quinta-feira, 4 de março de 2010

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 05 de Março de 2010

Sexta-feira da 2ª semana da Quaresma


Hoje a Igreja celebra : S. João José da Cruz, religioso, +1737,  Santo Adriano, mártir, +308

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São Bernardo : O mistério da vinha de Deus


Evangelho segundo S. Mateus 21,33-43.45-46.

«Escutai outra parábola: Um chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe. Quando chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os frutos que lhe pertenciam. Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Tornou a mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma. Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: 'Hão-de respeitar o meu filho.' Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.' E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.» Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos? Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos. Os sumos sacerdotes e os fariseus, ao ouvirem as suas parábolas, compreenderam que eram eles os visados. Embora procurassem meio de o prender, temeram o povo, que o considerava profeta.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermão 30 sobre o Cântico dos Cânticos (a partir da trad. de Beguin, Seuil 1953, p. 362 rev.)

O mistério da vinha de Deus


Irmãos, se na vinha do Senhor vemos a Igreja, não é limitada prerrogativa ter a Igreja alargado os seus limites a toda a terra. [...]

Refiro-me à multidão dos primeiros crentes, de quem foi dito que tinham «um só coração e uma só alma» (Act 4, 32). [...] Porque a perseguição não a arrancou tão brutalmente do solo, que ela não tenha podido voltar a ser plantada noutros locais e alugada a outros vinhateiros que, chegada a estação própria, a fizeram dar frutos. Ela não pereceu, mudou de solo. Melhor, ganhou tanto em força, quanto em difusão, como vinha bendita pelo Senhor. Levantai, portanto, irmãos, os vossos olhos e vereis que «as montanhas cobriram-se com a sua sombra, e os seus ramos ultrapassaram os altos cedros. As suas ramagens estenderam-se até ao mar e os seus rebentos até ao rio» [Sl 80 (79), 11-12].

Isto não é surpreendente: ela é o edifício de Deus, o Seu terreno de cultivo (1Cor 3, 9). É Ele que a torna fecunda, que a faz propagar-se, que a poda e a limpa, de modo a que ela produza mais fruto. Ele não vai deixar ao abandono a cepa que a Sua mão direita plantou [Sl 80 (79), 15]; não vai deixar uma vinha cujos ramos são os Apóstolos, cuja cepa é Jesus Cristo e de que Ele, o Pai, é o agricultor (Jo 15, 1-5). Plantada na fé, ela mergulha as suas raízes na caridade; lavrada pela obediência, fertilizada pelas lágrimas do arrependimento, irrigada pela palavra dos pregadores, dela transborda um vinho que inspira a alegria e não a má conduta, um vinho cheio de doçura, que alegra verdadeiramente o coração do homem [Sl 104 (103), 15]. [...] Filha de Sião, consola-te a contemplar este grande mistério: não chores! Abre o teu coração para acolher todas as nações da terra!





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