EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68 Quarta-feira, dia 31 de Março de 2010 4a-FEIRA DA SEMANA SANTA 4º feira da Semana Santa Hoje a Igreja celebra : Santa Balbina, virgem, mártir (+132), S. Benjamim, diácono, mártir, +420, Santo Acácio, bispo, +250
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Santa Teresa Benedita da Cruz : «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Evangelho segundo S. Mateus 26,14-25.
Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata. E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?» Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: 'O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.'» Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze. Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.» Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?» Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará. O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!» Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» respondeu Jesus. Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa A Oração da Igreja (a partir da trad. Paris, 1955, pp. 19-22; cf. Source cachée, p. 54)
«Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Sabemos, pelos relatos evangélicos, que Cristo orou como judeu crente e fiel à Lei. [...] Ele pronunciou as velhas orações de bênção do pão, do vinho e dos frutos da terra que ainda hoje se recitam, como testemunham os relatos da Última Ceia, totalmente consagrada a uma das mais sagradas obrigações religiosas: a solene refeição pascal, que comemorava a libertação da servidão do Egipto. Talvez seja aqui que temos a visão mais profunda da oração de Cristo, e como que a chave que nos introduz na oração de toda a Igreja. [...]
A bênção e a partilha do pão e do vinho faziam parte do rito da refeição pascal. Mas uma e outra recebem aqui um sentido inteiramente novo. Aqui nasce a vida da Igreja. É certo que só no Pentecostes é que a Igreja nasce como comunidade espiritual e visível; mas aqui, na Ceia, cumpre-se o enxerto do sarmento na cepa que torna possível a efusão do Espírito. As antigas orações de bênção tornaram-se, nos lábios de Cristo, palavras criadoras de vida. Os frutos da terra transformaram-se na Sua carne e no Seu sangue, encheram-se da Sua vida. [...] A Páscoa da Antiga Aliança veio a ser a Páscoa da Nova Aliança.
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