EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68 Sabado, dia 06 de Junho de 2009 Sábado da 9ª semana do Tempo Comum Hoje a Igreja celebra : São Marcelino Champagnat, presbítero, fundador, 1840
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Santa Teresa de Ávila : «Ela, da sua penúria, deitou tudo»
Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
Continuando o seu ensinamento, Jesus dizia: «Tomai cuidado com os doutores da Lei, que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas praças, de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes; eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais severa.» Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas. Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões. Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros; porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.» Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja Poema «Vivo sin vivir en mí»
«Ela, da sua penúria, deitou tudo»
Vivo sem viver em mim; e minha esperança é tal, que morro de não morrer.
Vivo já fora de mim desde que morro de amor; pois vivo no Senhor que me quis para Si. Quando Lhe dei o coração, nele inscreveu estas palavras: morro de não morrer. [...]
Ah! que triste é a vida que não se alegra no Senhor! E, se o amor é doce, não o é a longa espera; livra-me, meu Deus, desta carga, mais pesada que o aço, pois morro de não morrer.
Vivo só da confiança de que um dia hei-de morrer, pois pela morte é a vida que a esperança me promete. Morte em que se ganha a vida, não tardes, que te espero, pois morro de não morrer.
Vede como é forte o amor (Cant 8,6); ó vida, não me sobrecarregues! Vê o que apenas resta: para te ganhar, perder-te! (Lc 9,24) Venha ela, a doce morte! Que minha morte venha bem cedo, pois morro de não morrer.
Esta vida lá do alto, que é vida verdadeira, até que morra a vida cá de baixo enquanto se viver não se a tem. Ó morte, não te escondas! Que viva porque morro já, pois morro de não morrer.
Ó vida, que posso eu dar a meu Deus, que vive em mim, senão perder-te, a ti, para merecer prová-Lo! Desejo, morrendo, obtê-Lo, pois tenho tal desejo do meu Amado que morro de não morrer.
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