcina : «Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim.»


Evangelho segundo S. Marcos 7,1-13.

Os fariseus e alguns doutores da Lei vindos de Jerusalém reuniram-se à volta de Jesus, e viram que vários dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar. É que os fariseus e todos os judeus em geral não comem sem ter lavado e esfregado bem as mãos, conforme a tradição dos antigos; ao voltar da praça pública, não comem sem se lavar; e há muitos outros costumes que seguem, por tradição: lavagem das taças, dos jarros e das vasilhas de cobre. Perguntaram-lhe, pois, os fariseus e doutores da Lei: «Porque é que os teus discípulos não obedecem à tradição dos antigos e tomam alimento com as mãos impuras?» Respondeu: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Vazio é o culto que me prestam e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos. Descurais o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens.» E acrescentou: «Anulais a vosso bel-prazer o mandamento de Deus, para observardes a vossa tradição. Pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe; e ainda: Quem amaldiçoar o pai ou a mãe seja punido de morte. Vós, porém, dizeis: Se alguém afirmar ao pai ou à mãe: 'Declaro Qorban' isto é, oferta ao Senhor aquilo que poderias receber de mim..., nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, anulando a palavra de Deus com a tradição que tendes transmitido. E fazeis muitas outras coisas do mesmo género.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo [Padre] Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
T, 74 ; CE, 39-40 (trad. Mediaspaul, Une pensée, p. 23)

«Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim.»


A oração é um coração a coração com Deus. [...] A oração bem feita toca o coração de Deus, incitando-O a ouvir-nos. Quando rezamos, que todo o nosso ser se volte para Deus: os nossos pensamentos, o nosso coração. [...] O Senhor deixar-Se-á vencer e virá em nosso auxílio. [...]

Reza e espera. Não te agites; a agitação é inútil. Deus é misericórdia e há-de escutar a tua oração. A oração é a nossa melhor arma: é a chave que abre o coração de Deus. Deves dirigir-te a Jesus, menos com os lábios do que com o coração.






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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 09 de Fevereiro de 2009

Segunda-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Apolónia, virgem, mártir, + 249

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Santa Teresa d'Ávila : «E quantos O tocavam ficavam curados»


Evangelho segundo S. Marcos 6,53-56.

Finda a travessia, aproximaram-se de Genesaré e aportaram. Assim que saíram do barco, reconheceram-no. Acorreram de toda aquela região e começaram a levar os doentes nos catres para o lugar onde sabiam que Ele se encontrava. Nas aldeias, cidades ou campos, onde quer que entrasse, colocavam os doentes nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar pelo menos as franjas das suas vestes. E quantos o tocavam ficavam curados.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santa Teresa d'Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja
Exclamação 16 (trad. a partir de Auclair, Oeuvres, 1964, p. 534 e OC, Cerf, 1995, p. 892)

«E quantos O tocavam ficavam curados»


Ó Deus verdadeiro e Senhor meu! Para a alma afligida pela solidão em que vive na Tua ausência, é grande consolo saber que estás em toda a parte. Mas que sentido há nisto, Senhor, quando a força do amor e a impetuosidade desta pena aumentam, e o coração se atormenta, a tal ponto, que nem podemos já compreender nem conhecer tal verdade? A alma percebe apenas que está apartada de Ti, e nenhum remédio admite. Porque o coração que muito ama não consente outros conselhos nem consolos, senão os vindos d'Aquele que o feriu; d'Ele, somente, espera a cura para a pena.

Quando Tu queres, Senhor, depressa saras a ferida que fizeste. Ó meu Bem-Amado, com quanta compaixão, com quanta doçura, bondade e ternura, com quantas mostras de amor Tu saras estas chagas feitas com as setas do Teu amor! Ó meu Deus, Tu és o repouso para todas as penas. Não será loucura vã procurar meios humanos para curar os que vivem enfermos do divino fogo? Quem poderá saber aonde tal ferida chegará, donde vem, e como mitigar tão penoso tormento? [...] Quanta razão tem a esposa do Cântico dos Cânticos, ao dizer: «O meu amado é para mim e eu para ele!» (Ct 2,16) Porque o amor que sinto não pode ter origem em algo tão baixo como é este meu amor. E no entanto, Esposo meu, sendo ele assim tão baixo, como entender que seja afinal capaz de superar todas as coisas criadas, para chegar a seu Criador?






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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 08 de Fevereiro de 2009

5º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Quinto Domingo do Tempo Comum (semana I do saltério)
Hoje a Igreja celebra : S. Jerónimo Emiliano, presbítero, +1537,   Santa Josefina Bakhita, religiosa, +1947

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São Jerónimo : «Jesus tomou-a pela mão e levantou-a»


Evangelho segundo S. Marcos 1,29-39.

Saindo da sinagoga, foram para casa de Simão e André, com Tiago e João. A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram dela. Aproximando-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. À noitinha, depois do sol-pôr, trouxeram-lhe todos os enfermos e possessos, e a cidade inteira estava reunida junto à porta. Curou muitos enfermos atormentados por toda a espécie de males e expulsou muitos demónios; mas não deixava falar os demónios, porque sabiam quem Ele era. De madrugada, ainda escuro, levantou-se e saiu; foi para um lugar solitário e ali se pôs em oração. Simão e os que estavam com Ele seguiram-no. E, tendo-o encontrado, disseram-lhe: «Todos te procuram.» Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.» E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demónios.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, Doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de São Marcos, 2; PLS 2, 125 ss (trad. DDB 1986, p. 52)

«Jesus tomou-a pela mão e levantou-a»


«Aproximando-Se, Jesus tomou-a pela mão e levantou-a.» Com efeito, esta doente não conseguia levantar-se sozinha; estando acamada, não conseguia ir ao encontro de Jesus. Mas este médico misericordioso aproximou-Se da cama dela. Aquele que havia trazido uma ovelha doente aos ombros (Lc 15, 5) aproxima-Se agora desta cama. [...] Ele aproxima-se sempre mais, para curar ainda mais. Reparem bem no que está escrito aqui [...]: «Tu devias certamente ter vindo ao Meu encontro, ter vindo acolher-Me à porta da tua casa; mas então a tua cura não resultaria tanto da Minha misericórdia, mas da tua vontade. Uma vez que uma febre tão forte te oprime e te impede de te levantares, Eu próprio venho ter contigo.»

«E levantou-a». Como ela não se conseguia erguer sozinha, é o Senhor que a levanta. «Ele tomou-a pela mão e levantou-a.» Quando Pedro se encontrava em perigo no mar, no momento em que ia afogar-se, também ele foi tomado pela mão e se levantou. [...] Que bela marca de amizade e de afeição por esta doente! Ele levanta-a tomando-a pela mão; a Sua mão curou a mão da doente. Ele pegou nesta mão como o teria feito um médico, que toma o pulso e avalia o grau de febre, Ele que é simultaneamente médico e remédio. Jesus toca-lhe e a febre desaparece.

Desejemos que Ele toque na nossa mão para que, assim, os nossos actos sejam purificados. Que Ele entre em nossa casa: levantemo-nos da nossa cama, não fiquemos deitados. Jesus encontra-Se à nossa cabeceira e nós permanecemos deitados? Vamos lá, levantemo-nos! [...] «No meio de vós encontra-se Alguém que não conheceis» (Jn 1, 26); «o Reino de Deus está dentro de vós» (Lc 17, 21). Tenhamos fé e veremos Jesus presente no meio de nós.





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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 07 de Fevereiro de 2009

Cinco Chagas do Senhor (Festa)


As Cinco Chagas do Senhor (festa em Portugal)
Hoje a Igreja celebra : Beata Eugénia Smet (Madre Maria da Providência), religiosa. +1871

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São Bernardo : «Tirareis com alegria água das fontes da salvação»


Evangelho segundo S. João 19,28-37.

Depois disso, Jesus, sabendo que tudo se consumara, para se cumprir totalmente a Escritura, disse: «Tenho sede!» Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Então, ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca. Quando tomou o vinagre, Jesus disse: «Tudo está consumado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. Como era o dia da Preparação da Páscoa, para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e também ao outro que tinha sido crucificado juntamente. Mas, ao chegarem a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Porém, um dos soldados traspassou-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água. Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também. É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: Não se lhe quebrará nenhum osso. E também outro passo da Escritura diz: Hão-de olhar para aquele que trespassaram.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja
Homilias sobre o Cântico dos Cânticos, nº 61, 3-5

«Tirareis com alegria água das fontes da salvação»


Onde poderá a nossa fragilidade encontrar repouso e segurança, a não ser nas chagas do Salvador? [...] Trespassaram-Lhe as mãos e os pés, e o lado com um golpe de lança. Destas três chagas abertas jorrou o mel dos rochedos que me sacia (Sl 80, 17) e o óleo que corre sobre a dura pedra e me permite «saborear e ver como é bom o Senhor» (Sl 33, 9). Ele formava desígnios de prosperidade (Jer 29, 11) e eu não sabia. «Pois quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi o Seu conselheiro?» (Rom, 11, 34). Mas a lança que Nele penetrou veio a ser para mim a chave que abriu o mistério dos Seus desígnios.

Como posso deixar de ver por estas aberturas? Os pregos e as chagas clamam que, na pessoa de Cristo, Deus Se reconcilia verdadeiramente com o mundo. O ferro trespassou-Lhe a carne e tocou-Lhe o coração, a fim de que Ele Se compadecesse das minhas fraquezas. O segredo do Seu coração aparece a nu nas chagas do Seu corpo; vemos a descoberto o grande mistério da Sua bondade, dessa misericordiosa ternura do nosso Deus, dessa luz que veio visitar-nos do alto (Lc 1, 78). E como pode semelhante ternura não se manifestar nas Suas chagas? Como haverias de mostrar com mais clareza do que através das chagas que Tu, Senhor, és doce e compassivo e de grande misericórdia, uma vez que não há maior amor do que dar a vida (Jo 15, 13) por condenados à morte?

O meu mérito reside pois, todo ele, na piedade do Senhor, e não me faltará o mérito enquanto Lhe não faltar a piedade. Se as misericórdias do Senhor se multiplicarem, numerosos serão os meus méritos. E que me acontecerá, se tiver de me acusar de múltiplas faltas? «Onde abundou o pecado, superabundou a graça» (Rom 5, 20). E, se «a graça do Senhor dura para sempre» (Sl 102, 17), por mim, «hei-de cantar para sempre o amor do Senhor» (Sl 88, 2). É essa a minha justiça? Senhor, só da Tua justiça me recordarei; é ela a minha justiça, pois Tu Te tornaste para mim justiça de Deus (Rom 1, 17).





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Nos países onde não se celebra a festa das "Cinco Chagas do Senhor", as leituras do dia são Hebreus 13, 15-21; Salmo 22(23), 1-6; Marcos 6, 30-34.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 06 de Fevereiro de 2009

Sexta-feira da 4ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santos Paulo Miki, Pedro Batista e companheiros, mártires, +1597

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São Beda o Venerável : João Baptista, mártir da verdade


Evangelho segundo S. Marcos 6,14-29.

O rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois o seu nome se tornara célebre; e dizia-se: «Este é João Baptista, que ressuscitou de entre os mortos e, por isso, manifesta-se nele o poder de fazer milagres»; outros diziam: «É Elias»; outros afirmavam: «É um profeta como um dos outros profetas.» Mas Herodes, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou.» Na verdade, tinha sido Herodes quem mandara prender João e pô-lo a ferros na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele desposara. Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.» Herodíade tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia, porque Herodes temia João e, sabendo que era homem justo e santo, protegia-o; quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. Mas chegou o dia oportuno, quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e aos principais da Galileia. Tendo entrado e dançado, a filha de Herodíade agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei.» E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja metade do meu reino.» Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?» A mãe respondeu: «A cabeça de João Baptista.» Voltando a entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero que me dês imediatamente, num prato, a cabeça de João Baptista.» O rei ficou desolado; mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar. Sem demora, mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi e decapitou-o na prisão; depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à jovem, que a deu à mãe. Tendo conhecimento disto, os discípulos de João foram buscar o seu corpo e depositaram-no num sepulcro.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Beda o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
Homilia 23 (livro 2); CCL 122, 354, 356-357 (trad. Orval)

João Baptista, mártir da verdade


Não há qualquer dúvida de que São João Baptista sofreu a prisão pelo nosso Redentor, que precedeu pelo seu testemunho, de que foi por Ele que deu a vida. O seu perseguidor não lhe pediu para negar Cristo, mas para calar a verdade, Contudo, foi por Cristo que morreu. Com efeito, Cristo disse acerca d'Ele mesmo: «Eu sou a verdade» (Jo 14,6). Se pela verdade derramou o seu sangue, então foi por Cristo. Nascendo, João testemunhou que Cristo iria nascer; pregando, testemunhou que Cristo iria pregar; baptizando, que Ele iria baptizar. Sofrendo primeiro a sua Paixão, significou que o próprio Cristo a sofreria [...]

Este homem tão grande chegou, então, ao fim da sua vida pelo derramamento do seu sangue, depois de um longo e penoso cativeiro. Ele, que anunciou a boa nova da liberdade de uma paz superior, foi lançado na prisão pelos ímpios. Foi fechado na obscuridade de um cárcere, ele que veio para dar testemunho da luz [...]. Pelo seu próprio sangue é baptizado aquele a quem foi dado baptizar o Redentor do mundo, ouvir a voz do Pai dirigindo-se a Cristo, e ver descer sobre Ele a graça do Espírito Santo.

O apóstolo Paulo efectivamente disse-o: «Porque a vós vos é dado por Cristo, não somente que creais n'Ele, mas ainda que por Ele padeçais» (Fil 1,29). E, se disse que sofrer por Cristo é um dom dos Seus eleitos, é porque, como diz noutra parte: «Tenho como coisa certa que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que há-de revelar-se em nós» (Rom 8,18).





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