EVANGELHO QUOTIDIANO Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68 Sexta-feira, dia 02 de Janeiro de 2009 Sexta-feira do Tempo Natal antes da Epifania Hoje a Igreja celebra : São Basílio Magno, bispo, Doutor da Igreja, +379, São Gregório (Nazianzeno), bispo de Nazianzo, Doutor da Igreja, +390
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Santo Agostinho : «Sou a voz que clama no deserto»
Evangelho segundo S. João 1,19-28.
Este foi o testemunho de João, quando as autoridades judaicas lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Tu quem és?» Então ele confessou a verdade e não a negou, afirmando: «Eu não sou o Messias.» E perguntaram-lhe: «Quem és, então? És tu Elias?» Ele disse: «Não sou.» «És tu o profeta?» Respondeu: «Não.» Disseram-lhe, por fim: «Quem és tu, para podermos dar uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?» Ele declarou: «Eu sou a voz de quem grita no deserto: 'Rectificai o caminho do Senhor', como disse o profeta Isaías.» Ora, havia enviados dos fariseus que lhe perguntaram: «Então porque baptizas, se tu não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?» João respondeu-lhes: «Eu baptizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. É aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias.» Isto passou-se em Betânia, na margem além do Jordão, onde João estava a baptizar. Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja Sermão 293, 7e para a Natividade de João Baptista
«Sou a voz que clama no deserto»
João era a voz, mas «no princípio era o Verbo» (Jo 1, 1). João, uma voz para um tempo; Cristo, a Palavra desde o princípio, a Palavra eterna. Sem a Palavra, o que é a voz? Onde não há nada para compreender, há um ruído vazio. A voz sem a palavra entra no ouvido, mas não chega ao coração. Mas descubramos como as coisas se encandeiam no nosso coração, que é necessário edificar. Se eu penso naquilo que devo dizer, a palavra está já no meu coração; mas, quando te quero falar, procuro como fazer passar para o teu coração o que já existe no meu. Se procuro como pode a palavra que já existe no meu coração encontrar-te e ficar no teu coração, sirvo-me da voz, e é com esta voz que te falo: o som da voz conduz até ti a ideia contida na palavra. Então, é verdade que o som se esvai; mas a palavra que o som conduziu até ti está doravante no teu coração, sem ter abandonado o meu. Logo que a palavra passa para ti, não é verdade que o som parece dizer, como João Baptista, «Ele deve crescer e eu diminuir»? (Jo 3, 30). O som da voz ressoou para realizar o seu serviço, e desaparece como se dissesse: «Essa é a minha alegria, que agora é completa» (29). Guardemos então a Palavra; não deixemos partir a Palavra concebida no mais profundo do nosso coração.
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