quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 01 de Fevereiro de 2013

Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Beata Ana Michelotti, religiosa fundadora, +1887,  Beata Maria Ana Vaillot, religiosa, mártir, +1794,  Beata Odília (Otília) Baumgarten, religiosa, mártir, +1794

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Beato John Henry Newman : As parábolas do Reino

Carta aos Hebreus 10,32-39.

Irmãos: Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados,
suportastes a grande luta dos sofrimentos, tanto sendo expostos publicamente a insultos e tribulações, como sendo solidários com os que assim eram tratados.
Tomastes parte nos sofrimentos dos encarcerados, aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, sabendo que possuís bens melhores e mais duradouros.
Não percais, pois, a vossa confiança, à qual está reservada uma grande recompensa.
Na realidade, tendes necessidade de perseverança, para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Pois ainda um pouco, de facto, um pouco apenas, e o que há-de vir, virá e não tardará.
O meu justo viverá pela fé, mas, se ele voltar atrás, a minha alma não encontrará nele satisfação.
Nós, porém, não somos daqueles que voltam atrás para a perdição, mas homens de fé para a salvação da nossa alma.


Livro de Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40.

A salvação dos justos vem do Senhor.

Confia no Senhor e faz o bem;
habitarás a terra e viverás tranquilo.
Procura no Senhor a tua felicidade,  
e Ele satisfará os desejos do teu coração.

Confia ao Senhor o teu destino,
confia n'Ele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar, a tua  luz, como a justiça,
e, como sol do meio dia, os teus direitos.

O Senhor consolida os passos do homem
e aprova os seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra,
porque o Senhor o tomará pela mão.

A Salvação dos jusros vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende,
porque n'Ele procuram refúgio.







Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga.
E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «The Invisible World» PPS, vol. 4, n°13

As parábolas do Reino

Tal é o Reino escondido de Deus: do mesmo modo que está agora escondido, assim será revelado no momento dado. Os homens pensam que são os donos do mundo e que podem fazer o que querem. [...] Na verdade, aparentemente «tudo permanece igual desde o início» e os trocistas perguntam: «Em que fica a promessa da Sua vinda?» (2P 3,4) Mas, no tempo designado, haverá uma «revelação dos filhos de Deus» e os santos escondidos «resplandecerão como o sol no Reino de Seu Pai» (Rm 8,19; Mt 13,43).


Quando os anjos apareceram aos pastores, aconteceu de repente. [...] A noite parecia ser igual a todas as outras noites, tal como a noite em que Jacob teve a sua visão parecia igual a todas as outras noites (Gn 28,11ss). Os pastores velavam os seus rebanhos e viam a noite passar, as estrelas seguiam o seu curso, era meia-noite; não pensavam em tal coisa quando o anjo lhes apareceu. Tais são o poder e a virtude escondidas no visível: manifestam-se quando Deus quer. [...]


Quem poderia conceber, dois ou três meses antes da Primavera, que a face da natureza, aparentemente morta, pudesse tornar-se tão esplêndida e variada? [...] O mesmo acontece com essa Primavera eterna que todos os cristãos esperam: ela virá, ainda que venha tarde. Esperemo-la, pois «O que há-de vir, virá e não tardará» (Heb 10,37). É por isso que dizemos em cada dia: «Venha a nós o Vosso reino», o que quer dizer: Senhor mostra-Te a nós; mostra-Te, «Tu que estás sentado sobre os querubins. Resplandece; mostra a Tua grandeza e vem em nosso auxílio» (cf Sl 80,2-3). A terra que vemos já não nos satisfaz: não é senão um princípio, uma promessa do que há-de vir. Mesmo no seu maior esplendor, coberta de todas as suas flores, quando mostra da maneira mais sedutora o que mantém escondido, mesmo assim não nos chega. Sabemos que há nela mais coisas do que as que vemos. [...] O que vemos não é senão a camada exterior dum reino eterno. É nesse reino que fixamos os olhos da nossa fé.







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 31 de Janeiro de 2013

Quinta-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. João Bosco, presb., +1888

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Beata Teresa de Calcutá : Ser a luz do mundo (cf. Mt 5,14)

Carta aos Hebreus 10,19-25.

Temos, pois, irmãos, plena liberdade para a entrada no santuário por meio do sangue de Jesus.
Ele abriu para nós um caminho novo e vivo através do véu, isto é, da sua humanidade
e, tendo um Sumo Sacerdote à frente da casa de Deus,
aproximemo-nos dele com um coração sincero, com a plena segurança da fé, com os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água pura.
Conservemos firmemente a profissão da nossa esperança, pois aquele que fez a promessa é fiel.
Estejamos atentos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,
sem abandonarmos a nossa assembleia – como é costume de alguns – mas animando-nos, tanto mais quanto mais próximo vedes o Dia.


Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.

Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Ao Senhor pertence a terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam.
pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.

Quem poderá subir à montanha do Senhor
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs.

Este há-de receber a bênção do Senhor
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
dos que buscam a face do Deus de Jacob.






Evangelho segundo S. Marcos 4,21-25.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro?
Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha à luz.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.»
E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado.
Pois àquele que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«No Greater Love», p. 67

Ser a luz do mundo (cf. Mt 5,14)

Pode acontecer que eu seja incapaz de manter a minha atenção completamente fixa em Deus enquanto trabalho — mas Deus não exige isso de mim. Contudo, posso perfeitamente desejar e projectar fazer o meu trabalho com Jesus e para Jesus. E isso é uma coisa muito bonita e é isso que Deus quer. Quer que a nossa vontade e o nosso desejo se dirijam para Ele, para a nossa família, os nossos filhos, os nossos irmãos e os pobres.


Cada um de nós continua a ser apenas um pequeno instrumento. Se observarmos os componentes dum aparelho eléctrico, veremos um emaranhado de fios, grandes e pequenos, novos e velhos, caros e baratos. Se a corrente não passar por eles, não pode haver luz. Esses fios és tu e sou eu. A corrente é Deus. Nós temos o poder de deixar passar a corrente através de nós, de deixar que ela nos utilize, de deixar que ela produza a luz do mundo — ou de nos recusarmos a ser utilizados, deixando que as trevas alastrem.







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 30 de Janeiro de 2013

Quarta-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Jacinta Mariscotti, v., +1640,  Santa Batilde, viúva, +680

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São Bernardo : «O Semeador semeia a Palavra»

Carta aos Hebreus 10,11-18.

Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta diariamente para oferecer o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca poderão perdoar os pecados.
Cristo, porém, depois de oferecer pelos pecados um único sacrifício, sentou-se para sempre à direita de Deus,
esperando, por último, que os seus inimigos sejam postos como estrado dos seus pés.
De facto, com uma só oferta, Ele tornou perfeitos para sempre os que são santificados.
É o que o Espírito Santo também nos atesta. De facto, depois disse:
Esta é a aliança que estabelecerei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: 'Porei as minhas leis nos seus corações e gravá-las-ei nas suas mentes;
e não mais me recordarei dos seus pecados nem das suas iniquidades.'
Ora, onde há perdão dos pecados, já não há necessidade de oferenda pelos pecados.


Livro de Salmos 110(109),1.2.3.4.

Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita,
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»



Evangelho segundo S. Marcos 4,1-20.

Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo começou à beira-mar. Uma enorme multidão veio agrupar-se junto dele e, por isso, teve de subir para um barco e sentar-Se nele, no mar, ficando a multidão em terra, junto ao mar.
Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos:
«Escutai: o semeador saiu a semear.
Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na.
Outra caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou, por não ter profundidade de terra;
mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou.
Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na, e não deu fruto.
Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.»
E dizia: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça.»
Ao ficar só, os que o rodeavam, juntamente com os Doze, perguntaram-lhe o sentido da parábola.
Respondeu: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas, aos que estão de fora, tudo se lhes propõe em parábolas,
para que ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam, não vão eles converter-se e ser perdoados.»
E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas?
O semeador semeia a palavra.
Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles.
Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria,
mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem.
Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra,
mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica infrutífera.
Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão para a Natividade de Maria «O Aqueduto», §§13, 18

«O Semeador semeia a Palavra»

Irmãos, devemos esforçar-nos para que a Palavra saída da boca do Pai e vinda até nós por intermédio da Virgem Maria não regresse vazia (cf Is 55,11), mas para Lhe devolvermos graça por graça através desta mesma Virgem. Tragamos pois sem cessar ao nosso espírito a lembrança do Pai durante todo o tempo em que estivermos reduzidos a suspirar pela Sua presença. Façamos regressar à sua fonte os fluxos da graça, para que eles voltem mais abundantes. [...]


Tendes o Senhor no espírito; então não vos caleis, não fiqueis em silêncio a Seu respeito. Aqueles que já vivem na Sua presença não têm necessidade desta advertência [...]; mas os que vivem ainda na fé devem ser exortados a não responder a Deus pelo silêncio. Porque «o Senhor fala, Ele tem promessas de paz para o Seu povo», para os Seus amigos, que já não voltarão ao desvario (Sl 84,9). Ele ouve aqueles que O ouvem; Ele falará aos que Lhe falam. Mas ficará em silêncio se ficais em silêncio, se não O glorificais. «Pus guardas que não se calarão nem de dia nem de noite. Vós, os que recordais o Senhor, não repouseis e não O deixeis descansar até que Ele restabeleça Jerusalém e dela faça a glória da terra» (Is 62,6-7). Porque o louvor de Jerusalém é doce e belo. [...]


Mas, seja qual for a oferenda que apresentais a Deus, lembrai-vos de a confiar a Maria, para que a graça suba à sua fonte pelo mesmo canal que no-la trouxe. [...] Cuidai em oferecer a Deus o pouco que tendes para Lhe dar pelas mãos de Maria, essas mãos puríssimas e dignas de receber o melhor acolhimento.







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 29 de Janeiro de 2013

Terça-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Constâncio, b., m., + 178,  São José Freinademetz, presb., +1908

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Santo Ireneu de Lyon : Nossa Senhora do Sim: Aquela que faz a vontade de Deus

Carta aos Hebreus 10,1-10.

Irmãos: A Lei de Moisés contém apenas a sombra dos bens futuros e não a expressão das realidades. Por isso nunca pode conduzir à perfeição aqueles que participam nos sacrifícios que se oferecem constantemente cada ano.
Não se teria porventura deixado de os oferecer, se os que prestam culto, purificados de uma vez por todas, já não tivessem consciência de algum pecado?
Pelo contrário, com esses sacrifícios, recordam-se anualmente os pecados,
uma vez que é impossível que o sangue dos touros e dos bodes apague os pecados.
Por isso, ao entrar no mundo, Cristo diz: Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-me um corpo.
Não te agradaram holocaustos nem sacrifícios pelos pecados.
Então, Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade.
Disse primeiro: Não quiseste nem te agradaram sacrifícios, oferendas e holocaustos pelos pecados – e, no entanto, eram oferecidos segundo a Lei.
Disse em seguida: Eis que venho para fazer a tua vontade. Suprime, assim, o primeiro culto, para instaurar o segundo.
E foi por essa vontade que nós fomos santificados, pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre.


Livro de Salmos 40(39),2.4ab.7-8a.10.11.

Eu venho, Senhor, para fazer a tua vontade.

Invoquei o Senhor com toda a confiança;
Ele inclinou se para mim e ouviu o meu clamor.
Ele pôs nos meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.

Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou!»

«Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhopr, bem o sabeis.
Não escondi a justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa bondade e fidelidade.»






Evangelho segundo S. Marcos 3,31-35.

Naquele tempo, chegaram a casa onde estava Jesus, sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, O mandaram chamar.
A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.»
Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?»
E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos.
Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias III, 21,9-22,1; cf SC 211

Nossa Senhora do Sim: Aquela que faz a vontade de Deus

Deus havia prometido que da linhagem de David sairia o Rei eterno que reuniria todas as coisas em Si mesmo (Sl 131,11; Ef 1,10). Portanto, Deus retomou a obra que tinha projectado inicialmente (Gn 2,7). [...] E, tal como Adão, o primeiro homem modelado, recebeu a sua substância de uma terra virgem e imaculada [...] e foi moldado pela mão de Deus, isto é, a Palavra de Deus «por quem todas as coisas foram feitas» (Jb 10,8; Jo 1,3) [...], do mesmo modo foi de Maria ainda virgem que nasceu o Verbo, que é esta recuperação de Adão. [...] Por que foi que Deus não o tirou de novo do barro? Por que fez sair de Maria a obra que modelou? Foi para que a obra assim modelada não fosse diferente da primeira, mas a mesma, que não fosse outra a que é salva, mas a mesma, que a mesma fosse retomada, respeitando a semelhança.


Portanto, enganam-se os que dizem que Cristo nada recebeu da Virgem. Estes querem rejeitar a herança da carne, mas rejeitam também a semelhança [...]; já não se poderia dizer que Cristo era semelhante ao homem feito à imagem e à semelhança de Deus (Gn 1,27). Era o mesmo que afirmar que Cristo Se manifestou apenas na aparência, aparentando ser um homem, ou que Se tornou um homem sem nada assumir do homem. Se Ele não recebeu de um ser humano a substância da Sua carne, não Se fez homem nem Filho do homem; e se não Se fez aquilo que nós éramos, pouca importância têm as Suas dores e o Seu sofrimento. [...] O Verbo de Deus fez-Se verdadeiramente homem, recuperando em Si mesmo a obra que Ele tinha modelado. [...] O apóstolo Paulo afirma claramente na carta aos Gálatas: «Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher» (4,4).







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 28 de Janeiro de 2013

Segunda-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Tomás de Aquino, presb., Doutor da Igreja, +1274

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Beato João Paulo II : O pecado contra o Espírito Santo

Carta aos Hebreus 9,15.24-28.

Cristo é  mediador de uma nova aliança, para que, intervindo a sua morte para a remissão das transgressões cometidas durante a primeira aliança, os que são chamados recebam a herança eterna prometida.
Na realidade, Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, figura do verdadeiro santuário, mas entrou no próprio céu, para se apresentar agora diante de Deus em nosso favor.
E nem entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes, tal como o Sumo Sacerdote, que entra cada ano no santuário com sangue alheio;
nesse caso, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Agora, porém, na plenitude dos tempos, apareceu uma só vez para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E, assim como está determinado que os homens morram uma só vez e depois tenha lugar o julgamento,
assim também Cristo, que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para dar a salvação àqueles que o esperam.


Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.

Cantai ao Senhor um cântico novo porque Ele fez maravilhas.

Cantai ao Senhor um cântico novo,  
pelas maravilhas que Ele operou
A sua mão e o seu santo braço  
Lhe deram a vitória.

O Senhor mdeu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai a Deus, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso rei.









Evangelho segundo S. Marcos 3,22-30.

Naquele tempo, os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.»
Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar;
e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir.
Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim.
Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa.
Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado;
mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.»
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dominum et vivificantem», § 46 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)

O pecado contra o Espírito Santo

Por que razão é a blasfémia contra o Espírito Santo imperdoável? Em que sentido devemos entender esta blasfémia? São Tomás de Aquino responde que se trata de um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados». De acordo com esta exegese, a blasfémia não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste antes na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo, que age em virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita deixar-se «convencer quanto ao pecado», convicção que provém do Espírito Santo (Jo 16,8) e tem carácter salvífico, rejeita simultaneamente a «vinda» do Consolador (Jo 16,7), aquela «vinda» que se efectuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas» (Heb 9,14).


Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue (1Jo 5,8) permanece nas «obras mortas», no pecado. E a blasfémia contra o Espírito Santo consiste exactamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se. [...]


A blasfémia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — seja ele qual for — e recusa por isso mesmo a redenção. O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida. É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfémia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou.







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 27 de Janeiro de 2013

3º Domingo do Tempo Comum - Ano C


Santo do dia : Santa Ângela Mérici, v., fundadora, +1540,  Santo Henrique Ossó e Cervelló, presb., fundador, +1896

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Santo Ambrósio : «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir»

Livro de Neemias 8,2-4a.5-6.8-10.

Naqueles dias, o sacerdote Esdras apresentou o Livro da Lei diante da assembleia de homens e mulheres e de todos quantos eram capazes de a compreender. Foi no primeiro dia do sétimo mês.
Esdras leu o livro, desde a manhã até à tarde, na praça que fica diante da porta das Águas, e todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei.
O escriba Esdras subiu para um estrado de madeira, mandado levantar para a ocasião. A seu lado encontravam-se à direita, Matatias, Chema, Anaías, Urias, Hilquias e Massaías; à esquerda, Pedaías, Michael, Malquias, Hachum, Hasbadana, Zacarias e Mechulam.
Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, pois achava-se num lugar elevado acima da multidão. Quando o escriba abriu o livro, todo o povo se levantou.
Então, Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: «Ámen! Ámen!» Depois, inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com a face por terra.
E liam, clara e distintamente, o livro da Lei de Deus e explicavam o seu sentido, de modo que se pudesse compreender a leitura.
O governador Neemias, Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo disseram a toda a multidão: «Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus; não vos entristeçais nem choreis.» Pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei.
Então, Neemias disse-lhes: «Ide para as vossas casas, fazei um bom jantar, bebei vinho doce e reparti com aqueles que nada têm preparado; este é um dia grande, consagrado a Deus; não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é que é a vossa força.»


Livro de Salmos 19(18),8.9.10.15.

As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do Senhor são rectos,  
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceita, com bondade, as palavras da minha boca
e estejam na tua presença
os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.



1ª Carta aos Coríntios 12,12-30.

Irmãos: Assim como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, constituem um só corpo, assim também Cristo.
De facto, num só Espírito, fomos todos baptizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito.
O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos.
Se o pé dissesse: «Uma vez que não sou mão, não faço parte do corpo», nem por isso deixaria de pertencer ao corpo.
E se o ouvido dissesse: «Uma vez que não sou olho, não faço parte do corpo», nem por isso deixaria de pertencer ao corpo.
Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfacto?
Deus, porém, dispôs os membros no corpo, cada um conforme lhe pareceu melhor.
Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
Há, pois, muitos membros, mas um só corpo.
Não pode o olho dizer à mão: «Não tenho necessidade de ti», nem tão pouco a cabeça dizer aos pés: «Não tenho necessidade de vós.»
Pelo contrário, quanto mais fracos parecem ser os membros do corpo, tanto mais são necessários,
e aqueles que parecem ser os menos honrosos do corpo, a esses rodeamos de maior honra, e aqueles que são menos decentes, nós os tratamos com mais decoro;
os que são decentes, não têm necessidade disso. Mas Deus dispôs o corpo, de modo a dar maior honra ao que dela carecia,
para não haver divisão no corpo e os membros terem a mesma solicitude uns para com os outros.
Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria.
Vós sois o corpo de Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro.
E aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar, apóstolos; em segundo, profetas; em terceiro, mestres; em seguida, há o dom dos milagres, depois o das curas, o das obras de assistência, o de governo e o das diversas línguas.
Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Fazem todos milagres?
Possuem todos o dom das curas? Todos falam línguas? Todos as interpretam?


Evangelho segundo S. Lucas 1,1-4.4,14-21.

Visto que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram,
como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e se tornaram Servidores da Palavra ,
resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expô-los a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo,
a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído.
Impelido pelo Espírito, Jesus voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por toda a região.
Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam.
Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos,
a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.»
Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário do Salmo 1, 33

«Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir»

Bebe primeiro do Antigo Testamento, para beberes em seguida do Novo. Se não beberes do primeiro, não poderás dessedentar-te do segundo. Bebe do primeiro para aplacares a sede, do segundo para a saciares completamente. [...] Bebe da taça do Antigo Testamento e da do Novo, porque ele é a vinha (Jo 15,1), é o rochedo que fez jorrar a água (1Co 10,4), Ele é a fonte da vida (Sl 35,10). Bebe Cristo, porque Ele é «um rio [...] [que] alegra a cidade de Deus» (Sl 45,5), Ele é paz (Ef 2,14), e «hão-de correr do Seu coração rios de água viva» (Jo 7,38). Bebe Cristo para te saciares do sangue da tua redenção e do Verbo de Deus. O Antigo Testamento é a Sua palavra, o Novo é-o também. Bebemos a Sagrada Escritura e comemo-la; então o Verbo eterno, a Palavra de Deus, correrá nas veias do espírito e na vida da alma: «Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Dt 8,3; Mt 4,4). Dessedenta-te portanto com este Verbo, mas pela ordem que convém: bebe primeiro do Antigo Testamento e depois, sem tardar, do Novo.


Ele mesmo o diz, como a insistir: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles» (Is 9,1 LXX; Mt 4,16). Bebe então, sem mais demora, e uma grande luz te iluminará: não será já a luz quotidiana do dia, do sol ou da lua, mas essa outra luz que repudia a sombra da morte (Lc 1,79).







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 26 de Janeiro de 2013

SS. Timóteo e Tito, bispos (memória obrigatória)


Santo do dia : S. Tito, b., séc. I,  S. Timóteo, b., séc. I

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Catecismo da Igreja Católica: Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos

Carta a Tito 1,1-5.

Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, em ordem à fé dos eleitos de Deus e ao conhecimento da verdade, que conduz à piedade,
na esperança da vida eterna, prometida desde os tempos antigos pelo Deus que não mente
e que, no devido tempo, manifestou a sua palavra, pela pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador:
a Tito, meu verdadeiro filho, pela fé comum, a graça e a paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador.
Deixei-te em Creta, para acabares de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros em cada cidade, de acordo com as minhas instruções.


Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.7-8a.10.

Anunciai a todos os povos
as maravilhas do Senhor.
Cantai ao Senhor um cântico novo.
Cantai ao Senhor, terra inteira.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.  


Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,  
em todos os povos, as suas maravilhas.

Dai ao Senhor, famílias das nações,  
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome.  

Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei!»
sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.



Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.

Naquele tempo,  o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Catecismo da Igreja Católica
§§ 863-865

Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos

Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, através dos sucessores de Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é «enviada» a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. «A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado». E chamamos «apostolado» a «toda a actividade do Corpo Místico» tendente a «alargar o Reino de Cristo à terra inteira» (Vaticano II).


«Sendo Cristo, enviado do Pai, a fonte e a origem de todo o apostolado da Igreja», é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto dos ministros ordenados como dos leigos, depende da sua união vital com Cristo. Segundo as vocações, as exigências dos tempos e os vários dons do Espírito Santo, o apostolado toma as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado» (Vaticano II).


A Igreja é una, santa, católica e apostólica na sua identidade profunda e última, porque é nela que existe desde já, e será consumado no fim dos tempos, «o Reino dos céus», «o Reino de Deus», que veio até nós na Pessoa de Cristo e que cresce misteriosamente no coração dos que n'Ele estão incorporados, até à sua plena manifestação escatológica. Então, todos os homens por Ele resgatados e n' Ele tornados «santos e imaculados na presença de Deus no amor» (Ef 1,4), serão reunidos como o único povo de Deus, «a Esposa do Cordeiro», «a Cidade santa descida do céu, de junto de Deus, trazendo em si a glória do mesmo Deus»; e «a muralha da cidade assenta sobre doze alicerces, cada um dos quais tem o nome de um dos Doze apóstolos do Cordeiro» (Ap 21,14).







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 25 de Janeiro de 2013

Conversão de São Paulo, apóstolo, festa


Santo do dia : Conversão de São Paulo

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São Bernardo : «Senhor, que queres que eu faça?»

Livro dos Actos dos Apóstolos 22,3-16.

Naqueles dias, Paulo disse ao povo:«Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui educado nesta cidade de Jerusalém, instruído aos pés de Gamaliel, em todo o rigor da Lei dos nossos pais e cheio de zelo pelas coisas de Deus, como todos vós sois agora.
Persegui de morte esta «Via», algemando e entregando à prisão homens e mulheres,
como o podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todos os anciãos. Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco, onde ia para prender os que lá se encontrassem e trazê-los agrilhoados a Jerusalém, a fim de serem castigados.
Ia a caminho, e já próximo de Damasco, quando, por volta do meio dia, uma intensa luz, vinda do Céu, me rodeou com a sua claridade.
Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: 'Saulo, Saulo, porque me persegues?'
Respondi: 'Quem és Tu, Senhor?' Ele disse-me, então: 'Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues.'
Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem me falava.
E prossegui: 'Que hei-de fazer, Senhor?' O Senhor respondeu-me: 'Ergue-te, vai a Damasco, e lá te dirão o que se determinou que fizesses.'
Mas, como eu não via, devido ao brilho daquela luz, fui levado pela mão dos meus companheiros e cheguei a Damasco.
Ora um certo Ananias, homem piedoso e cumpridor da Lei, muito respeitado por todos os judeus da cidade,
foi procurar-me e disse: 'Saulo, meu irmão, recupera a vista.' E, no mesmo instante, comecei a vê-lo.
Ele prosseguiu: 'O Deus dos nossos pais predestinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e para ouvires as palavras da sua boca,
porque serás testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste.
E agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome.'


Livro de Salmos 117(116),1.2.

Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho.

Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!

Porque o seu amor para connosco não tem limites,
e a fidelidade do Senhor é eterna!



Evangelho segundo S. Marcos 16,15-18.

Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado.
Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas,
apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»



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Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
1º Sermão para a festa da conversão de São Paulo, 1,6

«Senhor, que queres que eu faça?»

É com razão, bem-amados irmãos, que a conversão do «mestre das nações» (1Tm 2,7) é uma festa que hoje todos os povos celebram com alegria. Com efeito, inúmeros foram os rebentos que brotaram dessa raiz; uma vez convertido, Paulo tornou-se instrumento da conversão do mundo inteiro. Outrora, quando ainda vivia na carne, mas não segundo a carne (cf Rm 8,5s), converteu muita gente a Deus através da sua pregação; ainda nos dias de hoje, em que vive junto de Deus uma vida mais feliz, não cessa de trabalhar para a conversão dos homens pelo seu exemplo, a sua oração e a sua doutrina. [...]


Esta festa é uma grande fonte de benefícios para os que a celebram. [...] Como desesperar, seja qual for a enormidade das nossas faltas, quando ouvimos que «Saulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor» se transformou subitamente em «instrumento de eleição»? (cf Act 9,1.15). Quem poderá dizer, sob o peso do seu pecado: «Não posso erguer-me para levar uma vida melhor» quando, na mesma estrada por onde o conduzia o seu coração sedento de ódio, o perseguidor encarniçado se tornou subitamente um pregador fiel? Esta conversão mostra-nos, num único e magnífico dia, a misericórdia de Deus e o poder da Sua graça. [...]


Eis, portanto, meus irmãos, um modelo perfeito de conversão: O meu coração está firme, ó Deus, o meu coração está firme [...] que queres que eu faça?» (Sl 57,8; cf Act 9,6). Palavra breve mas tão cheia, viva, eficaz e digna de ser atendida! Quão poucas pessoas estão nessa disposição de obediência perfeita, que tenham renunciado à sua vontade ao ponto de o seu próprio coração já não lhes pertencer! E quão poucas pessoas procuram a cada instante, não o que desejam, mas o que Deus quer e Lhe dizem sem cessar: «Senhor, que queres que eu faça?»







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 24 de Janeiro de 2013

Quinta-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Francisco de Sales, b., Doutor da Igreja, +1622

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Beato João XXIII : «Seguiu-O uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia,  de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão [...], uma grande multidão veio ter com Ele»

Carta aos Hebreus 7,25-28.8,1-6.

Irmãos: Jesus pode salvar de um modo definitivo, os que por meio dele se aproximam de Deus, pois Ele está vivo para sempre, a fim de interceder por eles.
Tal é, com efeito, o Sumo Sacerdote que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado acima dos céus,
que não tem necessidade, como os outros sacerdotes, de oferecer vítimas todos os dias, primeiro pelos seus próprios pecados e depois pelos do povo, porque Ele o fez uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo.
A Lei, com efeito, constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à debilidade; mas a palavra do juramento, posterior à Lei, constitui o Filho perfeito para sempre.
O ponto principal do que estamos a dizer é que temos um Sumo Sacerdote que se sentou nos céus à direita do trono da Majestade,
como ministro do santuário e da verdadeira tenda, construída pelo Senhor e não pelo homem.
Todo o Sumo Sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; daí a necessidade de também ele ter algo para oferecer.
Se Cristo estivesse na terra, nem sequer seria sacerdote, pois já existem aqueles que oferecem os dons segundo a Lei.
Esses prestam um culto que é uma imagem e uma sombra das realidades celestes, como foi revelado a Moisés quando estava para construir a tenda. Foi-lhe dito: Presta atenção, faz tudo segundo o modelo que te foi mostrado no monte.
Mas, de facto, ele obteve um ministério tanto mais elevado, quanto maior é a aliança de que é mediador, a qual foi estabelecida sobre melhores promessas.


Livro de Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.17.

Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou!»

«No Livro da Lei está escrito
aquilo que devo fazer.  
Esse é o meu desejo, ó meu Deus;
a tua lei está dentro do meu coração.»
Proclamei a tua fidelidade e a tua salvação.
Não ocultei à grande assembleia
a tua bondade e a tua verdade.

Mas alegrem-se e exultem em ti
todos os que te procuram.
Digam sem cessar
os que desejam a tua salvação: «O Senhor é grande!»



Evangelho segundo S. Marcos 3,7-12.

Naquele tempo, Jesus retirou-se para o mar com os discípulos. Seguiu-o uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia,
de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e das cercanias de Tiro e de Sídon, uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia.
E disse aos discípulos que lhe aprontassem um barco, a fim de não ser molestado pela multidão,
pois tinha curado muita gente e, por isso, os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para lhe tocarem.
Os espíritos malignos, ao vê-lo, prostravam-se diante dele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus!»
Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beato João XXIII (1881-1963), papa
Diário da Alma 29/11/1940 (Paulus Editora)

«Seguiu-O uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia,  de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão [...], uma grande multidão veio ter com Ele»

«Senhor, abre os meus lábios e a minha boca anunciará o Teu louvor» (Sl 50,17). [...] Se pensarmos que estas palavras se repetem sempre em Matinas, em nome da Igreja, que ora por si própria e por todo o mundo, e pelos milhares e centenas de milhares de bocas que se abrem ao toque da graça que invocamos, então o panorama amplia-se e, ao iluminar-se, completa-se. A Igreja apresenta-se, não como um monumento histórico do passado, mas como uma instituição viva. A Santa Igreja não é como um edifício que se constrói ao fim de um ano. É uma cidade vastíssima, que terminará por ocupar o universo inteiro: «O seu monte santo, belo em altura, alegria de toda a terra, o monte Sião, vértice do céu, cidade do grande rei» (Sl 48,3).


A construção começou há vinte séculos, mas continua e estende-se por todas as terras, até que o nome de Cristo seja adorado por toda a parte. E, à medida que continua, as novas gentes dão saltos de júbilo perante o anúncio: «E deram uma grande alegria a todos os irmãos» (Act 15,3). Também é belíssimo o pensamento final [...], edificante para todo o sacerdote que reza o breviário: convém que cada um esteja atento a construir essa Santa Igreja.


Quem, pela pregação, se dedica a obra tão bela, diga ao Senhor como anúncio do Seu evangelho: «Senhor, abre os meus lábios e a minha boca anunciará o Teu louvor.» Quem não é missionário suspire também por cooperar no grande esforço do apostolado e, quando recita os salmos sozinho na sua cela, siga ao Senhor: «Senhor, abre os meus lábios»; porque mesmo aí, por comunicação da caridade, deve considerar sua todas as línguas que nesse momento estejam a anunciar o evangelho, que é o louvor divino supremo.







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 23 de Janeiro de 2013

Quarta-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. João Esmoler, b., +616,  Santo Ildefonso, b., +667

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Santo Hilário : Tudo é recriado por Cristo todos os dias, visto que o Pai tudo opera pelo Filho

Carta aos Hebreus 7,1-3.15-17.

Irmãos: Melquisedec, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, foi ao encontro de Abraão quando ele voltava da derrota infligida aos reis e abençoou-o;
Abraão concedeu-lhe o dízimo de todas as coisas; o seu nome significa, em primeiro lugar, rei de justiça, e depois, «rei de Salém», que quer dizer «rei de paz».
Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, assemelha-se ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre.
E isto é ainda mais evidente, quando aparece outro sacerdote à semelhança de Melquisedec,
instituído, não segundo o mandamento de uma lei humana, mas segundo o poder de uma vida indestrutível.
Na verdade, dele se testemunha: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.


Livro de Salmos 110(109),1.2.3.4.

Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita,
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»



Evangelho segundo S. Marcos 3,1-6.

Jesus entrou novamente na sinagoga onde estava um homem que tinha uma das mãos paralisada.
Ora eles observavam-no, para ver se iria curá-lo ao sábado, a fim de o poderem acusar.
Jesus disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e vem para o meio.»
E a eles perguntou: «É permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou matá-la?» Eles ficaram calados.
Então, olhando-os com indignação e magoado com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão.» Estendeu-a, e a mão ficou curada.
Assim que saíram, os fariseus reuniram-se com os partidários de Herodes para deliberar como haviam de matar Jesus.



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Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Tratado sobre o Salmo 91, 3

Tudo é recriado por Cristo todos os dias, visto que o Pai tudo opera pelo Filho

Em dia de sábado era imposto a todos, sem excepção, que não fizessem nenhum trabalho e que mesmo o descanso fosse levado a cabo em perfeita inactividade. Como pôde então o Senhor romper a norma do sábado? [...] Em verdade, como são grandes as obras de Deus, que sustenta os céus, fornece luz ao sol e a todos os astros, faz crescer as plantas da terra e conserva a vida aos homens. [...] Sim, tudo o que existe na terra e debaixo do céu fica a dever-se a Deus Pai; tudo vem de Deus e tudo existe pelo Filho. Com efeito, Ele é a cabeça e o princípio de tudo; n'Ele tudo foi criado (Cl 1, 16-18). E foi da Sua plenitude que, por iniciativa do Seu eterno poder, Ele tudo criou em seguida.


Ora, se Cristo opera em tudo, é necessariamente pela acção d'Aquele que opera em Cristo. Por isso, diz Ele: «o Meu Pai trabalha a cada momento e eu também» (Jo 5,17), porque tudo o que faz Cristo, Filho de Deus em Quem o Pai mora, é obra do Pai. Assim, todos os dias tudo é recriado pelo Filho, visto que o Pai tudo opera pelo Filho. Por conseguinte, é diária a acção de Cristo e, segundo penso, as leis da Natureza, as formas dos corpos, o desenvolvimento e o crescimento de tudo o que existe são manifestações dessa mesma acção.







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 22 de Janeiro de 2013

Terça-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Vicente, diác., m., +304,  S. Vicente Pallotti, presb., fundador, +1850,  Beata Laura Vicunha, v., +1904

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Papa Bento XVI: «O Filho do Homem até do sábado é Senhor»: a libertação trazida por Cristo

Carta aos Hebreus 6,10-20.

Irmãos: Deus não é injusto, para esquecer as vossas obras e o amor que mostrastes pelo seu nome, pondo-vos ao serviço dos santos e servindo-os ainda agora.
Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo para a plena realização da sua esperança até ao fim,
de modo que não vos torneis preguiçosos, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela perseverança, se tornam herdeiros das promessas.
Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo,
dizendo: Na verdade, Eu te abençoarei e multiplicarei a tua descendência.
E assim, Abraão, tendo esperado com paciência, alcançou a promessa.
Ora, os homens juram por alguém maior do que eles, e o juramento é para eles uma garantia que põe fim a toda a controvérsia.
Por isso, querendo Deus mostrar mais claramente aos herdeiros da promessa que a sua decisão era imutável, interveio com um juramento,
para que, graças a duas acções imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, encontrássemos grande estímulo, nós os que procurámos refúgio nele, agarrando-nos à esperança proposta.
Nessa esperança temos como que uma âncora segura e firme da alma, que penetra até ao interior do véu
onde Jesus entrou como nosso precursor, tornando-se Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.


Livro de Salmos 111(110),1-2.4-5.9.10c.

O Senhor jamais esquecerá a sua aliança.

Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
dignas de meditação para quem as ama.

Instituiu um memorial das suas maravilhas:
o Senhor é misericordioso e compassivo.
Deu sustento àqueles que O temem
e jamais se esquecerá da sua aliança.

Enviou a redenção ao seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna,
santo e venerável é o seu nome,
o louvor do Senhor permanece para sempre.





Evangelho segundo S. Marcos 2,23-28.

Ora num dia de sábado, indo Jesus através das searas, os discípulos puseram-se a colher espigas pelo caminho.
Os fariseus diziam-lhe: «Repara! Porque fazem eles ao sábado o que não é permitido?»
Ele disse: «Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os que estavam com ele?
Como entrou na casa de Deus, ao tempo do Sumo Sacerdote Abiatar, e comeu os pães da oferenda, que apenas aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos que estavam com ele?»
E disse-lhes: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.
O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Papa Bento XVI
Exortação apostólica «Sacramentum caritatis» §72 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)

«O Filho do Homem até do sábado é Senhor»: a libertação trazida por Cristo

Esta novidade radical que a Eucaristia introduz na vida do homem revelou-se à consciência cristã desde o princípio; prontamente os fiéis compreenderam a influência profunda que a celebração eucarística exercia sobre o seu estilo de vida. Santo Inácio de Antioquia exprimia esta verdade designando os cristãos como «aqueles que chegaram à nova esperança», e apresentava-os como aqueles que vivem «segundo o domingo». Esta expressão do grande mártir antioqueno põe claramente em evidência a ligação entre a realidade eucarística e a vida cristã no seu dia-a-dia. O costume característico que os cristãos têm de se reunir no primeiro dia depois do sábado para celebrar a ressurreição de Cristo — conforme a narração do mártir São Justino — é também o dado que define a forma da vida renovada pelo encontro com Cristo.


Mas a expressão de Santo Inácio — «viver segundo o domingo» — sublinha também o valor paradigmático que este dia santo tem para os restantes dias da semana. De facto, o domingo não se distingue com base na simples suspensão das actividades habituais, como se fosse uma espécie de parêntesis dentro do ritmo normal dos dias; os cristãos sempre sentiram este dia como o primeiro da semana, porque nele se faz memória da novidade radical trazida por Cristo. Por isso, o domingo é o dia em que o cristão reencontra a forma eucarística própria da sua existência, segundo a qual é chamado a viver constantemente; «viver segundo o domingo» significa viver consciente da libertação trazida por Cristo e realizar a própria existência como oferta de si mesmo a Deus, para que a Sua vitória se manifeste plenamente a todos os homens através duma conduta intimamente renovada.







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 21 de Janeiro de 2013

Segunda-feira da 2ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Inês, v. m., +304

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São Pedro Crisólogo : «O vinho novo das bodas do Filho»

Carta aos Hebreus 5,1-10.

Todo o Sumo Sacerdote tomado de entre os homens é constituído em favor dos homens, nas coisas respeitantes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
Pode compadecer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele está cercado de fraqueza;
por isso, deve oferecer sacrifícios, tanto pelos seus pecados, como pelos do povo.
E ninguém tome esta honra para si mesmo, mas somente quem é chamado por Deus, tal como Aarão.
Assim também Cristo não se atribuiu a glória de se tornar Sumo Sacerdote, mas concedeu-lha aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei.
E, como diz noutro passo: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.
Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte, com grande clamor e lágrimas, e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu
e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna,
tendo sido proclamado por Deus Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedec.


Livro de Salmos 110(109),1.2.3.4.

Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita,
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»



Evangelho segundo S. Marcos 2,18-22.

Naquele tempo, os discípulos de João e os fariseus guardavam jejum. Vieram perguntar a Jesus: «Porque é que os discípulos de João e os dos fariseus guardam jejum, e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus respondeu: «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o esposo está com eles? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar.
Dias virão em que o esposo lhes será tirado; e então, nesses dias, hão-de jejuar.»
«Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, pois o pano novo puxa o tecido velho e o rasgão fica maior.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão sobre Marcos 2; PL 52, 287

«O vinho novo das bodas do Filho»

«Porque é que nós jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?» Porquê? Porque para vós o jejum é uma questão de lei. Não é um dom espontâneo. Em si mesmo, o jejum não tem valor; o que conta é o desejo daquele que jejua. Que proveito pensais tirar do vosso jejum, se jejuais constrangidos e forçados por uma lei? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade. Mas os discípulos de Cristo foram enviados a trabalhar no campo já maduro da santidade; eles comem o pão da colheita nova. Como poderiam eles ser obrigados a praticar jejuns agora caducos? «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o Esposo está com eles?»


Aquele que se casa entrega-se inteiramente à alegria e toma parte do banquete; mostra-se muito afável e alegre para com os convidados; faz tudo o que lhe inspira o seu afecto pela esposa. Cristo celebra as Suas bodas com a Igreja enquanto vive na terra. É por isso que aceita tomar parte nas refeições para as quais é convidado. Cheio de benevolência e amor, mostra-Se humano, acessível e amável. Não veio Ele para unir o homem a Deus e fazer dos Seus companheiros membros da família de Deus?    


Do mesmo modo, diz Jesus: «Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha». Esse pano novo é o tecido do Evangelho, que está em vias de ser entretecido com a lã do Cordeiro de Deus: uma veste real que o sangue da Paixão irá em breve tingir de vermelho. Como aceitaria Cristo unir esse pano novo com a vetustez do legalismo de Israel? [...] Assim como «ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.» Esses odres novos são os cristãos. O jejum de Cristo é que purificará esses odres de toda a sujidade, para que fique intacto o sabor do vinho novo. O cristão torna-se assim o odre novo, pronto a receber o vinho novo, o vinho das bodas do Filho, pisado na prensa da cruz.







Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.

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