domingo, 30 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 01 de Dezembro de 2008

Segunda-feira da 1a semana do Advento


Hoje a Igreja celebra : Santo Elói, bispo, +660

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Eusébio de Cesareia : "Muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar... no festim do Reino dos céus"


Evangelho segundo S. Mateus 8,5-11.

Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: 'Vai', e ele vai; a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto', e ele faz.» Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu,


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Eusébio de Cesareia (c. 265-340), bispo, teólogo, historiador
Demonstração evangélica, II, 3, 35 (trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 197 ; cf SC 228)

"Muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar... no festim do Reino dos céus"


Muitos são os testemunhos da Escritura que mostram que as nações pagãs não receberam menos graças do que o povo judeu. Se os judeus... participam da bênção de Abraão, o amigo de Deus, porque são seus descendentes, recordemos que Deus se tinha comprometido a dar aos pagãos uma bênção semelhante não só à de Abraão, mas ainda às de Isaac e de Jacob. Com efeito, Ele predisse explicitamente que todas as nações serão abençoadas de igual forma e convida todos os povos a uma só e mesma alegria com os ditosos amigos de Deus: "Nações, alegrai-vos com o seu povo" (Dt 32,43) e também: "Os príncipes dos povos reuniram-se com o Deus de Abraão" (Sl 46,10).  
     
Se Israel se glorifica do Reino de Deus, dizendo que ele é a sua herança, os oráculos divinos mostram-lhe que Deus reinará também sobre os outros povos: "Ide dizer às nações: O Senhor é rei" (Sl 95,10) e também: "Deus reina sobre os pagãos" (Sl 46,91). Se os judeus foram escolhidos para serem os sacerdotes de Deus e lhe prestarem culto..., a palavra de Deus prometeu comunicar às nações o mesmo ministério: "Rendei ao Senhor, ó família dos povos, rendei ao Senhor glória e honra. Apresentai oferendas, entrai nos seus átrios" (Sl 95,7-8)...    
      
E se, outrora, num primeiro tempo, "a porção do Senhor foi Jacob, seu povo, e Israel a sua parte da herança" (Dt 32,9 LXX), num segundo tempo, a Escritura afirma que todos os povos serão dados em herança ao Senhor, segundo a palavra do Pai: "Pedi e dar-vos-ei as nações como herança" (Sl 2,8). A profecia anuncia ainda que Ele "dominará" não só em Israel, mas "do mar até ao mar e até aos confins da terra; todos os países o servirão e nele serão abençoadas todas as tribos da terra" (Sl 71,8-11). Foi assim que o Deus do universo "fez conhecer a sua salvação diante de todas as nações" (Sl 97,2).      





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Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 30 de Novembro de 2008

1º Domingo do Advento - B


1º Domingo do Advento - Ano B (semana I do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Santo André, apóstolo

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S. Pascácio Radberto : "Tendo cuidado e vigiai: porque não sabeis quando virá o tempo"


Evangelho segundo S. Marcos 13,33-37.

«Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento. É como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, delegou a autoridade nos seus servos, atribuiu a cada um a sua tarefa e ordenou ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar o galo, se de manhãzinha; não seja que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós, digo a todos: vigiai!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Pascácio Radberto (? - c. 849), monge beneditino
Comentário sobre o evangelho de Mateus 11, 24 ; PL 120, 799 (trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 14)

"Tendo cuidado e vigiai: porque não sabeis quando virá o tempo"


É preciso termos sempre em consideração uma dupla vinda de Cristo: uma, quando Ele vier e nós tivermos de prestar contas de tudo o que tivermos feito; a outra, quotidiana, quando Ele visita sem cessar a nossa consciência e vem a nós a fim de nos encontar prontos por ocasião da sua vinda definitiva. Com efeito, para que me serve conhecer o dia do juizo, se estou consciente de tantos pecados? Saber que o Senhor vem, se Ele não vier primeiro ao meu coração, se não entrar no meu espírito, se Cristo não viver e não falar em mim? Então sim, é bom que Cristo venha se, antes que tudo, Ele vive em mim e eu nele. Para mim, é como se a segunda vinda se tivesse já realizado, uma vez que o desaparecimento do mundo já ocorreu em mim, porque de certa forma posso dizer: "O mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Ga 6,14).
      
Reflecti também sobre esta palavra de Jesus: "Muitos virão em meu nome" (Mt 24,5). Só o Anticristo se apodedra deste nome, ainda que isso seja para nos enganar... Em nenhuma passagem da Escritura encontrareis que o Senhor tenha declarado: "Eu sou Cristo". Porque lhe bastava mostrar que o era, pelos seus ensinamentos e pelos seus milagres, uma vez que o Pai agia com Ele. O ensino da sua palavra e o seu poder gritavam: "Eu sou Cristo", com mais força do que milhares de vozes teriam gritado. Portanto, não sei se podereis achar que Ele o tenha dito em palavras, mas mostrou-o "cumprindo as obras do Pai" (Jo 5,36) e ministrando um ensino impregnado de piedade filial. Os falsos messias, que são disso desprovidos, só podem usar os seus discursos para suportar as suas pretensões enganadoras.





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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 29 de Novembro de 2008

Sábado da 34a semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Beato Redento da Cruz, religioso, mártir, +1638,   Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638

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Divina Liturgia de São Basílio : Rezar em todo o tempo, diante do Filho do Homem


Evangelho segundo S. Lucas 21,34-36.

«Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, a embriaguez e as preocupações da vida, e que esse dia não caia sobre vós subitamente, como um laço; pois atingirá todos os que habitam a terra inteira. Velai, pois, orando continuamente, a fim de terdes força para escapar a tudo o que vai acontecer e aparecerdes firmes diante do Filho do Homem.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Divina Liturgia de São Basílio (século IV)
Oração eucarística, II Parte

Rezar em todo o tempo, diante do Filho do Homem


«Fazei isto em memória de Mim. Todas as vezes que comerdes deste pão e que beberdes deste cálice anunciareis a Minha morte, confessareis a Minha ressurreição.» Fazemos, pois, memória do Senhor, dos sofrimentos salvíficos de Cristo, da Sua cruz vivificante, do Seu enterramento durante três dias, da Sua ressurreição de entre os mortos, da Sua ascensão ao céu, da Sua presença à Tua direita, ó Pai, e da Sua segunda vinda, glorioso e temível, oferecendo-Te, daquilo que Te pertence, estas coisas que são Tuas.

Em tudo e por tudo Te cantamos, Te bendizemos, Te damos graças, Senhor, e Te suplicamos, a Ti, nosso Deus. Foi por isso, Mestre santíssimo, que fomos considerados dignos de servir no Teu santíssimo altar, não pela nossa justiça, porque nada fizemos de bom nesta terra; mas, por causa da Tua bondade e da Tua misericórdia superabundante, ousamos aproximar-nos do Teu altar, oferecer o sacramento do santíssimo corpo e do sangue sagrado do Teu Cristo. Pedimos-Te e invocamos-Te, ó Santo dos Santos: que, pela Tua bondade e benevolência, o teu Espírito Santo desça sobre nós e sobre os dons aqui presentes, que os abençoe e os santifique, que consagre este pão ao precioso corpo de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (o diácono responde: Ámen) e este cálice ao precioso sangue de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (o diácono responde: Ámen), derramado pela vida do mundo (o diácono responde: Ámen).

Que todos nós, que participamos no único pão e no único cálice, estejamos unidos uns aos outros na comunhão do único Espírito Santo, e que nenhum de nós participe no corpo santo e no sangue sagrado do Teu Cristo para seu juízo e sua condenação, mas que encontremos piedade e graça, com todos os santos que, desde o começo, Te foram agradáveis. [...] E concede-nos glorificar e aclamar, a uma só voz e com um só coração, o Teu nome adorável e maravilhoso: Pai, Filho e Espírito Santo, agora e para sempre, pelos séculos dos séculos. Ámen.





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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 28 de Novembro de 2008

Sexta-feira da 34ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Catarina Labouré, religiosa, +1876

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São Bernardo : «Quando virdes acontecer estas coisas, sabereis que está próximo o Reino de Deus"


Evangelho segundo S. Lucas 21,29-33.

E disse-lhes uma comparação: «Reparai na figueira e nas restantes árvores. Quando começam a deitar rebentos, ao vê-los, ficais a saber que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes essas coisas, conhecereis que o Reino de Deus está próximo. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo se cumpra. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
Sermão nº 74 sobre o Cântico dos cânticos

«Quando virdes acontecer estas coisas, sabereis que está próximo o Reino de Deus"


«É Nele, realmente, que vivemos, nos movemos e existimos» (Act 17, 28). Feliz daquele que vive por Ele, que é movido por Ele, em quem Ele é a existência. Perguntar-me-eis: se não se conseguem descobrir os sinais da Sua vinda, como foi que eu soube que Ele estava presente? É que Ele é vivo e eficaz (Heb 4, 12); mal entrou em mim, despertou a minha alma adormecida. Vivificou-me, enterneceu-me e animou-me o coração, que estava adormecido e duro como uma pedra (Ez 36, 26). Começou por arrancar e sachar, construir e plantar, regar a minha secura, dar luz às minhas trevas, abrir aquilo que estava fechado, inflamar a minha frieza, e também aplainar os cumes e nivelar os terrenos escarpados (Is 40, 4) da minha alma, para que ela pudesse dizer: «Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e toda a minha vida interior o Seu santo nome» (Sl 102, 1).

O Verbo esposo veio a mim mais do que uma vez, mas sem dar sinais da Sua irrupção. [...] Foi pelo movimento do meu coração que me apercebi de que Ele ali estava. Reconheci a Sua força e o Seu poder, porque senti apaziguarem-se-me as más tendências e as paixões. A discussão e a acusação aos meus sentimentos obscuros levou-me a admirar a profundidade da Sua sabedoria. Experimentei a Sua doçura e a Sua bondade pelo veloz progresso da minha vida. E, vendo renovar-se-me o homem interior (2Cor 4, 16), o meu espírito no mais fundo de mim mesmo, descobri um pouco da Sua beleza. Contemplando por fim tudo isto, estremeci diante da imensidão da Sua grandeza.





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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 27 de Novembro de 2008

Quinta-feira da 34ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora das Graças

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Santo Agostinho : "Erguei-vos e levantai a cabeça, porque aproxima-se a vossa redenção"


Evangelho segundo S. Lucas 21,20-28.

«Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade, pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito. Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo. Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.» «Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar; os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Discurso sobre o Salmo 95

"Erguei-vos e levantai a cabeça, porque aproxima-se a vossa redenção"


"Então, todas as árvores da floresta saltarão de alegria diante do Senhor, porque Ele vem para julgar a terra" (Sl 95,12-13). O Senhor veio uma primeira vez e virá de novo. Veio uma primeira vez "sobre as núvens" (Mt 26,64) na sua Igreja. Que núvens o trouxeram? Os apóstolos, os pregadores... Veio uma primeira vez trazido pelos seus pregadores e encheu toda a terra. Não ponhamos resistência à sua primeira vinda se não queremos temer a segunda...
      
Que deve pois fazer o cristão? Aproveitar este mundo mas não o servir. Em que consiste isso? "Possuir como se não se possuisse". É o que diz S. Paulo: "Irmãos, o tempo é breve... Desde já, aqueles que choram seja como se não chorassem, os que são felizes, como se o não fossem, os que compram, como se nada possuissem, os que tiram proveito deste mundo, como se não se aproveitassem dele. Porque este mundo, tal como o vemos, vai passar. Quereria ver-vos livres de toda a preocupação" (1Co 7,29-32). Quem está livre de toda a preocupação espera com segurança a vinda do seu Senhor. Será que se ama o Senhor quando se receia a sua vinda? Meus irmãos, não nos envergonhamos disso? Amamo-lo e receamos a sua vinda? Amamo-lo verdadeiramente ou amamos mais os nossos pecados? Odiemos então os nossos pecados e amemos Aquele que há-de vir...
    
"Todas as árvores da foresta rejubilarão à vista do Senhor", porque Ele veio uma primeira vez... Veio uma primeira vez e regressará para julgar a terra; então encontrará cheios de alegria os que tiverem acreditado na sua primeira vinda.





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"Feliz Ano Novo"

Prezados Leitores


Está a começar mais um ano litúrgico. Mais uma vez a Igreja nos faz entrar nesta dinâmica do mistério da nossa Salvação que nos há-de levar ao Natal, à Páscoa, ao Pentecostes, ao tempo comum que é o nosso.


Tal como em anos anteriores, é altura de vos enviar uma saudação especial e desejar “um feliz ano novo”. Mas este ano vai ser especial. Porque em breve, dentro de dois meses (só Deus sabe), atingiremos a barreira dos 50.000 leitores em língua portuguesa. É uma espécie de jubileu que nos é oferecido. Não para nos orgulharmos dos passos que andámos mas para rejubilarmos pelo facto de que a Palavra de Deus vá atingindo cada vez mais corações, através destes meios que a tecnologia nos proporciona.


Este ano, vamos entrar mais vezes em relação convosco.  Porque há novidades, propostas, pedidos a fazer para que o “jubileu” seja plenamente vivido. E queremos partilhar tudo isto devagarinho, para o podermos saborear.


Para já, esperamos que já se tenham dado conta de que alguns dias são ilustrados com imagens alusivas. É uma forma de enriquecermos a nossa correspondência. Que a imagem seja para os olhos o que a Palavra é para o entendimento: um alimento, um alicerce.


Despedimo-nos com amizade e, mais uma vez, reiteramos o nosso desejo de corresponder às vossas necessidades. Por isso, não se coíbam de nos fazer sugestões, comentários, críticas. Sobretudo, não se esqueçam de rezar por todos nós, os que asseguramos este serviço, no mundo inteiro. E lembrem-se de oferecer uma assinatura gratuita de Evangelho Quotidiano aos vossos parentes, amigos e conhecidos. É um excelente presente de Natal!


Com amizade fraterna


Alberto, Berta, Fernanda, José, Maria José e Paula


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 26 de Novembro de 2008

Quarta-feira da 34ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. João Berchmans, jovem seminarista, +1621,   Beato Tiago Alberione, presbítero, fundador, +1971

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Jean Tauler : "Sereis detestados por causa do meu nome, mas nem um cabelo da vossa cabeça se perderá"


Evangelho segundo S. Lucas 21,12-19.

«Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome. Assim, tereis ocasião de dar testemunho. Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa, porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários. Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós e sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. Pela vossa constância é que sereis salvos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Jean Tauler (vers 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 21, para a Ascensão

"Sereis detestados por causa do meu nome, mas nem um cabelo da vossa cabeça se perderá"


Jesus prometia sempre a paz aos seus discípulos, antes da sua morte e após a sua ressurreição, sempre a paz (Jo 14,27; Lc 24,36). Os discípulos nunca obtiveram esta paz vinda do exterior mas acolheram a paz na luta e o amor no sofrimento; e na morte encontraram a vida. E encontraram sempre um jubiloso triunfo quando, antes dessa morte, os interrogavam, julgavam, condenavam. Eram verdadeiras testemunhas.
      
Sim, há muitos homens que estão totalmente cheios de mansidão no corpo e na alma, a ponto de estarem penetrados dela até à medula e até às veias, mas, quando chegam o sofrimento, as trevas, a dispersão interior, já não sabem para onde ir. Param de repente e daí não lhes vem nada. Quando chegarem os terríveis furacões, o deserto interior, a tentação exterior do mundo, da carne ou do Inimigo, aquele que souber passar através disso encontrará a paz profunda que ninguém lhe poderá arrebatar. Mas quem não tomar este caminho fica para trás e nunca saboreará a verdadeira paz. Eis quais são as verdadeiras testemunhas de Cristo.





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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 25 de Novembro de 2008

Terça-feira da 34ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Catarina de Alexandria, virgem, mártir, +305

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Orígenes : «Não sabeis que sois templo de Deus?» (1Cor 3,16)


Evangelho segundo S. Lucas 21,5-11.

Como alguns falassem do templo, dizendo que estava adornado de belas pedras e de ofertas votivas, respondeu: «Virá o dia em que, de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.» Perguntaram-lhe, então: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?» Ele respondeu: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar, pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu'; e ainda: 'O tempo está próximo.' Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis; é necessário que estas coisas sucedam primeiro, mas não será logo o fim.» Disse-lhes depois: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em vários lugares, fomes e epidemias; haverá fenómenos apavorantes e grandes sinais no céu.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Orígenes (c.185-253), padre e teólogo
Comentário ao Evangelho de João, 10,39; PG 14, 369s

«Não sabeis que sois templo de Deus?» (1Cor 3,16)


«Jesus diz aos judeus: 'Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei [...]' Ele falava do templo que é o seu corpo» (Jo 2,21) [...] Alguns pensam que é impossível aplicar ao corpo de Cristo tudo o que é dito acerca do Templo; pensam que se chamou templo ao seu corpo porque, tal como o primeiro Templo tinha sido habitado pela glória de Deus, também o Primogénito de todas as criaturas é a imagem e a glória de Deus (Cl 1,15), e que é justo, portanto, que o seu Corpo, a Igreja, seja chamado templo de Deus, porque contém a imagem da divindade [...]. Aprendemos com Pedro que a Igreja é o corpo e a casa de Deus, construída com pedras vivas, uma casa espiritual em função de um sacerdote santo (1 Pe 2,5).

Possamos então considerar Salomão, o filho de David que construiu o Templo, como uma prefiguração de Cristo: foi depois da guerra, numa altura de grande paz, que Salomão construiu um Tempo à glória de Deus na Jerusalém terrestre [...]. De facto, quando todos os inimigos de Cristo estiverem «colocados debaixo dos seu pés», e de a morte, «o último inimigo», ter sido destruído (1 Cor 15,25-26), então a paz será perfeita, então Cristo será «Salomão», cujo nome significa «pacífico»; n'Ele se cumprirá esta profecia: «vivo [...] entre aqueles que odeiam a paz, [mas] lhes falo de paz» (Sl 119,6-7). Então cada uma das pedras vivas, segundo o mérito da sua vida presente, será uma pedra do templo: um, apóstolo ou profeta, que ficará nas fundações, levará consigo as pedras que ficarão por cima; um outro, vindo a seguir àqueles que ficam nas fundações, ele próprio conduzido pelos profetas, levará por sua vez consigo outras pedras mais leves; um terceiro será uma pedra que ficará mesmo no interior, onde se situa a arca com os querubins e o propiciatório (1 R 6,19); um quarto será a pedra do vestíbulo (v.3), e um quinto, ainda, fora do vestíbulo dos padres e dos levitas, será a pedra do altar onde são feitas as oferendas das colheitas [...] O desenvolvimento da construção, com a organização dos ministérios, será confiado aos anjos de Deus, essas forças santas prefiguradas nos mestres de obras de Salomão [...] Tudo isto se cumprirá quando a paz for perfeita, quando reinar uma grande paz.





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domingo, 23 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 24 de Novembro de 2008

Segunda-feira da 34ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santo André Dung Lac e companheiros, presbíteros, mártires vietnamitas, séc. XVIII e XIX

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São Paulino de Nola : «Ela deitou tudo o que tinha para viver»


Evangelho segundo S. Lucas 21,1-4.

Levantando os olhos, Jesus viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as suas ofertas. Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas e disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros; pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua indigência, deitou tudo o que tinha para viver.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Paulino de Nola (355-431), bispo
Carta 34, 2-4 : PL 61, 345-346

«Ela deitou tudo o que tinha para viver»


Lembremo-nos daquela viúva que, preocupada com os pobres, de si mesma se esqueceu a ponto de dar tudo o que lhe restava para viver, pensando na única vida que havia de vir, como o atesta o próprio Senhor. Os outros tinham dado o que lhes era supérfluo, mas ela, talvez mais pobre que muitos pobres – pois a sua fortuna estava reduzida a duas simples moedas -, era mais rica, em seu coração, que todos os ricos. Ela só olhava para as riquezas da recompensa eterna; desejosa dos tesouros celestes, renunciou a tudo o que possuía, bem como aos bens que vêm da terra e a ela retornam (Gn 3,19). Deu o que tinha para possuir o que não via. Deu os seus bens perecíveis para adquirir bens imortais. Esta pobrezinha não esqueceu os meios previstos e dispostos pelo Senhor para obter a recompensa futura. Por isso o Senhor, Juiz do mundo, não se esqueceu dela, pronunciando logo a sua sentença: faz o elogio daquela que vai coroar no dia do julgamento.





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sábado, 22 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 23 de Novembro de 2008

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO - SOLENIDADE


34º Domingo do Tempo Comum - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - Ano A (semana II do saltério)
Hoje a Igreja celebra : S.Clemente I, papa, mártir, +102

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São Nicolau Cabasilas : «Vinde, benditos de meu Pai, recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo»


Evangelho segundo S. Mateus 25,31-46.

«Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória. Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos. O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.' Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?' E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.' Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos! Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me.' Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?' Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.' Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Nicolau Cabasilas (c. 1320-1363), teólogo leigo grego
A Vida em Jesus Cristo, Livro 4, 93-97; 102

«Vinde, benditos de meu Pai, recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo»


«Depois de haver completado a purificação dos pecados, sentou-Se à direita da majestade divina nas alturas» (Heb 1, 3). [...] Foi, pois, para nos servir que Ele veio de junto de Seu Pai a este mundo. E o cúmulo é que não é apenas no momento em que aparece nesta terra, revestido da enfermidade humana, que Se apresenta sob a forma de escravo, escondendo a Sua qualidade de senhor; será também mais tarde, no dia em que vier com todo o Seu poder e aparecer em toda a glória de Seu Pai, aquando da Sua manifestação. Quando vier no Seu reino, «cingir-Se-á, mandará que se ponham à mesa e servi-los-á» (Lc 12, 37). Eis Aquele pelo Qual reinam os soberanos e governam os príncipes!

É assim que Ele há-de exercer a Sua realeza, verdadeira e sem mancha [...]; é assim que Ele domina aqueles que submeteu ao Seu poder: mais amável que um amigo, mais equitativo que um príncipe, mais terno que um pai, mais íntimo que os membros, mais indispensável que o coração. Ele não Se impõe pelo medo, nem submete através do salário. Somente em Si mesmo encontra a força do Seu poder, apenas prende os que Se lhe submetem. Porque reinar pelo medo ou com vista a um salário não é governar por si mesmo, mas pela esperança do lucro ou pela ameaça. [...]

É preciso que Cristo reine em sentido próprio; qualquer outra autoridade é indigna Dele. Ele soube chegar a este ponto por uma via extraordinária [...]: para Se tornar o verdadeiro Senhor, abraça a condição de escravo e torna-Se servo de escravos, até à cruz e à morte; e assim arrebata a alma dos escravos e apodera-Se directamente da vontade deles. Sabendo que é esse o segredo deste modo de reinar, Paulo escreve: «Humilhou-Se a Si mesmo, feito obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso é que Deus O exaltou» (Fil 2, 8-9). [...] Pela primeira criação, Cristo é senhor da natureza; pela nova criação, tornou-Se senhor da nossa vontade. [...] É por isso que Ele diz: «Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra» (Mt 28, 18).





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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 22 de Novembro de 2008

Sábado da 33a semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Cecília, virgem, mártir, séc. III ou IV

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São Justino : «Não é um Deus de mortos, mas de vivos»


Evangelho segundo S. Lucas 20,27-40.

Aproximaram-se alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no: «Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão. Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos; o segundo, depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos. Finalmente, morreu também a mulher. Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?» Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se; mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres, porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.» Tomando, então, a palavra, alguns doutores da Lei disseram: «Mestre, falaste bem.» E já não se atreviam a interrogá lo sobre mais nada.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Justino (c. 100-160), filósofo, mártir
Tratado sobre a Ressurreição, 8

«Não é um Deus de mortos, mas de vivos»


A carne é preciosa aos olhos de Deus, que a prefere entre todas as Suas obras; é, pois, razoável que a salve. [...] Não seria absurdo que aquilo que foi criado com tantos cuidados, aquilo que o Criador considera mais precioso que tudo o resto, que isso voltasse ao nada?

Quando um escultor ou um pintor querem que as imagens que criaram permaneçam, para servirem à sua glória, restauram-nas quando são danificadas. E Deus estaria disposto a ver o Seu bem, a Sua obra, regressar ao nada, deixar de existir? Chamaríamos «obreiro da inutilidade» àquele que construísse uma casa para em seguida a destruir, ou que a deixasse danificar quando pudesse reconstruí-la. Da mesma maneira, não acusaríamos Deus de criar a carne inutilmente? Mas não, o Imortal não é assim; aquele que é, por natureza, o Espírito do universo não pode ser insensato! [...] Na verdade, Deus chamou a carne a renascer e prometeu-lhe a vida eterna.

Porque, onde quer que se anuncie a boa nova da salvação do homem, anuncia-se essa boa nova também para a carne. Com efeito, o que é o homem, senão um ser vivo dotado de inteligência, composto por uma alma e um corpo? O homem é composto apenas pela alma? Não, trata-se da alma de um homem. Chamaríamos «homem» ao corpo? Não, dizemos que se trata de um corpo de homem. Assim, pois, se nenhum destes elementos isolados é o homem, é à união entre os dois que chamamos «homem». Ora, foi o homem todo que Deus chamou à vida e à ressurreição; não chamou apenas uma parte dele, chamou todo o homem, ou seja, a alma e o corpo. Não seria, pois, absurdo, tendo em consideração que ambos existem segundo a mesma realidade e na mesma realidade, que um deles fosse salvo e o outro não?





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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 21 de Novembro de 2008

Sexta-feira da 33ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Apresentação de Nossa Senhora no Templo

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Uma liturgia oriental: Que o templo interior seja tão belo como o templo de pedras


Evangelho segundo S. Lucas 19,45-48.

Depois, entrando no templo, começou a expulsar os vendedores. E dizia-lhes: «Está escrito: A minha casa será casa de oração; mas vós fizestes dela um covil de ladrões.» Ensinava todos os dias no templo, e os sumos sacerdotes e os doutores da Lei, assim como os chefes do povo, procuravam matá-lo. Não sabiam, porém, como proceder, pois todo o povo, ao ouvi-lo, ficava suspenso dos seus lábios.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Uma liturgia oriental
Oração para a bênção de uma igreja

Que o templo interior seja tão belo como o templo de pedras


Quando três se reúnem em teu nome (Mt 18,20), eles já formam uma igreja. Olha os milhares aqui reunidos: os seus corações prepararam um santuário antes que as nossas mãos construíssem este à glória do teu nome. Que o templo interior seja tão belo como o templo de pedras. Concede-nos habitar num como no outro; os nossos corações como estas pedras estão marcados com o teu nome.

A força todo-poderosa de Deus teria podido construir uma morada para si mesma de uma forma tão  fácil como a que usou para, com um gesto, dar existência ao universo. Mas Deus construiu o homem a fim de que o homem construísse moradas para ele. Bendita seja a sua clemência que nos amou tanto! Ele é infinito; nós somos limitados. Ele construiu para nós o mundo; nós construímos-lhe uma casa. É admirável que o homem possa construir uma morada ao Todo-poderoso presente em tudo, a quem ninguém saberá escapar.

Ele habita no meio de nós com ternura; ele atrai-nos com laços de amor; ele permanece no meio de nós e chama-nos para que tomemos o caminho do céu para habitarmos com ele. Ele deixa a sua morada e escolhe a Igreja para que nós abandonemos a nossa morada e escolhamos o paraíso. Deus habitou no meio dos homens para que os homens encontrem Deus.





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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 20 de Novembro de 2008

Quinta-feira da 33ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santo Edmundo, rei, mártir, +870

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Orígenes : «Ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela»


Evangelho segundo S. Lucas 19,41-44.

Quando se aproximou, ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: «Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos. Virão dias para ti, em que os teus inimigos te hão-de cercar de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados; hão-de esmagar-te contra o solo, assim como aos teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Orígenes (c. 185-253), padre e teólogo
Homilia 38 sobre Lucas, Pg 13, 1896-1898

«Ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela»


Quando o nosso Senhor e Salvador se aproximou de Jerusalém, ao vê-la, chorou sobre ela: «Se neste dia tivesses conhecido, tu também, O que te pode trazer a paz! Mas isso ficou oculto aos teus olhos. Virão dias para ti em que os teus inimigos te hão-de cercar de trincheiras»... Talvez alguém diga: «O sentido destas palavras é claro; de facto, elas realizaram-se em relação a Jerusalém; a armada romana sitiou-a e devastou-a até ao extermínio, e tempos virão em que não ficará pedra sobre pedra».

Não o nego, Jerusalém foi destruída por causa da sua cegueira, mas coloco a questão: não se referem essas lágrimas à Jerusalém em nós? Porque nós somos a Jerusalém sobre a qual Jesus chorou, nós que imaginamos ter um olhar tão penetrante. Se, uma vez instruídos nos mistérios da verdade, após ter recebido a palavra do Evangelho e os ensinamentos da Igreja..., um de nós peca, ele provocará lamentações e lágrimas, porque não se chora sobre nenhum pagão, mas sobre aquele que depois de ter feito parte de Jerusalém deixou de estar nela.

As lágrimas são vertidas sobre a nossa Jerusalém porque, devido aos nossos pecados, «os inimigos vão rodeá-la», quer dizer, as forças adversas, os espíritos do mal. Eles colocarão trincheiras ao seu redor; sitiá-la-ão, e «não deixarão pedra sobre pedra». É o que acontece assim que, depois de uma longa abstinência e muitos anos de castidade, um homem sucumbe, vencido pelas seduções da carne... Eis pois a Jerusalém sobre a qual as lágrimas são derramadas.  





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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 19 de Novembro de 2008

Quarta-feira da 33ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Matilde de Hackeborn, monja, +1298

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João Paulo II: "Fazei-os render"


Evangelho segundo S. Lucas 19,11-28.

Estando eles a ouvir estas coisas, Jesus acrescentou uma parábola, por estar perto de Jerusalém e por eles pensarem que o Reino de Deus ia manifestar-se mediatamente. Disse, pois: «Um homem nobre partiu para uma região longínqua, a fim de tomar posse de um reino e em seguida voltar. Chamando dez dos seus servos, entregou-lhes dez minas e disse-lhes: 'Fazei render a mina até que eu volte.' Mas os seus concidadãos odiavam-no e enviaram uma embaixada atrás dele, para dizer: 'Não queremos que ele seja nosso rei.' Quando voltou, depois de tomar posse do reino, mandou chamar os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que tinha ganho cada um deles. O primeiro apresentou-se e disse: 'Senhor, a tua mina rendeu dez minas.' Respondeu-lhe: 'Muito bem, bom servo; já que foste fiel no pouco, receberás o governo de dez cidades.' O segundo veio e disse: 'Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.' Respondeu igualmente a este: 'Recebe, também tu, o governo de cinco cidades.' Veio outro e disse: 'Senhor, aqui tens a tua mina que eu tinha guardado num lenço, pois tinha medo de ti, que és homem severo, levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste.' Disse-lhe ele: 'Pela tua própria boca te condeno, mau servo! Sabias que sou um homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei; então, porque não entregaste o meu dinheiro ao banco? Ao regressar, tê-lo-ia recuperado com juros.' E disse aos presentes: 'Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez minas.' Responderam-lhe: 'Senhor, ele já tem dez minas!' Digo-vos Eu: A todo aquele que tem, há-de ser dado, mas àquele que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado. Quanto a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os cá e degolai-os na minha presença.» Dito isto, Jesus seguiu para diante, em direcção a Jerusalém.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

João Paulo II
Encíclica Laborem exercens, 27 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

"Fazei-os render"


O suor e a fadiga, que o trabalho comporta necessariamente na presente condição da humanidade, proporcionam aos cristãos e a todo o homem, dado que todos são chamados para seguir a Cristo, a possibilidade de participar no amor à obra que o mesmo Cristo veio realizar. Esta obra de salvação foi realizada por meio do sofrimento e da morte de cruz. Suportando o que há de penoso no trabalho em união com Cristo crucificado por nós, o homem colabora, de algum modo, com o Filho de Deus na redenção da humanidade. Mostrar-se-á como verdadeiro discípulo de Jesus, levando também ele a cruz de cada dia nas actividades que é chamado a realizar.

Cristo, «suportando a morte por todos nós, pecadores, ensina-nos com o seu exemplo ser necessário que também nós levemos a cruz que a carne e o mundo fazem pesar sobre os ombros daqueles que buscam a paz e a justiça»; ao mesmo tempo, porém, «constituído Senhor pela sua Ressurreição, Ele, Cristo, a quem foi dado todo o poder no céu e na terra, opera já pela virtude do Espírito Santo, nos corações dos homens... purificando e robustecendo aquelas generosas aspirações que levam a família dos homens a tentar tornar a sua vida mais humana e a submeter para esse fim toda a terra» (Vaticano II, GS 38).

No trabalho humano, o cristão encontra uma pequena parcela da cruz de Cristo e aceita-a com o mesmo espírito de redenção com que Cristo aceitou por nós a sua Cruz. E, graças à luz que, emanando da Ressurreição do mesmo Cristo, penetra dentro de nós, descobrimos sempre no trabalho um vislumbre da vida nova, do novo bem, um como que anúncio dos «céus novos e da nova terra» (Ap 21,1), os quais são participados pelo homem e pelo mundo precisamente mediante o que há de penoso no trabalho.





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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 18 de Novembro de 2008

Terça-feira da 33ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo,  Beato Domingos Jorge, leigo, mártir, +1619

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Bem-aventurado João de Ruusbroec : «Hoje é preciso que eu venha ficar em tua casa»


Evangelho segundo S. Lucas 19,1-10.

Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos. Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali. Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.» Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria. Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador. Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.» Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Bem-aventurado João de Ruusbroec (1293-1381), cónego regular
Le miroir de la béatitude eternelle, (Trad. Louf, Bellefontaine 1997, v.3, p.220)

«Hoje é preciso que eu venha ficar em tua casa»


Algumas pessoas assemelham-se a Zaqueu. Desejam ver Jesus para saberem quem ele é, mas, para isso, toda a razão e toda a luz natural são de pouca importância. Essas pessoas correm, pois, à frente de toda a multidão e de toda a dispersão das criaturas. Pela fé e pelo amor, trepam ao cimo do seu pensamento, aonde o espírito se mantém desligado de qualquer imagem e sem qualquer entrave à sua liberdade. É aí que Jesus se vê, reconhecido e amado na sua divindade. É que ele está sempre presente em todos os espíritos livres e elevados que, amando-o, se elevaram acima de si mesmos. É aí que Ele transborda em plenitude de dons e de graças.

Ele diz, contudo, a cada uma delas: «Desce depressa, porque uma liberdade elevada do espírito só se pode manter graças a um espírito humilde e obediente. É que precisas de me reconhecer e amar como Deus e como homem, ao mesmo tempo exaltado acima de tudo e rebaixado abaixo de tudo. Desse modo é que me saborearás, quando eu te elevar acima de tudo e acima de ti próprio, em mim, e quando tu te rebaixares abaixo de tudo e abaixo de ti mesmo, comigo e por minha causa. Então, eu preciso de vir a tua casa, ficar nela e morar contigo e em ti, e tu comigo e em mim».

Quando alguém reconhece isto, o saboreia e o sente, desce depressa, não se apreciando em coisa alguma e dizendo com um coração humilde, desiludido da sua vida e de todas as suas obras: «Senhor, eu não sou digno, pelo contrário, sou indigno de receber (Mt 8,8), na morada de pecado que são o meu corpo e a minha alma, o teu corpo glorioso no Santo Sacramento. Mas tu, Senhor, mostra-me a tua graça e tem piedade da minha pobre vida e de todas as minhas fraquezas».





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domingo, 16 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 17 de Novembro de 2008

Segunda-feira da 33ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Isabel, rainha da Hungria, +1231

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S. Gregório o Grande : «O homem começou a ver e seguia Jesus dando glória a Deus»


Evangelho segundo S. Lucas 18,35-43.

Quando se aproximavam de Jericó, estava um cego sentado a pedir esmola à beira do caminho. Ouvindo a multidão que passava, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que ia a passar. Então, bradou: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!» Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!» Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Quando o cego se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» Respondeu: «Senhor, que eu veja!» Jesus disse-lhe: «Vê. A tua fé te salvou.» Naquele mesmo instante, recobrou a vista e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, ao ver isto, deu louvores a Deus.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Gregório o Grande (c. 540-640), Papa, Doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho, nº 2; PL 76, 1081 ( Trad. Luc comentada, DDB 1987, p139 rev.)

«O homem começou a ver e seguia Jesus dando glória a Deus»



O Nosso Redemptor, prevendo que os discípulos ficassem perturbados com a sua Paixão, anuncia-lhes com muita antecedência os sofrimentos da sua Paixão e a glória da sua Ressurreição (Luc 18, 31-33). Assim, vendo-o morrer como lhes anunciara, não duvidariam da sua Ressurreição. Mas, presos ainda à nossa condição carnal, os discípulos não podiam compreender estas palavras anunciando o mistério (v. 34). É então que intervém um milagre: debaixo dos seus olhos, um cego recupera a visão, para que aqueles que eram incapazes de assimilar as palavras do mistério sobrenatural fossem sustentados na sua fé à vista de um acto sobrenatural.

É que devemos ter um duplo olhar sobre os milagres do nosso Salvador e Mestre: são factos que devemos aceitar como tais e são signos que remetem para outra coisa... Assim, no plano da história, não sabemos nada acerca de quem era este cego. Mas que ele é designado de forma obscura, sabemo-lo. Este cego é o género humano expulso, na pessoa do seu primeiro pai, da alegria do Paraíso, que não tem qualquer conhecimento da luz divina e está condenado a viver nas trevas. Contudo, a presença do seu Redemptor ilumina-o: ele começa a ver as alegrias da luz interior, e, desejando-as, pode pôr os pés na caminhada de vida das boas obras.





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sábado, 15 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 16 de Novembro de 2008

33º Domingo do Tempo Comum - Ano A


33º Domingo do Tempo Comum - Ano A (semana I do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Santa Margarida, rainha da Escócia, +1093,  Beato José Moscati, médico, +1927

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São Jerónimo : «Um homem [...] chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens»


Evangelho segundo S. Mateus 25,14-30.

«Será também como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu. Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.' O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.' Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.' O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.' Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.' O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei. Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.' Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos. Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.'»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Carta

«Um homem [...] chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens»


Este proprietário é, sem dúvida alguma, o próprio Cristo. Após a Sua ressurreição, quando se preparava para regressar vitoriosamente para junto do Pai, chamou os apóstolos e confiou-lhes a doutrina do Evangelho, dando a um mais, a outro menos, nunca demais nem de menos, mas de acordo com as forças daqueles que a recebiam. Da mesma maneira, o apóstolo Paulo afirma que alimentou de leite aqueles que não estavam capazes de tomar alimento sólido (1 Cor 3, 2). [...]

Cinco, dois, um talento – são, quer as diferentes graças concedidas a cada um, quer, no primeiro caso, os cinco sentidos, no segundo, a inteligência da fé e das obras, no terceiro, a razão, que nos distingue das restantes criaturas. «O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco». Ou seja, a partir dos sentidos físicos e materiais que tinha recebido, fez aumentar o seu conhecimento das coisas celestes; a sua inteligência elevou-se das criaturas até ao Criador, do corpóreo ao incorpóreo, do visível ao invisível, do passageiro ao eterno. «O que recebera dois talentos ganhou outros dois». Também este, na medida das suas forças, duplicou na escola do Evangelho aquilo que tinha recebido na escola da Lei. Ou podemos dizer que compreendeu que a inteligência da fé e das obras da vida presente conduz à felicidade futura.

«Mas o que recebera um só talento foi escavar na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor». Preso às obras cá de baixo, aos prazeres deste mundo, o servo mau esqueceu os mandamentos de Deus. Notemos que outro evangelista afirma que ele enrolou o talento num pano; podemos entender por isso que suprimiu o vigor dos ensinamentos do mestre com uma vida de moleza e de prazeres. [...]

O senhor acolhe os dois primeiros servos – aquele que, dos cinco talentos, tinha feito dez, e aquele que, dos dois talentos, tinha feito quatro – com o mesmo elogio: «Vem tomar parte na alegria do teu senhor», recebe aquilo que «nem o olho viu, bem o ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem» (1 Cor 2, 9). Que recompensa maior se pode dar a um servo fiel?





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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 15 de Novembro de 2008

Sábado da 32a semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santo Alberto Magno, bispo, Doutor da Igreja, +1280

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São Basílio : «Jesus disse uma parábola sobre a necessidade de orar sempre»


Evangelho segundo S. Lucas 18,1-8.

Depois, disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer: «Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.' Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'» E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar? Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia, na Capadócia, doutor da Igreja
Homilia sobre a humildade, 5-6

«Jesus disse uma parábola sobre a necessidade de orar sempre»


Não podemos limitar a oração a pedidos em palavras. Com efeito, Deus não precisa apenas que Lhe façam discursos; mesmo que nada Lhe peçamos, sabe aquilo de que precisamos. O que dizer? A oração não consiste em fórmulas; antes abarca a vida toda. «Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus», diz o apóstolo Paulo (1 Cor 10, 31). Estás à mesa? Reza: ao pegar no pão, agradece Àquele que to concede; ao beber o vinho, lembra-te Daquele que te proporcionou este dom, para te alegrar o coração e te consolar das tristezas. Terminada a refeição, não te esqueças de te recordar do teu benfeitor. Quanto vestes a túnica, agradece Àquele que ta deu; quanto vestes a capa, testemunha o teu afecto a Deus, que nos proporciona vestes adequadas ao inverno e ao verão, para nos proteger a vida.

Terminado o dia, agradece Àquele que te deu o sol para os trabalhos da jornada e o fogo para te iluminar o escuro e prover às tuas necessidades. A noite dá-te motivos de acção de graças; olhando o céu e contemplando a beleza das estrelas, reza ao Senhor do universo, que fez todas as coisas com tal sabedoria. Quando vês a natureza adormecida, adora Aquele que, por meio do sono, nos reconforta de todas as fadigas e nos devolve, através do repouso, o vigor das forças.

Deste modo, rezarás sem descanso, se a tua oração não se limitar a fórmulas, mas pelo contrário te mantiveres unido a Deus no decurso de toda a tua existência, de maneira a fazeres da vida uma oração incessante.





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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 14 de Novembro de 2008

Sexta-feira da 32ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. José Pignatelli, presbítero, +1811

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São Romano: «Deus espera a nossa conversão»


Evangelho segundo S. Lucas 17,26-37.

Como sucedeu nos dias de Noé, assim sucederá também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, os homens casavam-se e as mulheres eram dadas em casamento, até ao dia em que Noé entrou na Arca e veio o dilúvio, que os fez perecer a todos. O mesmo sucedeu nos dias de Lot: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construíam; mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, Deus fez cair do céu uma chuva de fogo e enxofre, que os matou a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se revelar. Nesse dia, quem estiver no terraço e tiver as suas coisas em casa não desça para as tirar; e, do mesmo modo, quem estiver no campo não volte atrás. Lembrai-vos da mulher de Lot. Quem procurar salvar a vida, há-de perdê-la; e quem a perder, há-de conservá-la. Digo-vos que, nessa noite, estarão dois numa cama: um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão juntas a moer: uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado.» Tomando a palavra, os discípulos disseram-lhe: «Senhor, onde sucederá isso?» Respondeu-lhes: «Onde estiver o corpo, lá se juntarão também os abutres.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Romano, o Melodista (? – c.560), compositor de hinos
Hino de Noé

«Deus espera a nossa conversão»


Quando contemplo a ameaça suspensa sobre os culpados, no tempo de Noé, tremo, eu que também sou culpado de pecados abomináveis [...] Aos homens de então, ameaçou o Criador primeiro, porque esperava o tempo da sua conversão. Para nós também haverá a hora final, que desconhecemos, e que até aos anjos foi escondida (Mt 24,36). Nesse último dia, Cristo, o Senhor de antes dos séculos, virá, cavalgando nas nuvens, para julgar a Terra, como viu Daniel (7,13). Antes de esta hora cair sobre nós, supliquemos a Cristo, pedindo-lhe: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do Universo» [...]

O Amigo dos homens, vendo a maldade que então reinava, disse a Noé: «O fim de toda a humanidade chegou diante de mim, pois ela encheu a Terra de violência. Vou exterminá-la juntamente com a Terra» (Gn 6,13); «só a ti reconheci como justo nesta geração» (Gn 7,1). Constrói uma arca de madeiras resinosas [...] como uma matriz, ela carregará as sementes das espécies futuras. Fá-la-ás como uma casa, à imagem da Igreja [...] Nela te guardarei, a ti, que me rezas com fé: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!»»

Com inteligência, o eleito cumpriu a sua obra [...], e pedia com fé aos homens sem fé: «Depressa! Saí do pecado, rejeitai a maldade, arrependei-vos! Lavai a mácula das vossas almas, conciliai pela fé o poder do nosso Deus [...].» Mas os filhos da rebelião não se converteram. À perversidade, acrescentaram ainda a dureza. Então Noé implorou a Deus, com lágrimas: «Fizeste que eu nascesse do seio da minha mãe; salva-me ainda dentro desta arca de socorro. Porque vou fechar-me nesta espécie de sepultura, mas quando me chamares, dela sairei pela tua força! Nela, vou prefigurar desde agora a ressurreição de todos os homens, quando salvares os justos do fogo, como a mim me salvas das ondas do mal arrancando-me do meio dos ímpios, eu que te rezo com fé, a Ti, o compassivo Juiz: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!»»





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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 13 de Novembro de 2008


Hoje a Igreja celebra : Santo Estanislau Kostka, religioso, +1568

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Concílio Vaticano II: "O Reino de Deus está no meio de vós


Evangelho segundo S. Lucas 17,20-25.

Interrogado pelos fariseus sobre quando chegaria o Reino de Deus, Jesus respondeu-lhes: «O Reino de Deus não vem de maneira ostensiva. Ninguém poderá afirmar: 'Ei-lo aqui' ou 'Ei-lo ali', pois o Reino de Deus está entre vós.» Depois, disse aos discípulos: «Tempo virá em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis. Vão dizer-vos: 'Ei-lo ali', ou então: 'Ei-lo aqui.' Não queirais ir lá nem os sigais. Porque, como o relâmpago, ao faiscar, brilha de um extremo ao outro do céu, assim será o Filho do Homem no seu dia. Mas, primeiramente, Ele tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo actual "Gaudium et spes", § 38

"O Reino de Deus está no meio de vós


O Verbo de Deus, pelo qual todas as coisas foram feitas, fazendo-se homem e vivendo na terra dos homens, entrou como homem perfeito na história do mundo, assumindo-a e recapitulando-a. Ele revela-nos que «Deus é amor» (1Jo 4, 8) e ensina-nos ao mesmo tempo que a lei fundamental da perfeição humana e, portanto, da transformação do mundo, é o novo mandamento do amor... Suportando a morte por todos nós pecadores, ensina-nos com o seu exemplo que também devemos levar a cruz que a carne e o mundo fazem pesar sobre os ombros daqueles que buscam a paz e a justiça.

Constituído Senhor pela sua ressurreição, Cristo, a quem foi dado todo o poder no céu e na terra (Mt 28,18), actua já pela força do Espírito Santo nos corações dos homens; não suscita neles apenas o desejo da vida futura, mas, por isso mesmo, anima, purifica e fortalece também aquelas generosas aspirações que levam a humanidade a tentar tornar a vida mais humana e a submeter para esse fim toda a terra. Sem dúvida, os dons do Espírito são diversos: enquanto chama alguns a darem claro testemunho do desejo da pátria celeste e a conservarem-no vivo no seio da família humana, chama outros a dedicarem-se ao serviço terreno dos homens, preparando com esta sua actividade como que a matéria do reino dos céus. Liberta, porém, a todos, para que, deixando o amor próprio e empregando em favor da vida humana todas as energias terrenas, se lancem para o futuro, em que a humanidade se tornará oblação agradável a Deus.

   *          *          *
      «Faz frutificar em nós, Senhor, a Eucaristia que nos reuniu: é por ela que Tu formas, desde agora, através da vida deste mundo, o amor com que eternamente te amaremos.» (Missal romano: oração depois da comunhão, 1º domingo do Advento)





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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quarta-feira, dia 12 de Novembro de 2008


Hoje a Igreja celebra : S. Josafá Kuncevicz, monge, bispo, mártir, +1623

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S. Bernardo : «Os outros nove, onde estão?»


Evangelho segundo S. Lucas 17,11-19.

Quando caminhava para Jerusalém, Jesus passou através da Samaria e da Galileia. Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
Sermões diversos, n.º 27

«Os outros nove, onde estão?»


Vemos, hoje em dia, muitas pessoas que rezam, mas, afinal, não as vemos a voltar atrás para dar graças a Deus [...] «Não foram os dez curados? Onde estão pois os outros nove?» Estais a lembrar-vos, penso eu, que foi nestes termos que o Salvador se lamentou acerca da ingratidão dos outros nove leprosos. Podemos ler que eles sabiam «rezar, suplicar e pedir», pois tinham levantado a voz para exclamar: «Jesus, Filho de David, tende piedade de nós». Mas faltou-lhes uma quarta coisa que o apóstolo Paulo reclama: «a acção de graças» (1Tm2,1), porque não voltaram para dar graças a Deus.

Nos nossos dias é ainda frequente ver um considerável número de pessoas pedir a Deus com insistência o que lhes falta, mas são em pequeno número as que parecem ficar reconhecidas com os dons recebidos. Não há mal em pedir com insistência, mas o que faz que Deus não nos atenda é considerar que nos falta gratidão. Afinal, talvez seja até um acto de clemência da sua parte recusar aos ingratos o que estes pedem, para que não venham a ser julgados com rigor por causa da sua ingratidão [...]. É pois por misericórdia que Deus retém por vezes a sua misericórdia [...]

Vede portanto como todos os que estão curados da lepra do mundo, quero dizer, das desordens evidentes, não aproveitam a sua cura. Alguns, com efeito, foram atingidos por uma chaga bem pior do que a lepra, tanto mais perigosa por ser uma chaga mais interior. É por isso com razão que o Senhor do mundo pergunta onde estão os outros nove leprosos, porque os pecadores se afastam da salvação. É por isso que, depois de o primeiro homem ter pecado, Deus lhe perguntou: «Onde estás?» (Gn 3,9).





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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 11 de Novembro de 2008


Hoje a Igreja celebra : S. Martinho (de Tours), bispo, +397

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S. Patrício : "Somos servos inúteis"


Evangelho segundo S. Lucas 17,7-10.

«Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem cá depressa e senta-te à mesa'? Não lhe dirá antes: 'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu'? Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou? Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Patrício (c. 385 - c.461), monge missionário, bispo
Confissão, 12-14

"Somos servos inúteis"


Eu, que, de início, não era mais do que um fugitivo frustre e sem instrução e que "não sei prever o futuro" (Qo 4,13 Vulg), sei, no entanto, uma coisa com toda a certeza: é que, "antes de ser humilhado" (Sl 118,67), eu era como uma pedra que jazia numa lama profunda. Mas Ele veio, "aquele que é poderoso" (Lc 1,49) e agarrou em mim na sua misericórdia; ergueu-me verdadeiramente bem alto e colocou-me em cima do muro. Por isso, eu tenho de elevar a voz com toda a força, a fim de devolver qualquer coisa ao Senhor em troca dos seus benefícios, tanto aqui em baixo como pela eternidade, benefícios tão grandes que o espírito dos homens não pode enumerar.
    
Ficai, pois, em admiração, "grandes e pequenos que temeis a Deus" (Ap 19,5); e vós, senhores e bem-falantes, escutai e examinai com atenção. Quem foi que me ergueu, a mim, o insensato, de entre os que passam por sábios, peritos da lei, "poderosos em palavras" (Lc 24,19) e em todas as outras coisas? Quem foi que me inspirou, mais do que aos outros, a mim, o rebotalho deste mundo, a fim de que "no temor e no respeito" (He 12,28)... eu faça lealmente bem aos povos a quem o amor de Cristo me conduziu e me entregou para, se for digno disso, os servir toda a minha vida com humildade e verdade? 
     
É por isso que, "segundo a medida da minha fé" (Rm 12,6) na Trindade, eu tenho de reconhecer e... proclamar o dom de Deus e a sua "eterna consolação" (2Tes 2,16). Tenho que espalhar sem temor mas com confiança o nome de Deus por toda a parte para que, mesmo após a minha morte, eu deixe uma herança aos meus irmãos e aos meus filhos, a tantos milhares de homens que baptizei no Senhor.





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domingo, 9 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 10 de Novembro de 2008


Hoje a Igreja celebra : S. Leão I Magno, papa, Doutor da Igreja, +461

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S. Cirpiano : "Perdoar-lhe-ás"


Evangelho segundo S. Lucas 17,1-6.

Disse, depois, aos discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os causa! Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem ao mar, do que escandalizar um só destes pequeninos. Tende cuidado convosco! Se o teu irmão te ofender, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer: 'Arrependo-me', perdoa-lhe.» Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.» O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de obedecer-vos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Cirpiano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Os Benefícios da Paciência

"Perdoar-lhe-ás"


"A caridade tudo ama, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1Co 13,7). Deste modo nos mostra o apóstolo Paulo que, se esta virtude se pode manter com tal firmeza, é por ter sido mergulhada numa paciência a toda a prova. Ele diz ainda: "Suportai-vos uns aos outros no amor, fazendo tudo o que está ao vosso alcance para guardar a unidade de espírito no vínculo da paz" (Ef 4,2).
      
Não é possível manter nem a unidade nem a paz se os irmãos não se aplicarem a guardar a mútua tolerância e os laços da concórdia graças à paciência. Que dizer ainda, para além de não insultar, nem amaldiçoar, não reclamar o que nos tirarem, apresentar a outra face a quem nos bater, perdoar ao irmão que pecou contra nós, não só setenta vezes sete vezes, mas esquecendo todos os seus erros, amar os nossos inimigos, rezar pelos nossos adversários e pelos que nos perseguem?
     
Como conseguir cumprir tudo isso se não formos firmemente pacientes, tolerantes? Foi o que fez Santo Estêvão quando, em vez de clamar por vingança, pediu perdão para os seus carrascos, dizendo: "Senhor, não lhes imputes este pecado" (Act 7,60).





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sábado, 8 de novembro de 2008

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 09 de Novembro de 2008

Dedicação da Basílica de Latrão


Hoje a Igreja celebra : Dedicação da Basílica de Latrão

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Cardeal John Henry Newman : «Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!»


Evangelho segundo S. João 2,13-22.

Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nos seus postos. Então, fazendo um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas pelo chão e derrubou-lhes as mesas; e aos que vendiam pombas, disse-lhes: «Tirai isso daqui. Não façais da Casa de meu Pai uma feira.» Os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devora. Então os judeus intervieram e perguntaram-lhe: «Que sinal nos dás de poderes fazer isto?» Declarou-lhes Jesus, em resposta: «Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!» Replicaram então os judeus: «Quarenta e seis anos levou este templo a construir, e Tu vais levantá-lo em três dias?» Ele, porém, falava do templo que é o seu corpo. Por isso, quando Jesus ressuscitou dos mortos, os seus discípulos recordaram-se de que Ele o tinha dito e creram na Escritura e nas palavras que tinha proferido.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), padre, fundador de comunidade religiosa, teólogo
PPS, vol. 4, n.° 12 : «The Church, a Home for the Lonely»

«Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!»


O Templo judeu, visível e material, estava confinado a um só lugar. Não cabia nele o mundo inteiro, nem mesmo uma nação, mas apenas algumas pessoas da multidão. Mas o templo cristão é invisível e espiritual, e pode ser em qualquer sítio. [...] Jesus diz à Samaritana: «Mas chega a hora - e é já - em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são assim os adoradores que o Pai pretende» (Jo 4,23). «Em espírito e em verdade», porque, a menos que seja invisível, a sua presença não pode ser real. O que é visível não é o real; o que é material desagregar-se-á; o que está em determinado lugar é um fragmento, apenas.
O templo de Deus, no regime cristão, é todo o lugar onde os cristãos se juntam em nome de Cristo; Ele está também presente de forma completa em cada lugar, como se não estivesse em mais nenhuma outra parte. E podemos entrar nesse templo, e juntarmo-nos aos santos que nele moram, à família celeste de Deus, de forma tão real quanto o adorador judeu entrava no recinto visível do Templo. Nada vemos deste nosso templo espiritual, mas é a condição requerida para que ele esteja em todo o lado. Ele não estaria em todo o lado se o víssemos num local específico; nada vemos, então, mas fruímos de tudo.
Já os profetas do Antigo Testamento no-lo apresentavam assim. Isaías escreveu: «No fim dos tempos o monte do templo do Senhor estará firme, será o mais alto de todos, e dominará sobre as colinas. Acorrerão a ele todas as gentes» (Is 2,2). O templo cristão foi desvelado a Jacob [...] quando em sonhos viu «uma escada apoiada na terra, cuja extremidade tocava o céu; e, ao longo desta escada, subiam e desciam mensageiros de Deus» (Gn 28,12), e também ao servo de Eliseu: «O Senhor abriu os olhos do servo e ele viu o monte repleto de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu» (2Rs 6,17). Trata-se de antecipações do que iria ser estabelecido com a chegada de Cristo, que «abriu o Reino de Deus a todos os crentes». Por isso, São Paulo diz: «Vós, porém, aproximastes-vos do monte Sião e da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celeste, de miríades de anjos, da reunião festiva» (He 12,22).





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