EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68 Domingo, dia 19 de Dezembro de 2010 4º Domingo do Advento - Ano A 4º Domingo do Advento (semana IV do saltério) Hoje a Igreja celebra : Beato Urbano V, papa, +1370
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui São Beda: «Dar-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Evangelho segundo S. Mateus 1,18-24.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco. Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja Homilias para a Vigília do Natal, 5; CCL 122, 32-36 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p.19 rev.)
«Dar-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
O profeta Isaías diz: «Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-Lhe o nome de Emanuel» (7, 14). O nome do Salvador, «Deus connosco», dado pelo profeta, refere-se às duas naturezas da Sua pessoa única. Com efeito, Aquele que é Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, é também o Emanuel do fim dos tempos, quer dizer «Deus connosco». Tornou-Se assim no seio de Sua Mãe, porque Se dignou aceitar a fragilidade da nossa natureza na unidade da Sua pessoa quando «o Verbo se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1, 14). Quer dizer que começou de uma forma admirável a ser o que nós somos, sem deixar de ser Quem era, assumindo a nossa natureza, de forma a não perder o que era em Si mesmo. [...] «Maria e teve o seu filho primogénito [...] e deram-lhe o nome de Jesus» (Lc 2, 7.21). Portanto, Jesus é o nome do Filho nascido da Virgem, nome que indica, segundo a explicação do anjo, que Ele salvará o povo dos seus pecados. [...] Será Ele que, evidentemente, salvará também da destruição da alma e do corpo os seguidores do pecado. Quanto ao nome «Cristo», é título de uma dignidade sacerdotal e real. Porque, sob a antiga Lei, os sacerdotes e os reis eram chamados cristos, devido à crismação. Essa unção com óleo santo prefigurava o Cristo que, vindo ao mundo como verdadeiro Rei e Sacerdote, foi consagrado: «Deus ungiu-O com o óleo da alegria, preferindo-O aos Seus companheiros» [cf. Sl 44 (45), 8]. Por causa dessa unção ou crismação, Cristo em pessoa e aqueles que participam da mesma unção quer dizer, da graça espiritual são chamados «cristãos». Pelo facto de ser o Salvador, Cristo pode-nos salvar dos nossos pecados; pelo facto de ser Sacerdote, pode reconciliar-nos com Deus Pai; pelo facto de ser Rei, digna-Se dar-nos o Reino eterno de Seu Pai.
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Ó Rebento da raiz de Jessé, sinal erguido diante dos povos: vinde libertar-nos, não tardeis mais. |
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