quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 21 de Fevereiro de 2008

Hoje a Igreja celebra : S. Pedro Damião, bispo, Doutor da Igreja, +1072

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São João Crisóstomo : "Não vos esqueçais da hospitalidade"


Evangelho segundo S. Lucas 16,19-31.

«Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes. Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio. Então, ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.' Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós.' O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos; que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.' Disse lhe Abraão: 'Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!' Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.' Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.'»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São João Crisóstomo (c. 345-407), bispo de Antioquia, depois de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre Lázaro

"Não vos esqueçais da hospitalidade"


A propósito desta parábola, convém perguntarmos a nós próprios por que motivo o rico vê Lázaro no seio de Abraão e não em companhia de outro justo. É que Abraão foi hospitaleiro. Aparece, pois, ao lado de Lázaro, para acusar o rico de não ter sido hospitaleiro. Com efeito, o patriarca procurava reter os mais simples transeuntes, dando-lhes acesso à sua tenda (Gn 18, 1ss.). O rico, pelo contrário, apenas mostrara desdém por aquele que vivia diante de sua casa. Ora, tratava-se de um homem que, dispondo de tanto dinheiro, podia dar segurança ao pobre. Mas continuou a ignorá-lo, dia após dia, não lhe proporcionando a ajuda de que ele tinha necessidade.

O patriarca não agiu desta forma, bem pelo contrário! Sentado à entrada da tenda, estendia a mão a quantos passavam, qual pescador que lança a rede ao mar para apanhar o peixe, apanhando muitas vezes também ouro e pedras preciosas. Assim, apanhando os homens na sua rede, aconteceu a Abraão apanhar também anjos, e – coisa espantosa! – sem disso se precaver.

O próprio Paulo se mostra espantado, tendo-nos deixado a seguinte exortação: "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos" (Heb 13, 2). E Paulo tem razão em dizer "sem o saberem". Se Abraão tivesse sabido que aqueles que acolhia com tanta benevolência eram anjos, nada teria feito de extraordinário ou de admirável em assim os acolher. Se recebe este elogio é, pois, porque ignorava a identidade daquelas personagens. Com efeito, tomou por homens vulgares estes viajantes que tão generosamente convidou para sua casa. Também tu sabes mostrar-te apressado em receber uma personagem célebre, mas tal não é motivo de espanto. […] Em contrapartida, é realmente admirável reservar um acolhimento cheio de bondade à gente normal que não conhecemos.





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