sexta-feira, 20 de março de 2009

Evangelho quotidiano

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 21 de Março de 2009

Sábado da 3ª semana da Quaresma


Hoje a Igreja celebra : S. Nicolau de Flue, eremita, confessor, +1487

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Santo Agostinho : «O cobrador de impostos [...] nem sequer ousava levantar os olhos ao céu»


Evangelho segundo S. Lucas 18,9-14.

Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais: «Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.' O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.' Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão 115

«O cobrador de impostos [...] nem sequer ousava levantar os olhos ao céu»


O fariseu dizia : «Não sou como certos homens.» Quem serão esses outros homens? Não serão todos, com excepção dele próprio? «Eu sou justo, os outros são pecadores; eu não sou como o resto dos homens, que são injustos, ladrões, adúlteros.» E eis que a presença de um publicano, a seu lado, lhe vem dar ocasião para se ensoberbecer ainda mais. «Eu, eu sou um homem à parte; ele é como os outros. Não sou da sua espécie; não sou um pecador, pois faço muitas obras justas. Jejuo duas vezes por semana, pago o dízimo de tudo quanto possuo.» Que pede este homem a Deus? Procurai nas suas palavras, que nada encontrareis. Subia supostamente ao seu quarto para orar: ora, nada pede a Deus; apenas se gaba de si próprio. E é na verdade deveras pouco nada pedir a Deus, mas gabar-se: para além disso, insulta aquele que a seu lado reza: é o cúmulo!

O publicano «mantinha-se à distância», e no entanto aproxima-se de Deus; as reprovações do seu coração afastam-no d'Ele, mas o seu amor aproxima-o de Deus. Este publicano mantém-se à distância, mas o Senhor aproxima-se dele para o escutar. «O Senhor é excelso, mas repara no humilde», enquanto que «àquele que se exalta», como o fariseu, «reconhece-o ao longe» (Sl 137, 6). A todo o que se exalta, o Senhor olha-o de longe, mas não o ignora.

Vede, por contraste, a humildade deste publicano. Não só se mantém à distância, como nem sequer levanta os olhos ao céu. Não ousa erguer os olhos à procura de um olhar. Não ousa olhar para o alto, a sua consciência humilha-o, mas a esperança exalta-o. Escutai ainda: «Batia no peito.» Para si próprio pede um castigo; por isso Deus perdoa a tal homem que a sua culpa confessa. «Senhor, sede-me propício, a mim, que sou pecador»: eis alguém que ora, que pede! Por que te espantas que Deus ignore as faltas deste homem, quando o próprio as reconhece? Ele faz-se juiz de si próprio e Deus advoga a sua causa; acusa-se e Deus defende-o. «Em verdade vos digo» - é a Verdade que fala, é Deus, é o Juiz - «foi o publicano que voltou para casa justificado, e não o outro.» Diz-nos, Senhor, por quê? «Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado».





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