EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68 Sexta-feira, dia 13 de Junho de 2008 Hoje a Igreja celebra : Santo António de Lisboa, presbítero, Doutor da Igreja, +1231
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Santo Ireneu de Lyon : Não mais servos, mas amigos (Jo 15,15)
Evangelho segundo S. Mateus 5,27-32.
«Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração. Portanto, se a tua vista direita for para ti origem de pecado, arranca-a e lança-a fora, pois é melhor perder-se um dos teus órgãos do que todo o teu corpo ser lançado à Geena. E se a tua mão direita for para ti origem de pecado, corta-a e lança-a fora, porque é melhor perder-se um só dos teus membros do que todo o teu corpo ser lançado à Geena.» «Também foi dito: Aquele que se divorciar da sua mulher, dê-lhe documento de divórcio. Eu, porém, digo-vos: Aquele que se divorciar da sua mulher excepto em caso de união ilegal expõe-na a adultério, e quem casar com a divorciada comete adultério.» Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Ireneu de Lyon (cerca 130-cerca 208), bispo, teólogo e mártir Contra as heresias, IV, 13, 2-4
Não mais servos, mas amigos (Jo 15,15)
A Lei foi promulgada primeiro para escravos, a fim de educar a alma para as coisas exteriores e corporais, levando-a em certa medida como por uma corrente à docilidade aos mandamentos, a fim de que o homem aprendesse a obedecer a Deus. Mas o Verbo de Deus libertou a alma; ele ensinou-a a purificar-se livremente, de livre vontade, também o corpo. Portanto, era preciso que fossem retiradas as cadeias da servidão, graças às quais o homem se pudera formar, e de futuro ele seguisse a Deus sem cadeias. Mas ao mesmo tempo que os preceitos da liberdade eram vastos, era preciso reforçar a submissão ao Rei, a fim de que ninguém voltasse para trás e não se mostrasse indigno do seu Libertador... Foi por isso que o Senhor nos deu por palavra de ordem, em vez de não cometer adultério, de nem sequer cobiçar; em vez de não matar, de nem sequer nos encolerizarmos; em vez de pagar simplesmente a dízima, de distribuir todos os bens pelos pobres; de amar não apenas os que nos são próximos, mas também os nossos inimigos; de não ser apenas «generosos e prontos a partilhar» (1 Tim 6,18), mas ainda de darmos gentilmente os nossos bens aos que no-los tomam... Por conseguinte, Nosso Senhor, a Palavra de Deus, comprometeu primeiro os homens numa servidão em relação a Deus e em seguida libertou os que lhe tinham sido submissos. Como ele próprio disse aos seus discípulos: «Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vo-lo dei a conhecer» (Jo 15,15) ... Ao fazer dos seus discípulos os amigos de Deus, mostra claramente que ele é o Verbo, a Palavra de Deus. Porque foi por ter seguido o seu apelo espontaneamente e sem cadeias, na generosidade da sua fé, que Abraão se tornou «amigo de Deus» (Is 41,8).
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