EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68 Quarta-feira, dia 23 de Fevereiro de 2011 Quarta-feira da 7ª semana do Tempo Comum Hoje a Igreja celebra : S. Policarpo, bispo, mártir, +155, Beata Rafaela Ibarra, leiga, fundadora, +1900
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Pio XII: «Quisemos impedi-lo porque não nos segue»
Evangelho segundo S. Marcos 9,38-40.
Disse-lhe João: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu nome, alguém que não nos segue, e quisemos impedi-lo porque não nos segue.» Jesus disse-lhes: «Não o impeçais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu nome e vá logo dizer mal de mim. Quem não é contra nós é por nós. Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Pio XII, papa entre 1939 e 1958 Encíclica «Mystici Corporis Christi», nº 94
«Quisemos impedi-lo porque não nos segue»
Imitemos a vastidão daquele amor do próprio Jesus, modelo supremo de amor pela Igreja. É certo que esposa de Cristo é só a Igreja; contudo, o amor do divino Esposo é tão vasto que a ninguém exclui e, na Sua esposa, abraça a todo o género humano; pois que o Salvador derramou o Seu sangue na cruz para conciliar com Deus a todos os homens de todas as nações e estirpes, e para os reunir num só corpo. Por conseguinte, o verdadeiro amor da Igreja exige, não só que sejamos todos no mesmo corpo membros uns dos outros, cheios de mútua solicitude (cf. R m 12, 5; 1Cor 12, 25), membros que se alegrem com os que se alegram e sofram com os que sofrem (cf. lCor 12, 26), mas que também nos outros homens, ainda não incorporados connosco na Igreja, reconheçamos outros tantos irmãos de Jesus Cristo segundo a carne, chamados como nós para a mesma salvação eterna.
É verdade que hoje não faltam e é um grande mal os que vão exaltando a rivalidade, o ódio, o rancor, como coisas que elevam e nobilitam a dignidade e o valor do homem. Nós, porém, que magoados vemos os funestos frutos de tal doutrina, sigamos o nosso Rei pacífico, que nos ensinou a amar os que não são da mesma nação ou mesma estirpe (cf. Lc 10, 33-37) e até os próprios inimigos (cf. Lc 6, 27-35; Mt 5, 44-48). Nós, compenetrados dos suavíssimos sentimentos do Apóstolo das gentes, com ele cantemos o comprimento, a largura, a sublimidade, a profundeza da caridade de Cristo (cf. Ef 3, 18), que nem a diversidade de nacionalidade, ou de costumes pode quebrar, nem a vastidão imensa do oceano diminuir, nem as guerras, justas ou injustas, arrefecer.
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