terça-feira, 5 de junho de 2018

«Creio na ressurreição da carne» (Credo)

Quarta-Feira, 6 De Junho De
Quarta-feira da 9ª semana do Tempo Comum


S. Marcelino Champagnat - S. Marcelino Champagnat | S. Norberto - bispo (Padroeiro da Boémia), +1134 | Mais...


2ª Carta a Timóteo 1,1-3.6-12.

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus, para anunciar a promessa da vida que está em Cristo Jesus,
a Timóteo, meu filho caríssimo: a graça, a misericórdia e a paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Dou graças a Deus, a quem sirvo com pura consciência, a exemplo dos meus antepassados, quando, noite e dia, sem cessar, me recordo de ti nas minhas orações.
Por isso te exorto a que reanimes o dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos.
Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade e moderação.
Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor, nem te envergonhes de mim, seu prisioneiro. Mas sofre comigo pelo Evangelho, confiando no poder de Deus.
Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade, não em virtude das nossas obras, mas do seu próprio desígnio e da sua graça. Esta graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, desde toda a eternidade,
manifestou-se agora pelo aparecimento de Cristo Jesus, nosso Salvador, que destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho,
do qual eu fui constituído pregador, apóstolo e mestre.
É por esse motivo que eu suporto os sofrimentos, mas não me envergonho; porque sei em quem pus a minha confiança e estou certo de que Deus tem poder para guardar a missão que me foi confiada até ao último dia.

Livro de Salmos 123(122),1-2a.2bcd.

Levanto os meus olhos para Vós,
para Vós que habitais no Céu,
como os olhos do servo
se fixam nas mãos do seu senhor.

Como os olhos do servo se fixam nas mãos do seu amo, e como os da serva, nas mãos da sua ama, assim os nossos olhos estão postos no SENHOR, nosso Deus, até que tenha piedade de nós.

Evangelho segundo S. Marcos 12,18-27.

Naquele tempo, foram ter com Jesus alguns saduceus – que afirmam não haver ressurreição – e perguntaram-lhe:
«Mestre, Moisés deixou-nos escrito: "Se morrer a alguém um irmão, que deixe esposa sem filhos, esse homem deve casar-se com a viúva, para dar descendência a seu irmão".
Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem deixar descendência.
O segundo casou-se com a viúva e também morreu sem deixar descendência. O mesmo sucedeu ao terceiro.
E nenhum dos sete deixou descendência. Por fim morreu também a mulher.
Na ressurreição, quando voltarem à vida, de qual deles será ela esposa? Porque todos os sete se casaram com ela».
Disse-lhes Jesus: «Não andareis vós enganados, ignorando as Escrituras e o poder de Deus?
Na verdade, quando ressuscitarem dos mortos, nem eles se casam, nem elas são dadas em casamento; mas serão como os Anjos nos Céus.
Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no Livro de Moisés, no episódio da sarça ardente, como Deus disse: "Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob"?
Ele não é Deus de mortos, mas de vivos. Vós andais muito enganados».

Tradução litúrgica da Bíblia




São Justino (c.100 -160)
filósofo, mártir
Tratado sobre a ressurreição, 2.4.7-9

Aqueles que estão enganados dizem que não há ressurreição da carne, que é impossível que esta, após ter sido destruída e reduzida a pó, reencontre a sua integridade. Segundo eles, a salvação da carne não seria apenas impossível, mas nociva; pois acusam a carne, denunciam os seus defeitos, tornam-na responsável pelo pecado, e afirmam que, se ela ressuscitar, também os seus defeitos ressuscitarão [...]. Aliás, o Salvador declarou «Quando ressuscitarem de entre os mortos não se casarão, mas serão como anjos nos céus». Ora os anjos, dizem eles, não têm carne, não comem nem se unem. Portanto, não haverá ressurreição da carne. [...]

Como são cegos os olhos do intelecto! Porque não viram na terra os cegos verem e os coxos caminharem (Mt 11,5) graças à palavra do Salvador [...], para nos fazer crer que, na ressurreição, a carne ressuscitará completa. Se nesta terra Ele curou as enfermidades da carne e devolveu ao corpo a sua integridade, quanto mais o fará no momento da ressurreição, para que a carne ressuscite sem defeito, integralmente [...]. Parece-me que essas pessoas ignoram a ação divina no seu conjunto, tanto na origem da criação como no fabrico do homem; e ignoram a razão por que foram feitas as coisas terrenas.

O Verbo disse: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança» (Gn 1,26). [...] É evidente que o homem, moldado à imagem de Deus, era de carne. Que absurdo é considerar desprezível e sem mérito a carne moldada por Deus segundo a sua imagem! É também evidente que a carne é preciosa aos olhos de Deus porque é obra sua. E, porque nela se encontra o princípio do seu projeto para o resto da criação, é o que há de mais precioso aos olhos do Criador.



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